sábado, 11 de fevereiro de 2012

São Benedito de Aniae



11/02 - Nascido em Languedoc, França em 750 DC como o nome de Witiza. Filho do Visigodo Aigulf, conde ou governador de Maguelone, Witiza e serviu no exercito de da Lombardia. Com 20 anos ele resolveu seguir o reino de Deus com todo o coração.Por três anos ele ainda serviu na corte, mas mortificando o seu corpo.

Em 774 tendo escapado de se afogar em Tesin perto de Pavia quando tentava salvar seu irmão durante a campanha militar na Lombardia, Itália ele fez o voto de deixar o mundo por completo.

Witiza tornou-se um monge beneditino em Saint-Seine perto de Dijon, França onde ele tomou o nome de Benedito.Ele passou dois anos e meio vivendo apenas de pão e água, domindo no chão, orando a noite e andando descalço mesmo no inverno. Ele recebeu insultos com alegria. Deus deu a ele o dom das lagrimas e colocou grande conhecimento e sabedoria das coisas espirituais.

Quando o Abade morreu ele recusou oposto de Abade que lhe foi oferecido porque ele sabia que os irmãos não desejavam reforma-la.Em 779 Benedito voltou a sua terra em Languedoc, onde ele viveu como eremita perto do riacho de Aniane e atraiu vários discípulos incluíndo o santo homem Widmar, e em 782 ele construiu um Monastério e uma igreja. Os monges faziam o trabalho manual e copiavam os manuscritos (não havia imprensa na época).Eles viviam com água e pão exceto nos Domingos e nos dias de festa quando eram adicionados leite ou vinho, mesmo assim, quando eles recebiam dos visinhos.

O resultado desta austera regra( combinando a de Bendito, Pachomius e Basil) foi um fracasso e assim ele adotou a regra de São Benedito de Nursia e o Monastério cresceu. Dali em diante sua influencia espalhou-se. Ele reformou e construiu outras casas. Quando o bispo Felix de Urgel propôs que Cristo não era natural, mas apenas um filho adotivo do Pai Eterno (Adoptionismo), Benedito se opôs a esta heresia e assistiu ao Concilio (Sínodo) de Frankfurt em 794. Ele empregou sua pena para refutar esta heresia em quatro tratados, que foram publicados nas “Miscelaneas de Basulius”.

Durante o tempo dos frankistas o império monástico sofreu os ataques dos Vikings. A disciplina monástica piorou apesar dos esforços dos imperadores do 8º e 9º séculos que legislarem a favor da Regra de São Benedito como sendo fundamental e estabeleceram códigos de conduta nos seus domínios. Benedito de Aniane e o Imperador Luis, o piedoso cooperaram em beneficio mútuo.

O imperador construiu a Abadia de Maurmunster como uma abadia beneditina modelo na Alsacia e o Monastério de Cornelimunster perto de Aachen (Aix-la-Chapelle) Alemanha, e indicou São Benedito como diretor de todos os monastérios do seu império. O monge instituiu drásticas reformas embora por causa da oposição elas não foram tão drástica como ele desejava.
Por outro lado Benedito apoiou o imperador, primeiramente mudando seu trono para Aachen e depois em Aachen o imperador presidiu um encontro de todos os abades do império, em 817, uma data decisiva para a história beneditina. Durante o encontro “Benedicto Capitulare monasticum” uma sistematização das Regras de São Benedito foi aprovada como regra para todos os monges do império. Ele também compilou o “Codex regularum” uma coleção de todos os regulamentos monásticos em ainda “Concordia regularum” mostrando a semelhança da Regra de São Benedito de Nursia com a regra de outros lideres de monastérios.

A legislação enfatizava como guia fundamental a Regra de Bendito, enfatizando a pobreza individual, a castidade com obediência ao abade adequadamente constituído, que era também um monge.Sob pressão imperial da uniformidade da comida, bebida, vestimenta e o Divino Oficio (o qual pode ser comparado com a insistência de Carlosmagno no Rito Romano) houve também tentativas de impor obediência monástica em detalhes de menor importância.

Benedito insistiu no caráter litúrgico da vida monástica, incluindo uma Missa diária e varias adições ao Divino Oficio. Esta sistematização caiu em desuso após a morte de São Bendito, mas seus efeitos foram duradouros no monasticismo ocidental. A influencia de suas reformas pode ser vista nas reformas de Cluny e Gorze.Por esta razão Benedito é considerado restaurador do monasticismo ocidental e freqüentemente chamado de “O segundo Benedito”.
São Benedito faleceu com extraordinária tranqüilidade e alegria com cerca de 71 anos de idade, e foi enterrado na igreja do monastério onde suas relíquias estão até hoje e para as quais são atribuídos vários milagres.

Na arte litúrgica da Igreja São Benedito é mostrado como um Abade com um fogo sobrenatural ao seu lado, ou 2) em uma caverna com a comida sendo levada para ele em um cesto; ou 3) dando o hábito a São William de Aquitane.

Ele é muito venerado em Dijon (Saint-Sien) e Ariane Languedoc. Faleceu em Cornelimuester, Aachen, Alemanha em 11 de fevereiro de 821. Sua festa no passado era celebrada no dia 12 de fevereiro. Sua festa é celebrada no dia 11 de fevereiro.

Fonte: www.catolicosdobrasil.com.br

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Santa Escolástica




10/02 - Escolástica era irmã de Bento. O grande são Bento, pai do monaquismo do Ocidente. Tudo indica que eram gêmeos, nascidos em 480.


Gêmeos também eram seus corações: amavam a Deus mais do que tudo, a Ele se consagraram desde a juventude e por Ele viveram em oração e trabalho. Os mosteiros que fundaram tornaram-se centros de estudo, de santidade, de acolhida. A Regra que Bento escreveu para monges e monjas tornou-se um referencial de vida em comunidade, de caminhada no seguimento de Cristo pobre, casto e obediente.



A história de sua época não favorecia o protagonismo feminino, mas Escolástica foi uma grande mulher que, humildemente, deixou-se esconder pela sombra luminosa de Bento. Não importava ela, mas o Senhor de sua vida e esse não era Bento, mas Deus.



É conhecido um episódio que ocorreu poucos dias antes de sua morte. Como Bento, no zelo de cumprir a Regra, estabelecera que os dois só se veriam uma vez ao ano, para conversas e conselhos espirituais, os encontros eram sempre muito desejados e sempre curtos demais. Daquela vez, que seria a última, Escolástica quis prolongar o tempo com seu irmão, mas Bento foi inflexível. Serena e confiantemente, ela começou a rezar e uma tempestade fortíssima desabou, impedindo que Bento voltasse a seu mosteiro. “Pedi a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e Ele me ouviu”, disse-lhe a irmã muito contente. Bento não reclamou.



Três dias depois, enquanto rezava, Bento viu uma pomba branca, voando em direção ao céu alto. Era um sinal: Escolástica havia morrido discretamente. Quarenta dias depois, ele foi atrás. Louvariam juntos o Senhor por toda a eternidade. Deixavam na terra a família beneditina firme e fiel.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Santa Apolônia




09/02 - Existia no ano de 248, na cidade de Alexandria, um célebre feiticeiro, que profetizava uma grande desgraça, de que a cidade seria vítima, se os adoradores dos deuses não resolvessem a exterminar os cristãos, que eram seus maiores inimigos. O povo deu crédito às predições do embusteiro, e abriu forte campanha contra os discípulos de Cristo.


Uma das vítimas da cruel e estúpida perseguição foi Apolônia, donzela conhecida na cidade e estimada pelas suas virtudes. Levada ao templo pagão e intimada a prestar homenagens às divindades, resolutamente se negou, dizendo: “Meu Deus é Jesus Cristo e só a ele adorarei. Enquanto tiver vida, minha língua louvará a Deus, meu Senhor”.


Os algozes pagãos ouvindo estas palavras, armaram-se de pedras e quebraram-lhe os dentes. Apolônia, horrivelmente machucada e sentindo fortíssimas dores, levantou os olhos ao céu, sem pronunciar uma palavra, sem soltar um só gemido. Em vista desta firmeza, os pagãos ameaçaram-na com a fogueira. Apolônia respondeu: “Como poderia trair aquele que meu coração escolheu, o meu Esposo, de quem é todo o meu amor? Não o farei. Antes sofrer morte crudelíssima e morrer mil vezes, que abandonar a meu Jesus”. Fizeram então os pagãos uma grande fogueira e puseram a donzela diante da seguinte alternativa: “Ou agora mesmo sacrificas aos deuses, ou te lançamos viva ao fogo”. Apolônia não respondeu, deteve-se um momento, como se quisesse deliberar alguma coisa e de repente, com um movimento brusco, desembaraçando-se das mãos dos algozes, se lançou ao fogo. As chamas consumiram-lhe inteiramente o corpo. Os cristãos procuraram depois os ossos da mártir e guardaram-nos com muito respeito. Em Roma foi construída uma igreja em honra de Santa Apolônia.


O nome da santa Mártir goza de grande veneração entre o povo cristão. Invocam-lhe a intercessão nos sofrimentos dos dentes.


A Igreja Católica não aprova o suicídio, ainda que os motivos sejam iguais aos que levou a mártir Apolônia a buscar a morte. Os Santos Padres, embora não justifiquem o suicídio de Santa Apolônia, nem tão pouco o propõe aos cristãos, como exemplo para imitar. Os mesmos Santos Padres explicam-no, supondo em Apolônia, uma inspiração superior e grande desejo de estar com Jesus Cristo, seu divino Esposo.



O martírio de Santa Apolônia deu-se a 9 de fevereiro em 248 ou 249.


Fonte: http://www.paginaoriente.com/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Santa Josephina Bakhita




08/02 - Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa "afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome.



Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.



Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.



Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".



Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".



A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".



Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

São Venâncio Fortunato




07/02 - Neste dia lembramos a obra de Deus na vida de São Venâncio que nasceu na Itália em 530.



Dotado de inteligência aberta, ótima memória e grande criatividade poética pôde colocar todos os seus dons a serviço da Evangelização.



Desde jovem Venâncio tinha prazer em partilhar seu coração escrevendo poesias até pegar uma doença que o cegou. Ao recorrer a intercessão de São Martinho de Tours, ele alcançou de Jesus a cura da vista; em sinal de agradecimento a São Martinho foi, como prometeu, visitar a tumba do Santo em Tours.



Já a Cristo, Venâncio agradeceu sendo dócil ao chamado que o levou para vida monástica e ao sacerdócio, isto num convento fundado por São Martinho em Tours.



Missionário, grande pregador e fecundo poeta São Venâncio salvou muitas almas com Deus e para Deus, além de deixar para liturgia da Igreja lindos e profundos hinos e poesias religiosas.



Foi muito amigo de São Gregório de Tours e da Santa Rainha Cunegundes , e depois zeloso e santo bispo, até ir para o céu no ano 600.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

São Gastão




06/02 - Gastão, ou Vedastus, como se diz em latim, pertencia à uma família de nobres e era nascido em Limoges, na antiga Gália, atual França. Segundo consta dos registros antigos, ele preferia viver solitário na região de Lorena, onde se dedicava à penitencia, à oração e à contemplação, até que seu amigo e diretor espiritual o bispo Remígio, de Toul, o ordenou sacerdote e o colocou no trabalho de catequização na diocese local.



Mas essa aproximação entre os dois só ocorreu porque Gastão fora recomendado ao bispo, pelo próprio rei Clóvis, que ficara impressionado com sua vida no caminho da santidade e com seus dons da palavra, do conselho e da cura, que havia adquirido. O rei Clóvis era casado com a rainha Clotilde, mas eram pagãos. Depois ambos foram catequizados e batizados, o que aconteceu graças a Gastão e ao bispo Remígio, que se tornaram conselheiros dos soberanos. Com isso ambos foram também os precursores da conversão do povo francês.



Gastão, mais tarde foi sagrado bispo de Arras, ficando encarregado da instrução dos fiéis e da assistência aos pobres, quando então se tornou muito popular. Diz a tradição que tinha não só o dom da palavra, para evangelizar e catequizar, mas também o dom da cura, que teriam sido presenciadas pelos fiéis e peregrinos, e do conselho, que empregava aos que o procuravam desorientados.

Seu bispado durou quarenta anos e, quanto à sua morte, foi logo conhecida por toda a população, pois no exato instante em que faleceu uma estranha luz cobriu sua casa. Suas relíquias foram conservadas apesar das invasões dos bárbaros normandos e dos saques resultantes da Revolução Francesa. Hoje são veneradas na capela da Catedral de Arras, no dia 6 de fevereiro, que corresponde ao de sua morte, no ano 540.



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Santa Adelaide de Vilich



05/02 - Adelaide nasceu no ano 960 era filha dos célebres condes de Geldern, na Alemanha. Seus pais, muito religiosos, tiveram mais duas filhas e um filho. Uma das suas irmãs entrou para o convento de Santa Maria, em Colônia, e Adelaide foi para o de Santa Úrsula, também na mesma cidade. Ambas foram eleitas abadessas por suas respectivas comunidades religiosas.

Quando o filho, único homem morreu, seus pais construíram uma igreja e um convento em Vilich, do qual Adelaide tornou-se a abadessa. Sua origem nobre e sua conversão atraíram muitas outras jovens para o convento. Ali se vivia a mesma caridade que Adelaide praticara em sua casa. Usou sua parte na fortuna da família para fazer caridade aos pobres e doentes, que recolhia no convento. Quase duas dezenas de mendigos eram ali socorridas todos os dias, nos horários das refeições. Mas não recebiam esmola, eram atendidos como convidados pessoais da abadessa. Quando a fome assolou a cidade de Vilich, seu convento salvou muita gente da morte.

Após o falecimento de sua irmã, Adelaide foi transferida para o convento que ela dirigia, em Colônia, e lá morreu, na tranqüilidade da comunidade que tão bem governou, em 05 de fevereiro de 1015. Constatamos nos registros da Igreja e nas narrativas da tradição que a abadessa Adelaide operou vários prodígios e graças em vida, como, por exemplo, quando fez um menino paralítico recuperar a capacidade de andar, com o fervor de suas orações.

O seu nome de origem germânica quando traduzido para o latim se torna Alice. Por isso ela é invocada como Santa Adelaide de Vilich ou Alice de Vilich, cujo culto de muita devoção se mantém constante e intenso entre os fiéis no mundo cristão. Notadamente pelo uso da dupla forma do seu nome ao longo dos séculos, que a torna protetora das pessoas e lugares, fortalecendo ainda mais a tradição do seu exemplo de santidade, ainda em vida.



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Santa Joana de Valois




04/02 - Joana de Valois nasceu aos 23 de abril de 1464 no castelo Plessis les Tours, filha de Luiz XI, rei da França e da rainha Carlota de Savóia, esta irmã do bem-aventurado Amadeu IX. Luiz, que ansiosamente esperava pelo nascimento de herdeiro do trono, não disfarçava o seu desapontamento, ainda mais quando soube que a criança nasceu coxa e feia.


Por uma ordem despótica do rei a menininha foi afastada da mãe e tendo 5 anos, confiada aos cuidados de uma senhora fidalga, que no castelo de Lumieres dispensou a princesinha uma educação primorosamente católica.

Joana, tendo chegado à idade de 12 anos, foi casada com seu primo, duque de Orleans, que apenas 14 anos contava e segredo não fazia da profunda antipatia em que tinha sua noiva.


O casamento foi celebrado aos 8 de setembro de 1476 no castelo de Monrichard, na presença do bispo de Orleans.


Não tardou que Joana recebesse ordem de seu pai para retornar ao castelo de Lumieres. Em bem pouco tempo se convencera da impossibilidade de convivência com um marido dissoluto e perverso. Com tanta maior dedicação entregou-se a exercícios de piedade e obras de caridade, tudo em completa conformidade com a santa vontade de Deus.


Tendo um dia notícia da grave enfermidade do seu esposo, pressurosa correu para junto dele em Bourges, oferecendo-lhe caridosamente sua assistência de solícita enfermeira. Colheu, porém, declarada ingratidão, no meio de insultos e declarações injuriosas, que, em suportá-las, deu exemplo e provas de paciência heróica e humildade.


Em 1483 faleceu o rei Luiz XI e sucedeu-lhe seu filho Carlos VII. O duque de Orleans, marido de Joana, repudiou-a e fez anular canonicamente o seu casamento com ela, para se consorciar com Ana, filha do duque de Bretanha. Joana suportou também essa insolente injustiça com serenidade de nobre e cristã.


Efetivamente o matrimônio de Joana com o duque de Orleans foi pelo Papa Alexandre VI declarado nulo e Joana ficou com a administração do ducado de Berry, que o rei lhe havia deixado.


Quando se podia crer que tudo havia terminado para Joana, tudo começou. O seu reino temporal em acabar, estava preparado para o espiritual. Pondo-se a serviço do povo, irrestritamente trabalhou para sua própria santificação, sob a direção de São Francisco de Paula, Joana era devotíssima a Nossa Senhora e como uma das primeiras figuras entre as veneradoras do puríssimo Coração de Maria, cujo imenso amor ao gênero humano lhe foi revelado em uma celestial visão.


Livre de outras obrigações, Joana sentia em seu coração ressurgir a idéia e o desejo afagado desde a infância de fundar uma Congregação às virtudes da SS. Virgem. Pôs mãos à obra e deu à Igreja a Ordem das “Monjas da Bem-Aventurada Virgem Maria, ditas da Anunciata”, cuja Regra ela mesma elaborou, a qual teve a aprovação dos Papas Alexandre VI e Leão X. No dia de Pentecostes 1504 as primeiras monjas desta nova ordem pronunciaram votos. A fundadora construiu um convento para a Ordem por ela fundada e nela, como simples religiosa, entrou.


Depois de uma existência cheia de sacrifícios, provações e sofrimentos, mas não menos de uma vida de oração, Joana faleceu em 4 de fevereiro de 1503, na idade de 41 anos. Pessoas de sua intimidade, afirmaram terem visto a cabeça da falecida rodeada de uma luz misteriosa. O seu túmulo Deus o glorificou com muitos milagres. O povo tinha Joana em veneração de Santa.


Nas perseguições religiosas no século 16 seu túmulo foi profanado. Fanáticos queimaram o corpo da Santa e atiraram com as cinzas ao ar.


A Congregação das Anunciatas se espalhou pela França, pela Bélgica e pela Inglaterra.


Beatificada por Pio VI, em 1775, em 1950, por ocasião do Ano Santo, o Papa Pio XII elevou-a às honras dos altares, canonizando-a. Sua festa é celebrada em 4 de fevereiro.



sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

São Brás




03/02 - A cada ano, nos dia 3 de fevereiro, é tradição em muitas igrejas, a benção de são Brás, imposta sobre a garganta.


Poucas pessoas, todavia, sabem a origem da benção e muito menos a história do santo que a inspirou. Isso revela uma característica fundamental na devoção aos santos: o que buscamos neles não são eles mesmos, mas a Deus que transformou a vida deles e pode transformar a nossa. Não é o santo que cura: é Deus que faz o milagre pela intercessão de alguém que, em vida, foi como nós, que enfrentou os mesmos problemas e fracassos, mas que deu prioridade a Deus, seguindo Jesus Cristo.



É isso que buscamos na benção de são Brás: a benção e a proteção de Deus, também sobre o nosso corpo.



Brás foi bispo de Sebaste, na Armênia, e viveu na época em que o império romano realizava suas últimas perseguições aos cristãos. É exatamente a caminho do martírio que realizou o milagre que deu origem à benção: uma criança, que engasgara com uma espinha de peixe, estava morrendo e a mãe apresentou-a ao santo que era brutalmente levado pelos soldados. Brás rezou, impondo as mãos sobre a cabeça do menino que, prontamente, ficou curado.



Na tradição popular, Brás é venerado também por sua bondade, pelos milagres realizados em vida e pela coragem extrema em defender sua fé em Cristo, apesar das torturas cruéis. Foi decapitado.



quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Santa Veridiana



01/02 - Nascida na Toscana, consagrou desde muito jovem sua virgindade a Deus. Peregrinou a Santiago de Compostela e a Roma, retornando depois à terra natal, onde voluntariamente viveu murada numa cela, durante 34 anos, em meio a rigorosas penitências e recebendo graças místicas extraordinárias.

No primeiro dia de fevereiro de 1242, de repente, todos os sinos do Castelfiorentino em Florença, Itália, começaram a repicar simultaneamente. Quando os moradores constataram que tocavam sozinhos, sem que ninguém os manuseassem, tudo ficou claro, porque eles anunciavam a morte de Veridiana.


Nasceu em 1182, ali mesmo nos arredores da cidade que amou e onde viveu quase toda sua existência, só que enclausurada numa minúscula cela, de livre e espontânea vontade. Pertenceu a uma família nobre e rica, os Attavanti, Veridiana levou uma vida santa, que ficou conhecida muito além das fronteiras de sua terra; e que lhe valeu inclusive a visita em pessoa, de seu contemporâneo Francisco de Assis, que a abençoou e admitiu na Ordem Terceira, em 1221.


A fortuna da família, embora em certa decadência, Veridiana sempre utilizou em favor dos necessitados. Um dos prodígios atribuídos à ela, mostra bem o tamanho de sua caridade. Consta que certa vez um dos seus tios, muito rico, deixou à seus cuidados grande parte de seus bens, que eram as colheitas de suas terras.

A cidade atravessava uma época terrível de carestia e fome, seu tio nem pensou em auxiliar os necessitados, era um mercador e como tal aproveitando-se da miséria reinante. Durante algum tempo procurou vender grande parte desses produtos, o que conseguiu por um preço elevado, obtendo grande lucro. Mas, ao levar o comprador para retirar o material vendido, levou um susto, seus depósitos estavam completamente vazias. Veridiana tinha distribuído tudo aos famintos.

O tio comerciante ficou furioso, pediu um prazo de 24 horas ao comprador e ordenou a Veridiana que solucionasse o problema, já que fora a causadora do acontecido. No dia seguinte, na hora marcada, os depósitos estavam novamente cheios, e o negócio pode se concretizar.


Veridiana após uma peregrinação ao túmulo de Tiago em Compostela, Espanha, diga-se um centro de peregrinação tão requisitado quanto Roma o é pelos túmulos de São Pedro e São Paulo, ao retornar se decidiu pela vida religiosa e reclusa.


Para que não se afastasse da cidade, seus amigos e parentes construíram então uma pequena e desconfortável cela, próxima ao Oratório de Santo Antônio, onde ela viveu 34 anos de penitência e solidão. A cela possuía uma única e mínima janela, por onde ela assistia à missa e recebia suas raras visitas e refeições, também minúsculas, suficientes apenas para que não morresse de fome.

O culto de Santa Veridiana foi aprovado pelo papa Clemente VII no ano de 1533.
Ela também se tornou protetora do presídio feminino de Florença e, sua devoção ainda é muito popular na região da Toscana, na Itália.



segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Santa Martinha





30/01 - O pai de Martinha era um homem público, eleito três vezes cônsul de Roma. Ele pertencia a nobreza, era muito rico e cristão. Quando a menina nasceu, no começo do século III, o acontecimento foi amplamente divulgado na corte, entre o povo e pelos cristãos, pois a pequena logo foi batizada.


Martinha cresceu em meio à essa popularidade, muito caridosa, alegre e uma devota fiel ao amor de Jesus Cristo. Com a morte de seu pai a jovem recebeu de herança duas fortunas: uma material, composta de bens valiosos e a outra espiritual, pois foi educada dentro dos preceitos do cristianismo. A primeira, ela dividiu com os necessitados assim que tomou posse da herança. A segunda, foi empregada com humildade e disciplina, na sua rotina diária de diácona da Igreja, na sua cidade natal.



Desde o ano 222, o imperador romano era Alexandre Severo, que expediu um decreto mandando prender os cristãos para serem julgados e no caso de condenação seriam executados. Chamado para julgar o primeiro grupo de presos acusados de praticar o cristianismo, o imperador se surpreendeu ao ver que Martinha estava entre eles e tentou afastá-la dos seus irmãos em Cristo. Mas ela reafirmou sua posição de católica e exigiu ter o mesmo fim dos companheiros. A partir deste momento começaram os sucessivos fatos prodigiosos que culminaram com um grande tremor de terra.



Primeiro, Alexandre mandou que fosse açoitada. Mas a pureza e a força com que rezou, ao se entregar à execução, comoveram seus carrascos e muitos foram tocados pela fé. Tanto que, ninguém teve coragem de flagelar a jovem. O imperador mandou então que ela fosse jogada às feras, mas os leões não a atacaram. Condenada à fogueira, as chamas não a queimaram. Martinha foi então decapitada. No exato instante de sua a execução a tradição narra que um forte terremoto sacudiu toda cidade de Roma.



O relato do seu testemunho correu rápido por todas as regiões do Império, que logo atribuiu à santidade de Martinha, todos os prodígios ocorridos durante a sua tortura assim como o terremoto, ocasionando um cem número de conversões.



No século IV, o papa Honório mandou erguer a conhecida igreja do Foro, em Roma, para ser dedicada à ela, dando novo impulso ao seu culto por mais quatrocentos anos. Depois, as relíquias de Santa Martinha ficaram soterradas e sua celebração um pouco abandonada, durante um certo período obscuro vivido pelo Cristianismo.



Passados mais quinhentos anos, ou melhor catorze séculos após seu martírio, quando era papa, o dinâmico Urbano VIII, muito empenhado na grande contra-reforma católica e disposto a conduzir o projeto de reconstrução das igrejas. Começou pela igreja do Foro, onde as relíquias de Santa Martinha foram reencontradas. Nesta ocasião, proclamou Santa Martinha padroeira dos romanos e ainda compôs hinos em louvor à ela, inspirado na vida imaculada, da caridade exemplar e do seu corajoso testemunho a Cristo.


Fonte: www.arquimaringa.com.br

domingo, 29 de janeiro de 2012

São Pedro Nolasco



29/01 - No século XII, uma família francesa teve a graça de ter o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.


Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.


No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.


São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.


Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.



Fonte: paroquiasaorafael.blogspot.com

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Santa Angela de Mérici



27/01 - No caminho de integração da mulher na ação apostólica e no serviço da sociedade, Ângela de Mérici (1474-1540) deve ser considerada uma verdadeira inovadora. Em 1535 fundou em Brescia a congregação das Ursulinas, uma instituição completamente nova, dedicada ao ensino das moças. Pelas finalidades que a inspiravam, essa instituição vinha alargar radicalmente as concepções em vigor sobre a vida religiosa.



A congregação das Ursulinas tinha como objetivo a "formação cristã das futuras mães de família, abrindo-as para as necessidades de sua geração, concepção muito original em sua época, que apenas concebia a educação cristã da moça atrás das grades de um claustro".



Igualmente criativa se manisfestava a instituição em sua organização interna. A vida religiosa para as mulheres era concebida até então como uma separação total do mundo, protegida pela clausura, sendo a oração e a penitência os meios específicos com que a religiosa deveria contribuir ao crescimento da Igreja (é bem verdade que desde o século anterior havia tentativas de harmonizar a vida religiosa feminina com o serviço aos doentes).



As Ursulinas, pelo contrário, segundo a concepção de sua fundadora, deviam ser uma associação de virgens que permaneciam em parte no seio de suas famílias e não pronunciavam votos especiais, embora se obrigassem a seguir uma regra de vida e obedecer a uma superiora. Era, na realidade, uma sociedade de vida de perfeição, mas não uma congregação religiosa.



Sob a direção de Ãngela, eleita superiora geral no capítulo de 1537, a associação desenvolveu uma notável atividade na instrução, visita aos enfermos e outras formas de caridade.



Mas a sucessora de Ângela introduziu uma modificação restritiva: adotou um hábito especial. Pouco depois, Carlos Borromeu e o papa Gregório XIII acrescentavam a vida comum e os votos simples; e Paulo V, finalmente, concedeu os votos solenes e a clausura.



Assim as Ursulinas, em sua tentativa de atualização da vida religiosa, tropeçaram nas mesmas dificuldades e resistências que encontraria pouco depois S. Francisco de Sales na fundação das Salesas. Pouco a pouco, contudo, ia-se abrindo um novo caminho, como o demonstra, no mesmo século XVII a fundação das Filhas da Caridade, que adotaram definitiva ou transitoriamente várias das inovações queridas por Ângela para sua congregação.



quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

São Timóteo



26/01 - Sua vida foi marcada pela evangelização, pela santidade de São Paulo e também de São João Evangelista. A respeito dele, certa vez, São Paulo escreveu em uma de suas cartas: “A Timóteo, filho caríssimo, graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo Nosso Senhor. Nesta carta, vamos percebendo que ele foi fruto de uma evangelização que atingiu não somente a ele, mas também sua família.



“Quando me vêm ao pensamento as tuas lágrimas, sinto grande desejo de te ver para me encher de alegria” (II Timóteo 1, 4). Confesso a lembrança daquela sua fé tão sincera que foi primeiro a de sua avó Lóide e de sua mãe, Eunice e, não tenho a menor dúvida, habita em mim também. Por isso, São Paulo foi marcado pelo testemunho de São Timóteo, que se deixou influenciar também por São Paulo. Tornou-se, mais tarde, além de um apóstolo, um companheiro de São Paulo e muitas viagens.



Primeiro Bispo de Éfeso, foi neste contexto que ele conheceu e foi discípulo de Nosso Senhor seguindo as pegadas do Evangelista.



Conta-nos a tradição que, no ano de 95, o santo havia sido atingido por pagãos resistentes à Boa Nova do Senhor e, por isso, martirizado. São Timóteo, homem de oração, um apóstolo de entrega total a Jesus Cristo. Viveu a fé em família, mas também propagou a fé para que todos conhecessem Deus que é paz.



domingo, 22 de janeiro de 2012

São Vicente Pallotti


22/01 - Com alegria lembramos a vida de santidade e ousadia apostólica de São Vicente Pallotti, um apóstolo moderno. Nasceu em Roma, em 1795, de uma família numerosa, onde se destacou pela sensibilidade para com os pobres, a ponto de, enquanto pequeno, dar de suas próprias roupas a eles. Quando alcançou a idade necessária foi veloz em corresponder ao chamado do Senhor.

Quanto ao Sacerdócio, de modo concreto, doutorou-se em Filosofia e Teologia e, tornou-se padre da Diocese de Roma. São Vicente era um místico que mal saiu de sua cidade, porém tinha um ardor para a salvação das almas, as quais tinham desejo e projeto para Evangelizar o Mundo.

Pallotti, na Igreja, se despontou com o carisma do apostolado leigo, ou seja, aquilo que o Concílio Vaticano II apresentou em plenitude. Ele, antes de muitos, se empenhou inspiradamente na motivação do apostolado dos leigos. Achava claro que todo cristão, por graça do Batismo, era um apóstolo e missionário, mesmo diante dos diferentes estados de vida e capacidades pessoais.

Desta forma, este homem desejava que todos se gastassem para o anúncio do Evangelho, promoveu a ação dos Católicos leigos, religiosos e do clero, o que acabou frutificando no movimento da Ação Católica. São Vicente tudo fez, contando com a proteção da Imaculada Mãe de Deus, Rainha dos Apóstolos, a qual o recebeu no Céu com 55 anos, isso devido ao desgastar-se pela Missão e, pelo fato de ter pegado uma grave doença, por ter vestido, em pleno inverno, a um pobre com seu próprio casaco.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

São Fabiano


20/01 - Sucessor de Santo Antero, foi eleito Bispo da Igreja de Roma em 236. As extraordinárias circunstâncias de sua eleição, em muito se assemelham à de São Zeferino (15º Papa da Igreja), e foram relatadas pelo historiador Eusébius. Depois da morte do Papa Antero, havia vindo a Roma, com alguns outros de sua vila, e estava na cidade, como mero espectador, quando a nova eleição teve início.

Concentrados no local, haviam nomes de várias pessoas ilustres e também muitos nobres de elevada consideração. Durante a fase preparatória e as orações para a escolha do novo Pontífice, repentinamente uma pomba desceu sobre a cabeça de Fabiano, que não gozava de fama ou qualquer consideração social. Os membros da assembléia logo associaram esta manifestação extraordinária à cena descrita no Evangelho, quando o Espírito Santo desceu sobre o Salvador da humanidade e por isto, com divina inspiração, elegeram Fabiano e o aclamaram com tal alegria que, por unanimidade o conduziram à Cadeira de Pedro.

Durante seus quatorze anos de pontificado, dirigiu a Igreja com certa tranqüilidade, já que a chama da perseguição levantou-se somente nos anos finais, quando acabou sendo martirizado por ordem do governo imperial. Dos registros contidos no Livro Pontifical, consta que São Fabiano determinou que Roma fosse dividida em sete distritos eclesiásticos, sendo cada distrito supervisionado por um diácono. Designou sete subdiáconos para recolher e preservar, juntamente com outros notários a "ata dos mártires". Instituiu as quatro ordens menores e também empreendeu grandes trabalhos de manutenção das catacumbas dos mártires.

São Fabiano morreu decapitado durante o governo do imperador Décio, no dia 20 de janeiro de 250. São Cipriano também fez referências ao seu martírio. Seu corpo foi depositado na cripta dos Papas, nas catacumbas de São Calixto, onde, em épocas recentes (1850), foi descoberta sua lápide com seu nome gravado em grego.

Fonte: www.paginaoriente.com

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Santos Mário, Marta, Audifax e Ábaco


19/01 - No século terceiro houve um reflorescimento por toda a Igreja, desde a Ásia Menor até França e Itália, onde no ano 251 o papa Cornélio pôde presidir um sínodo de sessenta bispos. Sob Cláudio II parece que não houve perseguição (268-70), mas os Martirológios colocam nesses dois anos o martírio de Mário, Marta, Audifax e Abaco. A Paixão que traz o relato do martírio desses santos, remonta ao século VI e muitos particulares são lendários ou extraídos da Paixão de S. Valentim.

Não está provada a afirmação de que Mário e Marta eram casados e Audifax e Abaco eram seus filhos. Conta-se que os quatro vieram em peregrinação da longínqua Pérsia até Roma para venerar os túmulos dos mártires. Mário, ajudado pelos familiares e por um padre, teve oportunidade de honrar 260 mártires, cujos corpos decapitados, jaziam abandonados às intempéries do tempo. Ele lhes deu uma digna sepultura na Salária.

Foram pegos em flagrante, em sua obra de caridade, e, sob o prefeito Flaviano e o governador Marciano, foram martirizados. Não quiseram prestar culto ao imperador, por isso alguns pensam que eles padeceram sob Décio, que sucedeu a Filipe, o árabe, em 249.

Os três homens foram mortos na via Cornélia, e Marta, num poço ali perto. A matrona Felícita deu-lhes sepultura em seu terreno, na mesma via Cornélia. Nesse local, na propriedade de Boccea, surgiu uma igreja, cujas ruínas existem ainda hoje.

A grande difusão do nome Mário vem precisamente deste santo. A devoção do primeiro dos mártires da via Cornélia está provada na sua constante e tenaz presença em todos os calendários.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Santa Margarida da Hungria


18/01 - Margarida era uma princesa, filha do rei Bela IV, da Hungria e da rainha Maria, de origem bizantina. Ela nasceu no castelo de Turoc, em 1242, logo foi batizada, pois os reis eram fervorosos cristãos. Aos dez anos, o casal real a entregou para viver e ser preparada para os votos religiosos, no mosteiro dominicano de Vespem, em agradecimento pela libertação da pátria dos Tártaros.

Dois anos depois, fez a profissão de fé de religiosa num novo mosteiro, fundado para ela por seu pai, na Ilha das Lebres, localizada no rio Danúbio, perto de Budapeste. Em 1261, tomou o véu definitivo, entregando seu coração e sua vida a serviço do Senhor, tendo uma particular devoção pela Eucaristia e Paixão de Cristo. Ela realmente, era especial, foi um exemplo de humildade e virtude para as outras religiosas. Rezava sempre, e fazia penitencias, se oferecendo como vítima proposital, para a salvação do seu povo.

Margarida, não desejou ter uma cultura elevada. Sua instrução se limitou ao conhecimento primário da escrita e da leitura, talvez apenas um pouco mais que isto. Ela pedia que lhe lessem as Sagradas Escrituras e confiava sua direção espiritual ao seu confessor, o dominicano Marcelo, que era o superior da Ordem.

Possuía um ilimitado desapego às coisas materiais, amando plenamente a pobreza, o qual unido à sua vida contemplativa espiritual, a elevou a uma tal proximidade de Deus, que recebeu o dom das visões. Ela se tornou uma das grandes místicas medievais da Europa, respeitada e amada pelas comunidades religiosas, pela corte e população. Morreu em 18 de janeiro de 1270, no seu mosteiro.

A sua sepultura se tornou meta de peregrinação, pelas sucessivas graças e milagres atribuídos à sua intercessão. Um ano depois da sua morte, seu irmão, Estevão V, rei da Hungria, encaminhou um pedido de santidade, à Roma. Mas este processo desapareceu, bem como um outro, que foi enviado em 1276. Porém na sua pátria e em outros paises, Margarida já era venerada como Santa.

Depois de muitos desencontros, em 1729 um processo chegou em Roma, completo e contendo dados de autenticidade inquestionável. Neste meio tempo as relíquias de Margarida tinham sido transferidas, por causa da invasão turca, do convento da Ilha das Lebres para o de Presburgo em 1618.

Em 1804, mesmo sem o reconhecimento oficial, seu culto se estendia na Ordem Dominicana e na diocese da Transilvânia. No século XIX, sua festa se expandiu por todas as dioceses húngaras. A canonização de Santa Margarida da Hungria foi concedida pelo papa Pio XII em 1943, em meio ao júbilo dos devotos e fiéis, de todo o mundo, especialmente pelos da comunidade cristã do Leste Europeu, onde sua veneração é muito intensa.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Santo Antão


17/01 - Santo Antão foi um monge egípcio que viveu por volta de 251-355. É chamado o pai dos monges, pois foi o pioneiro da vida monástica na Igreja, Depois de passar certo tempo com um grupo de ascetas, foi para o deserto e entregou-se à mais profunda contemplação. Juntaram-se a ele muitos discípulos, os quais, sob a sua orientação, viviam em pequenas comunidades. É invocado contra as tentações.

Ficou órfão muito cedo e com a responsabilidade de cuidar sozinho de sua irmã e da fortuna deixada por seus pais, decidiu ouvir o chamado de Cristo que há muito lhe dizia para dedicar-se a fé católica. Doou tudo o que possuía, reservando apenas a parte de sua irmã e a enviou para um convento, seguindo seu caminho apenas com sua crença, optando por morar isoladamente como um eremita.

Porém o demônio teimava em colocar sua fé em xeque e o tentava de todas as maneiras, com pensamentos obscenos e impuros. Mas a serenidade de Santo Antão frente a tantas provocações era tão grande que, por fim, o diabo se cansou. Achando que poderia viver de forma mais isolada, decidiu se abrigar em um tumulo.

Logo depois seguiu para o deserto e atravessando o Rio Nilo, passou a viver no cume de uma montanha por vinte anos. Mais tarde fundou um mosteiro em Fauim. Morreu aos 105 anos.

domingo, 15 de janeiro de 2012

São Plácido


15/01 - A vida de Plácido está ligada à do seu primo Mauro, também chamado de Amaro, por várias circunstâncias. Primeiro, porque ambos aos sete anos de idade foram entregues, pelos pais ao amigo Bento de Nórcia, celebrado pela Igreja como o "pai dos monges ocidentais", para serem oblados à Cristo. Depois, porque Amaro o salvou da morte, na infância. Nesta ocasião, Bento, teve uma visão onde Plácido se afogava dentro de um lago, por isto mandou o pequeno Amaro correr para impedir o acidente. De fato, ele o salvou prodigiosamente, andando sobre as águas e o retirando com vida. Porém, após se tornarem sacerdotes, suas vidas se separam, e de maneira distinta cada um testemunhou sua fé em Cristo. Vejamos a trajetória de Plácido.

Plácido nasceu no ano de 514, em Roma. Os pais, nobres e ricos, eram Tertulo e Faustina, e os irmãos se chamavam Eutíquio, Flávia e Vitório. Plácido foi entregue a são Bento, que o tomou como discípulo e lhe dispensou um afeto paterno. O menino cresceu bondoso e assimilou os ensinamentos do Evangelho e o espírito ecumênico da mensagem beneditina. Tornou-se sacerdote e foi enviado para a cidade italiana de Messina, na Sicilia, para construir um mosteiro, do qual foi eleito o abade. Plácido o construiu fora dos muros da cidade. Ao lado do mosteiro ele também construiu uma igreja, dedicada a são João Batista.

Plácido, certa vez, recebeu a visita de seus irmãos, os três saudosos, decidiram ir para Messina, onde ficaram por um longo período, hospedados no mosteiro. Até que em setembro de 541, os árabes sarracenos, invadiram o mosteiro, destruindo tudo e matando os monges que encontravam pela frente.

Depois, se voltaram contra os quatro irmãos, que seriam poupados se renegassem o seu Deus. Plácido falou por todos: "jamais trairemos a fé em Cristo e por isto estamos prontos para morrer". Foram arrastados até a praia vizinha e brutamente mortos, tendo as cabeças decepadas. Os corpos foram recolhidos pelos monges sobreviventes e sepultados na igreja semidestruída.

Este mosteiro e a igreja foram destruídos e reconstruídos várias vezes por conta destes bárbaros. Só em 1099, a paz voltou a reinar na Sicília, com a sua expulsão definitiva . O então imperador Rugero, católico, mandou reconstruir tudo. No final da construção do grande edifício, o mosteiro foi elevado à condição de Priorado Geral. Mas o fato sensacional, ocorreu em 1588, quando o superior do mosteiro,vendo que o interior da igreja não tinha ventilação nem luz, mandou abrir três grandes portas. Para isto, tiveram que deslocar o altar maior, e foi aí que encontraram as relíquias dos quatro irmãos. A festa foi grande porque ao retirarem o corpo de são Plácido surgiu de improviso uma fonte de água puríssima, que os devotos atribuíram como milagrosa.

A igreja e o mosteiro foram totalmente destruídos, em 1918, quando ocorreu o maior terremoto de Messina. Mas as relíquias de são Plácido já estavam guardadas pelos beneditinos na Cripita da Capela do mosteiro de Montecassino, onde também estão as de seu primo.

A Igreja, em 1962, determinou que os dois primos sejam festejados no mesmo dia 15 de janeiro. Entretanto, o culto a são Plácido é muito intenso e os devotos o celebram também em 5 de outubro, data que lhe era dedicada anteriormente.

sábado, 14 de janeiro de 2012

Beato Pedro Donders


14/01 - Pedro Donders nasceu em Tilburg, Holanda, dia 27 de outubro de 1809, filho de Arnold Denis Donders e Petronella van den Brekel. Devido à pobreza da família, os dois filhos pouco puderam estudar, mas tiveram de trabalhar para o sustento da casa. No entanto, desde tenra idade Pedro tinha o desejo de se tornar sacerdote. Com o auxílio do clero da sua paróquia, aos vinte anos pôde começar os estudos no seminário menor. Posteriormente foi ordenado sacerdote dia 5 de junho de 1841.

Enquanto ainda cursava os estudos teológicos, foi orientado pelos superiores do seminário para as missões da colônia holandesa do Suriname. Chegou a Paramaribo, capital da colônia, a 16 de setembro de 1842 e dedicou-se imediatamente aos trabalhos pastorais que haveriam de ocupá-lo até a morte. Suas primeiras obrigações consistiram em visitas regulares às plantações ao longo dos rios da colônia, onde ele pregava e administrava os sacramentos sobretudo aos escravos. As suas cartas exprimem a sua indignação com o áspero tratamento reservado aos africanos forçados ao trabalho nas plantações.

Em 1856 foi enviado à colônia dos leprosos de Batávia; e esta haveria de ser, com muito poucas interrupções, o cenário dos seus trabalhos para o resto da sua vida. Na sua caridade ele não apenas oferecia aos pacientes os benefícios da religião, mas cuidava deles pessoalmente, até que conseguiu persuadir as autoridades a providenciar serviços adequados de enfermagem. De muitos modos conseguiu ele melhorar as condições de vida dos leprosos através da sua energia em levar as necessidades deles ao conhecimento das autoridades da colônia. Quando em 1866 os Redentoristas chegaram para assumir a missão do Suriname, Pe. Donders e um sacerdote seu companheiro pediram admissão na Congregação.

Os dois candidatos fizeram o noviciado sob a direção do Vigário Apostólico, o bispo Dom João Batista Winkels, e professaram os votos dia 24 de junho de 1867. Pe. Donders voltou imediatamente para Batávia. Por causa da assistência que agora ele tinha no trabalho com os leprosos, pôde dedicar-se a uma obra que por longo tempo tinha querido fazer. Como Redentorista, ele agora voltaria sua atenção para os povos indígenas do Suriname. Prosseguiu esse serviço, antes negligenciado por falta de pessoal, quase até a morte. Começou a aprender as línguas dos nativos e a instrui-los na fé cristã, até que o declínio das suas forças o obrigou a deixar para outros o que tinha começado.

Em 1883 o Vigário Apostólico, desejando aliviá-lo dos pesados encargos que tinha assumido por tanto tempo, transferiu-o para Paramaribo e depois para Coronie. No entanto, ele voltou para Batávia em 1885. Exerceu suas ocupações anteriores até que a saúde enfraquecida finalmente o prendeu ao leito em dezembro de 1886. Ainda viveu mais duas semanas até sua morte em 14 de janeiro de 1887. A fama da sua santidade espalhou-se no Suriname e na sua pátria, a Holanda. Sua causa foi introduzida em Roma e a 23 de maio de 1982 ele foi beatificado pelo Papa João Paulo II.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Santa Verônica de Milão



13/01 - Verônica foi e ainda é a própria imagem da humildade e dedicação a Deus e ao próximo. Nasceu na cidade de Binasco, em Milão, Itália no ano de 1445, era filha de lavradores pobres e muito religiosos. Assim, durante toda a infância e a juventude Verônica alimentou o sonho de entrar para um convento.



Ao completar vinte e dois anos, ingressou no Convento Agostiniano de Santa Marta, da sua cidade. Mesmo não sendo alfabetizada foi admitida, como irmã laica, trabalhando nos serviços mais humildes. Com muita dificuldade conseguiu receber alguma instrução, assim, pode vestir o hábito de agostiniana e fazer seus votos perpétuos. Foi considerada um exemplo das mais altas virtudes, possuindo o raro dom da compreensão da complexidade da alma humana.



Com a orientação das irmãs, a prática da meditação e as orações diárias, ela desenvolveu uma profunda sensibilidade que apurou seu dom de profecia e o senso de dedução. Em pouco tempo falava sobre teologia e psicologia como poucas, embora nunca tivesse estudado os temas. A intensa vida contemplativa não a impediu de viver plenamente em contato com a comunidade, apoiando, ajudando e, principalmente, consolando os sofredores e enfermos.



Após alguns anos, à sua alma mística foram concedidas visões freqüentes. Verônica inclusive, viajou para Roma, onde foi recebida com afeto paternal pelo Papa Alexandre VI, ao qual relatou uma aparição de Nossa Senhora. Os registros narram que ele a escutou com atenção, pois logo percebeu que estava na presença de uma santa.



Muitos anos antes de morrer, Verônica profetizou a sua hora com uma riqueza de detalhes que impressionava as co-irmãs. Tudo ocorreu exatamente como havia previsto, falecendo no dia 13 de janeiro de 1497, naquele convento.



Vinte anos depois, o Papa Leão X, concedeu a beatificação à irmã Verônica de Binasco, como era chamada pelos fiéis que lhe prestavam veneração em agradecimento à sua intercessão. Seu culto foi estendido à toda Ordem dos Agostinianos, em 1672, pelo Papa Clemente X, também devoto de Santa Verônica de Binasco.



quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Santa Tatiana de Roma



12/01 - Santa Tatiana era filha de um rico cidadão romano e foi educada na fé cristã. Não lhe interessavam as riquezas e os bens materiais; quando atingiu a idade para se casar não o quis. Por ter vivido uma vida virtuosa, foi elevada ao posto de diaconisa da Igreja de Roma, cabendo-lhe cuidar com diligência dos enfermos, visitar os cativos, ajudar aos pobres. Por suas orações e obras de caridade procurava viver uma vida agradável a Deus.



Nos tempos do imperador Alexandre Severo (222-235), Santa Tatiana foi martirizada por sua fé em Jesus Cristo (225). Segundo antigos relatos, depois de várias torturas foi jogada na arena do circo (Coliseum) para que um leão feroz a destroçasse para a diversão do público. Contudo, o leão em vez de destroçá-la, começou a acariciá-la. Foi então submetida a novas formas de torturas e, com o seu pai, foi decapitada.



Os sete funcionários do governo que a tinham torturado se converteram ao cristianismo ao testemunhar a força de Deus sobre ela. Tempos depois foram também torturados. Segundo testemunhos do diácono Zósimo, a cabeça de Santa Tatiana, até o ano de 1420, encontrava-se em Perivlepto, Constantinopla.


Fonte: www.ecclesia.com.br

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Santo Higino



11/01 - No elenco dos doze primeiros bispos de Roma feito por santo Ireneu, no fim do século segundo, Higino é o nono. Sua memória, porém, só foi introduzida no século XII. Por essa razão o novo calendário deixou-o fora. É um santo muito querido pelo povo. Sua existência está fora de qualquer contestação. Sofreu o martírio na perseguição desencadeada pelo imperador Antonino Pio (ano 140).



O Liber Pontificalis e o Martirológio Romano afirma que também Higino sofreu o martírio no dia 11 de janeiro (140), durante a perseguição de Antonino Pio, foi sepultado junto ao corpo de são Pedro no Vaticano. Alguns estudiosos discordam que ele tenha sido mártir, mas que foi santo por outros méritos. Durante seu breve pontificado (136-140), os ataques dos pagãos haviam diminuído e a Igreja se viu ameaçada pela proliferação de seitas heréticas.



Valentim e Cerdon ousaram enfrentar Roma espalhando a heresia do gnosticismo, mistura de doutrinas e práticas religiosas com filosofia e mistérios, cujo princípio fundamental é este: há uma fé comum que é suficiente aos incultos, mas existe uma ciência reservada aos doutos que oferece uma explicação filosófica da fé comum. Os dois hereges foram excomungados pelo papa Higino, chamado filósofo de origem ateniense. Portanto, um filósofo dirigia a barca de Pedro no momento certo quando a perniciosa heresia gnóstica tendia a absorver a Revelação divina, transformando-a em uma simples filosofia religiosa.



Higino se esmerou assim na preservação da integridade do ensinamento evangélico. Tomando como exemplo o poderoso imperador Adriana, mexeu nas estruturas hierárquicas, instituiu as Ordens menores para melhorar o serviço da Igreja e preparação ao sacerdócio. Parece que se deve a ele a instituição de padrinhos no batismo.



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

São Gregório X



10/01 - São Gregório X é lembrado como o papa que convocou o II Concílio Geral de Lião (França ), em 1274. Esse Concílio visava estabelecer a união da Igreja do Oriente com a Igreja de Roma ou do Ocidente, e também à libertação da Terra Santa e à reforma dos costumes do clero e dos leigos.

Nesta época, tomaram parte deste Concílio mais dois grandes teólogos: São Boaventura, franciscano, e Santo Tomás de Aquino, dominicano. Participaram também 15 cardeais, um rei, os patriarcas latinos de Constantinopla e de Antioquia e cerca de 1.600 eclesiásticos, entre os quais 500 bispos.

São Gregório era profundo conhecedor do Direito Canônico, que regula a vida da Igreja. Foi enviado por Inocêncio IV como missionário a Terra Santa, e ali recebeu a notícia de que havia sido eleito papa. Pontificou por cinco anos (1271-1276) e morreu quando regressava do Concílio a Roma.



domingo, 8 de janeiro de 2012

Santo Antonio de Categeró



08/01 - Foi um escravo que se tornou santo.Nasceu na Cirenáica, uma região do norte da África, no fim do século XV.Na terra natal praticou a religião chamada Islamismo, que foi fundada por Maomé.


Depois, capturado como escravo, foi levado para a ilha da Sicília, sul da Itália. Aí foi vendido para um senhor cristão.Naquele tempo o escravo era comprado por um valor equivalente ao valor de dois cavalos. Muito bom e humilde, Antônio era chamado de Tio António. Foi instruído pelos patrões sobre a vida e a missão de Jesus Cristo.


Desse conhecimento de Jesus passou a amar o nosso Salvador e pediu para ser batizado. Tornou-se cristão. Não foi, porém um cristão comum, muito menos, um cristão relaxado. Praticava a lei de Deus com todo o fervor.Amava a Deus, procurando estar sempre com Ele por meio da oração.Procurava conhecer também a palavra de Deus na Bíblia.Orava muito, até durante a noite.Sempre se confessava e recebia Jesus na comunhão.Como a vontade de Deus é amemos também nossos irmãos, ele amava realmente o próximo.Primeiramente, era muito trabalhador, cumprindo sempre as ordens de seu patrão, que o encarregou de cuidar das ovelhas.



Depois, tinha amor pelos pobres.Pedia ao povo da cidade onde morava, a cidade de Noto, esmolas, e distribuía pelos pobres, alimento e roupas.Ajudava aos pobres também distribuindo leite e queijo das ovelhas.Uma vez o patrão o proibiu de dar leite e queijo para os pobres.António obedeceu.Então a produção diminuiu bastante.


O patrão viu que ia tomar prejuízo. Mandou então que António continuasse a atender os pobres. E as ovelhas continuaram a produzir como antes, para alegria do patrão. Deus deu a António o dom de fazer milagres, de modo especial de curar pessoas.



Muitos o procuravam para alcançar a saúde. António humilde, dizia que ele não passava de um simples escravo do Senhor Jesus, só Deus tem poder de curar.Impunha as mãos aos enfermos, rezava e Deus curava. Depois de sua morte continuou a fazer muitos milagres.


Até hoje temos testemunhas de muitas pessoas que alcançaram grandes graças por intercessão de Santo António de Categeró.



sábado, 7 de janeiro de 2012

São Luciano de Antióquia



07/01 - São Luciano sofreu o martírio sob a perseguição de Maximino Daia, no ano 312, depois de 9 anos de prisão. Esse imperador romano, um dos mais fanáticos anticristãos, era o César do Egito e da Síria. Não somente intensificou a luta contra os cristãos, mas moveu contra eles uma campanha difamatória. Mandou falsificar a história das origens cristãs e difundir tais idéias nas escolas e bibliotecas públicas.



Foi esse o contexto sócio-religioso em que São Luciano viveu e testemunhou com a vida o Evangelho de Jesus Cristo. Os seus dias foram dedicados, de modo especial, ao estudo e à meditação da Palavra de Deus. Havia na antigüidade três versões da Sagrada Escritura: a versão do Egito, feita por São Hesíquio; a da Palestina, realizada pelo mártir Panfilo; e a de Antioquia, que é a versão de São Luciano.



Fonte: multigolb.wordpress.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Santa Angela de Foligno



04/01 - A história de Santa Ângela, considerada uma das primeiras místicas italianas, poderia ser o roteiro de um romance ou novela, com final feliz, é claro. Transformou-se de mulher fútil e despreocupada em mística e devota, depois literata, teóloga e, finalmente, santa. A data mais aceita para o nascimento de Ângela, em Foligno, perto de Assis e de Roma, é o ano 1248. Ela pertencia à uma família relativamente rica e bem situada socialmente. Ainda muito jovem casou-se com um nobre e passou a levar uma vida ainda mais confortável, voltada para as vaidades, festas e recreações mundanas. Assim viveu até os trinta e sete anos, quando uma tragédia avassaladora mudou sua vida.

Num curto espaço de tempo perdeu os pais, o marido e todos os numerosos filhos, um a um. Mas, ao invés de esmorecer, uma mulher forte e confiante nasceu daquela seqüência de mortes e sofrimento, cheia de fé em Deus e no seu conforto espiritual. Como conseqüência, em 1291 fez os votos religiosos, doando todos os seus bens para os pobres e entrando para a Ordem Terceira de São Francisco, trocando a futilidade por penitências e orações. O dom místico começou a se manifestar quando Santa Ângela recebeu em sonho a orientação de São Francisco para que fizesse uma peregrinação a Assis. Ela obedeceu, e a partir daí as manifestações não pararam mais.

Contam seus escritos que ela chegava a sentir todo o flagelo da paixão de Cristo, nos ossos e juntas do próprio corpo. Todas essas manifestações, acompanhadas e testemunhadas por seu diretor espiritual, Santo Arnaldo de Foligno, foram registradas em narrações que ela escrevia em dialeto úmbrio e que eram transcritas imediatamente para o latim ensinado nas escolas, para que pudessem ser aproveitados imediatamente por toda a cristandade. Trinta e cinco dessas passagens foram editadas com o título "Experiências espirituais, revelações e consolações da Bem-Aventurada Ângela de Foligno", livro que passou a ser básico para a formação de religiosos e trouxe para a Santa o título de "Mestra dos Teólogos". Muitos dos quais a comparam como Santa Tereza d'Ávila e Santa Catarina de Sena.

Ângela terminou seus dias orientando espiritualmente, através de cartas, centenas de pessoas que pediam seus conselhos. Ao Santo Arnaldo, à quem ditou sua autobiografia, disse o seguinte: "Eu, Ângela de Foligno, tive que atravessar muitas etapas no caminho da penitencia e conversão. A primeira foi me convencer de como o pecado é grave e danoso. A segunda foi sentir arrependimento e vergonha por ter ofendido a bondade de Deus. A terceira me confessar de todos os meus pecados. A quarta me convencer da grande misericórdia que Deus tem para com os pecadores que desejam ser perdoados. A quinta adquirir um grande amor e reconhecimento por tudo o que Cristo sofreu por todos nós. A sexta sentir um profundo amor por Jesus Eucarístico. A sétima aprender a orar, especialmente rezar com amor e atenção o Pai Nosso. A oitava procurar e tratar de viver em contínua e afetuosa comunhão com Deus". Na Santa Missa, ela muitas vezes via Jesus Cristo na Santa Hóstia. Morreu, em 04 de janeiro 1309, já sexagenária, sendo enterrada na Igreja de São Francisco, em Foligno, Itália.

Seu túmulo foi cenário de muitos prodígios e graças. Assim, a atribuição de sua santidade aconteceu naturalmente, àquela que os devotos consideram como a padroeira das viúvas e protetora da morte prematura das crianças. Foi o Papa Clemente XI que reconheceu seu culto, em 1707. Porém ela já tinha sido descrita como Santa por vários outros pontífices, à exemplo de Paulo III em 1547 e Inocente XII em 1693. Mais recentemente o Papa Pio XI a mencionou também como Santa em uma carta datada de 1927.