10/02 - Escolástica era irmã de Bento. O grande são Bento, pai do monaquismo do Ocidente. Tudo indica que eram gêmeos, nascidos em 480.
Gêmeos também eram seus corações: amavam a Deus mais do que tudo, a Ele se consagraram desde a juventude e por Ele viveram em oração e trabalho. Os mosteiros que fundaram tornaram-se centros de estudo, de santidade, de acolhida. A Regra que Bento escreveu para monges e monjas tornou-se um referencial de vida em comunidade, de caminhada no seguimento de Cristo pobre, casto e obediente.
A história de sua época não favorecia o protagonismo feminino, mas Escolástica foi uma grande mulher que, humildemente, deixou-se esconder pela sombra luminosa de Bento. Não importava ela, mas o Senhor de sua vida e esse não era Bento, mas Deus.
É conhecido um episódio que ocorreu poucos dias antes de sua morte. Como Bento, no zelo de cumprir a Regra, estabelecera que os dois só se veriam uma vez ao ano, para conversas e conselhos espirituais, os encontros eram sempre muito desejados e sempre curtos demais. Daquela vez, que seria a última, Escolástica quis prolongar o tempo com seu irmão, mas Bento foi inflexível. Serena e confiantemente, ela começou a rezar e uma tempestade fortíssima desabou, impedindo que Bento voltasse a seu mosteiro. “Pedi a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e Ele me ouviu”, disse-lhe a irmã muito contente. Bento não reclamou.
Três dias depois, enquanto rezava, Bento viu uma pomba branca, voando em direção ao céu alto. Era um sinal: Escolástica havia morrido discretamente. Quarenta dias depois, ele foi atrás. Louvariam juntos o Senhor por toda a eternidade. Deixavam na terra a família beneditina firme e fiel.
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