quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Santo Eleutério


20/02 - Eleutério nasceu no ano de 456 na cidade de Tournai, França. São Gregório de Tours, que foi um dos primeiros historiadores da Igreja da França, narrou que na infância enquanto Eleutério brincava com os amiguinhos, um deles lhe disse que iria chegar a ser um bispo. Não foi um aviso profético. Certamente foi um gracejo maldoso, pois na sua época, as responsabilidades desta função geralmente incluíam ameaças de morte.

Ele viveu num período conturbado da história da França, que ainda estava sendo evangelizada, e sentia o domínio dos povos do norte europeu. Foi alvo de sucessivas invasões, ora dos visigodos ora dos burgundis, ainda não pagãos, que só obedeciam à força militar, identificada na pessoa do rei ou dos generais. Assim, tornou-se, em parte, um território dos Francos, cujo rei era Clodoveo, ainda pagão.

Eleutério seguiu a carreira eclesiástica, desenvolvendo sua ação pastoral neste campo.
Chegou de fato a ser eleito bispo, o primeiro da diocese de Tournai, da qual foi o desbravador, que com imenso sacrifício, mas vencendo as dificuldades, fixou as bases para a futura grandeza daquela diocese. Somou-se ao incessante esforço da Igreja da França pela conversão dos povos recém-migrados, começando com o rei Clodoveo e a rainha Clotilde, que ele conseguiu converter com ajuda do amigo, também santo, bispo Remígio, de Reims.

Naquela época, era muito difícil organizar uma diocese com estruturas mínimas de clero, igrejas, centro de evangelização. O trabalho mais árduo era criar o espírito pacífico entre os habitantes da região, que viveram grande parte do tempo em confrontos por um pedaço de terra onde sobreviver. Além disto, havia a complicada questão das conversões em massa, que se desencadeava a partir da conversão do rei. Confundindo nação com religião, a maioria da população queria se converter também. Deste modo, as conversões não eram bem feitas, a maioria era puramente exterior, ou apenas uma questão de política, não modificavam o interior das pessoas.

Mas, o bispo Eleutério conseguiu com poucos padres e monges, fazer uma evangelização sólida e bem feita, durante os dez anos que dirigiu aquela Igreja. Foi um verdadeiro operário de Cristo, tenaz, zeloso, enérgico, vigilante contra as heresias e bondoso na tarefa de conversão dos pagãos. Mesmo assim, Eleutério foi vítima de uma conspiração, morrendo como mártir em 531, na sua querida Tournai.

Os restos mortais deste humilde bispo, foram guardados numa urna na Catedral de Tournai e o local se tornou meta de peregrinação. A cidade de Tournai esta situada hoje na Bélgica e se destaca como uma das maiores dioceses do mundo. A igreja canonizou Santo Eleutério designando o dia 20 de fevereiro para a sua festa, data em que a Catedral foi dedicada à ele.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

São Conrado de Piacenza


19/02 - Conrado nasceu em Piacenza, ao sul de Milão, por volta do ano 1290, da nobre familia dos Confalonieri. Quando jovem, tornou-se soldado e se casou com a jovem Eufrosina de Lodi. Seus divertimentos eram os torneios, as armas e as caçadas a lebres e javalis. Certo dia, para emboscar uma presa, acabou provocando um incêndio em todo um bosque. O fogo provocou estragos também em culturas de campos vizinhos.

Os colonos se revoltaram porque tiveram muitos prejuízos. O governador, Galeazzo Visconti, para aplacar a ira dos camponeses, condenou à morte o primeiro suspeito, que na ocasião pegaram no bosque. Mas Conrado demonstrou toda a sua nobreza também de coração. Para não permitir que um inocente pagasse por um erro seu, apresentou-se ao governador e confessou sua culpa. Comprometeu-se a indenizar os prejudicados. Para isso vendeu todas as suas posses, ficando completamente pobre.

Na pobreza, ele e sua esposa buscaram refúgio em Deus. E encontraram. Após um período de sofrimentos e meditações, resolveram se dedicar, os dois, marido e esposa, ao serviço do Senhor. Era o ano de 1315. Eufrosina ingressou no convento franciscano de santa Clara de Piacenza, onde passou o resto de sua vida. Conrado retirou-se, passando a peregrinar de santuário em santuário, em busca de um lugar adequado para viver como ermitão, dedicado à penitência e oração.

En Calendasco, no ano de 1315, vestiu o hábito da Ordem Terceira de São Francisco. Mas algum tempo depois continuou sua marcha eremítica. Visitou Roma e seguiu caminhando até que um dia acampou no estreito de Messina. Perambulou pelas terras entre Catânia e Siracusa, talvez entre os anos de de 1331 e 1335, e chegou à cidade de Noto.

Ele se fixou em Noto, numa cela junto à Igreja de São Miguel. Após 30 anos de caminhada, pareceu que ele ia finalmente parar de perambular. Dedicou-se a cuidar dos enfermos no Hospital de São Martinho. Começou a crescer sua fama de santidade e ele passou a ser procurado por devotos.

Acostumado à solidão, procurou refúgio na gruta de Pizzoni, fora da cidade. Lá se encontrou com outro ermitão terciário franciscano, o beato Guillermo Buccheri de Scicli. Na gruta eles passaram a viver em oração e penitência, pedindo a Deus a conversão dos pecadores, a proteção contra desastres da natureza, e a cura da multidão de enfermos que continuou procurando por eles, oriundos de todas as regiões vizinhas. Uma de suas visitas frequentes foi a do bispo de Siracusa. Essa gruta é conhecida hoje como "gruta de são Currau, ou gruta de São Conrado".

Conrado morreu na gruta de Pizzoni, no dia 19 de fevereiro de 1351. Foi enterrado na cidade de Noto, onde os habitantes, para homenagear o "santo que veio do continente", o sepultaram na mais bela igreja de Noto, a igreja de são Nicolau, que em 1844 se tornou a catedral da nova diocese.

Seu processo de beatificação passou pelos papas Leão X, Paulo III e Urbano VIII. Este último o canonizou no dia 12 de setembro de 1625. Conrado é hoje, junto com São Nicolau, patrono da cidade e da diocese de Noto. É particularmente invocado para a cura de hérnias.

Fonte: www.daaz.com.br

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

São Flaviano


18/02 - Flaviano, sucessor de São Proclo, ocupou a sede patriarcal de Constantinopla durante os três anos de 446-449. Seu governo coincidiu com uma época agitadíssima da Igreja Oriental. Heresias, graves dissensões e lutas intestinas perturbavam a paz e tornavam quase insuportáveis a permanência na capital do império grego. Flaviano, envolvido fatalmente nas agitações político-religiosas daquele tempo, com a solidez de suas virtudes, com a firmeza de seu caráter conservando-se sempre superior e absoluto senhor da situação, apresenta a figura dum grande Patriarca, digno da admiração de todos os tempos. A modéstia, unida à firmeza, à paciência imperturbável nas situações mais críticas, fizeram com que não se esquecesse nunca de sua alta posição e das obrigações a ela ligadas.

Logo após a sua eleição para Patriarca se deu um fato, presságio de lutas vindouras. Segundo o costume daquele tempo, o Patriarca eleito enviara ao Imperador os tais chamados eulógias, isto é, pão bento, símbolo da paz e concórdia. A oferta de Flaviano foi devolvida, com a retificação que só seriam aceitas eulógias de ouro. O Patriarca respondeu: “Ouro e prata não me pertencem”.

Quando a heresia monofisítica do arquimandrita Eutiches começou a ganhar terreno em Constantinopla, Flaviano se lhe opôs, com toda a energia e franqueza apostólica. Principiou com esta campanha a subida para o Calvário do intemerato antístite. Eusébio de Doriléia, com um solene protesto contra a nova doutrina, dera sinal de alarme. Flaviano convocou um Concílio local em Constantinopla (448); que examinou a doutrina eutichiana e a condenou. Contra o autor foi lançada a excomunhão. Tendo na questão o apoio incondicional do grande Papa Leão I, Flaviano não mais hesitou em entrar em luta aberta contra os poderosos amigos de Eutiches. Os que como tais se revelaram, eram o eunucho Crisáfio, favorito e tesoureiro do Imperador Teodósio II e Dioscuro, Bispo de Alexandria; dois formidáveis adversários, cuja política outra mira não visava, a não ser deposição e expulsão do Patriarca. Para alcançar este fim, todos os meios, por mais indignos que fossem, lhes eram aceitáveis. Vendo que o Patriarca não cedia, nem ameaças com o desagrado do Imperador lhe faziam modificar a atitude, trataram de alcançar de Teodósio a autorização para convocar um concílio, com o intuito de, como diziam, restabelecer a paz religiosa. O Concílio, chamado o latrocínio de Efeso, realizou-se (449), sob a presidência de Dioscuro. Compareceram 135 Bispos. De um sínodo, onde só inimigos tinham representação, que justiça Flaviano podia esperar? De fato o sínodo de Éfeso foi a expressão da paixão, do ódio, do despotismo sem freio contra o Bispo católico.

A primeira humilhação foi à absolvição solene de Eutiches e a reabilitação de sua doutrina condenada. Seguiu-se a vergonha de Bispos subalternos declararem deposto o superior e pronunciarem contra ele a sentença da excomunhão. De nada valeu a apelação de alguns Bispos, que de joelhos suplicaram a Dioscuro que não cometesse tamanha injustiça e retirasse a sentença pronunciada contra Flaviano. A injustiça aí não parou. De chofre apareceu um bando de gente armada, entre outros, monges fanatizados chefiados pelo afamado Barsumas, que com paus e facas se atiraram aos Bispos católicos, exigindo-lhes debaixo de terríveis ameaças, a assinatura do documento da deposição e condenação de Flaviano. Sem exemplo na história eclesiástica foi o tratamento bárbaro que Flaviano mesmo sofreu, no meio dos inimigos. O próprio Dioscuro (segundo outros Barsumas) pisou-o com os pés e as feridas que recebeu dos outros fanáticos foram tão graves, que morreu três dias depois.

O triunfo dos inimigos teve pouca duração. Dois anos depois se realizou o Concílio ecumênico de Chalcedon, que restabeleceu a honra do grande Patriarca, dando-lhe o título de Mártir glorioso, que morreu em testemunho da fé verdadeira. O Papa Hilário, que, como comissário apostólico, tinha presenciado as cenas horríveis do sínodo de Éfeso, construiu uma Igreja em honra do Bispo Mártir. Nela se vê um quadro artístico que representa o martírio de S. Flaviano.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Sete Fundadores da Ordem dos Servitas



17/02 - Na Europa dos séculos XII e XIII houve uma grande ruptura dos valores cristãos, tanto por parte da sociedade civil e dos religiosos. Com isso surgiram várias confrarias de penitências onde os leigos buscavam viver a plenitude do evangelho, em oposição à ganância, luxo, prazeres fúteis e o gosto pelo poder que imperava. Algumas ordens são bem conhecidas, mas uma estendeu suas raízes por quase todo o mundo, foi a "Ordem dos Servidores de Nossa Senhora", ou Servitas.

Conta a tradição que, no dia 15 de agosto de 1233 os sete jovens estavam reunidos para as orações, onde também cantavam "laudas" de poemas religiosos dedicados à Virgem Maria e a imagem da Santa se mexeu. Mais tarde, quando atravessavam a ponte para voltar para casa, Nossa Senhora apareceu vestida de luto e chorando. Falou que a causa de sua tristeza era a guerra civil que ocorria em Florença, há dezoito anos.

Naquele momento, os setes nobres, abandonaram os bens e as famílias, e se dedicaram às orações e à assistência aos pobres, para "vivenciar o compromisso cristão da pobreza, humildade e caridade". Eram eles: Bonfiglio Monardi, Bonaiuto Manetti, Amadio de Amadei, Ugoccio de Ugoccioni, Sostenio de Sosteni, Maneto d'Antela e Aleixo Falconieri.

O bispo de Florença que era monge e nutria pelo grupo grande estima, soube do projeto que tinham de fundar uma comunidade religiosa de vida eremita. Resolveu ajudar doando o seu terreno de monte Senário, que ficava a dezoito quilômetros da cidade. Alí os sete irmãos fundaram a Companhia de Nossa Senhora das Dores e passaram a se vestir de preto, em homenagem à Virgem de luto. Viviam reclusos em êxtases de orações e se mantendo em constante vigília penitente. Uma vez por semana iam rezar para Nossa Senhora numa pequena capela, que existia na estrada de Cafagio, próxima da cidade.

O grupo as vezes era visto mendigando pelas ruas para conseguir ajuda para os pobres, doentes e sem recursos. Certo dia, quando distribuíam alimentos aos pobres, um menino passou e perguntou: "Vocês são os servidores de Maria?". Perceberam que era mais um sinal de Nossa Senhora. Fundaram uma ordem religiosa mariana , sob as Regras de Santo Agostinho e mudaram o nome para "Servidores de Maria".

A ordem recebeu apoio tanto das autoridades religiosas quanto sociais. Mais tarde, a capelinha inicial usada pelos sete fundadores foi transformada num santuário dedicado a Nossa Senhora das Dores, um dos mais visitados templos marianos do mundo. Com exceção de Aleixo, todos os outros fundadores foram ordenados padres.

A atuação da Ordem dos Servitas produziu frutos em muitos países, inclusive no Brasil, principalmente em São Paulo, Santa Catarina e Acre onde foram construídos vários conventos. Ainda há uma missão dela em Rio Branco, no Acre. Os "Sete Fundadores" foram canonizados pelo papa Leão XIII, em 1888 e são celebrados juntos no dia 17 de fevereiro, dia da morte do último fundador: Aleixo Falconieri. Ele que na sua humildade se recusou a tomar o hábito de padre, por se considerar indigno de ser representante de Cristo.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

Santo Onésimo


16/02 - Onésimo era escravo de Filemon, cristão convertido por São Paulo, natural da Frigia, em Colossos. Tendo prestado maus serviços ao amo, a quem subtraira uma certa quantia de dinheiro e receando castigo, fugiu para Roma, onde se encontrou com São Paulo, que ali se achava preso no cárcere. Conhecendo a São Paulo por bom amigo de Filemon, contou-lhe sua infelicidade e o motivo da fuga. São Paulo, vendo em todos os homens irmãos em Jesus Cristo, para quem não havia distinção entre romano e grego, escravo e senhor, acolheu-o com caridade, instruiu-o na religião cristã e recebeu-o na Igreja, pelo santo Batismo. Desde aquele dia, Onésimo foi dedicado servidor do Apóstolo que o chamava de caríssimo filho.

Embora fosse de grande utilidade, não quis São Paulo conservá-lo em sua companhia, sem que para isto tivesse o consentimento de Filemon. Tendo ocasião de enviar Tychico a Colossos, com ele mandou também Onésimo, não deixando de recomendá-lo ao amo. Nada prova melhor a grande caridade do Apóstolo das gentes, que este documento em que pede a Filemon que perdoe ao antigo escravo e o aceite novamente em sua graça, como se fosse a ele, Paulo. “Tive grande alegria e consolação – assim escreve São Paulo a Filemon – pela tua caridade, porquanto os corações dos Santos por ti foram confortados.

Assim, tendo embora em Cristo Jesus muita liberdade, para ordenar-te o que te convém, prefiro rogar-te por caridade, tal sendo tu, como Paulo, já velho e agora está preso de Jesus Cristo. Rogo-te por meu filho, que gerei entre as algemas, Onésimo, o qual outrora te foi inútil, mas agora é útil a mim e a ti; que eu te remeti. Acolhe-o pois, como vísceras minhas. Quisera retê-lo comigo, para que me servisse por ti, nas cadeias do Evangelho. Nada, porém, quis fazer sem o teu consentimento, para que a tua obra não fosse como forçada, e sim, voluntária. Porque ele talvez se apartou de ti uns tempos, a fim de que viesses a recobrá-lo para sempre. Já não apenas como um servo, mas em vez do servo, um irmão muito amado, principalmente para mim, e quanto mais para ti, assim na carne como no Senhor? Portanto, se me tens por amigo, recebe-o como a mim próprio: e, se te fez algum dano ou te é devedor, põe isso à minha conta. Eu, Paulo, escrevi por meu punho: eu pagarei, para não te dizer que também tu mesmo te deves a mim. Sim, irmão, recebe em ti essa alegria no Senhor; alenta o meu coração no Senhor. Confiando na tua obediência, escrevi-te sabendo que farás até ainda mais do que digo”. (Filemon, 7 – 22).

Com efeito, correspondendo ao nobre pedido de Paulo, Filemon não só perdoou a Onésimo, como se fosse um filho querido, mas deu-lhe liberdade, para voltar a Roma e continuar na companhia do Apóstolo, servindo-lhe nos trabalhos apostólicos. Quão sólida foi essa conversão, prova a grande confiança de que gozava do Apóstolo São Paulo, que lhe confiou importantes missões e o aceitou como ministro da Igreja, fazendo-o Bispo de Éfeso, onde em seguida trabalhou junto com o Apóstolo São João, como sucessor de São Timóteo. Nas assim chamadas Constituições Católicas, Santo Onésimo era bispo de Berea, na Macedônia. Preso em 109, foi levado a Roma, onde sofreu o martírio de apedrejamento.

Fonte: www.paginaoriente.com

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

São Faustino e Santa Jovita


15/02 - Faustino nasceu em 90, Jovita em 96, na cidade e Bréscia, na Lombardia, Itália. Eram cristãos e foram martirizados no século II, durante os tempos sangrentos das perseguições. Os outros dados sobre eles nos foram transmitidos pela tradição, pois quase todos os registros eram queimados ou confiscados durante as inúmeras perseguições contra a Igreja dos primeiros séculos.

Segundo os devotos eles eram irmãos e pregavam livremente a religião apesar das perseguições decretadas pelos imperadores: Trajano e Adriano. As prisões estavam repletas de cristãos que se não renegassem a fé publicamente eram martirizados. E na Lombardia a situação não era diferente. Isto preocupava o bispo Apolônio da Bréscia, que precisava de confessores e sacerdotes que exortassem o animo e a fé dos cristãos, para se manterem firmes nas orações.

Secretamente, o bispo ordenou Faustino sacerdote e Jovita diácono, que continuaram no meio da comunidade operando milagres, convertendo pagão e destruindo os ídolos. Acusados pelo prefeito, foram espancados, submetidos a atrozes torturas, mas sobreviveram a tudo. Foram então levados para Roma, julgados e condenados a morrer na cidade natal. Em 15 de fevereiro de 146 foram decapitados. Mas, existia uma tradição que dizia que Jovita, era a irmã virgem de Faustino, por isto não era sacerdote como ele. A Igreja comprovou entretanto que eram dois mártires homens, porque pela origem da palavra, que significa jovem, se tratava de um termo na época usado somente para o gênero masculino.

O primeiro testemunho sobre o culto destes dois santos mártires foi encontrado no livro dos "Diálogos" de São Gregório Magno. Entre 720 e 730 houve a translação dos corpos dos Santos Faustino e Jovita do cemitério de São Latino, para a igreja de Santa Maria, depois chamada de São Faustino e Jovita. Outra particularidade histórica e religiosa foi a troca de relíquias feita entre os monges beneditinos de Monte Cassino e o bispo de Bréscia. Eles ficaram com uma de Faustino e a Catedral de Bréscia recebeu uma de São Bento.

Enquanto isso a tradição continuava a se enriquecer, tanto que nas pinturas tradicionais São Faustino e Jovita são representados vestidos de guerreiros. Em 1438, a cidade de Bréscia foi salva, da invasão das tropas do comandante milanês Nicolau Picinino, pelos dois santos que apareceram vestidos de guerreiros para lutar ao lado da população bresciana. No dia 10 de janeiro de 1439, o bispo de Bréscia escrevia ao amigo, bispo de Vicenza a narração desta tremenda invasão. Esta carta se encontra na Biblioteca de São Marco, no Vaticano.

Uma das maiores festas que acontece na Lombardia é a de São Faustino e Jovita, na Bréscia, quando a população reverencia seus Patronos no dia 15 de fevereiro, começando pela celebração litúrgica.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

São Maron


14/02 - São Maron, que tem seu dia comemorado em 14 de fevereiro, era um eremita que vivia perto do Rio Orontes em Cyrrhus, geralmente ao relento sem nenhum abrigo. Quando ele encontrou um templo pagão ele o dedicou a Deus e fez dele o seu Oratório.

Foi ordenado em 405 DC. Passava suas noites em preces.Tinha o dom da cura das doenças e dos vícios, assim centenas o procuravam para serem curados.

Diz a tradição que curava varias doenças apenas com sua benção e oração. Como São Maron curava todos os vícios multidões, iam até ele.

Fundou vários monastérios e treinou vários monges na Síria. Foi um amigo de São João Chrysóstomo.

São João Chrysostomo o chamava de “boca de ouro”. Chrysóstomo tornou-se Patriarca de Constantinopla em 397 e dedicou sua 36º Epistola a São Maron enquanto estava exilado em Cucussus, Armenia em torno de 405DC, e em suas cartas pedia a São Maron que orasse por ele.

Foi o conselheiro de São James de Cyr, o qual recebeu seu hábito das mãos de São Maron.

Os cristãos da Igreja do Líbano e da Síria são chamados de maronistas ( Igreja Maronita- um rito da Igreja Católica)e tem esse nome derivado de seu Monastério Bait-Marun e tomam São Maron como seu patriarca e padroeiro.

Faleceu em 435 de causas naturais, foi enterrado entre Apamea e Mesa onde um Mosteiro foi construído em volta de sua tumba. Seu túmulo tornou-se um local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.

Em 1490 as relíquias de São Maron foram trasladadas para um lindo santuário na Catedral de Volperino em Foligno, ao lado de uma estátua do santo em prata.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Santa Catarina de Ricci


13/02 - Pertencia à nobre família Ricci, em Itália, onde nasceu em 1522. Quando pequena, Catarina fez uma experiência com irmãs religiosas, mas com o passar do tempo saiu e voltou para casa sem perder a disciplina e o desejo da vida consagrada. Apesar de ter tido muitas oportunidades, Catarina não quis casar-se, preferindo a vida totalmente entregue a Deus num convento Dominicano.

No convento, buscou viver a pura alegria, o sofrimento, a humildade e o desejo profundo de imitar Santa Catarina de Sena. O seu modelo de espiritualidade era pautado por Jesus Crucificado cuja paixão e morte contemplava de tal forma que alcançou a graça de comungar misticamente com o seu sofrimentos.

Os dons místicos de Santa Catarina em nada eram motivo de orgulho e a sua vida comunitária era tão encarnada no carisma que chegou a ser no convento mestra de noviças e depois, por quase quarenta e dois anos, superiora. Mulher santa, equilibrada e de espírito engenhoso, Santa Catarina de Ricci foi amiga de Santos homens e fecunda escritora que recomendava o domínio de si, a luta e a mortificação dos sentidos para se abrir a graça da alegria e paz. Recomendava a devoção à sagrada paixão e morte de Cristo,bem como a docilidade ao Espírito Santo para se chegar ao total abandono aos braços do Pai e à sua Vontade.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

Santa Eulália de Barcelona


12/02 - Tendo apenas 14 anos, apre­sentou-se voluntariamente às au­toridades pagãs e invectivou-as por sua impiedade. Foi torturada cruelmente com ferros em brasa e depois morreu numa fogueira.

Santa Eulália nasceu nas proximidades da cidade de Barcelona, no ano 290. Pertencia a uma família da nobreza espanhola e seus pais viviam numa vasta propriedade na periferia daquela movimentada corte. Cuidavam da menina Eulália com todo amor, carinho e mimos, quase sufocando a pequena que já na tenra idade resplandecia em caráter.

Humilde, sábia, prudente e muito inteligente era a caridade em pessoa. Dedicava um extremo amor à Jesus Cristo, para o qual despendia muitas horas do dia em virtuosas orações. Costumava ficar no seu modesto quarto, reunida com suas amiguinhas, entoando cânticos e hinos de louvor ao Senhor, depois saiam para distribuir seus melhores pertences às crianças pobres das imediações, que sempre batiam à sua porta.

Entrou para a adolescência, aos treze anos, no mesmo período em que chegava à Barcelona a notícia da volta à terrível perseguição contra os cristãos, decretada para todos os domínios do Império. Quando os sanguinários dos imperadores romanos Diocleciano e Maximiano, souberam da rápida e veloz propagação da fé cristã, nas longínquas terras espanholas, onde até então era rara esta fé, decidiram e mandaram o mais cruel e feroz de seus juízes, chamado Daciano, para acabar com aquela "superstição".

Temendo pela vida de Eulália, seus pais decidiram leva-la para uma outra propriedade mais afastada, onde poderia ficar longe dos soldados que andavam pelas ruas caçando os cristãos denunciados.

Eulália considerou covardia fugir do poder que exterminava os irmãos cristãos. Assim, altas horas da noite e sem que sua família soubesse, fugiu e se apresentou espontaneamente ao temido juiz, como cristã. Consta inclusive que teria dito: "Querem cristãos? Eis uma".

Como queria, na impetuosidade da adolescência, foi levada a julgamento. Ordenaram novamente que ela adorasse um deus pagão, dando-lhe sal e incenso, para que depositasse ao pé do altar. Eulália, ao invés, derrubou a estátua do deus pagão, espalhando para longe os grãos de incenso e sal. A sua recusa a oferecer os sacrifícios deixou furioso Daciano, que mandou chicoteá-la até que seu corpo todo ficasse em chagas e sangrando. Depois foi queimada viva com as tochas dos carrascos. Era 12 de fevereiro de 304.

Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Maria das Arenas, mais tarde destruída durante um incêndio. Mas suas relíquias se mantiveram intactas e foram ocultadas durante a dominação dos árabes muçulmanos, quando o culto cristão era proibido.

O culto à Santa Eulália foi mantido principalmente em Barcelona onde é muito antigo. De lá, acabou se estendendo por toda Espanha atravessando as fronteiras, para além da França, Itália, África enfim atingiu todo o mundo cristão, oriental e ocidental.

Santa Eulália costuma ser festejada na diocese de Mérida em 10 de dezembro, cidade de seu martírio. Santa Eulália é co-padroeira da cidade de Barcelona, ao lado da Virgem das Mercês.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Nossa Senhora de Lourdes


11/02 - Em 11 de fevereiro de 1858, na vila francesa de Lurdes, às margens do rio Gave, Nossa Mãe, Santa Maria manifestou de maneira direta e próxima seu profundo amor para conosco, aparecendo-se a uma menina de 14 anos, chamada Bernardete Soubirous.

A história da aparição começa quando Bernardete, que nasceu em 7 de janeiro de 1844, saiu, junto com duas amigas, em busca de lenha na Pedra de Massabielle. Para isso, tinha que atravessar um pequeno rio, mas como Bernardete sofria de asma, não podia entrar na água fria, e as águas daquele riacho estavam muitas geladas. Por isso ela ficou de um lado do rio, enquanto as duas companheiras iam buscar a lenha.

Foi nesse momento, que Bernardete experimenta o encontro com Nossa Mãe, experiência que marcaria sua vida, “senti um forte vento que me obrigou a levantar a cabeça. Voltei a olhar e vi que os ramos de espinhos que rodeavam a gruta da pedra de Massabielle estavam se mexendo. Nesse momento apareceu na gruta uma belíssima Senhora, tão formosa, que ao vê-la uma vez, dá vontade de morrer, tal o desejo de voltar a vê-la”.

“Ela vinha toda vestida de branco, com um cinto azul, um rosário entre seus dedos e uma rosa dourada em cada pé. Saudou-me inclinando a cabeça. Eu, achando que estava sonhando, esfreguei os olhos; mas levantando a vista vi novamente a bela Senhora que me sorria e me pedia que me aproximasse. Mas eu não me atrevia. Não que tivesse medo, porque quando alguém tem medo foge, e eu teria ficado ali olhando-a toda a vida. Então tive a ideia de rezar e tirei o rosário. Ajoelhei-me. Vi que a Senhora se persignava ao mesmo tempo em que eu. Enquanto ia passando as contas ela escutava as Ave-marias sem dizer nada, mas passando também por suas mãos as contas do rosário. E quando eu dizia o Glória ao Pai, Ela o dizia também, inclinando um pouco a cabeça. Terminando o rosário, sorriu para mim outra vez e retrocedendo para as sombras da gruta, desapareceu”.

Em poucos dias, a Virgem volta a aparecer a Bernardete na mesma gruta. Entretanto, quando sua mãe soube disso não gostou, porque pensava que sua filha estava inventando histórias –embora a verdade é que Bernardete não dizia mentiras–, ao mesmo tempo alguns pensavam que se tratava de uma alma do purgatório, e Bernardete ficou proibida de voltar à gruta Massabielle.

Apesar da proibição, muitos amigos de Bernardete pediam que voltasse à gruta; com isso, sua mãe disse que se consultasse com seu pai. O senhor Soubiruos, depois de pensar e duvidar, permitiu que ela voltassem em 18 de fevereiro.

Desta vez, Bernardete foi acompanha por várias pessoas, que com terços e água benta esperavam esclarecer e confirmar o narrado. Ao chegar todos os presentes começaram a rezar o rosário; é neste momento que Nossa Mãe aparece pela terceira vez. Bernardete narra assim a aparição: “Quando estávamos rezando o terceiro mistério, a mesma Senhora vestida de branco fez-se presente como na vez anterior. Eu exclamei: ‘Aí está’. Mas os demais não a via. Então uma vizinha me deu água benta e eu lancei algumas gotas na visão. A Senhora sorriu e fez o sinal da cruz. Disse-lhe: ‘Se vieres da parte de Deus, aproxima-te’. Ela deu um passo adiante”.

Em seguida, a Virgem disse a Bernardete: “Venha aqui durante quinze dias seguidos”. A menina prometeu que sim e a Senhora expressou-lhe “Eu te prometo que serás muito feliz, não neste mundo, mas no outro”.

Depois deste intenso momento que cobriu a todos os presentes, a notícia das aparições correu por todo o povoado, e muitos iam à gruta crendo no ocorrido embora outros zombassem disso.

Entre os dias 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858 houve 18 aparições. Estas se caracterizaram pela sobriedade das palavras da Virgem, e pela aparição de uma fonte de água que brotou inesperadamente junto ao lugar das aparições e que deste então é um lugar de referência de inúmeros milagres constatados por homens de ciência.
Fonte: alexandrinabalasar.free.fr

domingo, 10 de fevereiro de 2013

São Guilherme de Maleval


10/02 -A França foi a terra natal deste santo. Nenhum conhecimento se tem acêrca de sua família e infância. É opinião de muitos que São Guilherme pertenceu a classe militar e na mocidade não teve uma vida muito de acordo com as leis da moral cristã. A primeira notícia que de sua biografia temos, é referente a uma peregrinação do Santo a Roma, com intuito de fazer penitência. Prostrado aos pés de Sua Santidade o Papa Eugênio III, pediu perdão dos pecados, e recebeu como penitência a obrigação de visitar a Terra Santa.

Era comum, naquele tempo, que a grandes pecadores se impusessem penitências desta natureza. Guilherme, em cumprimento da ordem recebida, foi a Jerusalém, e lá ficou durante o espaço de oito anos, fazendo obras de penitência e de piedade. De volta para a Europa, viu-se obrigado a dirigir um convento em Pisa. Tão pouco, porém, lhe agradou a maneira como procediam os monges, que se exonerou do cargo de superior e saiu daquele mosteiro. Numa outra casa religiosa, no monte Pruno, para onde dirigiu os passos, as coisas não eram de outra cor, reinando grande relaxamento na disciplina monástica.

Assim desiludido, tomou a resolução de viver sozinho, e para este fim procurou um lugar solitário, um vale perto de Siena, chamado Stabulum Rhodis, nome que em seguida foi transformado para Malevale ou Maleval.

O lugar era inóspito. Todos tinham horror ao Maleval. Guilherme meteu-se naquele ermo horrível, vivia em companhia de animais ferozes, e se alimentava de ervas e raízes. Um ano depois, no dia dos Reis, associou-se-lhe um jovem, de nome Alberto, que viveu depois em sua companhia, durante treze meses, isto é, até a morte de Guilherme, e a quem devemos as particularidades da vida deste santo homem.

São Guilherme não falava nunca de si, a não ser como um pecador desprezível, que merecia de Deus os maiores castigos. Da convicção de ser grande pecador vinha o afã de entregar-se a práticas as mais duras de penitência. Servia-lhe de leito o chão, e seu alimento era o mais pobre possível.

De Deus recebeu o dom da profecia e o de fazer muitos milagres. Sentindo a morte aproximar-se, pediu que lhe dessem os santos Sacramentos, os quais recebeu das mãos de um sacerdote de Chatilon.

Alberto e mais um outro companheiro, o médico Reynaldo, que pouco antes da morte do santo se lhe tinha associado, enterraram o corpo do mestre num pequeno jardim, e continuaram a vida de eremitas, observando as regras que de Guilherme haviam recebido. Outras pessoas os procuraram, pedindo ser admitidos na pequena comunidade. Assim foi crescendo a nova Ordem que, sob o nome de Ordem dos Guilhermistas, se ramificou na França, na Itália, na Alemanha e na Holanda.

A Ordem dos Guilhermistas teve a aprovação de Gregório IX, o qual lhe deu a regra de São Bento.

sábado, 9 de fevereiro de 2013

São Miguel Febres Cordero Munhoz


09/02 - Miguel Febres Cordero Munhoz nasceu em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.

Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos da Escola Cristãs de la Sale, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito.

Padre Miguel se firmou no meio intelectual como filósofo, pedagogo, teólogo e escritor de vários livros de gramática, manuais de geografia, história, religião e literatura. Foi eleito em 1892, membro da Academia Equatoriana da Língua, em seguida foi agraciado também pelas Academias da Espanha, França e Venezuela, chegando a trabalhar em Paris, Bélgica e Espanha.

Entre 1901 e 1904 foi diretor dos noviços de sua congregação, quando foi transferido para a Europa, onde trabalhou como tradutor para os Lassaristas em Paris e Bélgica. A partir de 1908, já com a saúde fragilizada por uma persistente pneumonia, foi enviado para uma escola perto de Barcelona, na Espanha. Continuou trabalhando, mas lentamente e cada vez mais debilitado acabou falecendo no dia 9 de fevereiro de 1910, na cidade Superior Del Estragar onde foi sepultado.

A fama de eminente santidade o acompanhou durante toda a vida e perdurou depois da sua morte. Vinte anos depois, durante a Revolução Espanhola, seus restos mortais foram transladados para o Equador, onde seu corpo incorrupto foi recebido com honras de herói nacional . Amado pelo povo, como tal, mas principalmente como modelo de religioso a ser seguido, foi enterrado em Quito, cidade em que passou maior parte de sua vida.

O seu culto se espalhou rapidamente e seu túmulo se tornou meta de peregrinação. Ele foi beatificado em 1977 e, mais tarde, canonizado pelo papa João Paulo II em 1984. O padre Miguel Febres Cordero Munhoz se tornou o primeiro Santo equatoriano.

Fonte: www.quiosqueazul.com.br

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

São Jerônimo Emiliano


08/02 - Pertencente à família rica, nasceu em 1486 e logo foi direcionado para a carreira militar. Aconteceu que, ao comandar um grupo na batalha com a Liga de Cambraí, Jerônimo Emiliano foi preso e, na prisão encontrou dor e solidão; mas também a presença de Deus e da Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora da Saúde, devido à devoção familiar.

Dessa experiência de conversão nasceu o novo Jerônimo, pois, ao ser libertado, voltou para sua terra com o firme propósito de santidade, sendo assim aprofundou na oração, reflexão e penitência a ponto de encontrar a vocação no Sacerdócio. São Jerônimo inclinou-se com seu coração caridoso para com os pobres e jovens, por isso diante da carestia e epidemia que assolava seu povo, heroicamente vendeu tudo o que possuía para ajudar os indigentes.

A fé desse santo operava constantemente pela caridade, atingindo assim também órfãos e viúvas em vários lugares, além do coração de outros homens de alma grande que deram origem a Sociedade dos Padres Somascos. Segundo o testemunho dos seus amigos, São Jerônimo, que tanto lutava pelo resgate e restauração dos rapazes e moças, sofria para manter a obra, porém era tão dependente da Divina Providência que era permanente a sua alegria e sorriso. Morreu no ano de 1537, aos 56 anos vítima de uma peste que assolava a população.

Fonte: www.cot.org.br

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

São Ricardo de Luca


07/02 - Este monarca inglês teve um reinado curto, mas cheio de bons exemplos de governo sábio e prudente. Sua principal preocupação era ministrar a justiça, tendo um do especial para apaziguar contendas e harmonizar interesses conflitantes.

Abdicou da coroa e partiu para a Terra Santa, com o desejo de se tornar monge, mas faleceu durante a viagem, na Itália.

Foi pai de três príncipes que também receberam as honras dos altares: São Vinebaldo, São Vilibaldo e Santa Valberga.

No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas, estas, a seu exemplo, fundaram mosteiros dedicando-se aos pobres e a Cristo. Também o caçula Winfrido, ou Bonifácio, deixou a vida da corte para ser monge beneditino, hoje venerado como o grande "Apóstolo da Alemanha".

O primogênito Egberto I, assumiu o trono no ano de 664, mas após onze anos morreu, deixando o sucessor ainda muito pequeno. Foi assim que, o filho do meio, Hlother ou Ricardo I, se tornou rei da Inglaterra e guardião da coroa do sobrinho. Em 685, empossou o jovem rei Eadric I, que era o legítimo herdeiro da casa real dos Kents.

Ricardo deixou o palácio com os filhos Vilibaldo, Vunibaldo e Valburga, indo morar no mosteiro de Waltham, onde viveram sob as regras dos beneditinos. A partir daí os dados de suas vidas são descritos pelos registros da Santa Sé.

No ano de 720, conforme uma narração de um monge alemão, Ricardo e os dois filhos, então já monges, saíram da Inglaterra meridional, para empreenderem uma peregrinação de penitência e devoção. A filha Valburga ficou no mosteiro, onde seguia a vida de religiosa. A meta, como sempre, era Roma, onde pretendiam venerar as relíquias dos apóstolos Pedro e Paulo. De lá queriam ir até a Terra Santa.

Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo.

Foi sepultado na igreja de são Frediano em 722.

Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de "rei, santo". Só Vilibaldo pôde completar o programa, porque Vunibaldo ficou estudando em Roma até 739. Depois os dois foram recrutados pelo tio Bonifácio, que acabara de ser elevado à condição de bispo, para a missão evangelizadora dos povos germânicos. Por fim, à eles se juntou a irmã Valburga, também a pedido do tio.

Sobre Ricardo, lemos no Martirológio Romano: "Em Luca, na Toscana, a deposição de são Ricardo, rei da Inglaterra e pai de são Vilibaldo, bispo de Eichstat, de são Vunibaldo abade de Heidenheim e da santa Valburga, abadessa virgem." Seu culto se propagou graças as colaborações eficazes na obra de evangelização dos seus filhos e do irmão.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

São Paulo Miki e Companheiros


06/02 - Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

São Pedro Batista

05/02 - Filho de Pedro e Maria Blásquez, uma das mais nobres famílias de Castela, Pedro Baptista nasceu em 1545 no castelo de Santo Estevão, diocese de Ávila, na Espanha. Feitos os estudos prévios na sua cidade natal, frequentou com aproveitamento a Universidade de Salamanca. Contrariando os planos da família, ingressou na Ordem dos Frades Menores, onde três anos mais tarde professou no convento de Arenas. Após os estudos de filosofia e teologia, foi ordenado sacerdote. Passou então a lecionar filosofia e teologia, e não tardou a ser nomeado superior de algumas comunidades. Em 1580 pediu e obteve autorização para ir ao México, onde permaneceu três anos, dando um notável impulso à Ordem com a fundação de várias casas. Em 1583 zarpou para as Filipinas, e aí, na qualidade de Superior dos Frades Menores, exerceu um fecundo ministério apostólico, suscitando a admiração dos religiosos. Pôs um especial interesse em proteger os indígenas das ambições dos poderosos.

Em 1593 foi enviado ao Japão, com cinco confrades. Durante um ano inteiro viveu rodeado de sofrimentos e incompreensões, praticamente confinado numa choupana. Só depois lhe foi concedida a licença de pregar o Evangelho. Durante dois anos pôde então desenvolver com os confrades uma intensa atividade apostólica: fundou em Kyoto um convento para religiosos e dois hospitais para pobres e leprosos; erigiu outras casas franciscanas em Osaka e Nagasaki, e conseguiu que muita gente se convertesse. Parecia abrir-se para a cristandade japonesa uma era de prosperidade. Mas os espanhóis suscitaram muitos receios ao imperador Taikosama, e levaram-no a ordenar a execução dos missionários e dos mais zelosos colaboradores japoneses. Daí o édito de proscrição dos cristãos, publicado em 24 de julho de 1587. No entanto, a atividade missionária continuou, e Taikosama pareceu esquecer-se do seu decreto. Mas ia seguindo com atenção os movimentos dos missionários por meio de espionagem.

A ordem de prisão de São Pedro Baptista e outros religiosos e cristãos foi executada a 8 de dezembro de 1596. Até o fim desse mês esteve na prisão de Meaco. Antes de ser transferido para Nagasaki, onde viria a sofrer o martírio, foi exposto à zombaria dos pagãos, através das ruas, com os demais condenados, depois de lhes terem amputado a orelha esquerda. Idêntica exposição insultuosa sofreram nas ruas de Osaka, Sakay e Facata. Uma vez chegado a Nagasaki, a 5 de fevereiro de 1597, foi levado com 25 companheiros a uma colina, onde presenciou o martírio de todos. Antes de ser, como os demais, crucificado, dirigiu aos cristãos presentes uma exortação paternal, e proferiu uma oração de perdão para os carrascos. Contava 52 anos.

O martírio heróico destes confessores de Cristo, entre orações e cânticos de alegria, representa um aprofundamento da mensagem e da vida cristã, e é oferecido a Deus pela perseverança dos Cristãos e por um novo reflorescimento da Igreja no Japão. Estes heróis da fé são os protomártires do Japão. Foram canonizados por Pio IX a 8 de junho de 1862.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

São José de Leonissa

04/02 - José Desideri nasceu em Leonissa, Itália, em 1556. Entrando para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, levou uma vida de enorme austeridade e muito zelo apostólico. Era um notável pregador. Como missionário em Constantinopla, empenhou-se muito para confortar e consolar os escravos indefesos, tentando converter até mesmo o sultão. Por este motivo foi feito prisioneiro e torturado. Escapando, no entanto, à morte, retornou a sua pátria, onde continuou sua atividade apostólica. Morreu em Amatriz aos 4 de Fevereiro de 1612. Foi canonizado por Bento XIV.

São José de Leonissa, que tem seu dia comemorado em 4 de fevereiro, também é conhecido como São José Desidério. Nasceu em 8 de janeiro de 1556 em Leonissa, Umbria, Itália. seu nome era Eufrânio. Terceiro de 8 filhos nascidos de João Desideri, um comerciante de lã e de Serafina Paolini. Seus pais faleceram quando ele tinha 12 anos e foi criado e educado pelo seu tio Batista Desideri, um professor em Viterbo. Desideri arranjou um casamento para Eufrânio com uma moça de família nobre local , costume muito comum na época, mas o rapaz já tinha uma queda para a vida religiosa.

Quando tinha 16 anos entrou em Rieti, na Ordem dos Capuchinhos. Fez o noviciado no pequenino convento de Carcerelle, junto a Assis, onde se exercitou na mais dura penitência. Durante este período os monges fizeram tudo para testar e dissuadir o jovem, mas ele perseverou na sua vocação e em 8 de janeiro de 1573, entrou para os franciscanos capuchinhos tomando o nome de José. Levava uma vida ascética e tratava seu corpo com dura austeridade, com pouco alimento e muitas privações, chamando-o de "irmão burro", uma expressão tipicamente franciscana. Escolheu para si o caminho da humildade e da pobreza.

Ordenado em Amélia, Perúgia, em 24 de setembro de 1580 (algumas fontes dão a data de 21 de maio de 1581), e destinado ao ofício de pregador, pregou por toda a região de Umbria, Lázio e Abruzzi. Certa vez converteu um bando de 50 bandidos que vieram quando ele pregava um sermão em Lent.

No dia 1 de Maio de 1587, com mais dois irmãos chegou a Constantinopla com a missão de fundar ali uma Missão, interessando-se logo pela libertação dos cristãos caídos na escravatura, dando-lhes alento na sua fé.Acabou por cair prisioneiro dos Turcos, ao tentar pregar ao próprio Sultão Murad III. Em Constantinopla, de fato, José tentou entrar no palácio para pregar diante do Sultão, esperando vir a convertê-lo. Preso pelos guardas, foi julgado como réu de crime de lesa majestade. Ali foi açoitado e depois suspenso de uma trave sob a qual acenderam uma fogueira que ardia lentamente. Durante três dias permaneceu suspenso por um gancho numa das mãos e outro num dos pés, tendo sobrevivido a este suplício. Conta-se que foi visitado por um anjo que teria curado as suas chagas. E foi quase um milagre que o Sultão, maravilhado pelo que sucedera, comutasse a pena de morte pelo exílio perpétuo. pintura no teto da igreja dedicada a são josé de leonissa, em itaocara-rjVoltando para a Itália, continuou na mesma vocação missionária, pregando à saída das casas, nas aldeias, pelas cidades da Umbria, conseguindo verdadeiras conversões e reconciliações em toda a parte. A vida penitente e os carismas sobrenaturais aumentavam a eficácia da sua palavra. Promoveu obras de assistência social como os "Monte Pios", hospitais e outras obras de beneficência.No Arquivo da Postulação Geral dos Capuchinhos existe um vastíssimo material constando de manuscritos, pregações, homilias, panegíricos e outros apontamentos de pregação.

Adoecendo, retirou-se para o convento de Amatriz, junto a Rieti. Ali verificaram que ele era vítima de um tumor. Vendo que queriam amarrá-lo com cordas para operá-lo, tomou nas mãos o seu crucifixo e disse:"Cordas? que cordas! eis aqui os meus laços. Este Senhor pregado por meu amor com suas dores obriga-me a suportar qualquer tormento por seu amor". E dessa maneira suportou a operação sem se queixar, olhando para Jesus, que "como um cordeiro se calou diante do tosquiador e não abriu a sua boca" (Is 53,7). Depois, nas dores, conservava por longo tempo o crucifixo apertado contra o peito; desde então não mais se levantou da cama, vindo a morrer no dia 4 de Fevereiro de 1612. Foi beatificado em 1737 pelo Papa Clemente XII e canonizado por Bento XIV a 29 de Junho de 1746.

Fonte: www.promapa.org.br

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Santo Oscar


03/02 - Oscar, desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbiè, onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi exercer esta função na Saxônia. Nesta região era conhecido como Anscário.

Começou a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos seus súditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um ano depois, foi deposto e exilado. Oscar o seguiu e abandonou a Dinamarca.

Em 829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto com o monge Vitimaro. Nesta corte, Oscar converteu e batizou o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.

Oscar aceitou a excelente chance de ampliar as fronteiras da evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução da atividade missionária na Dinamarca.

Em 840, com a morte de Ludovico, o Pio, a aliança do império franco-alemão ficou enfraquecida e as invasões dos bárbaros normandos começaram a devastar toda a Europa setentrional. Esta reviravolta política, desintegrou toda a estrutura organizada por Oscar, começando pela Dinamarca, depois Suécia e finalmente Hamburgo, em 845. Nesta ocasião, Oscar teve tempo apenas de salvar as relíquias da sua igreja.

Mas ele não renunciou. Depois de alguns anos no mosteiro alemão de Brema, Oscar decidiu recomeçar a partir da Suécia, para onde ele voltou, até porque não havia mais ninguém para enviar. O então rei Olavo autorizou a evangelização cristã, que ele organizou sozinho, primeiro formando bons missionários, depois indicando a região onde iriam atuar. Assim, Oscar vivia em constante peregrinação, fortalecendo com sua presença as novas bases iniciadas, inclusive na Dinamarca, agora com relações estáveis com a Alemanha.

Oscar sempre soube que sua obra missionária estaria sujeita aos interesses destes reis do Norte, minados pelas inúmeras alianças políticas e religiosas e por vários fatores externos, mas nunca desistiu. Nos seus últimos anos, sentiu que as raízes para um cristianismo profundo no Norte estavam nascendo, embora semeadas em meio aos temporais, como resultado de sua obstinada esperança e fé inabalável.

Morreu no dia 3 de fevereiro de 865 no mosteiro de Brema, Alemanha. A Igreja, por justa razão, o proclamou "apóstolo dos povos escandinavos" e o venera nesse dia como Santo.

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Nossa Senhora dos Navegantes



02/02 - A tradição cristã nos mostra que antes de uma viagem todos os tripulantes e suas famílias participavam de uma missa no navio, para viajarem em comunhão com Jesus Cristo. Nela também o sacerdote invocava proteção também da Santíssima Mãe, que os navegantes consideravam a maior Estrela do Mar. Depois partiam transportando o Crucifixo e a imagem da Virgem Maria, para guarda-los dos perigos, inclusive no regresso. A devoção data da época dos cruzados, portanto, desde a Idade Média, quando navegavam pelo Mar Mediterrâneo com destino à Terra Santa.

Ao longo do tempo essa devoção se propagou. Maria acabou ganhando o título de Nossa Senhora dos Navegantes. O povo simples erguia capelas, construía santuários, dedicados à Ela. Hoje são inúmeras as cidades e localidades batizadas com esse título, algumas delas tendo Nossa senhora dos Navegantes eleita a padroeira celeste.

A estátua de Nossa Senhora dos Navegantes chegou ao Brasil trazida pelos portugueses no século XVIII, precisamente através do representante do Conde Resende, Vice-Rei do Estado. Ele desembarcou no atual estado de Santa Catarina com a tarefa de demarcar uma sesmaria na praia de Itajaí, em 1795. Foi assim que no lado esquerdo do Rio grande de Itajaí, surgiu uma pequena vila, a localidade mais antiga do Estado.

Em 1896, o vigário da igreja de Itajaí conseguiu erguer uma capela, no lado esquerdo do Rio grande Itajaí, sob a invocação de Nossa Senhora dos Navegantes, de São Sebastião e de Santo Amaro. Os habitantes do "outro lado", em 1907, no dia de Nossa Senhora dos Navegantes, celebraram com uma grande festa a conclusão das obras.

Cinqüenta anos depois, em maio de 1962, o bairro de Navegantes foi elevado à categoria de Município. Desde então, a festa da Padroeira, em 02 de fevereiro, é celebrada com uma grande procissão fluvial, para a qual se deslocam os fieis de todas as paróquias vizinhas. Em 1996, a então igreja matriz de Nossa Senhora dos Navegantes ganhou da Cúria Metropolitana um Santuário Arquidiocesano sob a invocação da gloriosa padroeira.

Todavia, Nossa Senhora dos Navegantes é a padroeira de inúmeras outras cidades brasileira, por isto a celebração de sua festa é sempre muito esperada pelos devotos. Todos querem homenagear a querida Padroeira participando da procissão, seguindo ou por terra ou nas embarcações, para agradecerem as graças e proteção alcançadas através de Jesus através da Santíssima Mãe Maria.

Fonte: www.quiosqueazul.com.br

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Santa Ana Michelotti


01/02 - A beata Ana Michelotti ficou mais conhecida com o nome de Irmã Joana Francisca da Visitação, fundadora das pequenas Servas do Sagrado Coração de Jesus para os doentes pobres. Nasceu em Annecy (Alta Sabóia, França), em 29 de agosto de 1843.

Ainda menina, conheceu o sofrimento por causa de uma doença e também a pobreza por causa da morte prematura do pai. O tio, Padre Jaime Michelotti, e o pároco encaminharam-na para a vida religiosa. Entrou para as aspirantes das Irmãs de São Carlos, voltadas para a instrução e educação da juventude. Mas o seu ideal desde a infância foi o da assistência aos pobres em domicílio. Por isso, estabeleceu-se em Lyon, onde, em 1869, com Catarina Dufaut, se entregou ao cuidado dos doentes em domicílio com o nome de Pequenas Servas. Um grupo de leigos de Lyon quis dar mais estabilidade ao grupo, atendendo em domicílio também os não crentes e as pessoas que estavam longe de Deus, sem nenhuma aparência de religiosas.

Surgiram dificuldades. A guerra franco-prussiana de 1870 afastou a irmã Joana de Lyon. Em 1871 foi para Turim e em 1874, com duas companheiras, deu início ao seu instituto, com a permissão do arcebispo de Turim. Não obstante as dificuldades, a obra firmou-se e expandiu-se com a abertura de mais duas casas. Em 1887, Irmã Joana afastou-se da direção da sua obra por motivos de saúde e veio a morrer no ano seguinte, no dia 1º de Fevereiro. Foi beatificada em 1975.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

São João Bosco




31/01 - São João Bosco nasceu em Castelnuovo d'Asti (agora Castelnuovo Dom Bosco) no dia 16 de agosto de 1815, sendo seus pais Francisco Bosco e Margarida Occhiena. Aos nove anos num "sonho" misterioso conheceu a sua missão e se dedicou ao apostolado entre os companheiros. Por falta de meios e por dificuldades de família, teve que lutar muito para chegar ao sacerdócio, mas a sua constância venceu todos os obstáculos.

Ordenado sacerdote, começou em Turim, no dia 8 de dezembro de 1841, a Obra dos Oratórios, pela qual deveu suportar duríssimas provas. Vítima da incompreensão, perseguido, andou errante com seus meninos de um lugar para outro, até que em 12 de abril de 1846 estabeleceu-se definitivamente em Valdocco.

Fundou em prol da mocidade numerosas instituições, as quais pôs como fundamento a prática da Religião e a frequência aos SS. Sacramentos. Fundou a Sociedade Salesiana e o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, e quis que os membros das duas Congregações fossem os herdeiros do seu espírito, e transfundiu neles seu grande amor para com a Igreja e para com o seu augusto Chefe, o Romano Pontífice. Suscitou a União dos Cooperadores e das Cooperadoras Salesianas; fundou inúmeras Missões; propagou a boa imprensa. Difundiu o culto de Nossa Senhora Auxiliadora, erguendo-lhe um grandioso Santuário em Turim, ao qual se seguiram outras numerosas igrejas e capelas.

Depois de uma vida de trabalho infatigável e de zelo intenso pela salvação das almas, terminou seus dias no Oratório de Valdocco, pranteado por todos, no dia 31 de janeiro de 1888.

Pio XI o beatificou no dia 2 de junho de 1929, e na Páscoa de 1934 (1º de abril) cingiu-o com a auréola dos Santos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Santa Jacinta Mariscotti


30/01 - Santa Jacinta nasceu no ano de 1585 e recebeu no batismo o nome de Clarissa, que trocou pelo de Jacinta quando se fez religiosa.

Educada no temor de Deus, mostrou, ainda muito jovem, atrativa particular pela virtude; mas, avançando mais em idade, começou a ganhar gosto pelos adornos e vaidades do mundo. Embora tivesse sido mandada para um convento de religiosas, a fim de receber boa educação, ocupava-se unicamente em coisas frívolas. Toda a juventude a passou na dissipação, embora nunca perdesse a pureza de costumes.

Seu pai aconselhou-a a fazer-se religiosa, e, posto que não sentisse nenhuma vocação para a vida monástica, cedeu às instâncias da família e tomou o véu no mosteiro de S. Bernardino de Viterbo, da Ordem Terceira de S. Francisco. Os seus gostos, porém, e o seu caráter não mudou. Logo que chegou ao convento, mandou construir um quarto particular que mobiliou e adornou com suntuosidade. Era sempre com negligência que cumpria os deveres que a regra lhe impunha. A sua única ocupação consistia em satisfazer as fantasias da sua louca vaidade.

Todavia, juntamente com os seus defeitos, tinha boas qualidades. Consagrava amor muito particular à pureza, respeito profundo aos mistérios da religião e grande submissão à vontade dos pais, submissão que a trouxera ao convento.

Tinha Jacinta passado dez anos no meio das virgens do Senhor, conservando sempre os seus hábitos contrários aos santos exemplos de que todos os dias era testemunha. Um dia foi atingida por uma doença perigosa. Mandou chamar o confessor da casa; era um respeitável religioso da Ordem de S. Francisco. Ao entrar no quarto da doente, surpreendido de ver o luxo com que estava adornado, recusou atendê-la e disse-lhe em tom severo que o céu não tinha sido feito para as pessoas vãs e soberbas. Estas palavras produziram em Jacinta um terror salutar. «Já não há esperança para mim!», exclamou ela. O confessor respondeu-lhe que o único meio de salvar a sua alma era pedir perdão a Deus pela vida passada e reparar o escândalo que tinha dado às companheiras, começando desde então uma vida completamente nova.

Jacinta, banhada em lágrimas, prometeu mudar de vida. E, logo que lhe foi possível, seguindo os conselhos do santo religioso, foi ao refeitório quando lá estava toda a comunidade reunida. Derramando muitas lágrimas, prostrou-se no meio da sala, confessou em alta voz os seus defeitos e pediu encarecidamente lhe perdoassem os escândalos que tinha dado. As companheiras, comovidas com um ato de humildade tão heróica, apressaram-se a manifestar-lhe toda a alegria que sentiam com a sua conversão e prometeram-lhe pedir a Deus lhe concedesse a graça de consumar com generosidade o sacrifício que tinha começado.

Começou por dar à superiora da casa tudo o que possuía e entregou-se a todas as austeridades duma vida verdadeiramente penitente. Um feixe de sarmentos tomou-se o seu leito, uma pedra o travesseiro, uma túnica velha o vestido único. Andava quase sempre descalça; as vigílias e privações que se impunha só tinham por limite o perigo de pôr a vida em risco. O que a sustentava e animava nestes santos exercícios eram as suas meditações freqüentes sobre a Paixão de Jesus Cristo.

A narração dos sofrimentos do seu divino Esposo inspirava-lhe tal horror à vida passada, que procurava esquecê-la com austeridades de todo o gênero. Havia nela um único sentimento que subjugava o seu coração e absorvia todos os afetos: era o sentimento do amor de Deus e do próximo. Durante uma peste que desolou Viterbo fundou duas associações: uma com o fim de adquirir esmolas para os convalescentes, pobres envergonhados e prisioneiros; outra com o fim de colocar num hospital, que para isso se fundou, as pessoas idosas e enfermas. Estas duas associações ainda existem em Viterbo, a recordar a memória bendita da fundadora.

Jacinta viveu assim muitos anos, entregue ao cuidado dos desgraçados de quem era mãe, sendo favorecida por Deus com as graças mais preciosas e com o dom da mais sublime oração. Tinha 55 anos quando foi subitamente atingida por uma dor violenta que a levou ao tumulo em poucas horas. Apesar da grandeza do sofrimento, recebeu os Sacramentos com a maior piedade e adormeceu pacificamente no Senhor, no ano de 1640, pronunciando os doces nomes de Jesus e de Maria.

Foi beatificada em 1726 e canonizada em 1807. Ainda hoje se pode ver em Viterbo, no convento das Franciscanas, a cela ocupada por Santa Jacinta durante os últimos anos da vida.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

São Gildásio


29/01 - Santo Gildásio, que tem seu dia comemorado em 29 de janeiro, o seu nome verdadeiro seria “Saint Gildas, the wise” que significa Gildas, o sábio, mas acabou ficando Gildaswise e Gildase.

Nasceu em 500 DC no vale da Clydside, na Escócia.Ele era bem educado e ele se tornou um monge em Llanilltud no sul de Wales, onde ele foi treinado por São Illtyd e Paulo Aurelius. Ele fez uma peregrinação à Irlanda para consultar os monges contemporâneos da região e escrever cartas para monastérios bem distantes.

Fluente pregador, fundou vários monastérios. Foi o Abade de alguns e era um santo que fazia milagres e curava doentes apenas com sua oração e benção.

Escreveu vários trabalhos dirigidos aos monges encorajando-os a serem bondosos humildes e obedientes a Deus. Conselheiro espiritual de muitos.

Ele parece ter tido uma considerável influencia no desenvolvimento da Igreja Irlandesa. Em torno de 540 ele escreveu o famoso trabalho “De exccidio et conquest Britanniae”, com o propósito de fazer conhecer a miséria, os erros e a ruína da moral inglesa. O seu trabalho criticava os clero e os governantes ingleses culpando-os da moral baixo e do triunfo do invasores Anglo-Saxões. Embora a ferocidade de sua retórica tenha sido criticada, a maioria dos escolares julga que o que ele revela é incontestável. Mostra também que ele conhecia bem Igreja da época. O seu trabalho foi citado por São Bede.

Ele é considerado o primeiro historiador inglês. Ele viveu como eremita por algum tempo na ilha de Flatholm em Bristol Channel, onde ele copiou um missal para São Cadoc que pode ter ajudado Gildásio no “De exccidio”.

Gildawise fez uma peregrinação a Roma e no seu retorno ele fundou um Monastério na ilha de Rhuys na Britânia, onde ele centrou o seu trabalho e o culto. Embora ele tenha vivido por pouco tempo na pequena ilha de Morbihan ele conseguiu reunir discípulos ao seu redor e viajou para outros locais da Britania.

Ele é tido como tendo falecido na Ilha de Houat em 570.

O seu trabalho “De exccidio” influenciou a Igreja da Idade Media, mas pode não ter sido escrito totalmente por Gildawise. Alguns acham que ele foi adulterado ou talvez forjado após algum tempo. Ele serve de exemplo da clássica literatura disponível na Inglaterra naquela época. Os escrito de Gildásio foram mais tarde usados por Wulfsatn, Arcebispo de York no 11° século em seu famoso “Sermão do Lobo” para o povo inglês durante a desordem reinante no Principado de Ethelred.

A cronologia da vida de Gildawise tem sido objeto de controvérsia e disputas. Alguns dizem que a vida de dois homens com o mesmo nome foi confundida. Mas historiadores como Lanigan, Mabelon e O’Hanlon garantem que só existiu um santo.

Alguns martirologistas irlandeses comemoram sua festa no Missal Leofric (1050) e o calendário Anglo-Saxão do nono século, comemora no dia 29 de janeiro.

Suas relíquias estão preservadas na Catedral de Vannes. Seus trabalhos estão preservados na Livraria da Universidade de Cambridge.

Fonte: www.presenteparahomem.com.br

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

São Tomás de Aquino




28/01 - Tomás nasceu em 1225, filho do conde de Aquino, no castelo de Roccasecca. Aos 18 anos, contrariando a vontade dos familiares, ingressou na Ordem dos Pregadores de são Domingos. Estudou em Colônia na escola de santo Alberto Magno e depois em Paris. Em Paris, de aluno passou a mestre de filosofia e teologia. Ensinou depois em Orvieto, Roma e Nápoles.

Manso e silencioso, em Paris foi apelidado de boi mudo. Era gordo contemplativo e devoto. Respeitava a todos e por todos era amado. Era antes de tudo um intelectual. Imerso nos estudos seguidamente perdia a noção de tempo e de lugar. Seus estudos foram proveitosos a todos. Sua norma era: oferecer aos outros os frutos da contemplação. Seus escritos constituem um dos maiores monumentos de filosofia e teologia católicas. Tinha só 48 anos quando morreu.

Morreu no dia 7 de março de 1274, no mosteiro cisterciense de Fossanova. Estava de viagem para o concílio de Lião, convocado por Gregório X. Sua obra principal é a Suma teológica. É uma síntese da teologia. Quando queriam os milagres para canonizá-lo, o papa João XXII disse: “Ele fez tantos milagres, quantas proposições teológicas escreveu.

”A primazia da inteligência é a mola mestra de toda a obra filosófica e teológica do Doutor angélico. Não se tratava, porém, de um intelectualismo abstrato, pois a inteligência é condicionada e o amor é condicionante: “Luz intelectual de amor cheia...”, diz Dante que foi um dos primeiros tomistas.

O pensamento de são Tomás de Aquino foi e continua sendo a base dos estudos filosóficos e teológicos dos seminaristas desde os seus tempos a até nós. O papa Leão XIII e o filósofo Jacques Maritain fizeram reflorescer os estudos tomistas. Suas obras, não tanto as grandes Sumas, como especialmente os opúsculos pastorais e espirituais, foram reimpressos.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/

domingo, 27 de janeiro de 2013

Santo Henrique de Ossó


27/01 - Enrique nasceu em Vinebre, Espanha, no dia 15 de outubro de 1840.

Aos 14 anos perdeu sua querida mãe, vitima do cólera. Esta perda prematura, despertou no jovem Enrique o desejo de ser sacerdote: “Serei sempre de Jesus, seu ministro, seu apóstolo, seu missionário de paz e de amor”. Foi ordenado sacerdote aos 27 anos. Teve uma vida curta, pois morreu antes de completar 56 anos, mas nem por isso foi menos intensa na entrega a Deus e no serviço aos irmãos.

Profundamente movido pela experiência de ser criatura amada e acompanhada por Deus e pelo desejo de fazer com que outras pessoas também “Conhecessem e amassem a Jesus” desenvolveu uma série de atividades, atingindo especialmente as crianças e a mulher.

Sua vida toda foi a confirmação do desejo de ser ministro, apóstolo e missionário de Jesus. Desde muito jovem aproximou-se de Santa Teresa, através da leitura de seus escritos.

Cativado pelos ensinamentos e pela vida de Teresa, tornou-se um incansável propagador de sua doutrina, despertando nos seus leitores e seguidores admiração e amor. Quem se aproxima de Enrique, inevitavelmente chega a Teresa.

Santo Enrique foi o fundador da Companhia de Santa Teresa de Jesus, Congregação das irmãs teresianas.

É importante conhece-lo para compreender melhor qual o papel da educação teresiana na sociedade de hoje.