quarta-feira, 19 de maio de 2010

São Crispim de Viterbo

19/05 - Seu nome de batismo era Pedro Fioretti, e nasceu em 13 de novembro de 1668 na cidade de Viterbo, na Itália. Órfão de pai em tenra idade, atuou como aprendiz de sapateiro, e aos 25 anos de idade decidiu ser religioso capuchinho.

Ao fazer os votos Pedro adotou o nome de Crispim, tendo passado por vários conventos por determinação dos superiores. Sua última moradia terrena foi o convento de Orvietto, onde passou quarenta anos: ali atuou como enfermeiro, cozinheiro, hortelão e esmoler.

Crispim era afável, alegre, e muito devoto da Mãe de Deus, mas consigo mesmo era muito exigente, não admitindo meios termos ao servir a Deus. Mesmo não tendo se aprofundado nos estudos, sendo um simples irmão leigo, era procurado por pessoas escoladas que buscavam conversas e conselhos, inclusive o próprio Sumo Pontífice (o Papa Clemente XI).

De temperamento jovial - o que considerava coerente com o ideal franciscano - sabia estimular o amor à virtude e consolar os sofredores, e para isso, com uma simplicidade edificante, entoava canções, compunha versos, e recitava poesias. Criticado em seu modo de ser por um irmão de ordem, respondia: "eu sou o arauto do grande Rei; deixai-me cantar como São Francisco; estes cantos farão bem ao espírito de quem me ouve".

Crispim partiu para a Casa do Pai em 19 de maio de 1750, aos 82 anos, e a notícia de seu falecimento mobilizou uma multidão de devotos que queriam ver o santo frade pela última vez, além de buscarem relíquias suas, ainda que pequenas. Beatificado em 1806, foi canonizado em 20 de junho de 1982 por ocasião de um capítulo geral da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos.

terça-feira, 18 de maio de 2010

São Leonardo Murialdo


18/05 - Leonardo Murialdo nasceu na Itália, em 26 de outubro de 1828, e, aos cinco anos, já era órfão de pai. A família era abastada, numerosa, profundamente cristã e muito tradicional em Turim, sua cidade natal. Isso lhe garantiu uma boa formação acadêmica e religiosa. A mãe, sua primeira educadora, o enviou para Savona, para estudar no colégio dos padres Scolapi.
Na adolescência, atravessou uma séria crise de identidade, ficando indeciso entre ser um oficial do rei Carlos Alberto ou engenheiro. Mas a vida dos jovens pobres e órfãos, sem oportunidades e perspectivas, lhe trazia grandes angústias e desejava fazer algo por eles. Por isso Leonardo escolheu o caminho do sacerdócio e da caridade para aplacar essa grande inquietação de sua alma.

Com muito estudo, tornou-se doutor em teologia, em 1850, e depois foi ordenado sacerdote, em 1851. Seus primeiros anos de ministério se distinguiram pela dedicação à catequese das crianças e à criação de vários orfanatos dedicados aos jovens pobres da periferia, aos órfãos e abandonados. A sua mentalidade aberta e o trabalho voltado à juventude lhe trouxeram o convite para ser reitor do Colégio de Jovens Artesãos, o qual aceitou com amor. Na direção do colégio, Leonardo instaurou um clima de moralidade, harmonia, formação religiosa e disciplina familiar, apoiado por competentes colaboradores, leigos e religiosos.

Com essa política, assegurou a muitos jovens o acesso a uma adequada formação cristã, cultural e profissional. Ali, os jovens, assistidos de perto por Leonardo, ingressavam com a idade de oito anos e recebiam formação até os vinte e quatro anos, quando conseguiam um trabalho qualificado. O êxito da sua pedagogia do amor fez com que o pequeno colégio crescesse em tamanho e em expressão.

Surgiram, de várias partes da Itália, solicitações para a criação desses colégios de apoio à juventude. Nesse momento, Leonardo criou a Pia Sociedade Turinense de São José, mais conhecida como Congregação de São José, que se espalhou pela Europa, África e Américas. A entrega total a essa missão e as extenuantes horas de trabalho lhe custaram graves danos à saúde.

Em 30 de março de 1900, depois de várias crises de pneumonia, Leonardo morreu. Em 1970, foi canonizado pelo papa Paulo VI. A festa de são Leonardo Murialdo foi designada para o dia 18 de maio.

Fonte: www.paulinas.org.br

terça-feira, 11 de maio de 2010

Santo Afonso Navarro Oviedo


11/05 - Santo Afonso Navarro, era um sacerdote diocesano que teve sua vida comprometida com o Reino, com os pobres de Deus explorados, injustiçados e crucificados pelo poder constituído em El Salvador.
Sofreu um atentado no dia 13 de janeiro de 1977. Uma bomba explodira na garagem, destruindo completamente seu carro, tendo continuado a repressão, culminando com o assassinado de Pe. Rutilo Grande, no dia 12 de março. Mesmo com todos esses acontecimentos, Afonso Navarro continuou a denunciar.

No dia de seu assassinato, havia sido intimado a depor por causa de uma gravação feita por uma aluna, filha de militar graduado, não tendo sido nada comprovado, a não ser a sua luta sincera e evangélica pela justiça em favor do povo oprimido.

Santo Afonso Navarro Oviedo, foi assassinado por quatro homens armados, que invadiram sorrateiramente a casa paroquial e o crivaram de balas, juntamente com Luisito Torres, um jovem de 14 anos, testemunha do crime, no dia 11 de maio de 1977.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

São João de Ávila


10/05 - Santo espanhol nascido em Almodóvar del Campo, próximo a Toledo, de espírito reformista e um do maior pregadores do seu tempo, conselheiro de bispos e nobres, diretor de almas, coluna da Igreja e um dos paladinos da Contra-Reforma católica no século XVI, considerado o pai espiritual de um grande número de santos na Espanha de sua época.

Descendentes de uma família de judeus convertidos e de boas posses, era filho único de Alonso de Ávila e Catarina Xixón, aos 14 anos entrou para a famosa Universidade de Salamanca para estudar Direito. Porém seu apego a fé em Jesus Cristo pesou mais fortemente e abandonou os estudos para voltar para casa.

Depois de três anos de profunda dedicação à religiosidade, dirigiu-se a famosa Universidade de Alcalá, com o objetivo de seguir o sacerdócio e estudou filosofia e teologia. Foi discípulo do renomado Domingos de Soto e recebeu sua ordenação.

Com a morte dos pais vendeu sua grande fortuna em heranças, distribuiu com os necessitados e passou a viver de esmolas. Dirigiu-se a Sevilha com o intuito de embarcar para as Índias, mas foi persuadido a permanecer na Espanha, onde deu início a sua brilhante carreira apostólica, que o tornaria conhecido como o grande Apóstolo da Andaluzia.

Autor e diretor espiritual cuja liderança religiosa a Espanha durante o século XVI, morreu em Montilla, de problemas renais. Foi beatificado (1894) e canonizado (1970) e seu dia de devoção é 10 de maio.

Fonte: www.dec.ufcg.edu.br

sexta-feira, 7 de maio de 2010

São Pacômo

A extraordinária vida dos eremitas, com suas mortificações às vezes excessivas e com aquele acúmulo e sobrecarga de abstinência, jejuns, vigílias seria na realidade a tradução prática do Evangelho? Sua solidão podia de fato esconder as insídias do orgulho. Para eliminar este perigo um monge egípcio do século IV, S. Pacômio, teve a idéia de uma nova forma de vida monástica: o cenobitismo ou vida comum, em que a disciplina e a autoridade substituíam a anarquia dos anacoretas.

Ele educou os seus discípulos na vida em comum, constituindo pouco distante das margens do Nilo a primeira “Koinonia”, uma comunidade cristã, nos moldes daquela fundada pelos apóstolos em Jerusalém, baseada na comunhão de oração, de trabalho e de refeição, e concretizada no serviço recíproco. O documento fundamental que regulava esta vida era a Sagrada Escritura, que o monge decorava e recitava-a em silêncio (ou em voz baixa) enquanto trabalhava em serviços manuais. Essa era também a principal forma de oração: um contato com Deus mediante o sacramento da Palavra.

São Pacômio nasceu no Alto Egito, no ano de 287, de pais pagãos. Engajado à força no exército imperial com a idade de vinte anos, acabou prisioneiro em Tebas com todos os recrutas. Protegidos pela escuridão, alguns cristãos levaram-lhes comida. O gesto dos desconhecidos comoveu Pacômio, que lhes perguntou quem os havia levado a fazer aquilo. “O Deus dos céus,” foi a resposta dos cristãos. Naquela noite Pacômio orou para o Deus dos cristãos pedindo que o livrasse das correntes, comprometendo-se em troca dedicar-lhe sua própria vida ao seu serviço. Obtida a liberdade, cumpriu a promessa agregando-se a uma comunidade cristã de um povoado do sul, o atual Kasr-es-Sayad, onde teve a instrução necessária ao batismo.

Durante algum tempo conduziu vida de asceta, dedicando-se ao serviço da gente do lugar, depois se submeteu à guia de um velho monge, Palamon, por sete anos. Durante um intervalo de solidão no deserto, uma voz misteriosa convidou-o a fixar sua morada naquele lugar, ao qual bem logo teriam vindo numerosos discípulos. Na época de sua morte os mosteiros masculinos já eram nove, mais um feminino. Ficou desconhecido o lugar da sepultura do santo, pois no seu leito de morte fez o discípulo Teodoro prometer que esconderia seu corpo para evitar que sobre o seu túmulo se construísse uma igreja, imitando o costume de se construir capelas sobre a sepultura dos mártires.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Beata Madre Rosa Gattorno


06/05 - Religiosa, fundadora do Instituto das Filhas de Santa Ana, nasceu em Génova (Itália), no dia 14 de Outubro de 1831. Em 1852, com a idade de 21 anos, contraiu matrimônio com Jerónimo Custo e transferiu-se para Marselha (França). Uma imprevista crise financeira perturbou a felicidade da nova família, obrigada a retornar a Génova. A sua primeira filha, Carlota, afetada de repentina enfermidade, ficou surda-muda para sempre; e apesar da alegria de outros dois filhos, ela foi novamente abalada com o falecimento do esposo, após seis anos de matrimônio, e com a morte do seu último filho. Estes acontecimentos marcaram a sua vida e levaram-na a uma mudança radical, a que ela chamara "a sua conversão", isto é, à entrega total ao Senhor. Orientada pelo seu confessor, emitiu de forma privada os votos perpétuos de castidade e obediência, precisamente na festa da Imaculada: 8 de Dezembro de 1858, e depois, como terciária franciscana, professou também o voto de pobreza. Viveu intimamente unida a Cristo, recebendo a Comunhão todos os dias, privilégio que naquele tempo era pouco comum. Em 1862 recebeu o dom dos estigmas ocultos, percebidos mais intensamente nas sextas-feiras.

Num clima de intensa oração, diante do Crucifixo, recebeu a inspiração de fundar uma Congregação religiosa: "Filhas de Santa Ana, Mãe de Maria Imaculada". Depois de a ter escutado durante longo tempo, o Papa Pio IX confirmou-a na sua missão de Fundadora. Vestiu o hábito religioso no dia 26 de Julho de 1867 e a 8 de Abril de 1870 emitiu a profissão, com outras doze religiosas.

Com esta fundação, realizou muitas obras de atendimento aos pobres e doentes, às pessoas sozinhas, anciãs e abandonadas; cuidou da assistência às crianças e às jovens, proporcionando-lhes uma instrução religiosa e adequada, a fim de as inserir no mundo do trabalho. Assim, foram abertas muitas escolas para a juventude pobre e a promoção humano-evangélica, segundo as necessidades mais urgentes da época.

Sofreu provas, humilhações, dificuldades e tribulações de todo o género, mas sempre confiou em Deus e, cada vez mais, atraía outras jovens para o seu apostolado. Assim, a Congregação difundiu-se rapidamente na Itália, Bolívia, Brasil, Chile, Peru, Eritreia, França e Espanha. Ana Rosa faleceu no dia 6 de Maio de 1900.

Fonte: www.gentilbittencourt.com.br

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Beato Bento de Urbino


30/04 - Marcos, seu nome de batismo, nasceu em Urbino a 23 de setembro de 1560 no seio de uma família nobre. Ficou órfão aos 10 anos de idade. Profundamente inteligente e com gosto pelo estudo, foi enviado, primeiro para Perusa, e depois para Pádua onde se doutorou em Direito, depois de brilhante curso, tendo apenas 22 anos.

Foi admitido à profissão na Ordem dos Capuchinhos em 1585, com o nome de frei Bento de Urbino. Completados os estudos sacerdotais, foi ordenado presbítero. Aprovado para o ofício da pregação, bem depressa se entregou a esse ministério com grande fervor de espírito e simplicidade de palavra, atraindo a todos pela sua modéstia, pela grande alegria de espírito unida à oração constante, à pobreza e austeridade.

Em 1599 foi escolhido para integrar o grupo de capuchinhos enviados à Boêmia sob a direção de São Lourenço de Brindes para aí defender e difundir a fé católica no meio dos Ussitas e Luteranos. Exerceu, ali, qualificada e prodigiosa atividade. Porém, por motivos de saúde e pela dificuldade em falar a língua local, teve de voltar para seu país.

Novamente na sua terra, retomou o apostolado, tendo como preferidos os lugares e as pessoas mais humildes e mais pobres. Dedicou-se também à educação da juventude e viveu uma vida de ascese. Foi escolhido Guardião e posteriormente Definidor da sua Província.

Extremamente humilde, fugia de tudo aquilo que pudesse trazer-lhe motivo de honra ou de glória. A sua meditação preferida era a Paixão de Jesus. Amava a Virgem Maria com ternura filial, preparando-se sempre para suas festas com novena de orações e de jejum. Sua oração era contínua. Como Guardião, jamais dispensou seus irmãos das duas horas de meditação.

Com muita antecedência previu sua morte que ele mesmo anunciou, esperando-a com serenidade e alegria, à maneira do Pai São Francisco, para dela voar para o céu. Sentindo próxima a última hora, pediu o viático e a unção dos doentes que recebeu com piedade.

Na tarde de 30 de abril de 1625, plácida e serenamente, entregou seu espírito nas mãos do Senhor, em Fossombrone, no Convento de Montesacro onde ainda hoje se conserva seu corpo. Tinha 65 anos de idade dos quais 41 passados na Ordem Capuchinha no exercício das mais heróicas virtudes. O seu funeral constituiu solene manifestação de piedade e veneração.

Os milagres logo tornaram célebre seu sepulcro. Por isso mesmo, o Papa Pio IX beatificou-o em Roma a 15 de janeiro de 1867. Para todos, o Beato Bento de Urbino é, ainda hoje, modelo de oração constante, de contemplação, de austeridade, de presença salvífica junto dos irmãos e anunciador da Palavra de Deus, sobretudo, junto dos irmãos mais pobres e humildes.

Fonte: http://www.procasp.org.br/