30/04 - Marcos, seu nome de batismo, nasceu em Urbino a 23 de setembro de 1560 no seio de uma família nobre. Ficou órfão aos 10 anos de idade. Profundamente inteligente e com gosto pelo estudo, foi enviado, primeiro para Perusa, e depois para Pádua onde se doutorou em Direito, depois de brilhante curso, tendo apenas 22 anos.
Foi admitido à profissão na Ordem dos Capuchinhos em 1585, com o nome de frei Bento de Urbino. Completados os estudos sacerdotais, foi ordenado presbítero. Aprovado para o ofício da pregação, bem depressa se entregou a esse ministério com grande fervor de espírito e simplicidade de palavra, atraindo a todos pela sua modéstia, pela grande alegria de espírito unida à oração constante, à pobreza e austeridade.
Em 1599 foi escolhido para integrar o grupo de capuchinhos enviados à Boêmia sob a direção de São Lourenço de Brindes para aí defender e difundir a fé católica no meio dos Ussitas e Luteranos. Exerceu, ali, qualificada e prodigiosa atividade. Porém, por motivos de saúde e pela dificuldade em falar a língua local, teve de voltar para seu país.
Novamente na sua terra, retomou o apostolado, tendo como preferidos os lugares e as pessoas mais humildes e mais pobres. Dedicou-se também à educação da juventude e viveu uma vida de ascese. Foi escolhido Guardião e posteriormente Definidor da sua Província.
Extremamente humilde, fugia de tudo aquilo que pudesse trazer-lhe motivo de honra ou de glória. A sua meditação preferida era a Paixão de Jesus. Amava a Virgem Maria com ternura filial, preparando-se sempre para suas festas com novena de orações e de jejum. Sua oração era contínua. Como Guardião, jamais dispensou seus irmãos das duas horas de meditação.
Com muita antecedência previu sua morte que ele mesmo anunciou, esperando-a com serenidade e alegria, à maneira do Pai São Francisco, para dela voar para o céu. Sentindo próxima a última hora, pediu o viático e a unção dos doentes que recebeu com piedade.
Na tarde de 30 de abril de 1625, plácida e serenamente, entregou seu espírito nas mãos do Senhor, em Fossombrone, no Convento de Montesacro onde ainda hoje se conserva seu corpo. Tinha 65 anos de idade dos quais 41 passados na Ordem Capuchinha no exercício das mais heróicas virtudes. O seu funeral constituiu solene manifestação de piedade e veneração.
Os milagres logo tornaram célebre seu sepulcro. Por isso mesmo, o Papa Pio IX beatificou-o em Roma a 15 de janeiro de 1867. Para todos, o Beato Bento de Urbino é, ainda hoje, modelo de oração constante, de contemplação, de austeridade, de presença salvífica junto dos irmãos e anunciador da Palavra de Deus, sobretudo, junto dos irmãos mais pobres e humildes.
Fonte: http://www.procasp.org.br/
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