sexta-feira, 25 de maio de 2012

São Cristóbal Magallanes Jara

25/05 - Cristóbal nasceu em um pequeno rancho do município de Totaltiche, Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, México, em 30 de julho de 1869. Até os dezenove anos de idade ali permaneceu, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços. Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara, realizando o seu sonho de ser sacerdote ao ser designado para a paróquia de sua cidade natal.
 
De temperamento sereno, tranqüilo e persistente, Cristóbal se tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Missionário entre os indígenas huicholes e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.
 
Mas os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país. Nesse ano foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venusiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

Apesar da Igreja, por seu episcopado, expressar seu desagravo às novas leis, nada pôde fazer, ao contrário, foi vitimada pelo endurecimento nas perseguições. Isso gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.
 
Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente, Plutarco Elias Calles, tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas. Os integrantes da Liga reagiram com vigor.
 
Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos sacerdotes preferiam não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas atividades por um tempo. Porém, outros decidiram ficar firmes em seus postos, para atender os fiéis, mesmo arriscando as próprias vidas.
 
E assim fez Cristóbal, que tinha para as vocações sacerdotais um cuidado extremado e um lugar especial no seu ministério. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. Antes, ainda confortou seu companheiro de martírio, padre Agustín Caloca, que tremia diante do carrasco, dizendo-lhe: "Fique tranqüilo filho, é apenas um momento e depois virá o céu". À sua hora, dirigindo-se a tropa, exclamou: "Eu morro inocente, e peço a Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos". O papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles são Cristóbal Magallanes Jara, que é celebrado neste dia.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

São Vicente de Lérins


24/05 - As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.

Fonte: www.paulinas.org.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

São João Batista de Rossi




23/05 - João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltágio, na província de Gênova, Itália. Aos dez anos foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e se manter. Três anos depois se transferiu definitivamente para Roma, morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se doutorou em Filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua geração de clérigos. Depois os cursos de Teologia ele concluiu com os dominicanos de Minerva.

À todo esse esforço intelectual João Batista acrescentava uma excessiva carga de atividade evangelizadora, mesmo antes de ser ordenado sacerdote, junto aos jovens e as pessoas abandonadas e pobres. Com isso teve um esgotamento físico e psicológico tão intenso, que desencadearam os ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos. Nunca mais se recuperou e teve de conviver com essa situação o resto da vida. Contudo ele nunca deixou de praticar a penitência concentrada na pouca alimentação, minando ainda mais seu frágil organismo.

Recebeu a unção sacerdotal em 1721. Nessa ocasião, devido a experiência adquirida na direção dos grupos de estudantes, decidiu fundar a Pia União de Sacerdotes Seculares, que dirigiu durante alguns anos. Lá, até o final de 1935, passaram ilustres personalidades do clero romano, alguns mais tarde a Igreja canonizou e outros foram eleitos para dirigi-la.

Entretanto João Batista queria uma obra mais completa, por isso fundou e também dirigiu, a Casa de Santa Gala, para rapazes carentes e a Casa de São Luiz Gonzaga, para moças carentes. Aliás este era seu santo preferido e exemplo que seguia no seu apostolado.

O seu rebanho era os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraíam cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza e onde houvesse necessidade de algum socorro alí estava ele levando seu fervor e força espiritual.

Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucede-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro, para poder se dedicar com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos.

Aos sessenta e seis anos de idade, a doença finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade dos devotos. João Batista de Rossi foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 1881, que marcou sua celebração para o dia de sua morte.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Quitéria

22/05 - A vida de Santa Quitéria tem traços históricos, que se completam com a lenda.
 
Quitéria era uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no século II da nossa era. Quitéria nasceu em Braga, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica. Seus pais eram pagãos.
 
Sua mãe envergonhada pelo fato, instruiu a parteira de nome Cyta que matasse as nove crianças sem que o marido soubesse. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cyta desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as batizou e encomendou aos cuidados à diversas famílias cristãs.

E os anos se foram, quando surgiu uma violenta perseguição contra os cristãos, pelos romanos. As nove irmãs acabaram por ser levadas à presença do Cônsul, exatamente, o seu pai Lúcio Caio. Aí chegadas, revelaram ao espantado pai toda a verdade. A mãe confessou, o pai perdoou e recebeu-as nos seus domínios. Por todos os meios tentaram os pais, a partir daí, afasta-las da religião cristã. No entanto sem sucesso, pois as nove acabaram por fugir do palácio real. Apenas uma foi encontrada, Quitéria, e de novo levada à presença de seu pai, que a partir daí se tornou mais tolerante no respeito pelas práticas religiosas de sua filha. Nova fuga ocorreu quando Lúcio Caio se preparava para obrigá-la a casar com o nobre rapaz de nome Germano.
 
Por querer uma vida consagrada a Deus, ela fugiu novamente, por isso, recebeu de seu pai a cólera implacável da tirania, mandando martirizar a própria filha, que foi degolada. Isto ocorreu no dia 22 de maio do ano de 130, sendo sua festa celebrada nesse dia como Santa Quitéria, virgem e mártir.
 
Santa Quitéria é invocada contra angústia, depressão, mordida de cachorro, e raiva do gado.



segunda-feira, 21 de maio de 2012

São Serapião


21/05 - Também conhecido como Serapião de Thmuis.

Ele era um monge egípcio de grande erudição e muito inteligente. Por certo período ele dirigiu a famosa Escola de Catecismo da Alexandria, mas renunciou de modo a ter mais tempo para as orações e reflexões. Assim, ainda jovem ele era discípulo de Santo Antônio, o Abade no deserto e foi um grande incentivador de Santo Athanásio, que nos conta isso em seu livro "A vida de Antônio". Nos conta ainda que Serapião visitou Antônio e discutiam vários assunto de alto teor teológico e complexidade e quando Antônio faleceu, deixou para Serapião a sua túnica.


Anos mais tarde, quando Serapião foi consagrado Bispo de Thmuis (perto de Disopolis) no delta do Rio Nilo, ele se tornou uma figura líder nos assuntos eclesiásticos. Ele foi um vigoroso oponente do Arianismo (doutrina que dizia que o Filho não era consubstanciado com o Pai).

Por isso ele foi banido pelo Imperador Constantino, mas foi chamado de o "grande confessor" por São Jerônimo. Tão logo a blasfêmia do Macedonismo apareceu, Serapião vigorosamente se opôs a negação da Divindade do Espirito Santo e informou Athanásio, que logo em seguida escreveu contra isso em quatro cartas dirigidas a Serapião em 359 DC (enquanto Athanásio estava escondido no deserto).

Serapião também escreveu um excelente livro contra os Maniqueismo.

Escreveu varias cartas e tratados sobre os Salmos que são citados por São Jeronimo, mas que se perderam com o tempo.

Acima de tudo São Serapião tornou-se conhecido por causa de um escrito sacramentário de sua autoria chamado " Euchologion" que foi descoberto e publicado em 1899. Esta coleção de orações litúrgicas foi traduzido para várias línguas, inclusive o inglês e era destinado primeiramente aos bispos. Não obstante, é muito usado pelo publico em geral em todo o Leste e no Egito.

São Serapião faleceu em 370 DC.

domingo, 20 de maio de 2012

São Bernardino de Sena




20/05 - Taquigrafadas com um método de sua invenção por um discípulo, as Prédicas populares de São Bernardino de Sena chegaram até nós com toda a naturalidade e o estilo rápido e colorido com que eram pronunciadas nas várias praças italianas. Relendo-as hoje percebe-se a atualidade dos temas entre os quais os mais freqüentes eram aqueles sobre a caridade, humildade, concórdia e justiça. Fustigava a avareza dos novos ricos, mercadores, banqueiros, usuários etc. Comparava-os a pássaros sem asas, incapazes de levantar o vôo um palmo acima de suas coisas: “Eu bem sei que as coisas que tu tens, não são só tuas, mas Deus tas deu para suprir as necessidades do homem: não são do homem, mas para as necessidades do homem.”

Tinhas palavras duríssimas para os que “renegam a Deus por uma cabeça de alho” e pelas “feras de garras compridas que roem os ossos dos pobres.” Se você tem bastante coisa e não tem necessidade e não a distribui e morre você irá para a casa quente.” “Ó você que tem muito agasalho mais do que tem a cebola, recubra a carne do pobre, quando o vê tão maltrapilho e nu, pois a carne dele e a sua são a mesma carne.” Recorria a exemplos familiares como o da cebola conservada com as folhas juntas para inculcar a necessidade da união e da concórdia.

Até depois de sua morte, na cidade de Áquila em 1444, são Bernardino continuou a sua obra de pacificação. De fato chegou moribundo a esta cidade e não pôde fazer o curso de prédicas que tinha programado. Persistindo a luta entre as facções, seu corpo dentro do caixão começou a sangrar como uma fonte e o fluxo parou somente quando os cidadãos de Áquila se reconciliaram. Em reconhecimento foi decretada a construção de um magnífico monumento sepulcral realizado depois por Silvestre di Giacomo.

São Bernardino, canonizado em 1450, isto é somente seis anos após a morte, tinha nascido em 1380 em Massa Marítima da nobre família senense dos Albozzeschi. Ficou órfão de pai e mãe ainda muito jovem e foi criado em Sena por duas tias. Freqüentou a universidade de Sena até aos 22 anos, quando abandonou a vida mundana para vestir o hábito franciscano. Dentro da Ordem tornou-se um dos principais propugnadores da reforma dos franciscanos observantes. Arauto da devoção ao nome de Jesus, fazia incidir o monograma “JHS” sobre tabuinhas de madeira que dava para o povo beijar no fim do discurso. São Bernardino é o patrono dos publicitários italianos.

Fonte: www.cleofas.com.br

sábado, 19 de maio de 2012

São Dunstão

19/05 - Nasceu no ano de 900 DC, de uma nobre família perto de Glastonbury, Inglaterra e estudou no monastério de lá e serviu o seu tio Athelm, arcebispo de Canterbury antes de ser indicado para servir na corte do Rei Athelstna da Inglaterra (924-940). Enquanto por lá ele fez vários inimigos e foi denunciado como buxo e adepto da magia negra. Fugindo da corte ele buscou santuário com Aelfhead, bispo de Winchester e mais tarde tornou-se um monge e eremita em Glastonbury. Cerca de 939 Dunstão foi repentinamente chamado a corte do Rei Edmundo II ( 940-946). Vencendo a oposição de vários ele foi indicado o Abade de Glastonbury. Ele fez várias e extensas reformas no monastério e instituiu a obediência as regras de São Benedito ( Ordem dos Beneditinos) e era também o conselheiro de Edmundo e seu irmão Edred.

Dunstão visitou varias instituições monásticas no continente em particular a Abadia de Blandinium. A pedido do Rei Edgar (959-975) Dunstão retornou as ilhas britânicas e foi nomeado bispo de Worchester e mais tarde bispo de Londres. Em 959 tornou-se o Arcebispo de Canterbury, o mais alto posto da Igreja na Inglaterra. Como arcebispo ele trabalhou com o Rei Edgar e trouxe várias reformas a Igreja Inglesa e foi um proeminente líder do seu país e teve grande influencia no reinado de Eduardo, o mártir que ascendeu ao trono em 975. Mais tarde Dunstão se retirou para Canterbury para ensinar na escola da Catedral. Ele foi o autor de vários livros inclusive da “Regularis Concordia” ,uma compilação da vida monástica. Ele faleceu em 988 em Canterbury de causas naturais.

Ele era um exímio ferreiro e trabalhador em metais e por isto é considerado o padroeiro do ferreiros.

Na arte litúrgica da Igreja é representado como 1) um homem segurando a turquês do ferreiro, ou 2) com uma pomba sobre sua cabeça ou 3) compilando tratados ou 4) com anjos ao seu lado.