22/05 - A vida de Santa Quitéria tem traços históricos, que se completam com a lenda.
Quitéria era uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no século II da nossa era. Quitéria nasceu em Braga, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica. Seus pais eram pagãos.
Sua mãe envergonhada pelo fato, instruiu a parteira de nome Cyta que matasse as nove crianças sem que o marido soubesse. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cyta desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as batizou e encomendou aos cuidados à diversas famílias cristãs.
E os anos se foram, quando surgiu uma violenta perseguição contra os cristãos, pelos romanos. As nove irmãs acabaram por ser levadas à presença do Cônsul, exatamente, o seu pai Lúcio Caio. Aí chegadas, revelaram ao espantado pai toda a verdade. A mãe confessou, o pai perdoou e recebeu-as nos seus domínios. Por todos os meios tentaram os pais, a partir daí, afasta-las da religião cristã. No entanto sem sucesso, pois as nove acabaram por fugir do palácio real. Apenas uma foi encontrada, Quitéria, e de novo levada à presença de seu pai, que a partir daí se tornou mais tolerante no respeito pelas práticas religiosas de sua filha. Nova fuga ocorreu quando Lúcio Caio se preparava para obrigá-la a casar com o nobre rapaz de nome Germano.
Por querer uma vida consagrada a Deus, ela fugiu novamente, por isso, recebeu de seu pai a cólera implacável da tirania, mandando martirizar a própria filha, que foi degolada. Isto ocorreu no dia 22 de maio do ano de 130, sendo sua festa celebrada nesse dia como Santa Quitéria, virgem e mártir.
Santa Quitéria é invocada contra angústia, depressão, mordida de cachorro, e raiva do gado.
Fonte: www.ipuiuna.com.br
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