sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Santa Escolástica




10/02 - Escolástica era irmã de Bento. O grande são Bento, pai do monaquismo do Ocidente. Tudo indica que eram gêmeos, nascidos em 480.


Gêmeos também eram seus corações: amavam a Deus mais do que tudo, a Ele se consagraram desde a juventude e por Ele viveram em oração e trabalho. Os mosteiros que fundaram tornaram-se centros de estudo, de santidade, de acolhida. A Regra que Bento escreveu para monges e monjas tornou-se um referencial de vida em comunidade, de caminhada no seguimento de Cristo pobre, casto e obediente.



A história de sua época não favorecia o protagonismo feminino, mas Escolástica foi uma grande mulher que, humildemente, deixou-se esconder pela sombra luminosa de Bento. Não importava ela, mas o Senhor de sua vida e esse não era Bento, mas Deus.



É conhecido um episódio que ocorreu poucos dias antes de sua morte. Como Bento, no zelo de cumprir a Regra, estabelecera que os dois só se veriam uma vez ao ano, para conversas e conselhos espirituais, os encontros eram sempre muito desejados e sempre curtos demais. Daquela vez, que seria a última, Escolástica quis prolongar o tempo com seu irmão, mas Bento foi inflexível. Serena e confiantemente, ela começou a rezar e uma tempestade fortíssima desabou, impedindo que Bento voltasse a seu mosteiro. “Pedi a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e Ele me ouviu”, disse-lhe a irmã muito contente. Bento não reclamou.



Três dias depois, enquanto rezava, Bento viu uma pomba branca, voando em direção ao céu alto. Era um sinal: Escolástica havia morrido discretamente. Quarenta dias depois, ele foi atrás. Louvariam juntos o Senhor por toda a eternidade. Deixavam na terra a família beneditina firme e fiel.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Santa Apolônia




09/02 - Existia no ano de 248, na cidade de Alexandria, um célebre feiticeiro, que profetizava uma grande desgraça, de que a cidade seria vítima, se os adoradores dos deuses não resolvessem a exterminar os cristãos, que eram seus maiores inimigos. O povo deu crédito às predições do embusteiro, e abriu forte campanha contra os discípulos de Cristo.


Uma das vítimas da cruel e estúpida perseguição foi Apolônia, donzela conhecida na cidade e estimada pelas suas virtudes. Levada ao templo pagão e intimada a prestar homenagens às divindades, resolutamente se negou, dizendo: “Meu Deus é Jesus Cristo e só a ele adorarei. Enquanto tiver vida, minha língua louvará a Deus, meu Senhor”.


Os algozes pagãos ouvindo estas palavras, armaram-se de pedras e quebraram-lhe os dentes. Apolônia, horrivelmente machucada e sentindo fortíssimas dores, levantou os olhos ao céu, sem pronunciar uma palavra, sem soltar um só gemido. Em vista desta firmeza, os pagãos ameaçaram-na com a fogueira. Apolônia respondeu: “Como poderia trair aquele que meu coração escolheu, o meu Esposo, de quem é todo o meu amor? Não o farei. Antes sofrer morte crudelíssima e morrer mil vezes, que abandonar a meu Jesus”. Fizeram então os pagãos uma grande fogueira e puseram a donzela diante da seguinte alternativa: “Ou agora mesmo sacrificas aos deuses, ou te lançamos viva ao fogo”. Apolônia não respondeu, deteve-se um momento, como se quisesse deliberar alguma coisa e de repente, com um movimento brusco, desembaraçando-se das mãos dos algozes, se lançou ao fogo. As chamas consumiram-lhe inteiramente o corpo. Os cristãos procuraram depois os ossos da mártir e guardaram-nos com muito respeito. Em Roma foi construída uma igreja em honra de Santa Apolônia.


O nome da santa Mártir goza de grande veneração entre o povo cristão. Invocam-lhe a intercessão nos sofrimentos dos dentes.


A Igreja Católica não aprova o suicídio, ainda que os motivos sejam iguais aos que levou a mártir Apolônia a buscar a morte. Os Santos Padres, embora não justifiquem o suicídio de Santa Apolônia, nem tão pouco o propõe aos cristãos, como exemplo para imitar. Os mesmos Santos Padres explicam-no, supondo em Apolônia, uma inspiração superior e grande desejo de estar com Jesus Cristo, seu divino Esposo.



O martírio de Santa Apolônia deu-se a 9 de fevereiro em 248 ou 249.


Fonte: http://www.paginaoriente.com/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Santa Josephina Bakhita




08/02 - Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa "afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome.



Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.



Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.



Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".



Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".



A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".



Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.



terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

São Venâncio Fortunato




07/02 - Neste dia lembramos a obra de Deus na vida de São Venâncio que nasceu na Itália em 530.



Dotado de inteligência aberta, ótima memória e grande criatividade poética pôde colocar todos os seus dons a serviço da Evangelização.



Desde jovem Venâncio tinha prazer em partilhar seu coração escrevendo poesias até pegar uma doença que o cegou. Ao recorrer a intercessão de São Martinho de Tours, ele alcançou de Jesus a cura da vista; em sinal de agradecimento a São Martinho foi, como prometeu, visitar a tumba do Santo em Tours.



Já a Cristo, Venâncio agradeceu sendo dócil ao chamado que o levou para vida monástica e ao sacerdócio, isto num convento fundado por São Martinho em Tours.



Missionário, grande pregador e fecundo poeta São Venâncio salvou muitas almas com Deus e para Deus, além de deixar para liturgia da Igreja lindos e profundos hinos e poesias religiosas.



Foi muito amigo de São Gregório de Tours e da Santa Rainha Cunegundes , e depois zeloso e santo bispo, até ir para o céu no ano 600.



segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

São Gastão




06/02 - Gastão, ou Vedastus, como se diz em latim, pertencia à uma família de nobres e era nascido em Limoges, na antiga Gália, atual França. Segundo consta dos registros antigos, ele preferia viver solitário na região de Lorena, onde se dedicava à penitencia, à oração e à contemplação, até que seu amigo e diretor espiritual o bispo Remígio, de Toul, o ordenou sacerdote e o colocou no trabalho de catequização na diocese local.



Mas essa aproximação entre os dois só ocorreu porque Gastão fora recomendado ao bispo, pelo próprio rei Clóvis, que ficara impressionado com sua vida no caminho da santidade e com seus dons da palavra, do conselho e da cura, que havia adquirido. O rei Clóvis era casado com a rainha Clotilde, mas eram pagãos. Depois ambos foram catequizados e batizados, o que aconteceu graças a Gastão e ao bispo Remígio, que se tornaram conselheiros dos soberanos. Com isso ambos foram também os precursores da conversão do povo francês.



Gastão, mais tarde foi sagrado bispo de Arras, ficando encarregado da instrução dos fiéis e da assistência aos pobres, quando então se tornou muito popular. Diz a tradição que tinha não só o dom da palavra, para evangelizar e catequizar, mas também o dom da cura, que teriam sido presenciadas pelos fiéis e peregrinos, e do conselho, que empregava aos que o procuravam desorientados.

Seu bispado durou quarenta anos e, quanto à sua morte, foi logo conhecida por toda a população, pois no exato instante em que faleceu uma estranha luz cobriu sua casa. Suas relíquias foram conservadas apesar das invasões dos bárbaros normandos e dos saques resultantes da Revolução Francesa. Hoje são veneradas na capela da Catedral de Arras, no dia 6 de fevereiro, que corresponde ao de sua morte, no ano 540.



domingo, 5 de fevereiro de 2012

Santa Adelaide de Vilich



05/02 - Adelaide nasceu no ano 960 era filha dos célebres condes de Geldern, na Alemanha. Seus pais, muito religiosos, tiveram mais duas filhas e um filho. Uma das suas irmãs entrou para o convento de Santa Maria, em Colônia, e Adelaide foi para o de Santa Úrsula, também na mesma cidade. Ambas foram eleitas abadessas por suas respectivas comunidades religiosas.

Quando o filho, único homem morreu, seus pais construíram uma igreja e um convento em Vilich, do qual Adelaide tornou-se a abadessa. Sua origem nobre e sua conversão atraíram muitas outras jovens para o convento. Ali se vivia a mesma caridade que Adelaide praticara em sua casa. Usou sua parte na fortuna da família para fazer caridade aos pobres e doentes, que recolhia no convento. Quase duas dezenas de mendigos eram ali socorridas todos os dias, nos horários das refeições. Mas não recebiam esmola, eram atendidos como convidados pessoais da abadessa. Quando a fome assolou a cidade de Vilich, seu convento salvou muita gente da morte.

Após o falecimento de sua irmã, Adelaide foi transferida para o convento que ela dirigia, em Colônia, e lá morreu, na tranqüilidade da comunidade que tão bem governou, em 05 de fevereiro de 1015. Constatamos nos registros da Igreja e nas narrativas da tradição que a abadessa Adelaide operou vários prodígios e graças em vida, como, por exemplo, quando fez um menino paralítico recuperar a capacidade de andar, com o fervor de suas orações.

O seu nome de origem germânica quando traduzido para o latim se torna Alice. Por isso ela é invocada como Santa Adelaide de Vilich ou Alice de Vilich, cujo culto de muita devoção se mantém constante e intenso entre os fiéis no mundo cristão. Notadamente pelo uso da dupla forma do seu nome ao longo dos séculos, que a torna protetora das pessoas e lugares, fortalecendo ainda mais a tradição do seu exemplo de santidade, ainda em vida.



sábado, 4 de fevereiro de 2012

Santa Joana de Valois




04/02 - Joana de Valois nasceu aos 23 de abril de 1464 no castelo Plessis les Tours, filha de Luiz XI, rei da França e da rainha Carlota de Savóia, esta irmã do bem-aventurado Amadeu IX. Luiz, que ansiosamente esperava pelo nascimento de herdeiro do trono, não disfarçava o seu desapontamento, ainda mais quando soube que a criança nasceu coxa e feia.


Por uma ordem despótica do rei a menininha foi afastada da mãe e tendo 5 anos, confiada aos cuidados de uma senhora fidalga, que no castelo de Lumieres dispensou a princesinha uma educação primorosamente católica.

Joana, tendo chegado à idade de 12 anos, foi casada com seu primo, duque de Orleans, que apenas 14 anos contava e segredo não fazia da profunda antipatia em que tinha sua noiva.


O casamento foi celebrado aos 8 de setembro de 1476 no castelo de Monrichard, na presença do bispo de Orleans.


Não tardou que Joana recebesse ordem de seu pai para retornar ao castelo de Lumieres. Em bem pouco tempo se convencera da impossibilidade de convivência com um marido dissoluto e perverso. Com tanta maior dedicação entregou-se a exercícios de piedade e obras de caridade, tudo em completa conformidade com a santa vontade de Deus.


Tendo um dia notícia da grave enfermidade do seu esposo, pressurosa correu para junto dele em Bourges, oferecendo-lhe caridosamente sua assistência de solícita enfermeira. Colheu, porém, declarada ingratidão, no meio de insultos e declarações injuriosas, que, em suportá-las, deu exemplo e provas de paciência heróica e humildade.


Em 1483 faleceu o rei Luiz XI e sucedeu-lhe seu filho Carlos VII. O duque de Orleans, marido de Joana, repudiou-a e fez anular canonicamente o seu casamento com ela, para se consorciar com Ana, filha do duque de Bretanha. Joana suportou também essa insolente injustiça com serenidade de nobre e cristã.


Efetivamente o matrimônio de Joana com o duque de Orleans foi pelo Papa Alexandre VI declarado nulo e Joana ficou com a administração do ducado de Berry, que o rei lhe havia deixado.


Quando se podia crer que tudo havia terminado para Joana, tudo começou. O seu reino temporal em acabar, estava preparado para o espiritual. Pondo-se a serviço do povo, irrestritamente trabalhou para sua própria santificação, sob a direção de São Francisco de Paula, Joana era devotíssima a Nossa Senhora e como uma das primeiras figuras entre as veneradoras do puríssimo Coração de Maria, cujo imenso amor ao gênero humano lhe foi revelado em uma celestial visão.


Livre de outras obrigações, Joana sentia em seu coração ressurgir a idéia e o desejo afagado desde a infância de fundar uma Congregação às virtudes da SS. Virgem. Pôs mãos à obra e deu à Igreja a Ordem das “Monjas da Bem-Aventurada Virgem Maria, ditas da Anunciata”, cuja Regra ela mesma elaborou, a qual teve a aprovação dos Papas Alexandre VI e Leão X. No dia de Pentecostes 1504 as primeiras monjas desta nova ordem pronunciaram votos. A fundadora construiu um convento para a Ordem por ela fundada e nela, como simples religiosa, entrou.


Depois de uma existência cheia de sacrifícios, provações e sofrimentos, mas não menos de uma vida de oração, Joana faleceu em 4 de fevereiro de 1503, na idade de 41 anos. Pessoas de sua intimidade, afirmaram terem visto a cabeça da falecida rodeada de uma luz misteriosa. O seu túmulo Deus o glorificou com muitos milagres. O povo tinha Joana em veneração de Santa.


Nas perseguições religiosas no século 16 seu túmulo foi profanado. Fanáticos queimaram o corpo da Santa e atiraram com as cinzas ao ar.


A Congregação das Anunciatas se espalhou pela França, pela Bélgica e pela Inglaterra.


Beatificada por Pio VI, em 1775, em 1950, por ocasião do Ano Santo, o Papa Pio XII elevou-a às honras dos altares, canonizando-a. Sua festa é celebrada em 4 de fevereiro.