quarta-feira, 20 de junho de 2012

São Silvério - Papa



20/06 - O pontificado de São Silvério coincide com a ocupação da Itália pelos imperadores bizantinos. A nota característica do seu governo é a firmeza e intrepidez com que defendeu os direitos da igreja, contra a imperatriz Teodora. Eis o fato como os hagiógrafos o relatam.

O Papa Agapito, antecessor de Silvério, tinha deposto o bispo de Constantinopla, Antimo, por este haver defendido a heresia eutiquiana. A imperatriz, fautora da mesma heresia, desejava ver Antino reabilitado na jurisdição episcopal, desejo que Agapito não quis atender e não atendeu. Morto este Papa, Virgílio, diácono romano, apresentou-se à imperatriz Teodora, prometendo-lhe a reabilitação de Antimo se apoiasse sua candidatura ao pontificado. Teodora deu a Virgílio uma carta de apresentação a Belisário, general bizantino, que se achava na Itália, recomendando-lhe apoiasse a eleição.

Entretanto foi eleito Papa Silvério e como tal reconhecido. A este a imperatriz se dirigiu, exigindo a reabilitação dos bispos, por Agapito depostos, e a anulação das decisões do Concílio de Chalcedon, que tinha condenado a heresia de Eutiques. Nesse ofício arrogante Teodora ameaçou o Papa com a deposição, caso não lhe acedesse às exigências. A resposta de Silvério foi respeitosa, mas negativa. Com franqueza e firmeza apostólicas declarou à imperatriz que estaria pronto a sofrer prisão e morte, mas não cederia um ponto das constituições do Concílio.

Teodora não se conformando com esta resposta, ordem deu a Belisário de afastar Silvério de Roma e pôr Virgílio na cadeira de São Pedro. Para não cair no desagrado da imperatriz, Belisário prontificou-se a executar a ordem, mas desejava ter em mãos outros documentos, a pretexto dos quais pudesse proceder contra o Papa. Tirou-o do embaraço sua ímpia mulher Antonina. Esta lhe fez chegar às mãos uma carta falsificada, que trazia as armas e assinatura de Silvério, carta em que o Papa se teria dirigido aos Godos, prometendo-lhes entregar Roma, se lhe viessem em auxílio. Belisário estava a par do que se passava, e bem sabia qual era a autoria da carta. Não obstante, para obsequiar a mulher, citou Silvério à sua presença, mostrou-lhe a carta, acusou-o de alta traição e, sem esperar pela defesa da vítima, ordenou que lhe tirassem as insígnias pontifícias e lhe pusessem um hábito de monge, e assim o mandou para o desterro. No mesmo dia Virgílio assumiu as funções de Sumo Pontífice.

A consternação e indignação dos católicos eram gerais. Só Silvério bendizia a graça de sofrer pela justiça. O Bispo de Pátara, diocese que deu agasalho ao Papa desterrado, pôs-se a caminho de Constantinopla, com intuito de defender a causa de Silvério. Recebido pelo imperador Justiniano, fez-lhe a exposição clara das cousas ocorridas, e mostrou-lhe a injustiça feita ao representante de Cristo. Justiniano ordenou que Silvério fosse imediatamente levado a Roma, e que a permanência na metrópole lhe fosse vedada só no caso de se provar o crime de alta traição. Belisário e o antipapa Virgílio souberam impossibilitar a volta de Silvério para Roma. Apoderaram-se dele e transportaram-no para a ilha Palmaria. Lá o sujeitaram a um tratamento indigno e sobremodo humilhante. Silvério, porém, ficou firme na justa resistência à tirania e usurpação. Longe de reconhecer a autoridade de Virgílio, excomungou-o e deu do exílio sábias leis à igreja. Nunca se lhe ouviu uma palavra sequer de queixa contra os planos e desígnios de Deus. Ao contrário, no meio dos sofrimentos e provações, louvava e enaltecia a sabedoria e bondade da Divina Providência.

Três anos passou Silvério no desterro. Liberato, historiador contemporâneo de Silvério, diz que o Santo Papa morreu de fome. É considerado mártir da Igreja.


terça-feira, 19 de junho de 2012

São Gervásio e São Protásio

19/06 - Entre os muitos méritos de Santo Ambrósio, o grande Bispo de Milão, foi a exaltação e devoção de alguns mártires que ele encontrou por toda sua diocese. Construída no século I, a pastoral de Ambrósio parecia ainda abrigar muitos corpos, ocultos, de mártires das perseguições dos séculos precedentes.

Muito célebre se tornou a exumação dos mártires Gervásio e Protásio, depois de uma visão que Ambrósio teve na qual lhe foi indicado o lugar de suas sepulturas. Ambos foram encontrados em 18 de junho de 386, quando suas lembranças já estavam se perdendo entre os fiéis.

Ambrósio contou inclusive com o crédito de seu contemporâneo amigo Agostinho, o Bispo de Hipona, que neste período estava em Milão. No seu livro: "Confissões", Agostinho escreveu: "citado bispo teve uma revelação em visão sobre o lugar onde jaziam os corpos dos mártires Protásio e Gervásio, os quais por muitos anos haviam estado repousando incorruptos, para se apresentarem na hora oportuna e refrear a raiva de uma senhora real".

Ele se referia a imperatriz Justina que, apoiada por quase toda a corte romana, pretendia transferir Ambrósio para entregar a Diocese aos hereges arianos. Mas teve que desistir, pois a comoção popular foi imensa com o traslado destas relíquias, no dia seguinte, feita pelo Bispo em intenção litúrgica, a exemplo das cerimônias de traslado litúrgico orientais.

O acontecimento foi inacreditável, arrebatando uma multidão de fiéis, ocorrendo inúmeros milagres e graças. Os dois Santos tiveram logo uma notável popularidade. Inclusive propiciou um grande impulso em todo o mundo cristão do Ocidente, assinalando uma reviravolta decisiva na história da veneração e do culto aos Santos e as suas relíquias para toda a Igreja.

A tradição nos narra que Gervásio e Protásio eram gêmeos e os únicos filhos de Vidal e Valéria, cidadãos da nobreza de Milão. Pais e filhos haviam sido convertidos pelo bispo São Caio. Em vista disto mandaram construir a igreja de Milão, em 63. Mas depois Vidal e Valéria foram mortos testemunhando a fé, durante o governo do imperador Nero, em 68.

Órfãos dos pais, os dois irmãos venderam todos os bens, entregaram o que arrecadaram ao Bispo, para terminar a construção da igreja e distribuir aos pobres e se recolheram numa pequena casa afastada onde passaram dez anos em orações e penitências. Denunciados como cristãos foram torturados lentamente, e depois assassinados. Gervásio morreu sob os golpes dos chicotes e Protásio, além disto, foi decapitado.

Os irmãos gêmeos Gervásio e Protásio, Santos mártires, recebem a veneração litúrgica em 19 de junho, mesmo dia em que suas relíquias foram transferidas para igreja de Milão, aquela construída por sua família. Em 1874, as relíquias de ambos foram transferidas e colocadas ao lado da sepultura de Santo Ambrósio, na igreja à ele dedicada, também em Milão, Itália.



segunda-feira, 18 de junho de 2012

Beata Osanna de Mântua

18/06 - As informações que temos da Beata Osanna de Mântua é derivada de dois contemporâneos que a conheceram e escreveram imediatamente depois de sua morte. Uma das biografias foi lavrada pelo mestre da Ordem Dominicana e por um Teólogo muito notável, Silvestre de Ferrara (1505) e outra (1507) pelo monge Jerome de Olivetan (beneditino reformado) que, nos últimos anos da vida de Osanna, tornou-se seu confidente e guia espiritual. Sua biografia consiste pela maior parte em registro detalhado de conversações Osanna com seu diretor espiritual. Jerome diz que Osanna era muito relutante, mesmo com ele, em que confiava completamente, para falar de suas experiências espirituais; mas descreve repetidamente como ele paciente a manteve, mediante questionamentos e busca de informações que guardou para si, cujo fim, como ele diz, servia para suas próprias "consolações espirituais e fonte de inspiração". Um processo difícil, segundo ele, pois que Osanna costumava entrar em êxtase cada vez que se começava a falar de Deus.

Nasceu em 1449 em Mântua, filha de nobres italianos, Nicolaus e Agnespais. Diz Jerome que na idade de cinco ou seia anos, Osanna teve sua primeira experiência mística, uma visão da Trindade, dos nove coros dos anjos e da criação material, quando Jesus como uma criança da sua própria idade, carregava uma cruz. Mais tarde, viu-o outra vez no jardim da casa família entre as videiras. Como entrasse já em êxtase em tenra idade, tornou-se muito retraída. Os pais incomodavam-se sobremaneira com o seu comportamento e chegaram a pensar que a filha fosse portadora de epilepsia.

Ainda durante sua infância acabou perdendo os pais, tornando-se assim responsável pelo lar, cuidando dos irmãos que controlou e educou com grande prudência e responsabilidade, além de manter grande hospitalidade e caridade com os pobres. Não obstante, apesar de todas estas responsabilidades domésticas e caritativas, passou a experimentar uma vida mística cada vez mais intensa. Quando ainda vivia seu pai, ela recusou casamento porque já sentia inclinação para tomar o hábito dominicano e o declarara isso. Mas, segundo revelação feita a ela, não era momento para fazer profissão, mesmo na Ordem Terceira.

Foi permitido compartilhar os sofrimentos de Cristo pela causa da Igreja e da Itália, então marcada por rixas e guerras. Finalmente, quando tinha 30 anos, recebeu os estigmas em sua cabeça, depois no lado e em seguida nos pés. Teve também uma visão em que seu coração foi transformado e dividido em quatro partes.
A Paixão de Cristo era sentida intensamente nas quartas e nas sextas-feiras. Em seu caso, os estigmas não parecem ter sangrado, mas apareciam simplesmente como manchas avermelhadas, intensamente dolorosas. Manteve-os escondidos de todos, exceto de alguns de seus empregados, mas às vezes a dor nos pés eram tão grandes que a impossibilitava de andar. Por muitos anos, assim como Santa Catarina de Siena, viveu quase sem nenhum alimento. No discurso dessas matérias, pediu ao seu diretor espiritual que guardasse absoluto segredo.

Entretanto, sua fama acabou espalhando-se entre a população porque algumas vezes foi vista em público, em êxtase profundo. As visitas e conselhos espirituais tornaram-se constantes, resultando na oposição considerável dos frades dominicanos de Mântua que, entretanto, cessaram as críticas quando souberam que um dos seus, Dominic de Crema, mantinha o registro de todas as experiências espirituais de Osanna, que infelizmente perderam-se após sua morte.

Faleceu santamente, de causas naturais em 18 de julho de 1505. Foi beatificada pelo Papa Leão X e é invocada como patrona das meninas estudantes.

Seu corpo incorrupto encontra-se em exposição sob o altar de Nossa Senhora do Rosário na catedral de Mântua, Itália. Em 1965 seu corpo foi examinado interiormente e exames profundos determinaram bom estado de preservação (após 460 anos).





domingo, 17 de junho de 2012

São Manoel

17/06 - Manuel ou Manoel, provém do nome bíblico Emanuel com que foi chamado o Messias, na famosa profecia de Isaías (7,14) e significa: “Deus conosco”. Este nome é sobejamente usado entre os povos espanhóis e portugueses. Encontra larga acolhida também n Brasil que, inclusive, dedica três municípios a São Manuel.

O Martirológico Romano cita só dois santos com este nome; o primeiro no dia 26 de março, era um militar de data incerta que sofreu o martírio com mais outros trinta e nove, entre os quais, se fez menção também de Quadrado e Teodósio. O martírio destes se deu na Ásia Menor.

O segundo é o que está sendo comemorado neste dias pelo Martirológico, com estas palavras: “Em Calcedônia, os santos mártires Manuel, Sabel e Ismael, que foram mandados como embaixadores pelo rei da Pérsia, para pedir a paz a Juliano apóstata. Quis este imperador obrigá-los a adorar os ídolos e, porque se recusaram constantemente a fazer tal coisa, mandou-os matar”.

Situamos este breve fato em seu contexto histórico.

A Igreja tinha finalmente adquirido a liberdade religiosa com o “Edito de Milão”, em 313, por obra do magnânimo imperador Constantino Magno. Há cinquenta anos, estava gozando desta liberdade que lhe possibilitara uma larga expansão, favorecida, inclusive, pelo batismo recebido pelo próprio imperador Constantino.

Deu-se, porém, uma guinada brusca nesta situação por obra de um sobrinho de Constantino, chamado Juliano, que se tornou apóstata, isto é, traidor da fé. A ambição e o orgulho desmedido, aliados a desvios na educação que ficou a cargo de mestres pagãos. Acérrimos inimigos do Cristianismo, levaram Juliano a regenerar o próprio batismo e iniciar-se nas crendices pagãs.

Sucessos no setor militar e circunstâncias favoráveis levaram Juliano ao mais alto grau da magistratura romana e a ser proclamado imperador, em 361. Tomou então uma atitude de hostilidade contra o Cristianismo, querendo restabelecer os prestígios da mitologia greco-romana. Voltou para a Igreja o tempo do terror, reabriram-se as portas dos cárceres para os cristãos. O principal objetivo de Juliano era barrar a marcha da religião de Cristo que, por desprezo chamava de Galileu, mesmo com o uso de violência.

Em 363, Juliano decidiu travar guerra contra os persas que ameaçavam continuamente os confins do Império Romano no Oriente. Inicialmente, conseguiu ótimos sucessos militares que induziram o rei dos persas a solicitar a paz com Roma.

Foi neste contexto, que se deu a embaixada persa junto ao imperador Juliano para negociar a paz. Escolhidos para esta delicada missão foram três nobres: Manuel, Sabel, Ismael, pertencentes ao exíguo número de cristãos viventes no Império Persa.

As negociações para a paz não tiveram sucesso, pelo contrário, a condição cristã dos três enviados irritou o imperador Juliano, que descarregou neles seu ódio contra o Cristianismo e contra os persas. Submeteu os embaixadores a humilhante processo. Recusando dobrar-se perante a imposição do imperador, a fim de que adorassem os ídolos, foram submetidos a cruéis tormentos e, por fim, decapitados. Era o ano 363.

O castigo de Deus contra o imperador apóstata não tardou. Os persas, ofendidos sobremaneira pela matança de seus embaixadores, redobraram seus esforços na guerra e conseguiram uma virada na situação. O próprio imperador Juliano foi ferido de morte. Uma antiga tradição diz que, vendo-se golpeado de morte, Juliano teria dado um grito de desespero contra Cristo, com estas palavras: “Vencestes, ó Galileu!”

Com sua morte, terminou definitivamente a perseguição, e a Igreja voltou a viver em paz. Se a história não nos forneceu maiores notícias relativas a São Manuel, o fato do martírio, como suprema prova de amor a Cristo, já é um gesto que o torna altamente merecedor de nossa veneração.

“Chamar alguém de ‘mártir’, disse Santo Agostinho, é fazer-lhe o mais alto dos elogios!”



























sábado, 16 de junho de 2012

São Francisco Régis

16/06 - Francisco Régis nasceu, em 31 de janeiro de 1597, numa pequena aldeia de Narbone, na França. Filho de um rico comerciante, foi educado num colégio dirigido por sacerdotes jesuítas desde pequeno. Nada mais natural que entrasse para a Companhia de Jesus quando, em 1616, decidiu-se pela vida religiosa. Desejava, ardentemente, seguir o exemplo dos jesuítas missionários que evangelizavam em terras pagãs estrangeiras.


Tornou-se rapidamente respeitado e admirado pela dedicação na catequização que fazia diretamente ao povo, auxiliando os sacerdotes, assim como nas escolas que a Companhia de Jesus dirigia. Aos trinta e três anos, ordenou-se sacerdote, tomando o nome de João Francisco. Só então o seu contagiante trabalho disseminou-se pela cidade, por meio das obras dedicadas aos marginalizados, necessitados e doentes. Essa era a missão importantíssima que o aguardava lá mesmo, na sua terra natal: atender aos pobres e doentes e converter os pecadores.

Entre os anos 1630 e 1640, duas epidemias de pestes assolaram a comunidade. Francisco Régis era incansável no atendimento aos doentes pobres e suas famílias. Nesse período, conscientizou-se de que a França precisava da sua ação apostólica e não o exterior. Assim, tornou-se um valente missionário jesuíta, e o mais freqüente sacerdote visitador de cárceres e hospitais. Os registros relatam às centenas os doentes que salvou e os pagãos que converteu ao mesmo tempo.

Bispos de seu tempo relataram que ele era dotado de um carisma muito especial. Onde pregava os ensinamentos de Cristo, as pessoas, invariavelmente, se convertiam. Conseguiu, com o auxilio da Virgem Mãe, como ele mesmo dizia, converter aldeias inteiras com o seu apostolado. Foram dez anos empregados nesse fatigante e profícuo trabalho missionário.

Francisco Régis foi designado para chefiar a missão enviada à La Louvesc, na diocese de Dauphine. Antes de iniciar a viagem, quis despedir-se dos companheiros jesuítas. Percebera, apesar da pouca idade, que sua morte estava muito próxima. A viagem até lá foi um tremendo sacrifício. Além de atravessar altas montanhas, o caminho foi trilhado debaixo de um rigoroso inverno.

Chegou a La Louvesc doente e perigosamente febril. Mas, como havia uma enorme multidão de fiéis que desejavam ouvir seus sermões, pregou por três dias seguidos. Os intervalos de descanso foram utilizados para o atendimento no confessionário. Finalmente, abatido por uma enorme fraqueza, que evoluiu para uma pneumonia fulminante, faleceu no dia 31 de dezembro de 1640, aos quarenta e três anos de idade.

O papa Clemente XII canonizou-o em 1737. São João Francisco Régis, ou apenas são Francisco Régis, como era chamado, teve sua festa marcada para o dia 16 de agosto.

Fonte: http://www.derradeiragracas.com/

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Beato Luís Palazzolo

15/06 - Em 22 de maio de 1963 quando o Papa João XXIII proclamou bem-aventurado Luís Palazzolo apresentou suas virtudes: “modelo de santidade sacerdotal, de obediência, de pobreza, de humildade, amor à Igreja se doando totalmente ao povo cristão, sua ativa e operosa caridade que se tornou visível nas inúmeras obras assistenciais”.

Luís Palazzolo nasceu em Bérgamo, na Itália em 1827, ficando órfão de pai com apenas 8 anos, recebeu de sua mãe uma educação aprimorada.

Jovem de boa inteligência e discreta condições econômica sentiu a solicitação de seguir uma profissão rendosa e honrada. Mas a voz de Deus foi mais forte. Terminados os estudos clássicos entrou no seminário diocesano e ordenou-se sacerdote com 23 anos de idade.

Seu pensamento sobre o sacerdote era: o padre é o homem de Deus e do povo, que comunga com os seus anseios, orientando-o para Cristo. O padre deve amar e dar afeto especial aos pobres assim como fez Jesus. Os jovens hão de ver no pobre os sinais da credibilidade da religião que ele representa, para assim seguir um ideal de acordo com a mensagem de Cristo.

Por tudo isso sua tarefa era a educação cristã da juventude nos bairros mais povoados e pobres da cidade de Bérgamo.

Seguia o pensamento de São João Bosco: recolheu os rapazes vadios para alfabetiza-los, catequiza-los e dar-lhes uma orientação profissional.

Essa tarefa tão delicada exigia de Luís um amor de pai, o que ele exerceu no pleno sentido da palavra, para milhares de crianças e jovens.

Nessa época a região de Bérgamo e quase toda Itália passsavam por um péssimo período, com guerras devido a dominação austríaca e com a peste, matando quase 15% da população.

Luís Palazzolo colocou à disposição sua herança familiar, a fim de fundar escolas, orfanatos e aliviar um pouco a miséria do povo sofrido.

Unindo-se ao Pe. Luís muitas vocações foram brotando tendo início uma instituição de religiosas dedicadas a obras assistenciais nos orfanatos, hospitais, asilos e escolas.

A instituição do Pe. Luís tomou o nome de Irmãs dos Pobres” e até hoje exercem caridade em muitas nações inclusive na África.

Desgastado de suas forças pelas múltiplas obras Luis Palazzolo faleceu em 15 de junho de 1889 com 50 anos de idade.

Fonte: www.amcparoquiasaojoaobatista.com.br por Regina Céli Pinhata Novelini























quinta-feira, 14 de junho de 2012

São José, o Hymnographer (fazedor de hinos)

14/06 - Também conhecido com José do Estudio. Nasceu em 810 na Sicília, e o monge São José do Estúdio era um prolífico escritor de hinos.Nascido de pais cristãos ele foi obrigado a fugir com outros cristãos durante a invasão pelos Sarracenos e alcançando Thessalonica, ele se tornou um monge.

Mais tarde ele foi para Constantinopla onde entrou para o famoso Monastério de Studium. Ali ele se encontrou e se tornou um modelo de cristão sob a direção de Theodore Studites, seu Abade, que era um dos mais proeminentes cristãos do seu tempo, mas quando as perseguições alcançaram a cidade, Theodore foi preso e açoitado e José tomou um barco para Roma. Capturado pelos piratas na sua viagem para Roma, ele passou vários anos em uma prisão em Creta. Ele pregava para seus companheiros escravos, convertendo a muitos. Finalmente escapou, e reassumiu sua jornada a Roma onde foi recebido com o maior carinho e mais tarde retornou a Constantinopla.

Fundou também um monastério e se opôs ao Imperador iconoclasta Theophilus; assim foi exilado para Chersonese.

Mais tarde foi Bispo de Salonica. Um dos grande poetas litúrgicos e compositor de hinos da Igreja Bysantina e tem o credito de mais 1000 trabalhos.

No final de sua vida ele participou de um notável empreendimento missionário e é considerado um dos que mais inspirou a ida dos primeiros missionários à Rússia. Faleceu em 886 de causas naturais.

Não é absolutamente certo e seguro que José, o hinógrafo seja o mesmo José do Studium, que também é celebrado nesta data. As datas dos acontecimentos são bem aproximadas, quase as mesmas e José o hinógrafo foi Bispo de Salonika e irmão de Theodoro Studites.

Ambos são citados como notáveis poetas litúrgicos.

Sua festa é celebrada no dia 14 de junho.