domingo, 14 de abril de 2013

Beata Helena Guerra


14/04 - Nasceu em Lucca (Itália) em 23-6-1835. Depois de uma longa doença (1857 - 1864), durante a qual amadureceu nela o sentido apostólico com a leitura e o estudo da Bíblia e da literatura patrística, dedicou-se ao apostolado feminino entre as jovens, para as quais criou a Pia União das Amizades Espirituais. Mais tarde tomou a direção do primeiro núcleo citadino das Filhas de Maria.

Duas datas são determinantes para a sua orientação espiritual: abril de 1870, quando fez uma peregrinação pascal a Roma a assistiu à 3ª sessão pública do Concílio Vaticano I, e junho do mesmo ano, quando se ofereceu vítima por Pio IX.

Em 1872, com um grupo de poucas companheiras, dá início a uma escola feminina privada em Luccas, semente da qual se desdobrará em seguida (1882) uma nova congregação, inicialmente denominada Filhas de Sta. Zita, que depois do encontro de Helena com Leão XIII (18-10-1897) se chamará "Oblatas do Espírito Santo", dedicadas á educação da juventude feminina, mas sobretudo à propagação da devoção ao Espírito Santo. Em 1886, Helena tem a primeira intuição da sua vocação na igreja: solicitar a Leão XIII que se faça promotor de "retorno ao Espírito Santo", em vista de uma renovação da igreja e da unificação de todos os cristãos (ecumenismo espiritual).

Assistida por Mons. Vólpi, consegue fazer chegar a Leão XIII 10 cartas. Fruto dessas cartas são tres documentos de Leão XIII entre os quais a conhecida encíclica Divinum illud munus (9-5-1897), sobre a vida segundo o Espírito. Helena também foi escritora fecundade ascese. São cerca de 70 os seus opúsculos devocionais, especialmente dedicados à devoção ao Espírito Santo. Essa grande lutadora enfim descansou no Senhor em 14-4-1914. A sua congregação lhe sobreviveu, contando, em 1983, com 230 membros. Foi beatificada por João XXIII em 1959.

sábado, 13 de abril de 2013

São Martinho I



13/04 - O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado.

Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.

São Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador. Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo.

Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II. Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I.

Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.

Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.

Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

São José Moscati


12/04 - José Moscati fazia parte de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.

Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápolis com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquiana, assistia a missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente os incuráveis.

Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e empenho e, em 1903, recebeu seu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividade. Naquele ano, tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.

A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis pela administração do Hospital, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.

No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter assistido a missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor cobriu a cidade.

No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati beato A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.

De 1o a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.

No dia 25 de outubro de 1987, na praça de São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja. Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápolis, Itália.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Santa Gema Galgani

11/04 - Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava. Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Fonte: www.catolicanet.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Santa Madalena de Canossa



10/04 - Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes.

Através destas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis. Aos dezessete anos desejou consagrar sua vida a Ele e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação.

No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio. Os tristes acontecimentos políticos sociais e eclesiais do final do Século XVIII, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam seus rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.

Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho que o Espírito Santo lhe indicava e descobriu, no Cristo Crucificado, o ponto central da sua espiritualidade e da sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.

Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o Espírito Santo a guiasse até os pobres de outras cidades italianas.

Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo. Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, sendo aprovadas pelo Papa Leão XII dezesseis anos depois. Mas só após várias tentativas mal sucedidas, Madalena conseguiu dar andamento à Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, que surgiu o primeiro Oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos homens jovens e adultos.

Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas da Caridade no dia 10 de abril de 1835. As Congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de Irmãos e Irmãs Canossianos. Em 1988, o Papa João Paulo II a canonizou, determinando o dia de sua morte para o seu culto litúrgico.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com

terça-feira, 9 de abril de 2013

Santa Maria de Cleófas


09/04 - Maria de Cléofas, também chamada "de Cléopas", ou ainda "Clopas". É destas três formas que consta dos Evangelhos o nome de seu marido, Cléofas Alfeu, irmão do carpinteiro José. Maria de Cléofas era, portanto, cunhada da Virgem Maria e mãe de três apóstolos: Judas Tadeu, Tiago Menor e Simão, também chamados de "irmãos do Senhor", palavra semítica que indica também os primos, segundo o historiador palestino Hegésipo. Por sua santidade ela uniu-se a Mãe de Deus também na dor do Calvário, merecendo ser uma das testemunhas da Ressurreição de Jesus. (Mc 16:1) "e passado o sábado, Maria Madalena, e Maria, mãe de Tiago, e Salomé, compraram aromas para irem ungi-lo." O mensageiro divino anunciou as piedosas mulheres: "Por que procuram o vivo entre os mortos?" Esse é um fato incontestável: nas Sagradas Escrituras vemos Maria de Cléofas acompanhando Jesus em toda sua sofrida e milagrosa caminhada de pregação. Estava com Nossa Senhora aos pés da Cruz e junto ao grupo das "piedosas mulheres" que acompanharam Seus últimos suspiros. Ela estava também com as poucas mulheres que visitou o túmulo de Cristo, para aplicar-lhe perfumes e ungüentos, constatando o desaparecimento do corpo e presenciando ainda o anjo anunciar a Ressurreição do Senhor. Assim, Maria de Cléofas tornou-se uma das porta-vozes do cumprimento da profecia. Tem, portanto, o carinho e um lugar singular e especial no coração dos católicos, neste dia que a Igreja lhe reserva para a veneração litúrgica.


segunda-feira, 8 de abril de 2013

Santo Alberto de Jerusalem


08/04 - Santo Alberto, dos patriarcas de Jerusalém um dos mais eminentes, era natural da Itália, descendente de uma nobre família do ducado de Parma. Jovem ainda e com a preocupação de salvar a inocência, fez-se religioso e entrou para o convento dos Cônegos de Santo Agostinho, em Mortara, os quais, depois de alguns anos, o elegeram prior da comunidade religiosa. Passados três anos, foi indicado para bispo de Bóbbio. A modéstia e humildade, porém, não lhe permitiram aceitar esta dignidade. Poucos anos se passaram e a vontade do Papa Lúcio III prevaleceu, nomeando-o bispo de Vercelli, e durante o espaço de vinte anos Alberto administrou aquela diocese. Rigoroso contra si próprio, era condescendente para os súditos; incansável no cumprimento dos deveres, era dedicado às obras de penitência, oração e caridade. Espírito muito conciliador, era Alberto o indicado para servir de árbitro em questões de litígio. Assim o imperador Frederico Barbaroxa se valeu dos seus bons serviços junto à Sé Apostólica em Roma. Devido a sua intervenção, cessou uma antiga inimizade entre as cidades de Parma e Piacenza.

A fama de sua santidade tinha chegado até a Síria. Quando vagou a Sé patriarcal de Jerusalém, o clero daquela cidade concentrou os votos em Alberto para sucessor do Patriarca falecido. O Papa Inocêncio III não só aprovou a eleição, mas ainda insistiu com o eleito para que a aceitasse, fazendo-lhe ver que as condições em que se achava a Terra Santa, requeriam um braço forte, se não se preferisse o desaparecimento do cristianismo, diante da pressão fortíssima dos maometanos. Alberto, obediente à voz do Sumo Pontífice, entregou a administração da diocese a um sucessor, apresentou-se ao Papa e de Roma foi para a Palestina. Estando Jerusalém sob o domínio dos sarracenos, o bispo da metrópole, fixou residência em Acra. Antes de mais nada, procurou conhecer bem a situação da Igreja naquele país. Com orações e jejum pediu a luz de cima, para acertar com os meios de socorrer a cristandade nas suas necessidades. Deus iluminou-o e abençoou-lhe nos trabalhos, de um modo palpável. Grande número daqueles que tinham abandonado a fé, voltaram ao seio da Igreja, e outros, transviados no caminho do pecado e do vício, contritos se converteram. A palavra, mas antes de tudo a santidade do bispo, fizeram com que gozasse do maior prestígio, não só entre os cristãos, mas ainda entre os inimigos da cruz, os sarracenos, o que muito concorreu para a situação da Igreja tornar-se bem mais tolerável.

Além dos trabalhos pastorais, incumbiu-se Alberto da redação de uma regra da Ordem do Carmo. Os Carmelitas eram eremitas, que moravam no monte Carmelo. Tinham por padroeiro o profeta Elias, que com os seus discípulos habitara no mesmo lugar. A regra que Alberto lhes deu, é um documento de sabedoria e prudência. Desde aquele tempo, começou a Ordem a tomar grande incremento.

Oito anos durou o patriarcado de Alberto na Palestina. Estimado por todos, surgiu-lhe um inimigo, na pessoa de um malfeitor, natural de Caluso, em Piemonte. Alberto, vendo o mau procedimento daquele homem, tinha por diversas vezes, por meios persuasivos, procurado afasta-lo da senda do crime. Mas, em vez de se emendar, a vida tornou-se-lhe cada vez mais escandalosa, chegando ao final o ponto de merecer a pena de excomunhão, com o que o patriarca o ameaçou. Exasperado com a justa energia do Prelado, jurou tirar desforra. Na festa da Exaltação da Santa Cruz, quando o Patriarca, rodeado de muitos representantes do clero, exercia as altas funções de oficiante do religioso, o criminoso penetrou no recinto sagrado e apunhalou-o. Alberto morreu quase que instantaneamente, pranteado pelos fiéis que o veneravam como Santo, isto no ano de 1214.

domingo, 7 de abril de 2013

São João Batista de La Salle


07/04 - A tradição da família de La Salle, na França, é muito antiga. No século XVII, descendente de Carlos Magno, Louis de La Salle era conselheiro do Supremo Tribunal quando sua esposa, também de família fidalga, deu à luz a João Batista de La Salle, em 30 de abril de 1651, na casa da rua de L’Arbatete, que ainda existe, na cidade de Reims.

O casal não era nobre só por descendência, ambos tinham também nobreza de espírito e seguiam os ensinamentos católicos, que repassaram aos sete filhos. João Batista era o mais velho deles. Dos demais, uma das filhas tornou-se religiosa, entrando para o convento de Santo Estevão, em Reims. Dois outros filhos ocuparam cargos elevados no clero secular, mas João Batista revelou-se o mais privilegiado em termos espirituais.

Desde pequeno a vocação se apresentava no garoto, que gostava de improvisar um pequeno altar para brincar de realizar os atos litúrgicos que assistia com a mãe. Paralelamente, teve no pai o primeiro professor. Apaixonado por música clássica, sacra e profana, toda semana havia, na casa dos de La Salle, uma “tarde musical”, onde se apresentavam os melhores e mais importantes artistas da cidade, assistidos pelas famílias mais prestigiadas de Reims. João Batista fazia parte da apresentação, executando as músicas de caráter religioso, o que fez com que o pai o estimulasse a ingressar no coral dos cônegos da catedral. Entretanto, no íntimo, o desejo dos seus pais era que ele seguisse uma carreira política.

Mas esse desejo durou pouco tempo, pois, na hora de definir sua profissão, João Batista confessou que queria ser padre. Seu pai entendeu que não poderia disputar o filho com Deus e ordenou que ele seguisse a voz do Criador, para onde fosse chamado. Ainda jovem, tornou-se coroinha e, com dezesseis anos, era nomeado cônego da catedral de Reims. Como tinha muita cultura e apreciava os estudos, com dezoito anos recebeu o título de mestre das Artes Livres, entrou para a Universidade de Sorbonne e passou a morar no seminário Santo Sulpício, em Paris. Ali se tornou catequista, chegando a ensinar um total de quatro mil crianças, preparando-as para a primeira comunhão.

Ao sair do seminário, João Batista, com vinte e um anos, tinha já perdido o pai e a mãe. Cuidou dos irmãos e depois pôde vestir a batina, em 1678, quando, finalmente, se ordenou sacerdote. Fundou uma escola para a formação de professores leigos e, mesmo em meio a todo esse trabalho, continuou estudando teologia, até receber o título de doutor, em 1681.

Fundou, ainda, a Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs, que em pouco tempo necessitou da implantação de muitas casas. Tão rápido cresceu a Ordem, que já em 1700 foi possível inaugurar um seminário, onde se lecionava pedagogia, leitura, gramática, física, matemática, catolicismo e canto litúrgico. Ele teve a grata felicidade de ver a congregação comportando setecentos e cinqüenta irmãos, possuindo cento e quatorze escolas e sendo freqüentadas por trinta e um mil alunos, todos pobres.

Aqui no Brasil, os Irmãos das Escolas Cristãs se estabeleceram em 1907, espalhando-se pelos estados do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ele morreu numa Sexta-Feira Santa, no dia 7 abril de 1719, em Rouen, e foi canonizado, em 1900, pelo papa Pio X. São João Batista de La Salle foi proclamado “padroeiro celeste, junto a Deus, de todos os educadores”, pelo papa Pio XII.

Fonte: www.portalcot.com

sábado, 6 de abril de 2013

Bem-Aventurada Pierina Morosini


06/04 - Neste dia, lembramos com alegria a vida de Pierina Morosini, que se tornou para nós exemplo de quem conseguiu alcançar a santidade no dia-a-dia. Mulher exemplar, era operária, ativista da Ação Católica, doméstica e muito engajada na paróquia e ação missionária.

Pierina Morosini nasceu em Bérgamo, Itália, em 1931, numa numerosa e pobre família de aldeia. Ajudava a mãe a cuidar das crianças, pois era a mais velha, mas isto fazia com muito amor sem deixar seu compromisso com o árduo trabalho na fábrica que ficava distante de sua casa.

Santa Maria Goretti era sua Santa de devoção, tanto assim que no segredo partilhou com uma amiga que com ela assistia a beatificação da Santa da Castidade: "Também eu desejaria morrer como a Goretti; antes de pecar contra a castidade, prefiro deixar-me matar!"

Com tão grande sinceridade ela desejava a vida na pureza da castidade, que mesmo sem poder consagrou-se numa vida religiosa, devido às necessidades da família, Morosini renovava anualmente sua decisão pela castidade e rezava constantemente: "Ó Maria, sempre jovem porque sempre pura, fazei rejuvenescer meu coração com a beleza da castidade".

Esta feliz mulher que lembramos hoje, era ocupada com o drama social, familiar; tinha profunda vida de oração e Eucaristia diária. Pierina Morosini certa vez, voltava da fábrica para casa quando foi atacada e martirizada por um jovem que queria seduzi-la e fazê-la pecar contra a Castidade, isto em 1957. Não precisamos pensar que Deus atendeu ao seu desejo de morrer como Goretti, mas sim que lhe deu a força do mesmo Espírito Santo para que fosse fiel até o fim.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

São Vicente Ferrer



05/04 - São Vicente Férrer nasceu em Valência, na Espanha, em 1350. Abria seus olhos para um mundo marcado por múltiplas dificuldades. A “peste negra” havia assolado a Europa e, aos 13 anos de idade, ele já assistia a morte de várias pessoas com este mal. A Espanha era habitada por judeus e muçulmanos e, entre estes, os intelectuais e nobres da época, assim como povo e escritores havia grandes diferenças de classes, de deveres, de direitos.

O ambiente religioso reinante ao longo de toda a vida de São Vicente Férrer foi cheio de conflitos. Basta dizer que havia um grande Cisma na Igreja, o Papa residia fora de Roma, em Avignon (França), por mais de 40 anos. Aos olhos dos cristãos, o pontificado havia perdido a unidade, a universalidade. Um agravante desta situação foram os impostos colocados ao povo pelo pontificado. Os italianos clamavam contra a “Ímpia Babilônia” (Avignon) e a desobediência aos papas da sede romana, alegando horrores feitos em nome da Igreja. Heresias surgiam no meio do povo e entre o próprio clero, que chegava a desconfiar da verdadeira autoridade papal.

Neste clima social e religioso, enegrecido pelo Cisma da Igreja desenvolveu-se a vida e pregação de São Vicente Férrer. Seu pai era Guilhermo Férrer e sua mãe se chamava Constanza Miquel. Eram ao todo 8 filhos: 3 homens e 5 mulheres. Os nomes conhecidos de seus irmãos são: Constanza, Francisca, Inês, Pedro e Bonifácio. De família tradicionalmente católica, Vicente e Bonifácio muito cedo tornaram-se sacerdotes, mais precisamente freis dominicanos. Vicente Férrer estudou em Barcelona (Espanha) e Toulouse (França), onde se especializou no conhecimento das línguas orientais e na Sagrada Escritura.

Nosso dominicano pregava pelo menos 3 sermões diários. Pregou na Espanha, Itália, França e Inglaterra, andando sempre a pé e acompanhado de grande multidão. Faziam parte de suas caminhadas, homens letrados, confessores, mendigos, escritores que anotavam seus sermões.

Mais tarde, Vicente Férrer teve uma perna machucada que lhe causou certas dificuldades em seu trabalho missionário; passou a viajar em um burrinho e levava um pequeno órgão, com o qual compunha suas músicas. Apesar de sua aparência simples, Vicente Férrer foi um dominicano muito culto e sua cidade natal o agracia, até hoje, com muitos títulos: “O Apóstolo da Paz”, “O Patrono de Valência”, “Apóstolo da Europa” e “Doutor da Igreja”. Todos esses honrosos títulos originaram-se não só de suas pregações, conversões, milagres, mas também de seu trabalho político social que teve a oportunidade de desenvolver em toda sua vida, especialmente para pôr um fim no Grande Cisma da Igreja Ocidental. Foi chamado pelos seus conterrâneos do “Santo mais valenciano e do valenciano mais santo”.

Pregou o Evangelho como o “Embaixador de Cristo”; foi um grande defensor da verdadeira fé e da unidade da Igreja, um batalhador pela paz entre os povos e defensor da reforma dos costumes.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Santo Isidoro de Sevilha



04/04 - Nasceu em Sevilha, em 560. Santo Isidoro era irmão de São Leandro, de São Fulgêncio e de Santa Florentina. Foi educado pelo seu irmão São Leandro, bispo de Sevilha. No ano de 600, sucedeu-o no governo da diocese. Em 619, reuniu e presidiu o II Sínodo Sevilhano e, em 633 presidiu o IV Concílio de Toledo.
 
Bispo influente e popular, foi considerado um dos homens mais ativos e empenhados com os problemas do seu tempo. Organizou a vida na Igreja; criou seminários e zelou pela formação dos futuros sacerdotes. Unificou a liturgia e regulamentou a vida monástica.

O seu grande mérito consistiu em salvar a cultura antiga. Era chamado de doutor insigne do nosso século, novíssimo ornamento da Igreja Católica, o último no tempo, mas não na doutrina, o homem mais sábio dos últimos séculos, cujo nome deve ser pronunciado com reverência. É chamado também o último Padre da Igreja do Ocidente.

A sua obra "Etimologias", composta por 20 volumes, é uma síntese de todo o saber antigo e do seu tempo. Para além destas obras, escreveu também diversos tratados de moral, comentários exegéticos, etc.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

São Luís Scrosoppi

03/04 - Luís nasceu em 4 de agosto de 1804, em Udine, cidade do Friuli, no Norte da Itália. Foi o último dos filhos de Antônia e Domingos Scrosoppi, cristãos fervorosos que educaram os filhos dentro dos preceitos da fé e na caridade. Aos doze anos, Luís ingressou no seminário diocesano de Udine, e, em 1827, foi ordenado sacerdote.

A região do Friuli, a partir de 1800, mergulhou na miséria em conseqüência das guerras e epidemias, o que serviu ao padre Luís de estímulo para cuidar dos necessitados. Dedicou-se, com outros sacerdotes e um grupo de jovens professoras, à acolhida e à educação das “derelitas”, as mais sozinhas e abandonadas jovens de Udine e dos arredores. A elas ele disponibilizou todos os seus bens, suas energias e seu afeto, sem economizar nada de si. Quando foi preciso, ele não hesitou em pedir esmolas. A sua vida foi, de fato, uma expressão palpável da grande confiança na Providência Divina.

Com essas senhoras, chamadas de “professoras”, hábeis no trabalho de costura e de bordado, que estavam aptas à alfabetização, dispostas a colocarem suas vidas nas mãos do Senhor para servi-lo e optando por uma vida de pobreza, padre Luís Scrosoppi fundou a Congregação das Irmãs da Providência. Mas notou que necessitava de algo mais para dar continuidade a essa obra. Por isso, aos quarenta e dois anos de idade, em 1846, tornou-se um “filho de são Felipe” e, através do santo, aprendeu a mansidão e a doçura, qualidades que lhe deram mais idoneidade na função de fundador e pai da nova família religiosa.

Todas as obras feitas por padre Luís refletiram sua opção pelos mais pobres e necessitados. Ele profetizou certa vez: “Doze casas abrirei antes da minha morte”, e sua profecia concretizou-se. Foram, realmente, doze casas abertas às jovens abandonadas, aos doentes pobres e aos anciãos que não tinham família.

Porém Luís não se dedicava apenas às suas obras de caridade. Ele também oferecia seu apoio espiritual e econômico a outras iniciativas sociais de Udine, realizadas por leigos de boa vontade. Era dele, também, a missão de sustentar todas as atividades da Igreja, em particular as destinadas aos jovens do seminário de Udine.

Depois de 1850, a Itália unificou-se, num clima anticlerical, e os fatos políticos representaram um período difícil para Udine e toda a região do Friuli. Uma das conseqüências foi o decreto de supressão da “Casa das Derelitas” e da Congregação dos Padres do Oratório, de Udine. Após uma verdadeira batalha, conseguiu salvar as “Casas”, mas não conseguiu impedir a supressão da Congregação do Oratório.

Já no fim da vida, padre Luís transferiu a direção de suas obras às irmãs, que aceitaram a missão com serenidade e esperança. Quando sentiu chegar o fim, dirigiu suas últimas palavras às irmãs, animando-as para os revezes que surgiriam, lembrando-as: “… Caridade! Eis o espírito da vossa família religiosa: salvar as almas e salvá-las com a caridade”. Morreu no dia 3 de abril de 1884. Toda a população de Udine e das cidades vizinhas foram vê-lo pela última vez e pedir-lhe ajuda do paraíso celeste.

No terceiro milênio, as irmãs da Providência continuam a obra do fundador nos seguintes países: Romênia, Moldávia, Togo, Índia, Bolívia, Brasil, África do Sul, Uruguai e Argentina.

Padre Luís Scrosoppi foi proclamado santo pelo papa João Paulo II em 2001. Nessa solenidade estava presente um jovem sul-africano que foi curado, em 1996, da Aids. Por esse motivo, esse mesmo pontífice declarou São Luis Scrosoppi padroeiro dos portadores do vírus da Aids e de todos os doentes incuráveis. O jovem sul-africano que se curou desse vírus entrou no Oratório de São Felipe Néri, tomando o nome de Luís.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Beato Leopoldo de Gaiche

02/04 - O Beato Leopoldo nasceu em Gaiche, na diocese de Perusa, sendo filho de pais humildes, e foi batizado com o nome de João. Um sacerdote vizinho ajudou-o a educar-se, e em 1751, aos 18 anos, recebeu o hábito de franciscano no convento de Cibotola, adotando o nome de Leopoldo.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1757, foi enviado a pregar cursos de sermões quaresmais que logo o tornaram famoso. Como resultado de sua eloqüência e seu fervor, ocorreram numerosas conversões, os inimigos se reconciliaram e os penitentes assediavam seu confessionário. Durante 10 anos, desde 1786, quando foi nomeado missionário pontifício dos Estados da Igreja, pregou missões em diversas dioceses, e mesmo depois de se tornar ministro provincial continuou seu labor apostólico.

Inflamado pelo exemplo do Beato Tomás de Cori e de S. Leonardo de Porto Maurício, ansiava por encontrar uma casa onde os missionários e pregadores pudessem se recolher para seu retiro anual e onde outros irmãos e amigos da Ordem pudessem se revigorar espiritualmente. Contudo, teve de superar muitas dificuldades e sofrer muitos dissabores, antes que pudesse realizar seu desejo, em uma colina solitária de Monte Luco, perto de Espoleta.

Quando, em 1808, Napoleão invadiu Roma e prendeu o Papa Pio VII, as casas religiosas foram fechadas e seus ocupantes expulsos. O Beato Leopaldo, venerável ancião de 77 anos, foi obrigado a abandonar seu querido convento e viver com três de seus irmãos em uma miserável choupana em Espoleto. Durante esse tempo, serviu como auxiliar de um pároco local, mas em seguida assumiu o encargo de uma paróquia inteira; cujo pastor fora expulso pelos franceses. Depois, foi preso também, por se recusar a prestar um juramento que ele considerava ilegítimo. Mas seu confinamento teve curta duração, porque em breve o encontramos mais uma vez pregando santas missões. Sua fama cresceu graças a seus dons proféticos e a fenômenos estranhos que o acompanhavam; por exemplo, quando  pregava, os ouvintes tinham a impressão de que sua cabeça estava coroada de espinhos.

Depois da queda de Napoleão, o Beato Leopoldo apressou-se em voltar a Monte Luco, onde procurou fazer com que as coisas voltassem ao que eram antes, mas viveu apenas mais alguns meses, morrendo a 15 de abril de 1815, aos 83 anos de idade. As notícias dos numerosos milagres operados junto a seu túmulo motivaram a rápida introdução do processo de beatificação que se concluiu favoravelmente em 1893.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Santo Hugo




01/04 - Lembramos a vida de santidade de Santo Hugo que nasceu em Castelo Nova na França , isto em 1053. O Santo de hoje pertencia ao clero da diocese de Valência , até se tornar cônego e mais ordenado Bispo e enviado para Genoble, onde tornou-se santo pastor.

A diocese de Genoble era extensa e numerosa em almas, além de estar com um clero, na sua maioria, decadente na disciplina e muitos leigos depredavam a Igreja Local. Com missionário e reformador, Santo Hugo, que sempre foi tendido a vida monástica , acabou se retirando por dois anos, mas por obediência ao Santo Padre Gregório, deixou a paz da vida monástica para "guerrear" pela reforma da diocese.

Durante o governo Santo e sofrido, Santo Hugo acolheu carinhosamente São Bruno com seu companheiros que fundaram na sua diocese a Ordem dos Cartuxos. Com coração acolhedor, foi também Hugo muito sábio, prudente, perseverante e homem duma fé que mereçeu permanecer aqui na terra e no cuidado do rebanho de Cristo até os 80 anos .

domingo, 31 de março de 2013

São Guido


31/03 - São Guido nasceu na segunda metade do século X, em Casamare, perto de Ravena, Itália.

Após concluir seus estudos acadêmicos na cidade natal, mudou-se para Roma, onde recebeu o hábito de monge beneditino e retirou-se à solidão. Sob a direção espiritual de Martinho, também ele um monge eremita e depois canonizado pela Igreja, viveu observando fielmente as Regras de sua ordem, tornando-se um exemplo de disciplina e dedicação à caridade, à oração e à contemplação.

Três anos depois, seu diretor o enviou ao mosteiro de Pomposa. Embora desejasse afastar-se do mundo, seu trabalho como musicista era necessário para a comunidade cristã.

No convento a história se repetiu. Era um modelo tão perfeito de virtudes, que foi eleito abade por seus irmãos de congregação. Sua fama espalhou-se de tal forma, que seu pai e irmãos acabaram por tomá-lo como diretor espiritual e se tornaram religiosos.

Sentindo o fim se aproximar, Guido retirou-se novamente para a tão almejada solidão religiosa. Mas, quando o imperador Henrique III foi a Roma para ser coroado pelo Papa, requisitou o abade para acompanhá-lo como conselheiro espiritual.

Guido cumpriu a função delegada, mas ao despedir-se dos monges que o hospedaram, despediu-se definitivamente demonstrando que sabia que não se veriam mais. Na viagem de retorno, adoeceu gravemente no caminho entre Parma e Borgo de São Donino e faleceu, no dia 31 de março de 1046.

Logo em seguida, graças passaram a ocorrer, momentos depois de Guido ter morrido. Um homem cego recuperou a visão em Parma por ter rezado por sua intercessão.

Outros milagres se sucederam e os moradores da cidade recusaram-se a entregar o corpo para que as autoridades religiosas o trasladassem ao convento.

Foi necessário que o próprio imperador interviesse. Henrique III levou as relíquias para a Catedral de Spira. A igreja, antes dedicada a São João Evangelista, passou a ser chamada de São Guido, ou Wido, ou ainda Guy, como ele era também conhecido.

A história de São Guido é curiosa no que se refere à sua atuação religiosa. Ele é o responsável pela nova teoria musical litúrgica. Desejava ser apenas um monge solitário, sua vocação original, mas nunca pode exercê-la na sua plenitude, teve que interromper esta condição a pedido de seus superiores, devido ao dom de músico apurado, talento que usou voltado para a fé.

Quando pensou que poderia morrer na paz da solidão monástica, não conseguiu, mas foi para a Casa do Pai, já gozando a fama de santidade.

sábado, 30 de março de 2013

São João Clímaco



30/03 - São João Clímaco nasceu em 580. Clímaco foi um monge do Monte Sinai, e deve o seu cognome a um livro seu, Escada (Klímax - Clímaco). A Escada é um resumo da vida espiritual, concebida para os solitários e contemplativos. Para Clímaco, a oração é a mais alta expressão da vida solitária; ela se desenvolve pela eliminação das imagens e dos pensamentos. Daí a necessidade da 'monologia', isto é, a invocação curta, de uma só palavra, incansavelmente repetida, que paralisa a dispersão do espírito. Essa repetição deve assimilar-se com a respiração.

O nome de São João Clímaco é uma alusão à palavra "klímax', que em grego significa escada. São João decidiu adotar este nome em virtude do livro escrito por ele mesmo, intitulado Escada para o Paraíso.

Nesta obra ele explica que existem 30 degraus a serem galgados para que possamos atingir a perfeição moral. Este livro foi um grande sucesso na época e chegou até mesmo a influenciar monges e outros religiosos em sua conduta particular, tanto no Ocidente como no Oriente. A importância desta obra literária para a época pode ser notada na utilização do símbolo escada na arte bizantina.

São João Clímaco foi muito famoso como homem santo em toda a Palestina e Arábia. Viveu por volta do ano 650 e morreu no Monte Sinai.

Conta-se que ele era palestino e na adolescência ingressou em um mosteiro no Monte Sinai, onde passou a dedicar sua vida às orações e à meditação. Até os 35 anos viveu desta forma, mas quando seu mestre faleceu resolveu encerrar-se em uma cela e viver à moda dos monges do deserto: jejuando, orando e estudando a Bíblia.

Durante este novo período de sua vida São João Clímaco decidiu nunca mais comer carne, fosse ela vermelha ou branca. Também passou a sair de sua cela apenas para participar da Eucaristia, aos domingos.

Já com 70 anos foi eleito bispo do Monte Sinai, muito embora preferisse continuar com sua vida isolada. Nesta época construiu hospitais para a população mais pobre, ajudado pelo papa Gregório Magno.

Os últimos quatro anos de sua vida foram dedicados a viver como ermitão. Neste período de total isolamento ele escreveu Escada para o Paraíso.

Fonte: Revista Santo do Dia, Ed. Casa Dois, S. Paulo, 2001.

sexta-feira, 29 de março de 2013

São Segundo de Asti



29/03 - Segundo era um soldado pagão, filho de nobres, nascido em Asti, norte da Itália, no final do século I e profundo admirador dos mártires cristãos, que o intrigavam pelo heroísmo e pela fé em Cristo. Chegava a visitá-los nos cárceres de Asti, conversando muito com todos, quantos pudesse.

Consta dos registros da Igreja, que foi assim que tomou conhecimento da Palavra de Cristo, aprendendo especialmente com o mártir Calógero de Bréscia, com o qual se identificou, procurando-o para conversar inúmeras vezes.

Além disso, Segundo era muito amigo do prefeito de Asti, Saprício, e com ele viajou para Tortona, onde corria o processo do bispo Marciano, o primeiro daquela diocese. Sem que seu amigo político soubesse, Segundo teria estado com o mártir e este encontro foi decisivo para a sua conversão. Entretanto, esta só aconteceu mesmo durante outra viagem, desta vez a Milão, onde visitou no cárcere os cristãos Faustino e Jovita.

Tudo o que se sabe dessa conversão está envolto em muitas tradições cristãs. Os devotos dizem que Segundo teria sido levado à prisão por um anjo, para lá receber o batismo através das mãos daqueles mártires. A água necessária para a cerimônia teria vindo de uma nuvem. Logo depois, uma pomba teria lhe trazido a Santa Comunhão.

Depois disso, aconteceu o prodígio mais fascinante, narrado através dos séculos, da vida deste santo, que conta como ele conseguiu atravessar a cavalo o Pó, sem se molhar, para levar a Eucaristia, que lhe fora entregue por Faustino e Jovita para ser dada ao bispo Marciano, antes do martírio.

O Pó é um rio imponente, tanto nas cheias, quanto nas baixas, minúsculo apenas no nome formado por duas letras, possui mil e quinhentos metros cúbicos de volume d'água por segundo, nos seiscentos e cinqüenta e dois quilômetros de extensão, um dos mais longos da Itália.

Passado este episódio extraordinário, Saprício, o prefeito, soube finalmente da conversão de seu amigo. Tentou de todas as formas fazer Segundo abandonar o cristianismo, mas, não conseguiu, mandou então que o prendessem, julgassem e depois de torturá-lo deixou que o decapitassem.

Era o dia 30 de março do ano 119. No local do seu martírio foi erguida uma igreja onde, num relicário de prata, se conservam as suas relíquias mortais.

Uma vida cercada de tradições, prodígios, graças e sofrimentos foi o legado que nos deixou São Segundo de Asti, que é o padroeiro da cidade de Asti e de Ventimilha, cujo culto é muito popular no norte da Itália e em todo o mundo católico que o celebra no dia 29 de março.



quinta-feira, 28 de março de 2013

Beata Joana Maria de Maillé


28/03 - Nasceu em 14-4-1331 no castelo de La Roche, na diocese de Tours (França). Em 1342 Joana teve uma visão da Virgem Maria com o Menino Jesus e desde então se consagrou a honrar a Pixão de Cristo. Recebeu a primeira educação religiosa de um franciscano, confessor da família. Contra a sua vontade teve de se casar com o seu tutor em 1347, que se chamava Roberto de Sillé, mas ele não era um aproveitador vulgar. Os dois esposos decidiram conservar a castidade e empregaram os bens no socorro dos desventurados durante a grande epidemia da peste negra(1346-1355).

Durante a guerra dos 100 anos, Roberto foi capturado pelos ingleses. Teve de se desfazer de sua fortuna para pagar o que lhe fora pedido pelo seu resgate. Morreu em 1362. Então Joana foi expulsa pela família do seu marido e se retirou a Tours para se dedicar à oração e às boas obras. Fez voto de perpétua castidade nas mãos do arcebispo de Tours e entrou num hospital a serviço dos doentes. Mas não teve paz, sendo perseguida pela malevolência dos que a rodeavam. Por isso se retirou para o eremitério de Planche de Varux, dedicando-se à vida contempletiva. Obrigada pelas suas condições de saúde a retornar a Tours em 1386, foi residir junto ao convento dos franciscanos, colocando-se sob a direção espiritual daqueles.

O seu zelo a fez se apresentar várias vezes diante do rei Carlos VI, o rei louco, quer em Tours como em Paris, para tentar uma purificação dos costumes da corte e do povo. Foi favorecida com graças místicas e era consultada em toda parte. Morreu em 28 de março de 1414. Pertencia à ordem terceira da penitência e sua espiritualidade era toda franciscana.

quarta-feira, 27 de março de 2013

São Ruperto



27/03 - Salzburgo é uma bela cidade austríaca, cuja fama está ligada com a do seu filho mais ilustre, Wolfgang Amadeus Mozart. Salzburgo significa cidade do sal. O seu primeiro bispo e padroeiro principal é representado com uma saleira na mão. É o único santo local festejado, nas regiões de língua alemã e na Irlanda, pois foi o modelo para os monges irlandeses.

São Ruperto descendia dos rupertinos, uma importante família que dominava com o título de conde a região do médio e do alto Reno. Desta família nasceu também outro são Roberto (ou Ruperto) de Bingen, cuja vida foi escrita por santa Hildegarda. Os rupertinos eram parentes dos carolíngios e o centro de suas atividades era em Worms. Aí S. Ruperto recebeu sua formação de cunho monástico irlandês. Em 700, como seus mestres, se sentiu impulsionado à pregação e ao testemunho monástico e foi à Baviera. Apoiado pelo conde Teodo de Baviera, fundou perto do lago Waller, a 10 km de Salzburgo, uma igreja dedicada a são Pedro. O lugar, porém, não pareceu próprio para os fins de Ruperto que pediu ao conde outro terreno perto do rio Salzach, próximo à antiga cidade romana de Juvavum.

O mosteiro que ali construiu, dedicado a são Pedro, é o mais antigo da Áustria e está ligado com o núcleo de Nova Salzburgo. Seu desenvolvimento deveu-se também à colaboração de doze conterrâneos seus. Desses, Cunialdo e Gislero foram honrados como santos. Perto do mosteiro de São Pedro surgiu um mosteiro feminino que foi confiado à direção da abadessa Erentrude, sobrinha do santo.

Foi este punhado de corajosos que fez surgir a Nova Salzburgo. São Ruperto é justamente reconhecido como seu fundador. Ele morreu no dia da Páscoa, 27 de março de 718. Suas relíquias são conservadas na magnífica catedral de Salzsburgo, edificada no século XVII.

terça-feira, 26 de março de 2013

São Bráulio de Saragoça


26/03 - Na Igreja visigótica da Península Ibérica surgiram homens de grande relevo intelectual e de influência extraordinária.Lembramos hoje o bispo S. Bráulio de Saragoça não porque fosse um teólogo deslumbrante, mas porque estimulou a ciência sagrada com sua preocupada investigação, a sua biblioteca extraordinária, a sua cultura multifacetada e erudição vastíssima. Contemporâneo de S. Isidoro de Sevilha, troca com ele cartas de grande amizade, onde se revela o seu interesse pela sabedoria. .

Pouco se sabe do nascimento e da adolescência deste santo. Quanto conhecemos vem-nos das suas quarenta e três cartas que atravessaram os séculos e pelos documentos de alguns concílios de Toledo, num dos quais, o VI, foi encarregado de responder ao Papa, Honório I, que acusava os bispos da Hispânia de negligência na conversão dos judeus. Era, no entanto, de uma família distinta. O irmão João, seu mestre nas primeiras letras e nas ciências sagradas, foi bispo de Saragoça. Era também seu irmão o presbítero Frunimiano, há notícias de suas irmãs Basila e de Pompónia, esta abadessa de um mosteiro.

Depois de ser instruído junto da família, foi para Sevilha, onde pontificava S. Isidoro, - ao tempo, o homem mais sábio da cristandade inteira – e fez-se seu discípulo.

Voltou depois para Saragoça e, à morte do irmão, foi escolhido para bispo de Saragoça, em 633.

Escreveu a vida de S. Emiliano acompanhada de um hino para a sua festividade.

Dirigiu a diocese, com esmero e dedicação, tornando-se um homem influente não apenas na sua grei mas ainda na comunidade civil.As honras de que era alvo, porém, não o seduziram. Soube manter-se na esperança dos bens futuros, como escrevera à irmã, na morte de um familiar: “O tempo foge insensivelmente, a morte aproxima-se em segredo, e a nossa cega esperança não vê senão as alegrias da vida. Felizes aqueles cuja alegria é Deus e cujo gozo repousa na bem-aventurança futura”.

A verdadeira sabedoria haurida em tantos livros e pergaminhos coleccionados com muito cuidado e lidos constantemente até ficar cego, no final da vida, trouxeram-lhe a verdadeira doutrina que ele sempre considerou como caminhada para o Reino celeste. Morreu pelo ano 651.

segunda-feira, 25 de março de 2013

São Dimas

25/03 - O Evangelho fala pouco deste Santo. Nem mesmo o nome, os evangelistas fixaram. O que sabemos foi trazido pela tradição que são os nomes: Dimas, o Bom Ladrão e Simas, o mau ladrão.

Sem dúvida alguma, se trata de um santo original, único, privilegiado, que mereceu a honra de ser canonizado em vida por Jesus Cristo, na hora solene de nossa Redenção. Os outros santos só foram solenemente reconhecidos, no outro milênio, a partir do ano 999. A Igreja comemorava os mártires e confessores, mas sem uma declaração oficial e formal. Enquanto que, a de São Dimas quem proclamou foi o próprio Fundador da Igreja.

Dimas foi o operário da última hora, o que nos fez ver o mistério da graça derradeira. O mau ladrão resistiu, explodiu em blasfêmias. Rejeitou a graça, visivelmente dada pelo Redentor. O Bom Ladrão, depois de vacilar (Mt 27,44 -Mc 15,32), confessou a própria culpa, reclamou da injustiça contra Aquele que só fez o bem, reconheceu-O como Rei e lhe pediu que se lembrasse dele, quando estivesse no seu Reino.

Segundo a tradição, Dimas não era judeu, mas sim egípcio de nascimento. Dimas e Simas praticavam o banditismo nos desertos de passagem para o Egito. Lá a Sagrada Família, que fugia da perseguição do rei Herodes, foi assaltada por dois ladrões e um deles a protegeu. Era Dimas. Naquela época, entre os bandidos havia o costume de nunca roubar, nem matar, crianças, velhos e mulheres. Assim, Dimas deu abrigo ao Menino Jesus protegendo a Virgem Maria e São José.

Dimas foi um bandido muito perigoso da Palestina. E isso, realmente pode ser afirmado pelo suplício da cruz que mereceu. Essa condenação horrível era reservada somente aos grandes criminosos e aos escravos.

Martirológio Romano diz apenas no dia 25 de Março: “Em Jerusalém comemoração do Bom Ladrão que na cruz professou a fé de Jesus Cristo”. E no mundo todo São Dimas passou a ser festejado neste dia.

O Bom Ladrão ou São Dimas foi o primeiro que entrou no céu: “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”. (Lc 23,43). Ele passou a ser popularmente considerado o “Padroeiro dos pecadores arrependidos da hora derradeira, dos agonizantes, da boa morte”. Morreu sacramentado pela absolvição do próprio Cristo, e por Ele conduzido ao Paraíso.

Fonte: //paroquiagaspar.com.br

domingo, 24 de março de 2013

Santa Catarina da Suécia



24/03 - Catarina era a segunda filha de santa Brígida, a grande mística sueca que teve grande influência na vida, na história e na literatura do seu país.

Catarina nasceu em 1331. Ainda muito jovem casou-se com Edgar von Kyren, de nobre descendência e de mais nobres sentimentos pois consentiu que a esposa observasse o voto de castidade que ele mesmo acabou fazendo e observando. Catarina acompanhou sua mãe a Roma por ocasião do ano santo. Lá recebeu a notícia da morte do marido.

Desde então as vidas das duas santas correm sobre os mesmos trilhos. A filha participa com total dedicação na intensa atividade de santa Brígida. Esta havia criado na Suécia uma comunidade de tipo cenobítico na cidade de Vadstena, para acolher em separado homens e mulheres em conventos de clausura, cujas regras eram inspiradas no modelo do místico são Bernardo de Claraval. Durante o período romano que durou até a morte, nas longas perseguições, às vezes entre perigos de que só mesmo Deus as poderia livrar.

Santa Catarina vem representada junta com um cervo que, segundo a lenda, muitas vezes apareceu para salvá-la. Depois que trouxeram o corpo da mãe de volta à pátria, Catarina entrou no mosteiro de Wadstena, do qual foi eleita abadessa em 1380. Havia chegado de Roma, após uma estadia de cinco anos. Em Roma conta-se que Catarina salvou a cidade de uma cheia do Tibre. O episódio é representado numa pintura da igreja a ela consagrada na praça Farnese. O papa Inocêncio VIII permitiu a trasladação das relíquias. Uma multidão imensa a proclamou santa antes mesmo das autoridades eclesiásticas fixando sua festa no dia da morte, 24 de março de 1381.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/

sábado, 23 de março de 2013

Santa Rebeca


23/03 - Em 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.

Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa.

Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimônio.

Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.

A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se formando professora.

Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.

Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada.

Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.

Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura.

Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.

Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas, Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.

Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa.

Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas.

Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.

O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano.

Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.

sexta-feira, 22 de março de 2013

São Basil de Ancyra


22/03 - Morreu no dia 29 de junho de 362. São Basil sofreu e morreu pela sua fé verdadeira em oposição aos arianos que negavam a divindade de Jesus.Ele era um padre em Ancyra, Galatia (agora Ancara, Turquia e apoiava o seu Bispo Marcellus contra os hereges mesmo após o banimento em 336 pelo Imperador Constantius. Em 360 os arianos tentaram impedir Basil de ser um líder cristão mas ele defendeu a fé católica enfrentando até mesmo o Imperador Constantius pessoalmente).

Basil recusava a dar espaço para os arianos e ia a rua para incitar os cristãos a continuarem firmes. Acabou sendo acusado de tramar contra Juliano, o apóstata.

Ele foi capturado e torturado em Ancyra. Na Caesarea ele foi pendurado pelos pulsos e mais tarde de cabeça para baixo pelos tornozelos. Sua pele foi tirada com grandes garfos e finalmente morto. Os Atos de seu Martírio são autênticos.
O conde Frumentinus, encarregado do martírio ficou tão furioso que mandou que fosse mais arranhado e dilacerado até que seus intestinos ficassem a mostra.Os espectadores choravam de pena. O mártir orava em voz alta e a noite foi levado de volta a prisão. No dia seguinte seu corpo estava completamente são sem nenhum machucado.
Basil disse a Frumentinus “Você sabe que meu corpo foi cortado em pedaços porem veja agora meus ombros e meus lados que não tem um só ferimento. Jesus Cristo me curou a noite. Envie estas noticias ao seu amo Imperador Juliano para que ele conheça o poder de Deus e avise que Deus logo extinguirá a sua vida.”

Frumentinus parecia não conseguir conter a sua raiva e mandando colocá-lo santo de costas para cima e mandou furá-lo com ferros em brasa. O mártir expirou sob esses tomentos.

Na arte litúrgica da Igreja São Basil é mostrado com uma leoa a seu lado e outras vezes com a pele toda dilacerada.

Fonte: www.catolicosdobrasil.com.br

quinta-feira, 21 de março de 2013

São Nicolau de Flue


21/03 - Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de santidade.

Ainda neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.

Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.

Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que logo o chamou de "Pai da Pátria".

Porém, à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.

Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suiça.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Santa Cláudia


20/03 - Mártir com Alexandra e Theodotus em 304 DC durante a perseguição Imperador Diocleciano (284-305). Theodotus era o curador de Ancyra, Galtia (moderna Turquia) e foi o responsável pelo sepultamento de Claudia por que ela e Alexandra se recusaram a tomar parte numa cerimônia pagã e a repudiar a sua fé. O imperador Diocleciano mandava queimar os restos dos corpos para que não fossem sepultados e lembrados. Theodotus cuidou do sepultamento dos remanescentes do corpo de Cláudia e Alexandra, mas foi traído por um apóstata e foi também martirizado.

Mais tarde, os restos de Santa Claudia foram recuperados por outros cristãos e levados para Malus onde recebeu um enterro adequado e suas relíquias foram trasladadas para um santuário numa capela com o seu nome.

O seu túmulo tornou-se local de peregrinação e vários milagres foram creditados à sua intercessão.

É muito venerada na Grécia e Rússia.

terça-feira, 19 de março de 2013

São José




19/03 - São José é um grande intercessor que temos diante de Jesus. Nunca tarda em nos ajudar a conseguir alguma graça que desejemos, desde que a peçamos com fé. Tudo o que sabemos de São José é o que nos conta a Sagrada Escritura: que era um homem justo, temente a Deus e aceitou dar sua vida para criar e educar um filho que não era seu (afinal Jesus era filho de Deus).

A Escritura Sagrada diz que era carpinteiro (Mt 13,55) e pobre, tanto que quando foi levar Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria purificada, ofereceu como sacrifício um par de rolas, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lc 2,24).

Embora sendo pobre, José era de linhagem real, da descendência do rei Davi (Mt 1,1-16 e Lc 3,23-28). Era um homem bom, compassivo e carinhoso, características de um justo.

Quando soube da gravidez de Maria, não sendo seu o filho que ela esperava, planejou deixá-la silenciosamente para não a expor à vergonha e crueldade, porque naquela época, as mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas até à morte (Mt 19,20).

José foi também um homem de fé e obediente. Quando o anjo do Senhor em sonho lhe revelou o mistério sobre a criança que Maria trazia no ventre, imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, a tomou como esposa. Quando o anjo lhe apareceu novamente para avisá-lo do perigo que a sua família corria, imediatamente deixou tudo o que possuía, bem como os parentes e amigos e partiu para um país estranho e lá permaneceu, aguardando pacientemente até que o anjo do Senhor, no devido tempo, o instruiu para retornar (Mt 2,13-23).

Quando Jesus ficou no templo, perdido dele e da mãe, José, junto com Maria, procurou-o com grande ansiedade até encontrá-lo ao fim de três dias (Lc 2,48). Tratava Jesus como seu próprio filho, a tal ponto que os habitantes de Nazaré repetiam constantemente em relação a Jesus "Não é ele o filho de José?" (Lc 4,22). José teve uma morte linda, como muitos gostariam de ter, ao lado de Jesus e de Maria. São José é invocado em casos de doença, junto a agonizantes, em casos de dificuldades financeiras e pelas famílias. Na ladainha em sua honra é invocado como terror dos demônios.

Mas não são só esses os casos em que é invocado. A sua intercessão é para qualquer situação como diz Santa Tereza D' Ávila (Vida, cap. 6n.6-8): "Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele... Causa espanto as grandes mercês que Deus me fez por meio desse bem aventurado Santo, dos perigos que me livrou tanto do corpo como da alma.

A outros santos parece que o Senhor lhes deu graças para socorrer em determinada necessidade. Mas deste glorioso santo tenho experiência que socorre em todas... Só peço, por amor de Deus, que o prove quem em mim não acreditar e verá por experiência o grande bem que é encomendar-se a este glorioso patriarca e lhe ter devoção".

"Revelação de Nosso Senhor Jesus Cristo a Sua Serva Irmã Maria Cecília Baiy" (1736)

Fonte: http://www.gloriososaojose.org.br/