sábado, 23 de março de 2013

Santa Rebeca


23/03 - Em 20 de junho de 1832, na cidade de Himlaya, Líbano, nasceu a menina Boutroussyeh, que em português significa: Pedrinha. Quando se tornou religiosa adotou o nome de Rafka, ou Rebeca que era o nome de sua mãe, falecida quando ela tinha sete anos.

Rebeca era filha única e seu pai empobreceu muito após a morte da esposa.

Aos onze anos ela foi servir uma família libanesa na Síria. Após quatro anos voltou para casa, pois seu pai havia se casado novamente. Pedrinha ficou muito confusa e angustiada com o seu possível matrimônio.

Uma tarde foi a igreja rezar para que Nossa Senhora a ajudasse na decisão do caminho a seguir. A noite sonhou e ouviu uma voz que lhe dizia para entregar sua vida a Cristo. Decidiu ser religiosa. Saiu de casa contrariando a família e se apresentou à congregação das Irmãs Filhas de Maria em Bifkaya.

A congregação a acolheu como postulante, era o ano de 1853. Rebeca, três anos depois, completava o noviciado pronunciando os votos e se formando professora.

Foi enviada como missionária e professora nos povoados pobres para catequizar e alfabetizar crianças e adultos carentes. Ela foi uma missionária dócil, caridosa, penitente, evangelizando pelo exemplo e pela palavra.

Em 1871, a congregação da Filhas de Maria que era diocesana, passava por uma crise e seria fechada.

Rebeca, ouvindo novamente a voz que a guiava, foi ser noviça no convento de São Simão na cidade de Aitou, onde fez sua profissão de fé e dos votos em 1872, tomando o nome de Rafka.

Assim, iniciou uma outra fase de sua vida à serviço de Deus. Rafka começou a sentir dores terríveis na cabeça e nos olhos. Após os exames médicos foi submetida a várias cirurgias. Durante a última o médico errou e ela ficou sem chance de cura.

Rafka aceitou toda aquela lenta agonia tendo a certeza que deste modo participava da Paixão de Jesus Cristo e no sofrimento da Virgem Maria.

Foram vinte e seis anos de sofrimento na cidade de Aitou. Depois, com outras cinco religiosas, Rafka foi transferida para o novo convento dedicado a São José, em Grabta. Neste período ficou completamente cega e paralítica. Mesmo assim se manteve feliz porque podia usar as mãos, fazendo meias e malhas de lã.

Rafka ainda vivia e a população falava dela como santa.

Depois da sua morte em 23 de março de 1914 a sua fama se difundiu por todo o Líbano, Europa, e nas Américas.

Os prodígios e milagres foram se acumulando e seu processo de canonização foi concluído em 2001, quando o papa João Paulo II a proclamou santa.

O seu corpo repousa na igreja do mosteiro de São José em Grabta, Líbano.

Santa Rafka, ou Rebeca continua sendo reverenciada no dia 23 de março pelos seus devotos em todo o mundo.

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