segunda-feira, 12 de novembro de 2012

São Josafá Kuncewics


12/11 - Tudo na vida de João Kuncewics aconteceu cedo e rápido. Nascido de família cristã ortodoxa da Ucrânia, em 1580, estudou filosofia e teologia. Aos vinte anos se tornou monge na Ordem de São Basílio, recebendo o nome de Josafá. Em pouco tempo era nomeado superior do convento e, logo depois, arquimandrita de Polotsk.

Com apenas trinta e sete anos assumiu, embora a contragosto, o arcebispado de Polotsk. Dizem os escritos antigos que a brilhante carreira era plenamente justificada pelos seus dotes intelectuais e, principalmente, pelo exemplo de suas virtudes, obediência total à disciplina monástica e à prática da caridade. Exemplo disso foi quando, certa vez, sem ter como ajudar uma viúva que passava necessidades, penhorou o pálio de bispo para conseguir dinheiro e socorrê-la.

Vivia-se a época do cisma provocado pelas igrejas do oriente e Josafá foi um dos grandes batalhadores pela união delas com Roma. Este obteve vitória em muitas das frentes de batalha.

Josafá defendia com coragem a autoridade do Papa e o fim do cisma, com a conseqüente união das igrejas. Pregava e fazia questão de seguir os ensinamentos de Jesus numa só Igreja, sob a autoridade de um único pastor. Sua luta incansável reconquistou muitos hereges e ele é considerado o responsável pelo retorno dos rutenos ao seio da Igreja. Embora outras Igrejas do oriente não o tenham seguido, foi uma vitória histórica e muito importante.

Atuando desta forma e tendo as origens que tinha é evidente que sofreria represálias. Foi vítima de calúnias, difamação, acusações absurdas e uma oposição ameaçadora por parte dos que apoiavam o cisma. Em uma pregação chegou a prever que seu fim estava próximo e seria na mão dos inimigos. Inclusive, avisou "as ovelhas do seu rebanho", como dizia, de que isso aconteceria. Mas não temia por sua vida e jamais deixou de lutar.

Em uma das visitas às paróquias sob sua administração, sua moradia foi cercada e atacada. Muitas pessoas da comitiva foram massacradas. O arcebispo Josafá, então, se apresentou aos inimigos, perguntando porque matavam seus familiares se o alvo era ele próprio. Impiedosamente a multidão o maltratou, torturou, matou e jogou seu corpo em um rio.

Tudo ocorreu no dia 12 de novembro de 1623, na cidade de Vitebsk, na Bielorussia. O seu corpo depois foi recuperado e venerado pelos fiéis. Mais tarde, os próprios responsáveis pelo assassinato do arcebispo foram presos, julgados, condenados e acabaram se convertendo, escapando da pena de morte.

O Papa Pio IX canonizou em 1876, Santo Josafá Kuncewics, considerado pelos estudiosos atuais da Igreja, o precursor do ecumenismo que vivemos em nossos dias.

domingo, 11 de novembro de 2012

São Mennas do Egito


11/11 - Provavelmente nasceu no Egito.Todas as representações dele sempre o apresentam acompanhado de dois camelos e ele deve ter sido um condutor de camelos antes de se alistar no exército romano. Ele tambem era um cristão. Quando sua legião chegou em Phrygia as perseguições sob o imperador Diocleciano começaram. Mennas desertou do seu posto de modo a escapar da morte e se escondeu em uma caverna na montanha.

Mas como cada vez mais e mais cristãos eram assassinados por ordem dos editos de Diocleciano, Mennas decidiu que deveria fazer uma profissão pública da sua fé. Ele cuidadosamente escolheu o momento. Durante os jogos anuais na arena em Phrygia, Mennas repentinamente apareceu diante dos espectadores e anunciou que ele era um cristão. Ele foi torturado e acoitado para renunciar a sua fé, mas como não o fizesse foi decapitado. Diz a tradição que seu olhos foram arrancados e sua língua e mãos foram cortados e foi deixado para morrer por sangramento, mas no dia seguinte estavam milagrosamente restauradas e este fato fez com que Hermógenes fosse convertido. O procônsul encarregado do martírio, furioso ordenou então que fosse decapitado, isto em 303 DC.

Após a sua morte o corpo de Mennas foi levado de volta ao Egito para ser enterrado. Na sua tumba foi erigido um santuário e a água santa retirada do seu santuário são encontradas em todos os países do mediterrâneo. O templo dele em Karm Abu Mina ao sudoeste de Alexandria e Lago Mareotis, a beira do deserto da Líbia, onde as ruínas de uma igreja e antigas peças de honrarias a São Menas podem ser encontradas até hoje. Ele foi muito venerado na idade média e ainda hoje é considerado um dos grande santos do Egito. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um jovem cavaleiro com uma alabarda. Outras vezes ele é mostrado sem os olhos e com suas mãos cortadas, mas sempre tendo ao lado dois camelos. Ele e é o patrono dos andarilhos e daqueles que são falsamente acusados.

sábado, 10 de novembro de 2012

Santo André Avelino


10/11 - Lanceloti Avelino nasceu no ano 1520, em Castelnuovo, uma província que pertencia ao então reino de Nápoles. Os pais, João e Margarida, muito religiosos, criaram o filho dentro dos ensinamentos de Cristo. Na época oportuna, enviaram o pequeno Lanceloti para estudar com o tio, pároco da vizinha Senise. Lá ele começou sua vida religiosa exercitando-se no apostolado catequético dos jovens da cidade. Em 1545, já era um sacerdote.

Dois anos depois, seguiu para a cidade de Nápoles, onde, na universidade, diplomou-se em direito canônico. No exercício da profissão, assistindo a defesa de um sacerdote, decepcionou-se com as artimanhas legais permitidas e, amargurado com a situação, abandonou o processo e a carreira, em 1551.

Prosseguiu o seu apostolado como auxiliar do vigário geral de Nápoles, sendo um exemplo pela humildade, disciplina e dedicação total à caridade, atendendo com amor os pobres e doentes. Só deixou de rezar seis horas por dia quando recebeu a incumbência de vigiar os conventos teatinos, que estavam submetidos à arquidiocese a que pertencia. Além disso, tornou-se evangelizador e confessor de Nápoles e de cidades vizinhas. Mas devido à sua atuação no combate aos abusos dos conventos, sofreu dois atentados, em 1555, dos quais só escapou vivo por milagre.

No ano seguinte, Lanceloti entrou para a Ordem dos Teatinos e, em 1558, vestiu o hábito, tomando o nome de André Avelino. Durante toda a vida, dedicou-se aos pobres, encarcerados e agonizantes, sendo também diretor espiritual. Mas ainda se achava pecador e pedia mais sofrimento a Deus em suas orações.

Morreu no dia 10 de novembro em 1608, acometido por um ataque quando se aproximava do altar para a celebração da missa. Foi canonizado pelo papa Clemente VI. Santo André Avelino é invocado pelos devotos como protetor celestial contra a morte repentina.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Beata Elisabete da Trindade

09/11 - Elisabete Catez Rolland, nasceu em Campo d'Avor, próximo de Bourges, França, no dia 18 de julho de 1880. Filha de Francisco José e Maria foi batizada quatro dias depois. Ainda criança ela se distinguia pelo temperamento apaixonado, um tanto agressivo e colérico, mas também transparecia no seu olhar uma suave sensibilidade.

No início de 1887 a família se transferiu para a cidade de Dijon, também na França. Porém, em outubro daquele ano, seu pai faleceu de repente. E essa perda provocou uma mudança muito grande no seu caráter. A partir daí, dedicou a vida para a oração e a serviço de Deus.

A sua primeira comunhão foi aos dez anos, ocasião que lhe deu a oportunidade de visitar o Carmelo da cidade, com outras companheiras. Na saída todas receberam um "santinho" com uma dedicatória da superiora. O seu dizia que o nome Elisabete significa: "Casa de Deus".

Desde os oito anos estudava música no Conservatório de Dijon. Muito talentosa, em 1893 recebeu o primeiro prêmio de piano do Conservatório. Como toda jovem, Elisabete freqüentava a sociedade local onde se distraia nas festas da família e dos amigos. Mas sempre se manteve fiel aos sacramentos recebidos na Igreja.

Ao completar catorze anos resolveu entrar para o Carmelo. Sua mãe foi contra, dizendo que esta escolha só seria definida na sua maioridade. Mesmo assim, Elisabete ofereceu a Deus seus dotes musicais para a salvação da França. Sua vida se voltou para as orações, as leituras religiosas e a vida espiritual da paróquia, mantendo sempre sua obediência à mãe. Foi a partir dos dezenove anos que Elisabete começou a receber as primeiras graças místicas, que anotava nos diários de orações.

Quando completou a maioridade, em 1901, ingressou no Convento do Carmelo Descalço de Dijon, com aprovação de sua mãe. Quatro meses depois, vestiu o hábito e adotou o nome de Irmã Elisabete da Trindade, entregando-se ao mistério da Santíssima Trindade. Em janeiro de 1903 emitiu os votos definitivos e nos próximos cinco anos entregou-se completamente a Deus na Santíssima Trindade. E o Senhor purificou ainda mais sua alma pelo sofrimento do mal de Addison que a levou à morte, no dia 09 de novembro de 1906.

Com sua vida e doutrina, breve, mas sólida, exerceu grande influência na espiritualidade atual, especialmente por sua experiência trinitária. Suas anotações reverteram em obras publicadas, das quais as que se destacaram: Elevações, Retiros, Notas Espirituais e Cartas.

O Papa João Paulo II, a beatificou em 1984 e designou o dia de sua morte para a celebração de sua memória.

Fonte: www.igrejaconceicao.org.br



quinta-feira, 8 de novembro de 2012

São Deodato

08/11 - São Deodato I ou Deusdedit, segundo historiadores surgiu por volta dos séculos da primeira Idade Média: Filho de subdiácono romano Estevão, foi por quarenta anos padre em Roma antes de suceder ao Papa Bonifácio IV a 19 de outubro de 615. Foi o primeiro Papa que estabeleceu com doações para distribuir ao povo por ocasião da morte do sumo pontífice. Em Roma o Papa era são somente o Bispo e o Pai espiritual, mas também o guia civil, o juiz, o supremo magistrado, a garantia da ordem. Com a morte de cada pontífice, os romanos se sentiam privados de proteção, expostos às invasões dos bárbaros nórdicos ou às reivindicações do império do Oriente. A teoria dos dois únicos, Papa e imperador, que deviam governar unidos o mundo cristão, não encontrava grandes adesões em Constantinopla.

O Papa Deodato mostrou-se, todavia mediador com o outro único, que a bem da verdade era pouco solícito para o bem dos italiados, salvo uma vez, que enviou o exarca Eleutério para acabar com as revoltas de Ravena e de Nápoles. Foi a única vez que o Papa Deodato, ocupado em aliviar os desconfortos da população da cidade, nas calamidades acima referidas, teve um contato, se bem que indereto, com o imperador.

Foi inserido no Martirológio Romano, pelo Cardeal Barônio um episódio que revalidaria a fama de santidade que circundava o pontífice "dado por Deus" (conforme a etimologia do seu nome) para guiar os cristãos em épocas tão difíceis: durante uma das suas frequentes visitas aos doentes, os mais abandonados, os que era atingidos pela lepra, teria curado um desses infelizes, após havê-lo amavelmente abraçado e beijado.

São Deodato morreu em novembro do ano 618, amado e chorado pelos romanos que tiveram a oportunidade de apreciar seu bom coração durante grandes calamidades que se abateram sobre Roma nos seus três anos de pontificado: terremoto, que deu golpe de graça aos edifícios de mármore dos Foros, já devastados por sucessivas invasões bárbaras e horríveis epidemia.

Fonte: www.catolicanet.com

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

São Prosdócimo




07/11 - São muitos os nomes que soam familiares e típicos de certas localidades italianas, mesmo parecendo insólitos, estranhos ou exclusivos. Tais nomes estão ligados ao culto de um santo local, em muitos casos de um antigo bispo e, em outros, de um mártir.

O nome Prosdócimo, pouco freqüente atualmente, para os familiarizados, imediatamente mostra sua origem da região do Vêneto, da cidade de Pádua e, mais tarde, também de Rieti. Isso porque o culto a este santo vem de uma tradição muito antiga, do século II, que homenageia o primeiro bispo de Pádua, de Rieti e, também, padroeiro dessas duas cidades. Segundo narram os registros oficiais da Igreja, Prosdócimo teria evangelizado também toda a Veneza ocidental, numa grande obra de difusão que fixou, definitivamente, o cristianismo no coração daquelas populações.

Até a mais bela imagem dedicada a ele acabou sendo feita por um ilustre artista italiano, faz parte de um conjunto dedicado a santa Justina, outra mártir célebre daquela região. Na tela, Prosdócimo aparece com o típico atributo do jarro, símbolo da sua incansável atividade de batizador, ou seja, formador do rebanho do Senhor.

Nas várias regiões de Rieti e Pádua, o bispo Prosdócimo teria patrocinado prodígios e milagres, que as mais antigas tradições descrevem com toda a liberdade de expressão, reforçando ainda mais seus exemplos edificantes de fé em Cristo. Às vezes, porém, os poucos documentos tornam mais redundantes as tradições. Como foi o caso deste bispo. Depois de sua morte, encontrou-se o registro citando que a comunidade erguera, fora das muralhas de Pádua, a igreja de Santo Prosdócimo, que mais tarde tornou-se a Basílica de Santa Justina, uma das mais belas da cidade.

A glória do bispo Prosdócimo teria sido, de fato, Justina ter sido convertida por ele. Essa nova cristã soube manter intacta a sua fé, enfrentando o martírio na perseguição de Nero. Entretanto Prosdócimo foi poupado, não havendo nenhum registro, ou tradição, que explique o porquê.

O bispo Prosdócimo morreu naturalmente, carregado de merecimentos e de anos. O seu culto ainda é vigoroso, sendo venerado pelos fiéis, que rezam por sua paternal intercessão nas situações de aflição e desânimo. A Igreja confirmou a sua celebração e, no calendário litúrgico, são Prosdócimo deve ser homenageado no dia 7 de novembro.

O nome Prosdócimo, em grego, significa "esperado". Ele foi o primeiro evangelizador dessas cidades. De fato, verdadeiramente, o esperado por elas, que ainda eram pagãs. A tradição diz que ele teria sido enviado para atendê-las pelo próprio são Pedro, que para isso o consagrou primeiro bispo de lá.



terça-feira, 6 de novembro de 2012

São Leonardo de Noblac



06/11 - Leonardo filho de nobres da corte de França, nasceu no ano 491, quando o imperador era Anastácio. Segundo narrativas, o rei Clodoveu era seu padrinho de batismo. Na juventude Leonardo não quis seguir a carreira das armas, por isso o seu padrinho quis consagra-lo seu Bispo. Leonardo não aceitou, preferiu ficar ao lado de São Remigio, então Bispo de Reims. Mas pediu um privilégio, só destinado aos Bispos: poder libertar os prisioneiros que viesse encontrar encarcerados, e este lhe foi prontamente atendido.

Só mais tarde Leonardo, decidiu ingressar num mosteiro para se dedicar somente à vida religiosa. Primeiro esteve no de São Maximino em Micy. Depois foi para um antigo fundado por Santo Euspício, perto de Orleans. Já sacerdote, foi enviado a Berry, onde converteu muitos pagãos.

Mais tarde buscou o isolamento para meditar e viver sua fé na oração. Encontrou o lugar certo para isso num bosque afastado, perto de Limonges. Lá havia apenas uma casa tosca e simples que lhe servia de morada. O seu ermo virou ponto de visitação de mais e mais pessoas que iam atrás de seus conselhos, orações e consolo.

Certo dia sua solidão foi interrompida de um modo especial. A chegada do rei Clodoveu que praticava uma caçada, acompanhado da rainha Clotilde, então grávida. Que foi surpreendida pelas dores do parto. O rei, aflito buscou os cuidados de Leonardo, que eliminou as dores com suas orações e conduziu o nascimento de um lindo menino, horas depois. Como recompensa o rei Clodoveu doou aquelas terras à Leonardo. No local que ele chamou de "Nobiliacum", para lembrar o gesto nobilíssimo do seu padrinho, ergueu um altar à Nossa Senhora e aos poucos se tornou uma intensa e fervorosa comunidade religiosa, culminando com a construção do mosteiro de Noblac.

Diz a tradição que o monge Leonardo, só deixava o mosteiro quando alguma missão o exigia, especialmente quando se tratava de resgatar e converter os pagãos encarcerados. E ainda, ele teria sido visto libertando nobres franceses que estavam prisioneiros dos turcos muçulmanos invasores. O prodígio teria ocorrido por volta do ano 1000, muitos séculos depois de sua morte em 06 de novembro de 545.

O culto de Santo Leonardo de Noblac, uma das devoções mais antigas dos fieis franceses, se propagou em todo o mundo cristão e foi reconhecido pela Igreja. A festa ocorre no dia 06 de novembro, considerado como o de sua morte.

Fonte: http://www.catolicanet.com/

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Santos Zacarias e Isabel



05/11 - Embora os nomes destes santos não estejam presentes no Calendário Litúrgico da Igreja, há muitos séculos a tradição cristã consagrou este dia à veneração da memória de São Zacarias e Santa Isabel, pais de São João Batista. Encontramos a sua história narrada no magnífico Evangelho de São Lucas, onde ele descreveu que havia no tempo de Herodes, rei da Judéia, um sacerdote chamado Zacarias, da classe de Abias; a sua mulher pertencia à descendência de Aarão e se chamava Isabel. Eles viviam na aldeia de Ain-Karim e tinham parentesco com a Sagrada família de Nazaré.

Foram escolhidos por Deus por sua fé inabalável, pureza de coração e o grande amor que dedicavam ao próximo. Isabel, apesar de sua santidade, era estéril: uma vergonha para uma mulher hebréia que era prestigiada somente através da maternidade. Mas foi por sua esterilidade que ela se tornou uma grande personagem feminina na historia religiosa do povo de Deus. Juntos foram os protagonistas dos momentos que antecederam o mais incrível advento da Historia da Humanidade: a Encarnação de Deus entre os homens.

Estavam velhos, com idade avançada e como não tinham filhos, julgavam essa graça impossível de ser alcançada. Foi quando o anjo do Senhor apareceu ao velho sacerdote Zacarias no templo e lhe disse que sua mulher, Isabel teria um filho que levaria o nome de João, que significa: "o Senhor faz graça". O menino seria cheio do Espírito Santo desde a gestação de sua mãe, reconduziria muitos dos filhos de Israel, ao Senhor seu Deus e seria precursor do Messias. Zacarias inicialmente se manteve incrédulo ao anuncio celeste do nascimento de um filho pelo qual havia rezado com tanto ardor; para que pudesse crer precisou de um sinal: ele ficou mudo até que João veio à luz do mundo. Na ocasião, sua voz voltou e ele entoou o Salmo profético, onde repleto do Espírito Santo profetizou a missão do filho.

Enquanto que, devido a proximidade da maternidade, Isabel, se recolheu por cinco meses, para estar em união com Deus. Os dias ela dividia em três períodos: de silencio, oração e meditação. E foi assim que Isabel, grávida de João e, inspirada pelo Espírito Santo, anunciou à Virgem Maria, sua prima, quando esta a visitou: "Bendita és tu entre as mulheres, e bendito é o fruto do teu ventre".
Após o nascimento de João, Zacarias e Isabel se recolheram à sombra da fama do filho, como convém aos que sabem ser o instrumento do Criador. Com humildade, se alegraram e se satisfizeram com a santidade da missão dada ao filho, sendo fieis a Deus até a morte.

domingo, 4 de novembro de 2012

São Carlos Borromeu



04/11 - A obra de Santo Borromeu, um dos santos mais importantes e mais queridos da Igreja, poderia ser resumida em duas palavras: dedicação e trabalho. Mas para fazer justiça, como ele sempre pregou, temos que acrescentar mais uma, sem dúvida a mais importante: humildade. Oriundo da nobreza, Carlos Borromeu utilizou a inteligência notável, a cultura e o acesso às altas elites de Roma para posicionar-se à frente, ao lado e até abaixo dos pobres, doentes e, principalmente, das crianças.

Nasceu no castelo da família em Arona, próximo de Milão, a 02 de outubro de 1538. O pai era o conde Gilberto Borromeu e a mãe era Margarida de Médicis, a mesma casa da nobreza de grande influência na sociedade e na Igreja. Carlos era o segundo filho do casal, e aos doze anos a família o entregou para servir à Deus, como era hábito na época. Com vocação religiosa acentuada, penitente, piedoso e caridoso com os pobres.

Levou a sério os estudos diplomando-se em Direito Canônico, aos vinte e um anos de idade. Um ano depois fundou uma Academia para estudos religiosos, com total aprovação de Roma. Sobrinho de Pio IV, aos vinte e quatro anos já era sacerdote e Bispo de Milão. Na sua breve trajetória, deixou-se guiar apenas pela fé, atuando tanto na burocracia interna da Igreja quanto na evangelização, sem fazer distinção para uma ou para a outra. Talvez tenha sido o primeiro secretário de estado no sentido moderno da expressão. Formado pela universidade de Pávia, liderou uma reforma radical na organização administrativa da Igreja, que naquele período era alicerçada no nepotismo, abusos de influencias e sintomas graves de corrupção e decadência moral.

Para isso, conquistou a colaboração de instituições, das escolas, dos jesuítas, dos capuchinhos e de muitos outros. Foi um dos maiores fundadores que a Igreja possuiu. Criou seminários e vários institutos de utilidade pública para dar atendimento e abrigo aos pobres e doentes, o que lhe proporcionou o título de "pai dos pobres". Orientou muitas ordens e algumas que surgiram depois de sua morte o escolheram para padroeiro, dando continuidade à grandiosa obra de amparo aos mais pobres, que nos deixou. Contudo, tudo foi muito difícil, porque encontrou muita resistência de ordens conservadoras. Aliás, foi inclusive vítima de um covarde atentado enquanto rezava na capela. Mas saiu ileso e humildemente perdoou seu agressor.

Chegou o ano 1576 e com ele a peste. Milão foi duramente assolada e mais de cem padres pagaram com a própria vida as lágrimas que enxugaram de casa em casa. Um dos mais ativos era Carlos Borromeu. Visitava os contaminados, levando-lhes o sacramento e consolo sem limites nem precauções, num trabalho incansável que lhe consumiu as energias. Chegou a flagelar-se em procissões públicas, pedindo perdão a Deus em nome de seu povo.

Até que um dia foi apanhado finalmente pela febre, que minou seu organismo lentamente. Morreu anos depois se dizendo feliz por ter seguido os ensinamentos de Cristo e poder se encontrar com ele de coração puro. Tinha apenas quarenta e seis anos de idade, quando isso aconteceu no dia 04 de novembro de 1584, na sua sede episcopal, na Itália. O Papa Paulo V o canonizou no ano 1610 e designou a festa em homenagem à memória de Santo Carlos Borromeu, para o dia de sua morte.

sábado, 3 de novembro de 2012

Santa Silvia

03/11 - Sílvia era italiana, nascida em Roma em torno de 520, numa família de origem siciliana de cristãos praticantes e caridosos. Os dados sobre sua infância não são conhecidos. Porém a sua adolescência coincidiu com um difícil e turbulento período histórico, o declínio do Império Romano e a tomada do mesmo pelos bárbaros góticos.

Ela entrou para a família dos Anici em 538, quando se casou com o senador Jordão. Essa família romana era poderosa e influente, e muitos nomes ficaram para a história do senado italiano. Sílvia foi residir na casa do marido, um palácio que ficava nas colinas do monte Célio, onde ele vivia com suas duas irmãs, Tarsila e Emiliana.

O casal teve dois filhos. O primeiro foi Gregório, nascido em 540, e o segundo, que o próprio irmão citava com freqüência, nunca foi conhecido o nome. As cunhadas Tarsila e Emiliana tornaram-se santas, incluídas no calendário da Igreja, E seu primogênito foi o grande papa Gregório Magno, santo, doutor da Igreja e a glória de Roma do século VI.

Sílvia soube conduzir essa família de verdadeiros cristãos e romanos autênticos e devotos. Não permitiu que a o ambiente da Corte que freqüentavam impedisse a santificação pela fé, mantendo sempre a pureza dos costumes separada da notoriedade pública.

As cunhadas são um exemplo da figura de Sílvia, mãe providente e benfeitora, que sabia conciliar as exigências de uma família de político atuante, como era o marido Jordão, com o desejo de perfeição espiritual representado pelas duas cunhadas.

Devido a falta de notícias precisas, a santidade de Sílvia aparece refletida através daquela de seu filho. Sem dúvida, sobre são Gregório Magno o exemplo e o ensinamento da mãe foi um peso que não se pode ignorar. Embora ele tenha escrito muito pouco sobre a mãe e as tias, nas pregações costumava citar-lhes o exemplo.

Dados encontrados sobre a vida de Silvia relatam que, quando o senador Jordão morreu em 573, ela tratou de uma doença grave do filho Gregório, que já adulto atuava no clero, levando pessoalmente as refeições até sua completa recuperação. Depois disso, entregou o palácio onde residia para que o filho o transformasse num mosteiro.

Quando Gregório não precisou mais da sua ajuda e nem de sua orientação, Sílvia retirou-se para a vida religiosa num dos mosteiros existentes fora dos muros de Roma. No qual, com idade avançada, ela morreu serenamente, num ano incerto, mas depois de 594.

O Martirológio Romano indica o dia 3 de novembro para o culto litúrgico em lembrança da memória de santa Sílvia.

Em 1604, suas relíquias foram levadas para a igreja de santos André e Gregório, construída no antigo mosteiro e palácio de monte Célio, onde o papa São Gregório Magno nasceu e santa Sílvia viveu com as duas cunhadas santas.


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Dia de Finados - Comemoração de todos os fiéis falecidos



02/11 - A prática de dedicar um dia à comemoração de todos os falecidos aparece pela primeira vez com o bispo Isidoro de Sevilha, que ordenou a seus monges oferecessem o sacrifício da Missa pelas almas dos defuntos no dia seguinte ao Domingo de Pentecostes.
 
O verdadeiro ano do nascimento do Dia de Finados, conforme Padre Dorival Barreto, é o de 998, quando o Abade São Odilão de “Cluny” (994-1048) decretou que em todos os mosteiros sob sua jurisdição se fizesse a comemoração festiva de todos os fiéis defuntos no dia 2 de novembro. Na oportunidade, sempre segundo o pároco da Catedral, o Abade acrescentou que "se algum outro quiser seguir o exemplo de nossa piedosa invenção, participe de todos os bons votos e pedidos".

No Missal de Paulo VI (1970), a liturgia da Missa dos defuntos foi enriquecida de modo especial com novos "Prefácios de defuntos", além do antigo. Por esses prefácios se percebe que a nova Liturgia cuida de expressar o sentido da morte cristã (Sacrosanctum Concilium 81), e proclama o mistério pascal de Cristo, em vez de se entristecer, "como os outros que não têm esperança" (1Ts 4, 13), comenta Padre Dorival.

Todas as leituras, bem como os cânticos das três missas da comemoração dos defuntos são marcados pela fé no mistério pascal e pela súplica no sentido de que seja concedida aos mortos a graça de participar para sempre neste mistério. Com esta celebração, “a Igreja recorda as pessoas que marcaram nossa vida e a vida da comunidade, dedicando este dia àqueles que morreram no sinal da fé e foram destinados à eterna comunhão com Deus”. Por isso, conclui, “somos chamados a rezar pelos nossos entes queridos na certeza de que eles gozam da glória eterna dada pelo Pai celeste”.

Fonte: www.universocatolico.com.br

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dia de Todos os Santos



01/11 - Hoje, a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de TODOS.
 
Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de TODOS para a felicidade Eterna.

"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade." Todos são chamados à santidade: " Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito" (Mt 5,48) (CIC 2013).Sendo assim, nós passamos a compreender o início do Sermão do abade São Bernardo: "Para quê louvar os santos, para que glorificá-los? Para quê, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".

Sabemos que desde os primeiros séculos que os cristãos praticam o culto dos Santos, a começar pelos Mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade.

Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas"(Apoc 7, 9).

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, Sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares, ou Religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide viver o Evangelho que funciona na Igreja e na Sociedade.

Portanto a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos Santos, sois da Família de Deus"(Ef 2,19).

Neste dia a Mãe faz este apelo a todos nós seus filhos: " O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).

Fonte: www.cancaonova.com

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Santo Afonso de Palma

31/10 - A Companhia de Jesus gerou padres e missionários santos que deixaram a assinatura dos jesuítas na história da evangelização e na história da humanidade. Figuras ilustres que se destacaram pela relevância de suas obras sociais cristã em favor das minorias pobres e marginalizadas, cujas contribuições ainda florescem no mundo todo.

Entretanto, de suas fileiras saíram também santos humildes e simples, que pela vida entregue à Deus e servindo exclusivamente o próximo, mostraram o caminho de felicidade espiritual aos devotos e discípulos. Valorosos personagens quase ocultos, que formam gerações e gerações de cristãos e assim sedimentam a sua obra no seio das famílias leigas e religiosas.

Um dos mais significativos desses exemplos é o irmão leigo Afonso Rodrigues, natural da Segóvia, Espanha. Nascido em 25 de julho de 1532, pertencia à uma família pobre e profundamente cristã. Após viver uma sucessão de fatalidades pessoais, Afonso encontrou seu caminho na fé.

Tudo começou quando Afonso tinha dezesseis anos. Seu pai um simples comerciante de tecidos, morreu de repente. Vendo a difícil situação de sua mãe, sozinha para sustentar os onze filhos, parou de estudar. Para manter a casa, passou a vender tecidos, aproveitando a clientela que seu pai deixara.

Em 1555, aconselhado por sua mãe, casou e teve dois filhos. Mas novamente a fatalidade se fez presente no seu lar. Primeiro foi a jovem esposa que adoeceu e logo morreu, em seguida, faleceram os dois filhos, um após o outro. Abatido pelas perdas, descuidou dos negócios, perdeu o pouco que tinha e, para piorar, ficou sem crédito.

Sem rumo, tentou voltar aos estudos, mas não se saiu bem nas provas e não pode cursar a faculdade de Valência. Afonso entrou então numa profunda crise espiritual. Retirado na própria casa, rezou e meditou muito e resolveu dedicar sua vida completamente à serviço de Deus servindo os semelhantes. Ingressou como irmão leigo na Companhia de Jesus em 1571 e um noviciado de sucesso, foi enviado para trabalhar no colégio de formação de padres jesuítas em Palma, na ilha de Maiorca. Ali encontrou a plena realização da vida e terminou seus dias.

No colégio exerceu somente a simples e humilde de porteiro, por quarenta e seis anos. Se materialmente não ocupava posição de destaque, espiritualmente era dos mais engrandecidos entre os irmãos. Recebera dons especiais e muitas manifestações místicas o cercavam, como visões, previsões, prodígios e cura.

E assim, apesar de porteiro, foi orientador espiritual de muitos religiosos e leigos, que buscavam sua sabedoria e conselho. Mas um se destacava. Era Pedro Claver, um dos maiores missionários da ordem, que jamais abandonou os seus ensinamentos e também ganhou a santidade. Outro era o missionário Jerônimo Moranto, martirizado no México, que seguiu sempre sua orientação.

Afonso sofreu de fortes dores físicas durante dois anos, antes morrer em 31 de outubro de 1617, lá mesmo no colégio. Foi canonizado em 1888, pelo Papa Leão XIII junto com Santo Pedro Claver, seu discípulo, conhecido como o apostolo dos escravos. Santo Afonso Rodrigues deixou uma obra escrita resumida em três volumes, mas de grande valor teológico, onde relatou com detalhes a riqueza de sua espiritualidade mística. A sua festa litúrgica se comemora no dia de sua Morte.

Fonte: www.portalangels.com

terça-feira, 30 de outubro de 2012

São Geraldo de Potenza


30/10 - Hoje, o Martirológio Romano fixa a memória de são Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Ele era natural de Placência, e transferiu-se para Potenza. Foi escolhido como bispo por suas virtudes e suas atividades taumatúrgicas. Morreu apenas oito anos após sua escolha ao episcopado. Seu sucessor, Manfredo, escreveu-lhe uma vida exageradamente panegírica e sobretudo obteve uma canonização a viva voz (ou seja sem documentação escrita) por parte do papa Calisto II (1119-24). Mas existe outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve uma fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de são Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional. E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes ou parturientes.

Nos inícios de 1800, cerca de cinqüenta anos após a sua morte, um médico de Grassano (Matera) declarava: “Há muitos anos eu não exerço a profissão de médico. Exerce-a por mim o irmão Geraldo.” Este médico levava tanto a sério o patrocínio de são Geraldo, proclamado bem-aventurado só em 1893, que antes que remédios preferia dar as suas pacientes uma imagem do bom religioso. E Tannoia declarava: “O irmão Geraldo é o protetor especial dos partos. Em Foggia não há mulher parturiente que não tenha sua imagem e que não o invoque como protetor.” Singular revanche de santo pelos sofrimentos por que passou advindos de calúnias de uma mulher, uma ex-monja para a imprensa, o que foram mui facilmente aceitos pelos seus superiores.

Na realidade são Geraldo, que no leito de morte podia afirmar não saber nem o que fosse uma tentação impura, tinha sobre a mulher uma concepção superior: olhava toda mulher como uma imagem de Nossa Senhora, “louvor perene a SS. Trindade.” Eram os entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava freqüentemente “Meu querido Deus, meu Espírito Santo,” sentindo íntimos a ele a bondade e o amor infinitos de Deus. Mais que um asceta, era um místico.

Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. É isso que ficou dele, para além de algumas extravagâncias, que possam desconcertar ortodoxos. Há algo de autêntico e de genuíno também nos seus exageros que talvez os hipies de nossos dias os tornam novamente atuais. Mas são Geraldo fez uma contestação vinda de dentro.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

São Narciso

29/10 - Segundo Eusébio, São Narciso era natural da Palestina e foi o 15º Bispo de Jerusalém, eleito em 189. Presidiu o Concílio de Cesaréia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa São Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana.

Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade. Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade.

Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente. Foi para o deserto de Nítria, onde viveu oculto durante 8 anos.

Aconteceu, então, que abateu-se sobre os caluniadores o mal que cada um havia arrogado sobre si: o primeiro morreu queimado; o segundo foi consumido pela lepra; e o terceiro ficou cego.

Voltando a Jerusalém, resolveu reassumir, juntamente com o bispo Górdio, o pastoreio de sue rebanho. Morreu por volta de 212, aos 116 anos de idade.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com.br

domingo, 28 de outubro de 2012

São Simão

28/10 - Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia inclusive recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus (10, 4) e Marcos (3,18).

Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referencia à Canaã, a terra de Israel. Mas quando Lucas no seu evangelho o chama de "o zelote" (Lc 6, 15) parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores.

Como se vê, Jesus queria mesmo um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época. Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o evangelho sem nada levar consigo.

Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus. Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e desde então viajaram juntos.

Percorreram as doze províncias do império persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras.

Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.

Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107 durante o governo do imperador Trajano, tinha então cento e vinte anos de idade.

sábado, 27 de outubro de 2012

São Frumêncio

27/10 - Desde a adolescência Frumêncio teve sua vida marcada por acontecimentos surpreendentes que o levaram a uma região exótica e distante, a Etiópia, no coração da África, da qual se tornou o primeiro bispo. Antes disso, porém, foi discípulo de filósofo, e um escravo muito especial.

Era o tempo do imperador Constantino e Frumêncio estava entre os discípulos na comitiva que acompanhava o filósofo Merópio. Voltavam de uma viagem à Ìndia e a embarcação parou no porto de Adulis, no mar Vermelho. Então, foram atacados por ladrões etíopes, que saquearam o barco e mataram os passageiros e tripulantes. Todos, exceto os amigos adolescentes, Frumêncio e Edésio. Os dois foram salvos por um motivo banal: naquele momento estavam sob uma árvore, entretidos na leitura de um livro. Sobreviveram, porém foram levados para a Etiópia e entregues ao rei, como escravos.

Depois de conversar com eles e admirar-se com sua sabedoria, o rei decidiu mantê-los no palácio. Edésio como copeiro e Frumêncio como um secretário direto. Sua influência cresceu na Corte, principalmente junto à rainha. Ao tornar-se viúva, ela assumiu o poder para o filho menor, como regente. Libertou Frumêncio e Edésio, entregando-lhes a educação de seu filho, o futuro rei. Ou seja: só poderiam partir ao concluírem a tarefa.

Tempos depois, eles conseguiram da rainha autorização para construir uma igreja próxima ao porto, para servir os mercadores cristãos que passavam pelo país. Isso muito significou para a difusão da fé cristã junto ao povo etíope, embora com dificuldade. Lentamente, foi nela que a semente do cristianismo germinou no continente africano.

No tempo certo, obtiveram permissão de voltar à pátria, o Tiro, no sul da Síria, atual Líbano. Enquanto Edésio se dirigia para a cidade natal, onde se encontrou como o historiador, hoje santo, Rufino, que registrou toda a aventura, o amigo Frumêncio foi para Alexandria, no Egito. Queria pedir ao então bispo, santo Atanásio, que designasse um bispo e missionários para comandar a pregação católica na Etiópia. Atanásio não se fez de rogado, entendendo que o mais indicado era o próprio Frumêncio. Consagrou-o bispo da Etiópia.

Quando retornou, Frumêncio encontrou no trono da Etiópia o jovem rei seu pupilo, que lhe dedicava grande estima, que logo em seguida se converteu e foi batizado, convidando todo o seu povo a acompanhá-lo no seguimento de Cristo.

Frumêncio, chamado pelos etíopes de "Abba Salama", ou seja, "Pai da Paz", desenvolveu seu trabalho missionário na Etiópia até morrer no ano 380. A Igreja comemora no dia 26 de outubro aquele que considera o "Apóstolo da Etiópia".

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Santo Evaristo



26/10 - No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da era cristã e, portanto, muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele.

Enquanto do anterior, Papa Clemente, temos muitos registros, inclusive de próprio punho como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto. Do Papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo, as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos Santos venerados no mundo católico.

Naqueles tempos o título de "Papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão as informações, às vezes, se contradizem. Mas Santo Eusébio se mostra muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia.

Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações consagrando dezessete sacerdotes, nove diáconos e quinze bispos, destinados a diferentes paróquias.

Foi de sua autoria a divisão de Roma em vinte e cinco dioceses, a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote.

Papa Evaristo morreu em 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas em Roma.

Fonte: http://www.prestservi.com.br/

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

São Frei Galvão


25/10 - Frei Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, interior de São Paulo e iniciou sua vida religiosa aos 13 anos de idade quando foi estudar no Seminário dos Padres Jesuítas, em Belém, na Bahia, entre 1752 a 1756.

Frei Galvão dedicou toda sua vida acaridade e a missão de disseminar a palavra de Deus junto aos necessitados. Percorrendo dezenas, ás vezes centenas, de quilômetros a pé, Frei Galvão cumpria a sua missão de bondade, caridade e entrega ao próximo. Por isso Santo Frei Galvão era chamado de "O homem da paz e da caridade" .

Frei Galvão fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito, o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, hoje conhecido como Mosteiro da Luz. Frei Galvão acompanhou a construção, passo a passo, como seu diretor e arquiteto, muitas vezes juntando-se aos trabalhadores e os ajudando no pesado trabalho. Ao todo, Frei Galvão dedicou 48 anos de sua vida àconstrução do Mosteiro. Por esse exemplo de dedicação e amor a sua obra, Frei Galvão é considerado o padroeiro da Construção Civil no Brasil.

Faleceu em 23 de Dezembro de 1822 e foi enterrado na capela do Mosteiro da Luz onde se encontram até hoje os seus restos mortais. " Em 1938, teve inicio o processo de beatificação de Frei Galvão que só foi concluido em 1998 com a beatificação, em Roma, por João Paulo II, que o chamou de "doçura de Deus".

Frei Galvão foi oficialmente canonizado pelo próprio Papa Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007, durante sua visita ao Brasil. Este site é inteiramente dedicado à Santo Antonio de Santanna Galvão, o primeiro santo brasileiro.

Fonte: www.freigalvao.org.br

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Santo Antonio Maria Claret



24/10 - O quinto dos onze filhos de Antonio Claret e Josefa Clará nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antonio Claret y Clara. Na família aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção à Maria e o profundo amor à Eucaristia.

Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência ouviu o chamado para servir à Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e Aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário.

Em 1835 recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois foi para Roma e se dirigiu à Propaganda Fides onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutros trouxeram para a Igreja. Em 1948 foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias.

No entanto, ansiava por uma obra mais ampla e, assim em 1849 na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Entretanto nessa ocasião a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga há catorze anos. Nesse mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava.


Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que o hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes.

Mas Monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com junto Madre Antonia Paris fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou à Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente.

Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado aceitou. Neste período sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1968, solidário à soberana, foi junto para o seu exílio na França. Onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de São Miguel.

Morreu com sessenta e três anos no dia 24 de outubro de 1870, no mosteiro de Fontfroide, França. Nos deixou uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo Papa Pio XI, que o chamou de "Precursor da ação Católica do mundo moderno" foi canonizado em 1950 por Pio XII. Santo Antonio Maria Claret é festejado no dia de sua morte.

Fonte: http://www.portalangels.com/

terça-feira, 23 de outubro de 2012

São João Capistrano



23/10 - João nasceu em Capistrano, na província de Áquila, no ano de 1386. Era belo rapaz, que pelo sua origem e aspecto nórdico, apelidaram-no João alemão. Estudou direito civil e eclesiástico em Perúgia, laureando-se excelente jurista. Foi Juiz e Governador da cidade.

Quando Perúgia foi ocupada pelos Malatesta, além do alto cargo, João perdeu também a liberdade. Foi preso e na prisão encontrou tempo para meditar sobre toda sua vida, e saindo do cárcere, já transformado interiormente, seu casamento foi declarado nulo, porque não foi consumado. Foi então bater na porta do convento franciscano de Assis.

Ordenado sacerdote, São João de Capistrano peregrinou por toda a Europa a pé ou a cavalo, desde a Espanha até a Sérvia, da França até a Polônia. Infatigável organizador de obras de caridade, mensageiro da paz, conselheiro, missionário entre os hussitas.

Deixou obras escritas em dezessete volumes e foi um homem que participou ativamente da angústia de seu tempo.Tempo este que a religião católica encontrava-se em crise e a paz ameaçada pelas guerras (Guerra dos Cem Anos) . Além disto, a peste negra assolava toda a Europa, dizimando a muitos, morreu a 23 de outubro de 1456. Foi canonizado em 1690.

Fonte: www.paroquiadeaparecida.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Beata Josefina Leroux

22/10 - Josefina Leroux nasceu em Cambrai, França, a 23 de Janeiro de 1747; foi santamente educada pelos pais bondosos e religiosos. A 10 de Maio de 1779, aos vinte e dois anos abandonou a casa paterna e foi recebida entre as filhas de Santa Clara no mosteiro das clarissas de Valência. No ano seguinte pronunciou os votos. Sua irmã Maria Escolástica, ingressou nas religiosas ursulinas da mesma cidade. Na paz silenciosa do claustro, Josefina ocupou-se em servir ao Senhor com crescente amor, fidelidade e perfeita alegria franciscana. Porém, bem cedo a pobre terra da França deveria ser golpeada pelo furioso furacão da revolução. Milhares de vítimas foram colocadas na prisão e sacrificadas.

Os tribunais revolucionários somente interrogavam os acusados, não lhes permitindo a possibilidade de se defenderem. Em 1791 as monjas clarissas foram expulsas de seu mosteiro, Josefina foi hospedada por seus parentes em Cambrai. As irmãs ursulinas com o desejo ardente de continuar sua vida religiosa, atravessaram a fronteira e se uniram a suas irmãs de Mons. Este exílio durou de 17 de Setembro de 1792 a 1 de Novembro de 1793, quando as irmãs ursulinas puderam regressar a seu convento. Josefina, vendo que não lhe era possível regressar ao seu convento, desejosa de voltar à vida de comunidade, pediu para ser acolhida entre as irmãs ursulinas junto a sua irmã Escolástica. O gozo da recuperação da vida conventual foi breve.

Valenciennes caiu novamente nas mãos dos franceses e a fúria tudo derrubou. Na noite entre os dias 02 e 03 de setembro os emissários revolucionários, percorrendo a cidade aprisionaram Josefina que se distinguiu por uma grande tranquilidade de ânimo que jamais abandonou. Ao comissário disse que não havia necessidade de tanta gente para apoderar-se de uma pobre mulher. Nessa mesma noite, junto com sua irmã Maria Escolástica, foi recolhida na prisão e ali esperaram o momento solene. A 23 de outubro de 1794, subiram ao patíbulo recitando o "Te Deum" e as ladainhas da Virgem. No cadafalso tiveram palavras de agradecimento para os verdugos, cujas mãos elas beijaram.

A Bem-aventurada Josefina Leroux e dez irmãs ursulinas foram assassinadas por ódio à fé, à Igreja e à religião de Cristo. Quando foi guilhotinada tinha 47 anos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Santa Úrsula



21/10 - Santa Úrsula é talvez uma das mais populares santas da idade média As historias envolvendo Santa Úrsula se originaram em uma inscrição encontrada na cidade de Colônia, Alemanha em 1.155 e datada do quinto século. A inscrição declara que um certo Clematius tinha restaurado uma antiga igreja em um local onde varias virgens foram assassinadas. Somando-se a isto, menções as virgens são feitas em um sermão datado do oitavo século e coloca Úrsula como a líder do grupo e assegura que elas foram assassinadas durante as perseguições aos cristãos na era do Imperador Maximiano (285-305).
 
Segundo a versão mais clássica, Úrsula era filha de um rei da Inglaterra e seu pai impôs a ela para futuro esposo, um nobre cristão chamado Etério que era proprietário de terra na Bretanha francesa. Ali Eterio queria estabelecer com seus soldados também cristãos um povoado e por esse motivo pediu ao rei da Inglaterra que mandasse sua noiva Úrsula e 100 virgens para se casarem com os soldados solteiros. Durante a travessia foram vitimas de violenta tempestade que desviou a embarcação para os Países Baixos e dali Úrsula e suas companheiras navegaram pelo Rio Reno para chegar a cidade de Colônia. Desafortunadamente, encontraram bárbaros hunos que as agrediram e as martirizaram.

Os corpos das mártires foram sepultados por cristãos de Colônia, onde erigiram uma igreja dedicada a Santa Úrsula e suas companheiras.

sábado, 20 de outubro de 2012

Santa Maria Bertilla Boscardin



20/10 - É uma humilde camponesa – disse dela Pio XII, por ocasião da beatificação, a 8 de junho de 1952. Figura puríssima de perfeição cristã, modelo de recolhimento e de oração. Nem êxtases, nem milagres durante a vida, mas uma união com Deus sempre mais profunda no silêncio, no trabalho, na oração, na obediência. Daquela união vinha a especial caridade que ela demonstrava para com os doentes, médicos, superiores, enfim para com todos.

”Nascida a 6 de outubro de 1888 na paróquia de Gioia di Brendola (Vicência), batizada com o nome de Ana Francisca, desde a meninice dedicou-se aos trabalhos do campo, ajudando seus pais. Este era o caminho para qualquer menina vêneta, antes que as indústrias chegassem. Aos 17 anos Ana Francisca teve a permissão de seguir a própria vocação religiosa ingressando nas Mestras de Santa Dorotéia em Vicência. Lá fez o noviciado e emitiu os primeiros votos temporários. Deixou em seguida Vicência e foi para Treviso trabalhar no hospital, onde prestará o seu humilde e ativo serviço até a morte, acontecida a 22 de outubro de 1922.

Conseguiu o diploma de enfermeira para se tornar mais útil aos doentes, que assistia também de noite, tomando a vez de suas co-irmãs. “Quero ser a serva de todos – escreveu no seu diário – quero trabalhar, sofrer e deixar toda a satisfação aos outros.” E ainda: “Devo considerar-me a última de todas, portanto contente em ser passada para trás, indiferente a tudo, tanto às reprovações como aos elogios, melhor, preferir as primeiras; sempre condescendentes às opiniões alheias; nunca desculpar-me, mesmo se penso ter razão; nunca falar de mim mesma; os encargos mais baixos sejam sempre os meus, pois é isso que mereço.” As ocasiões de sofrimentos nunca lhe faltaram.

Aos 22 anos foi operada de um tumor. Retomou as costumeiras ocupações suportando um aumento de trabalho durante a primeira guerra mundial. Por causa dos contínuos bombardeios, os doentes foram transportados para Brianza e irmã Bertilha os seguiu. Mas em Viggiù foi designada para a lavanderia, sofrendo e chorando as escondidas: “Estou contente – escreveu – porque faço a vontade de Deus.” Voltando um ano depois a Treviso entre os seus doentes, não agüentou o agravar-se de seu mal e após uma segunda intervenção cirúrgica, morreu. Tinha então trinta e quatro anos. Beatificada em 1952, foi canonizada por João XXIII a 11 de maio de 1961.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

São Paulo da Cruz



19/10 - São Paulo da Cruz nasceu em Ovada, Itália, a 3 de Janeiro de 1696, de nobres e virtuosos pais. Muito pequeno ainda, castigava o seu corpo com vigílias e açoites. Desejava assemelhar-se a Jesus Crucificado, chegando a tomar várias vezes vinagre e a meditar nas dores de Jesus - deitado sobre as tábuas da cama.
 
Recebeu várias visões do céu. Um dia aparecer-lhe a Rainha dos Anjos, revestida de uma túnica negra, levando sobre o peito um coração no qual estavam os cravos de Jesus Cristo e a divisa da Paixão: JESU XPI PASSIO. Maria tinha no seu rosto a amargura do Calvário e disse a Paulo: "Vês como estou vestida de luto? Deves fundar uma Congregação em que os seus membros se vistam desta forma e façam contínua memória da Paixão e Morte do meu querido Filho."

Depois de longos trabalhos e anos, teve a alegria de ver Bento XIV a aprovar solenemente as Regras da nova Congregação. Disse o Papa, com a alegria: "Esta Congregação da Paixão foi a última a vir ao mundo mas, a meu parecer, devia ter sido a primeira." São Paulo da Cruz instituiu também uma Congregação de monjas, cujo objectivo principal é contemplar dia e noite as agonias de Jesus, compadecer-se das suas dores e salvar o mundo por meio da oração e do sacrifício.

Pela pregação de Paulo, Deus renovou os prodígios dos tempos apostólicos. Foi admirável o seu poder sobre os demónios, sobre as enfermidades, o dom da profecia e o conhecimento interior dos corações.

Depois de anunciar o dia e a hora da sua morte, São Paulo morria em Roma a 18 de Outubro de 1775, aos 82 anos de idade. Foi canonizado por Pio IV a 29 de Junho de 1867.