sexta-feira, 4 de maio de 2012

Santa Antonina de Niceia


04/05 - Antonina é o feminino do antigo nome latino Antonius, derivado provavelmente do grego Antionos, que significa "nascido antes". É um dos nomes mais difundidos entre os povos latinos, que ganhou muitos adeptos entre os cristãos. Mas, antes de Cristo, era muito comum também.


Hoje festejamos a santa mártir Antonina, que morreu em Niceia, na Bitínia, actual Turquia, no final do século III. No Martirológio Romano, ela foi citada três vezes: dia 01 de março, 04 de maio e 12 de junho, e cada vez de maneira diferente, como se fossem três pessoas distintas. Vejamos porque.

No século XVI, o cardeal e bibliotecário do Vaticano, César Barónio, unificou os calendários litúrgicos da Igreja, a pedido do Papa Clemente VIII, com os Santos comemorados em datas diferentes no mundo cristão. A Igreja dos primeiros séculos foi exclusivamente evangelizadora. Para se consolidar adaptava a liturgia e os cultos dos Santos aos novos povos convertidos. Muitas vezes, as tradições se confundiam com os fatos concretos, devido aos diferentes idiomas, mas assim mesmo os cultos se mantiveram.

O trabalho de Barónio, foi chamado de Martirológio Romano, uma espécie de dicionário dos Santos da Igreja de Cristo de todos os tempos. Porém, ele ao lidar com os calendários: egípcio, grego e siríaco, que comemoravam santa Antonina em datas diferentes, não se deu conta que as celebrações homenageavam sempre a mesma pessoa. Isto porque o nome era comum e os martírios, descritos de maneira diversa entre si.

O calendário grego dizia que ela foi decapitada, o egípcio, que foi queimada viva e o siríaco, que tinha morrido afogada. Mais tarde, o que deu luz aos fatos foi um código Geronimiano do século V, confirmando que apenas uma mártir tinha morrido em Nicea, com este nome.

Antonina sofreu o martírio no século IV, durante o governo do sanguinário imperador Diocleciano, na cidade de Niceia. Ela foi denunciada como cristã, presa e condenada a morte. Mas antes a torturaram de muitas maneiras. Com ferros em brasa, lhe queimaram as mãos e os pés. Depois, foi amarrada e colocada numa pequena cela com o chão forrado de brasas, onde ficou por dois dias.

Voltando ao tribunal não renegou sua fé, foi então fechada dentro de um saco e jogada no fundo de um lago pantanoso na periferia de Niceia. Era o dia 04 de maio de 306, data que foi mantida para a veneração de Santa Antonina, a mártir de Niceia.

Fonte: alexandrinabalasar.free.fr

quinta-feira, 3 de maio de 2012

São Filipe


03/05 - Existe um fato realmente extraordinário na vida São Filipe, natural de Betsaida, na Galiléia. Um dia, quando obrigado a reverenciar o deus Marte acendendo-lhe incenso, eis que surge detrás do altar pagão uma cobra que mata o filho do sacerdote-mór e mais dois comandados seus. Filipe ressuscitou-os e matou a cobra. Esse milagre de São Filipe originou a conversão de muitas pessoas ao cristianismo.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Santa Mafalda


02/05 - Mafalda passou para a história do povo português como "a rainha, Santa Mafalda". Ela foi uma das filhas do primeiro rei de Portugal Sancho I, o Povoador, e da rainha Dulce de Aragão. Em 1184, quando nasceu herdou o nome de sua avó paterna, Mafalda de Savóia e se tornou uma jovem muito bela. Recebeu a educação própria aos nobres.

O rei Sancho I morreu em 1211, deixando o reinado para a rainha viúva e o poder efetivo ao ministro Nunes de Lara. Nesta época, por causa da guerra com os árabes muçulmanos, era importante para o reino de Portugal que se estreitassem os laços de amizade com o reino de Castela, ou seja, com a elite espanhola. Por isto, o ministro Nunes acertou o casamento de Mafalda com o rei Henrique I, do trono de Castela.

Entretanto, a mãe do rei Henrique I, que não queria este casamento, recorreu à Santa Sé alegando que os dois jovens reis eram parentes e muito jovens. Começou a correr o processo de anulação do casamento. Aos catorze anos, o rei Henrique I morreu tragicamente. O Papa Inocêncio III anulou o matrimônio e a rainha Mafalda regressou a sua pátria.

Em Portugal, Mafalda passou a auxiliar monges e monjas com doações a mosteiros. Mais tarde, ela ingressou no Convento de Arouca, Portugal, e se tornou monja cisterciense da Ordem de São Bernardo, de cujo convento só saia para fazer peregrinações à catedral do Porto, onde entregava suas jóias no altar de Nossa Senhora, de quem era muito devota. Vivia com humildade e usou sua riqueza patrocinando as obras de caridade, a reconstrução dos povoados, a construção de hospitais e as casas religiosas.

Devido as obras de caridade que fez, o Papa Alexandre IV, de próprio punho agradeceu os serviços que ela prestou à Igreja, com uma carta de 1255. Mafalda morreu no dia 1 de Maio de 1257, no mosteiro de Arouca, Portugal, onde seu corpo foi sepultado.

A fama da sua santidade foi logo crescendo e a população passou a se referir à ela como: "rainha Santa Mafalda". No século XII, por ocasião da sua exumação, o seu corpo e as vestes estavam incorruptos. O Papa Pio VI a beatificou em 1793 e no ano seguinte autorizou o culto público e sua festa litúrgica no dia 2 de Maio.

terça-feira, 1 de maio de 2012

São José Operário




01/05 - A Igreja, providencialmente, nesta data civil marcada, muitas vezes, por conflitos e revoltas sociais, cristianizou esta festa, isto na presença de mais de 200.000 pessoas na praça de São Pedro gritava alegremente: "Viva Cristo Trabalhador, vivam os trabalhadores, viva o Papa!" O Papa, em 1955, deu aos trabalhadores um protetor e modelo: São José o operário de Nazaré.

O santíssimo São José, protetor da Igreja Universal, assumiu este compromisso de não deixar que nenhum trabalhador de fé – do campo, indústria, autônomo ou não, mulher ou homem – esqueça-se que ao seu lado estão Jesus e Maria. A Igreja, nesta festa do trabalho, pelo Papa Pio XII deu um lindo parecer sobre todo esforço humano que gera, dá a luz e faz crescer obras produzidas pelo homem: "Queremos reafirmar, em forma solene, a dignidade do trabalho a fim de que inspire na vida social as leis da eqüitativa repartição de direitos e deveres."

São José, que na Bíblia é reconhecido como um homem justo, é quem revela com sua vida que o Deus que trabalha sem cessar na santificação de suas obras, é o mais desejoso de trabalhos santificados: "Seja qual for o vosso trabalho, fazei-o de boa vontade, como para o Senhor, e não para os homens, cientes de que recebereis do Senhor a herança como recompensa... O Senhor é Cristo" (Col 3,23-24).

Fonte: http://www.cot.org.br/

segunda-feira, 30 de abril de 2012

São José Benedito Cotolengo



30/04 - José Benedito Cotolengo nasceu em Brá, na província de Cuneo, no norte da Itália, no dia 3 de maio de 1786. Foi o mais velho dos doze filhos de uma família cristã muito piedosa. Ele tinha apenas cinco anos quando sua mãe o viu medindo os quartos da casa com uma vara, para saber quantos doentes pobres caberiam neles. Dizia que, quando crescesse, queria encher sua casa com esses necessitados, fazendo dela “seu hospital“. O episódio foi um gesto profético. Na cidade de Brá, ainda se conserva tal casa.

Com dezessete anos, ingressou no seminário e, aos vinte e cinco, se ordenou sacerdote na diocese de Turim. Seu ministério foi marcado por uma profunda compaixão pelos mais desprotegidos, esperando sempre a hora oportuna para concretizar os ideais de sua vocação.

Em 1837, padre José Benedito foi chamado para ministrar os sacramentos a uma mulher grávida, vítima de doença fatal. Ela estava morrendo e, mesmo assim, os hospitais não a internaram, alegando que não havia leitos disponíveis para os pobres. Ele nada pôde fazer. Entretanto, depois de ela ter morrido e ele ter confortado os familiares, o padre se retirou para rezar. Ao terminar as orações, mandou tocar os sinos e avisou a todos os fiéis que era chegada a hora de “ajudar a Providência Divina”.

Alugou uma casa e conseguiu colocar nela leitos e remédios, onde passou a abrigar os doentes marginalizados, trabalhando, ele mesmo, como enfermeiro e buscando recursos para mantê-la, mas sem abandonar as funções de pároco. Era tão dedicado aos seus fiéis a ponto de rezar uma missa às três horas da madrugada para que os camponeses pudessem ir para seus campos de trabalho com a Palavra do Senhor cravada em seus corações.

Os políticos da cidade, incomodados com sua atuação, conseguiram fechar a casa. Mas ele não desistiu. Fundou a Congregação religiosa da Pequena Casa da Divina Providência e as Damas da Caridade ou Cotolenguinas, com a finalidade de servir os pequeninos, os deficientes e os doentes. Os fundos deveriam vir apenas das doações e da ajuda das pessoas simples. Padre José Benedito Cotolengo tinha como lema “caridade e confiança”: fazer todo o bem possível e confiar sempre em Deus. Comprou uma hospedaria abandonada na periferia da cidade e reabriu-a com o nome de “Pequena Casa da Divina Providência”.

Diante do Santíssimo Sacramento, padre José Benedito e todos os leigos e religiosos, que se uniram a ele nessa experiência de Deus, buscavam forças para bem servir os doentes desamparados, pois, como ele mesmo dizia: “Se soubesses quem são os pobres, vós os servirias de joelhos!”. Morreu de fadiga, no dia 30 de abril de 1842, com cinqüenta e seis anos.

A primeira casa passou a receber todos os tipos de renegados: portadores de doenças contagiosas, físicas e psíquicas, em estado terminal ou não. Ainda hoje abriga quase vinte mil pessoas, servidas por cerca de oitocentas irmãs religiosas e voluntárias. A congregação pode ser encontrada nos cinco continentes, e continua como a primeira: sem receber ajuda do Estado ou de qualquer outra instituição. O padre José Benedito Cotolengo foi canonizado por Pio XI em 1934, e sua festa litúrgica ocorre no dia 30 de abril.

Fonte: www.portalcot.com

domingo, 29 de abril de 2012

São Roberto de Molesme

29/04 - Conhecido tambem como Roberto de Molesques .Nascido de pais nobres em Troyes, Champanhe ,França em 1018, morreu em 21 de março de 1110 e foi canonizado em 1222.

Roberto foi um dos fundadores do movimento Cisterciense, como os monges de Cluny no 10° século e era beneditino. A Regra de São Benedito havia perdido o seu valor desde a sua fundação na Itália no sexto século. A fidelidade absoluta a esta Regra era o alvo de São Roberto, que o perseguiu toda a sua vida.

São Alberico juntou-se a Roberto neste objetivo e foram seguidos logo por São Stephen Hardind, mas eles não tinham a iniciativa de Roberto, a sua energia, e a coragem capaz de vencer os obstáculos que não foram poucos. Como Stephen, Roberto recebeu o seu treinamento beneditino em Moutier-La-Celle quando tinha 15 anos. Ele foi indicado prior, logo após o seu noviciado na então Abadia de Miguel de Tonnerre. Ele tentou sem sucesso, reformar a Abadia. Os escândalos na Abadia eram a grande motivação por traz das atividades de Roberto. Os monges pareciam ter se esquecido da disciplina imposta por São Benedito de Núrsia aos beneditinos, ao fundar a Ordem. Não era a Regra que estava antiga e fora de moda, mas sim os homens que estavam fracos, mesquinhos e preguiçosos. O primeiro desejo de Roberto era convence-los do seu erro.

Roberto retornou a Moutier-La-Celle após ter conhecido um grupo de eremitas na floresta de Collan, os quais por sua vez queriam que ele vivesse com eles mas Roberto primeiro tinha que obedecer ao Abade de Moutier-La-Celle que o enviou a Saint-Avoul. Mas Roberto conseguiu nada menos que um decreto do Papa Alexandre II para que Roberto e os eremitas ficassem juntos de novo. O decreto apontava Roberto o superior deles e assim Roberto e eles foram viver na floresta de Molesque em 1075, seguindo estritamente a Regra de São Benedito.
 
Foi lá que Roberto e Stephen se encontraram e Roberto fundou um pequeno monasterioem Molesques e passou a ser conhecido como Roberto de Molesmes.

O que Roberto conseguiu lá foi um modelo em miniatura de uma Ordem que passou a ser chamada mais tarde de Cisterciense. No início um mero agrupamento de tendas em torno de uma capela com um oratório e homens que seguiam estritamente a Regra de São Bendito.

Esses homens passavam o dia em períodos de silencio, preces ,em contemplação e trabalho, e tinham muito mais dependência com Deus que com o mundo. Eles partilhavam o evangelho- a pobreza- a castidade – a obediência e faziam tudo isto numa atmosfera de alegria e paz.

A austeridade e a santidade dos membros era rejuvenescida com um grande influxo de candidatos e Roberto para afastar os fracos, sucessivamente aumentava os valores a um nível mais rígido de tal modo que acabou sendo chamado a atenção pelo bispo de Troyes, que achava que sua autoridade estava sendo violada. Roberto novamente sacudiu a poeira dos seus pés e deixando Alberico e Stephen para traz se retirou para um ermida em Or.
 
Chamado de novo para Molesque e desgostoso, ele tentou escapar a jurisdição do bispo de Troyes e conseguiu ficar sob a jurisdição do bispo de Landres, que finalmente conseguiu a aprovação do Arcebispo de Lyons e mais tarde do legado Papal (em 1098) e finalmente a Ordem que recebeu na Diocese de Chalon-sure-Saone o nome e sua Constituição, onde estava claro que seus membros teriam que seguir a mais estrita observância da Regra de São Benedito. É famoso na França como fundador da Abadia de Citeaux. Mais tarde Roberto foi eleito Abade e foi indicado para reformar a Abadia de Moutier-La-Celle e desta vez ele finalmente conseguiu.
 
Ele dizia : "Seja primeiro um cisterciense e depois um santo"
 
De fato Roberto foi o fundador da Ordem dos Cistercienses.
 
Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um monge cisterciense escrevendo um livro. As vezes é mostrado segurando uma cruz e um anel e as vezes com o símbolo das armas da Abadia de Molesmes ao seu lado e ainda as vezes com São Stephen Harding.

sábado, 28 de abril de 2012

Santa Joana Baretta Molla

28/04 - Na família italiana dos Baretta de Milão, os treze filhos foram reduzidos a oito pela epidemia da gripe espanhola e por duas mortes ocorridas na primeira infância. Desses oito, saíram uma pianista, dois engenheiros, quatro médicos e uma farmacêutica. Um dos engenheiros, José, depois se fez sacerdote, e dois médicos fizeram-se religiosos missionários: madre Virgínia e padre Alberto.

Gianna Baretta, para nós Joana, a penúltima dos oito, nasceu no dia 4 de outubro de 1922 na cidade de Magenta, onde cresceu e se formou médica cirurgiã, com especialização em pediatria, concluída 1952. Porém preferiu exercer clínica geral, atendendo especialmente os velhos abandonados e carentes. Para ela, tudo era dever, tudo era sagrado: "Quem toca o corpo de um paciente, toca o corpo de Cristo", dizia.

Em 1955, ela se casa com Pedro Molla. O casal vive na tradição religiosa familiar: missa, oração e eucaristia, inserida com harmonia na Modernidade. Joana ama esquiar na neve, pintar e a música também. Ela freqüenta o teatro e os concertos com o marido, importante diretor industrial, sempre muito ocupado.

Residem em Magenta mesmo, onde Joana participa ativamente também da vida local da Associação Católica Feminina. Os retiros espirituais são momentos de forte interiorização e ela é a verdadeira colaboradora dessas novidades felizes da comunidade católica. Vive essa atribuição como sua missão de médica.

Nascem os filhos: Pedro Luiz , Maria Rita e Laura . No mês de setembro de 1961, no início da quarta gravidez, é hospitalizada e então é descoberto um fibroma no útero. Diante da gravidade, sempre mais evidente, do caso, a única perspectiva de sobreviver é renunciar à gravidez, para não deixar órfãos os três filhos. Mas Joana possui valores cristãos firmemente consolidados e coloca em primeiro lugar o direito à vida. E assim decide, com o preço da sua vida, ter o bebê.

Joana Emanuela nasce e sua mãe ainda a segura nos braços antes de morrer, no dia 28 de abril de 1962. Uma morte que é uma mensagem iluminada do amor em Cristo.

Após sua morte, o marido lê as anotações pessoais de Joana que antecediam os retiros espirituais, e descobre sua conexão indissolúvel com o amor, o sacrifício e a fé inabalável.

Ao proclamar santa Joana Baretta Molla, em 2004, o papa João Paulo II quis exaltar, juntamente com seu heroísmo final, a sua existência inteira, os ensinamentos de toda uma vida no seguimento de Jesus, exemplo para os casais modernos.

Joana Emanuela, a filha nascida do seu sacrifício, em pronunciamento nessa ocasião, disse: "Sinto em mim a força e a coragem de viver, sinto que a vida me sorri". Ela ainda disse que rende homenagem à mãe "dedicando a minha vida à cura e assistência aos anciãos".
 
Fonte: www;paulinas.org