02/05 - Mafalda passou para a história do povo português como "a rainha, Santa Mafalda". Ela foi uma das filhas do primeiro rei de Portugal Sancho I, o Povoador, e da rainha Dulce de Aragão. Em 1184, quando nasceu herdou o nome de sua avó paterna, Mafalda de Savóia e se tornou uma jovem muito bela. Recebeu a educação própria aos nobres.
O rei Sancho I morreu em 1211, deixando o reinado para a rainha viúva e o poder efetivo ao ministro Nunes de Lara. Nesta época, por causa da guerra com os árabes muçulmanos, era importante para o reino de Portugal que se estreitassem os laços de amizade com o reino de Castela, ou seja, com a elite espanhola. Por isto, o ministro Nunes acertou o casamento de Mafalda com o rei Henrique I, do trono de Castela.
Entretanto, a mãe do rei Henrique I, que não queria este casamento, recorreu à Santa Sé alegando que os dois jovens reis eram parentes e muito jovens. Começou a correr o processo de anulação do casamento. Aos catorze anos, o rei Henrique I morreu tragicamente. O Papa Inocêncio III anulou o matrimônio e a rainha Mafalda regressou a sua pátria.
Em Portugal, Mafalda passou a auxiliar monges e monjas com doações a mosteiros. Mais tarde, ela ingressou no Convento de Arouca, Portugal, e se tornou monja cisterciense da Ordem de São Bernardo, de cujo convento só saia para fazer peregrinações à catedral do Porto, onde entregava suas jóias no altar de Nossa Senhora, de quem era muito devota. Vivia com humildade e usou sua riqueza patrocinando as obras de caridade, a reconstrução dos povoados, a construção de hospitais e as casas religiosas.
Devido as obras de caridade que fez, o Papa Alexandre IV, de próprio punho agradeceu os serviços que ela prestou à Igreja, com uma carta de 1255. Mafalda morreu no dia 1 de Maio de 1257, no mosteiro de Arouca, Portugal, onde seu corpo foi sepultado.
A fama da sua santidade foi logo crescendo e a população passou a se referir à ela como: "rainha Santa Mafalda". No século XII, por ocasião da sua exumação, o seu corpo e as vestes estavam incorruptos. O Papa Pio VI a beatificou em 1793 e no ano seguinte autorizou o culto público e sua festa litúrgica no dia 2 de Maio.
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