sábado, 9 de fevereiro de 2013

São Miguel Febres Cordero Munhoz


09/02 - Miguel Febres Cordero Munhoz nasceu em Cuenca, Equador, em 7 de novembro de 1854, foi filho de um professor universitário e seu avô foi um general do exército, venerado como herói nacional. Aos cinco anos de idade, Nossa Senhora lhe apareceu durante um sonho e desde então decidiu que seria um sacerdote. Três anos depois, sentiu novamente a presença da Virgem Maria quando foi protegido milagrosamente de ser morto por um touro selvagem.

Aos nove anos ingressou no colégio da congregação dos Irmãos da Escola Cristãs de la Sale, que chegara recentemente ao Equador. Quatro anos mais tarde, se juntou aos irmãos iniciando seu noviciado, com a benção dos seus pais, que de imediato fizeram oposição. Tornou-se um sacerdote educador famoso, dotado de notável inteligência. Aos dezessete anos publicou seu primeiro livro pedagógico, que acabou sendo adotado pelo governo. Esta função considerada a mais nobre e rendosa missão para a Igreja e para a pátria, ele exerceu durante trinta e dois anos, na cidade de Quito.

Padre Miguel se firmou no meio intelectual como filósofo, pedagogo, teólogo e escritor de vários livros de gramática, manuais de geografia, história, religião e literatura. Foi eleito em 1892, membro da Academia Equatoriana da Língua, em seguida foi agraciado também pelas Academias da Espanha, França e Venezuela, chegando a trabalhar em Paris, Bélgica e Espanha.

Entre 1901 e 1904 foi diretor dos noviços de sua congregação, quando foi transferido para a Europa, onde trabalhou como tradutor para os Lassaristas em Paris e Bélgica. A partir de 1908, já com a saúde fragilizada por uma persistente pneumonia, foi enviado para uma escola perto de Barcelona, na Espanha. Continuou trabalhando, mas lentamente e cada vez mais debilitado acabou falecendo no dia 9 de fevereiro de 1910, na cidade Superior Del Estragar onde foi sepultado.

A fama de eminente santidade o acompanhou durante toda a vida e perdurou depois da sua morte. Vinte anos depois, durante a Revolução Espanhola, seus restos mortais foram transladados para o Equador, onde seu corpo incorrupto foi recebido com honras de herói nacional . Amado pelo povo, como tal, mas principalmente como modelo de religioso a ser seguido, foi enterrado em Quito, cidade em que passou maior parte de sua vida.

O seu culto se espalhou rapidamente e seu túmulo se tornou meta de peregrinação. Ele foi beatificado em 1977 e, mais tarde, canonizado pelo papa João Paulo II em 1984. O padre Miguel Febres Cordero Munhoz se tornou o primeiro Santo equatoriano.

Fonte: www.quiosqueazul.com.br

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

São Jerônimo Emiliano


08/02 - Pertencente à família rica, nasceu em 1486 e logo foi direcionado para a carreira militar. Aconteceu que, ao comandar um grupo na batalha com a Liga de Cambraí, Jerônimo Emiliano foi preso e, na prisão encontrou dor e solidão; mas também a presença de Deus e da Virgem Maria, sob o título de Nossa Senhora da Saúde, devido à devoção familiar.

Dessa experiência de conversão nasceu o novo Jerônimo, pois, ao ser libertado, voltou para sua terra com o firme propósito de santidade, sendo assim aprofundou na oração, reflexão e penitência a ponto de encontrar a vocação no Sacerdócio. São Jerônimo inclinou-se com seu coração caridoso para com os pobres e jovens, por isso diante da carestia e epidemia que assolava seu povo, heroicamente vendeu tudo o que possuía para ajudar os indigentes.

A fé desse santo operava constantemente pela caridade, atingindo assim também órfãos e viúvas em vários lugares, além do coração de outros homens de alma grande que deram origem a Sociedade dos Padres Somascos. Segundo o testemunho dos seus amigos, São Jerônimo, que tanto lutava pelo resgate e restauração dos rapazes e moças, sofria para manter a obra, porém era tão dependente da Divina Providência que era permanente a sua alegria e sorriso. Morreu no ano de 1537, aos 56 anos vítima de uma peste que assolava a população.

Fonte: www.cot.org.br

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

São Ricardo de Luca


07/02 - Este monarca inglês teve um reinado curto, mas cheio de bons exemplos de governo sábio e prudente. Sua principal preocupação era ministrar a justiça, tendo um do especial para apaziguar contendas e harmonizar interesses conflitantes.

Abdicou da coroa e partiu para a Terra Santa, com o desejo de se tornar monge, mas faleceu durante a viagem, na Itália.

Foi pai de três príncipes que também receberam as honras dos altares: São Vinebaldo, São Vilibaldo e Santa Valberga.

No século V, a rainha da Inglaterra meridional era Sexburga, que mais tarde se tornou abadessa e uma santa da Igreja Católica. Ela teve três filhos e duas filhas, estas, a seu exemplo, fundaram mosteiros dedicando-se aos pobres e a Cristo. Também o caçula Winfrido, ou Bonifácio, deixou a vida da corte para ser monge beneditino, hoje venerado como o grande "Apóstolo da Alemanha".

O primogênito Egberto I, assumiu o trono no ano de 664, mas após onze anos morreu, deixando o sucessor ainda muito pequeno. Foi assim que, o filho do meio, Hlother ou Ricardo I, se tornou rei da Inglaterra e guardião da coroa do sobrinho. Em 685, empossou o jovem rei Eadric I, que era o legítimo herdeiro da casa real dos Kents.

Ricardo deixou o palácio com os filhos Vilibaldo, Vunibaldo e Valburga, indo morar no mosteiro de Waltham, onde viveram sob as regras dos beneditinos. A partir daí os dados de suas vidas são descritos pelos registros da Santa Sé.

No ano de 720, conforme uma narração de um monge alemão, Ricardo e os dois filhos, então já monges, saíram da Inglaterra meridional, para empreenderem uma peregrinação de penitência e devoção. A filha Valburga ficou no mosteiro, onde seguia a vida de religiosa. A meta, como sempre, era Roma, onde pretendiam venerar as relíquias dos apóstolos Pedro e Paulo. De lá queriam ir até a Terra Santa.

Atravessaram toda a França, mas quando chegaram na cidade de Luca, a viagem teve de ser interrompida porque Ricardo ficou doente e acabou falecendo.

Foi sepultado na igreja de são Frediano em 722.

Os milagres foram acontecendo em seu túmulo e o local se tornou uma rota de devoção para os cristãos, que o chamavam de "rei, santo". Só Vilibaldo pôde completar o programa, porque Vunibaldo ficou estudando em Roma até 739. Depois os dois foram recrutados pelo tio Bonifácio, que acabara de ser elevado à condição de bispo, para a missão evangelizadora dos povos germânicos. Por fim, à eles se juntou a irmã Valburga, também a pedido do tio.

Sobre Ricardo, lemos no Martirológio Romano: "Em Luca, na Toscana, a deposição de são Ricardo, rei da Inglaterra e pai de são Vilibaldo, bispo de Eichstat, de são Vunibaldo abade de Heidenheim e da santa Valburga, abadessa virgem." Seu culto se propagou graças as colaborações eficazes na obra de evangelização dos seus filhos e do irmão.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

São Paulo Miki e Companheiros


06/02 - Foi através do trabalho evangelizador de São Francisco Xavier, que o Japão tomou conhecimento do cristianismo, entre 1549 e 1551. A semente frutificou e, apenas algumas décadas depois, já havia pelo menos trezentos mil cristãos no Império do sol nascente. Mas se a catequese obteve êxito não foi somente pelo árduo, sério e respeitoso trabalho dos jesuítas em solo japonês. Foi também graças à coragem dos catequistas locais, como Paulo Miki e seus jovens companheiros.

Miki nasceu em 1564, era filho de pais ricos e foi educado no colégio jesuíta em Anziquiama, no Japão. A convivência do colégio logo despertou em Paulo o desejo de se juntar à Companhia de Jesus e assim o fez, tornando-se um eloqüente pregador. Ele porém, não pôde ser ordenado sacerdote no tempo correto porque não havia um bispo na região de Fusai. Mas isso não impediu que Paulo Miki continuasse sua pregação. Posteriormente tornou-se o primeiro sacerdote jesuíta em sua pátria, conquistando inúmeras conversões com humildade e paciência.

Paciência, essa que não era virtude do imperador Toyotomi Hideyoshi. Ele era simpatizante do catolicismo mas, de uma hora para outra, se tornou seu feroz opositor. Por causa da conquista da Coréia, o Japão rompeu com a Espanha em particular e com o Ocidente em geral, motivando uma perseguição contra todos os cristãos. Inclusive alguns missionários franciscanos espanhóis que tinham chegado ao Japão através das Filipinas e sido bem recebidos pelo Imperador.

Os católicos foram expulsos do país, mas muitos resistiram e ficaram. Só que a repressão não demorou. Primeiro foram presos seis franciscanos, logo depois Paulo Miki com outros dois jesuítas e dezessete leigos terciários.

Os vinte e seis cristãos sofreram terríveis humilhações e torturas públicas. Levados em cortejo de Meaco a Nagasaki foram alvo de violência e zombaria pelas ruas e estradas, enquanto seguiam para o local onde seria executada a pena de morte por crucificação. Alguns dos companheiros de Paulo Miki eram muito jovens, adolescentes ainda, mas enfrentaram a pena de morte com a mesma coragem do líder. Tomás Cozaki tinha, por exemplo, catorze anos; Antônio, treze anos e Luis Ibaraki tinha só onze anos de idade.

A elevação sobre a qual os vinte e seis heróis de Jesus Cristo receberam o martírio pela crucificação em fevereiro de 1597 ficou conhecida como Monte dos Mártires. Paulo Miki e seus companheiros foram canonizados pelo Papa Pio IX, em 1862.

Os crentes se dispersaram para escapar dos massacres e um bom número deles se estabeleceu ao longo do rio Urakami, nas proximidades de Nagasaki. Lá eles continuaram a viver sua fé, apesar da ausência de padres. A partir do momento em que o Japão se abriu novamente aos europeus, os missionários voltaram e as igrejas voltaram a ser construídas, inclusive em Nagasaki, a poucos quilômetros da comunidade cristã clandestina. Ela havia perdido todo contato com a Igreja Católica, mas guardava preciosamente três critérios de reconhecimento recebidos dos ancestrais: "Quando a Igreja voltar ao Japão, vocês a reconhecerão por três sinais: os padres não são casados, haverá uma imagem de Maria e esta Igreja obedecerá ao papa-sama, isto é, ao Bispo de Roma". E foi assim que aconteceu dois séculos e meio depois, quando os cristãos do Império do sol nascente puderam se reencontrar com sua Santa Mãe, a Igreja.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

São Pedro Batista

05/02 - Filho de Pedro e Maria Blásquez, uma das mais nobres famílias de Castela, Pedro Baptista nasceu em 1545 no castelo de Santo Estevão, diocese de Ávila, na Espanha. Feitos os estudos prévios na sua cidade natal, frequentou com aproveitamento a Universidade de Salamanca. Contrariando os planos da família, ingressou na Ordem dos Frades Menores, onde três anos mais tarde professou no convento de Arenas. Após os estudos de filosofia e teologia, foi ordenado sacerdote. Passou então a lecionar filosofia e teologia, e não tardou a ser nomeado superior de algumas comunidades. Em 1580 pediu e obteve autorização para ir ao México, onde permaneceu três anos, dando um notável impulso à Ordem com a fundação de várias casas. Em 1583 zarpou para as Filipinas, e aí, na qualidade de Superior dos Frades Menores, exerceu um fecundo ministério apostólico, suscitando a admiração dos religiosos. Pôs um especial interesse em proteger os indígenas das ambições dos poderosos.

Em 1593 foi enviado ao Japão, com cinco confrades. Durante um ano inteiro viveu rodeado de sofrimentos e incompreensões, praticamente confinado numa choupana. Só depois lhe foi concedida a licença de pregar o Evangelho. Durante dois anos pôde então desenvolver com os confrades uma intensa atividade apostólica: fundou em Kyoto um convento para religiosos e dois hospitais para pobres e leprosos; erigiu outras casas franciscanas em Osaka e Nagasaki, e conseguiu que muita gente se convertesse. Parecia abrir-se para a cristandade japonesa uma era de prosperidade. Mas os espanhóis suscitaram muitos receios ao imperador Taikosama, e levaram-no a ordenar a execução dos missionários e dos mais zelosos colaboradores japoneses. Daí o édito de proscrição dos cristãos, publicado em 24 de julho de 1587. No entanto, a atividade missionária continuou, e Taikosama pareceu esquecer-se do seu decreto. Mas ia seguindo com atenção os movimentos dos missionários por meio de espionagem.

A ordem de prisão de São Pedro Baptista e outros religiosos e cristãos foi executada a 8 de dezembro de 1596. Até o fim desse mês esteve na prisão de Meaco. Antes de ser transferido para Nagasaki, onde viria a sofrer o martírio, foi exposto à zombaria dos pagãos, através das ruas, com os demais condenados, depois de lhes terem amputado a orelha esquerda. Idêntica exposição insultuosa sofreram nas ruas de Osaka, Sakay e Facata. Uma vez chegado a Nagasaki, a 5 de fevereiro de 1597, foi levado com 25 companheiros a uma colina, onde presenciou o martírio de todos. Antes de ser, como os demais, crucificado, dirigiu aos cristãos presentes uma exortação paternal, e proferiu uma oração de perdão para os carrascos. Contava 52 anos.

O martírio heróico destes confessores de Cristo, entre orações e cânticos de alegria, representa um aprofundamento da mensagem e da vida cristã, e é oferecido a Deus pela perseverança dos Cristãos e por um novo reflorescimento da Igreja no Japão. Estes heróis da fé são os protomártires do Japão. Foram canonizados por Pio IX a 8 de junho de 1862.

Fonte: “Santos Franciscanos para cada dia”, Ed. Porziuncola.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

São José de Leonissa

04/02 - José Desideri nasceu em Leonissa, Itália, em 1556. Entrando para a Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, levou uma vida de enorme austeridade e muito zelo apostólico. Era um notável pregador. Como missionário em Constantinopla, empenhou-se muito para confortar e consolar os escravos indefesos, tentando converter até mesmo o sultão. Por este motivo foi feito prisioneiro e torturado. Escapando, no entanto, à morte, retornou a sua pátria, onde continuou sua atividade apostólica. Morreu em Amatriz aos 4 de Fevereiro de 1612. Foi canonizado por Bento XIV.

São José de Leonissa, que tem seu dia comemorado em 4 de fevereiro, também é conhecido como São José Desidério. Nasceu em 8 de janeiro de 1556 em Leonissa, Umbria, Itália. seu nome era Eufrânio. Terceiro de 8 filhos nascidos de João Desideri, um comerciante de lã e de Serafina Paolini. Seus pais faleceram quando ele tinha 12 anos e foi criado e educado pelo seu tio Batista Desideri, um professor em Viterbo. Desideri arranjou um casamento para Eufrânio com uma moça de família nobre local , costume muito comum na época, mas o rapaz já tinha uma queda para a vida religiosa.

Quando tinha 16 anos entrou em Rieti, na Ordem dos Capuchinhos. Fez o noviciado no pequenino convento de Carcerelle, junto a Assis, onde se exercitou na mais dura penitência. Durante este período os monges fizeram tudo para testar e dissuadir o jovem, mas ele perseverou na sua vocação e em 8 de janeiro de 1573, entrou para os franciscanos capuchinhos tomando o nome de José. Levava uma vida ascética e tratava seu corpo com dura austeridade, com pouco alimento e muitas privações, chamando-o de "irmão burro", uma expressão tipicamente franciscana. Escolheu para si o caminho da humildade e da pobreza.

Ordenado em Amélia, Perúgia, em 24 de setembro de 1580 (algumas fontes dão a data de 21 de maio de 1581), e destinado ao ofício de pregador, pregou por toda a região de Umbria, Lázio e Abruzzi. Certa vez converteu um bando de 50 bandidos que vieram quando ele pregava um sermão em Lent.

No dia 1 de Maio de 1587, com mais dois irmãos chegou a Constantinopla com a missão de fundar ali uma Missão, interessando-se logo pela libertação dos cristãos caídos na escravatura, dando-lhes alento na sua fé.Acabou por cair prisioneiro dos Turcos, ao tentar pregar ao próprio Sultão Murad III. Em Constantinopla, de fato, José tentou entrar no palácio para pregar diante do Sultão, esperando vir a convertê-lo. Preso pelos guardas, foi julgado como réu de crime de lesa majestade. Ali foi açoitado e depois suspenso de uma trave sob a qual acenderam uma fogueira que ardia lentamente. Durante três dias permaneceu suspenso por um gancho numa das mãos e outro num dos pés, tendo sobrevivido a este suplício. Conta-se que foi visitado por um anjo que teria curado as suas chagas. E foi quase um milagre que o Sultão, maravilhado pelo que sucedera, comutasse a pena de morte pelo exílio perpétuo. pintura no teto da igreja dedicada a são josé de leonissa, em itaocara-rjVoltando para a Itália, continuou na mesma vocação missionária, pregando à saída das casas, nas aldeias, pelas cidades da Umbria, conseguindo verdadeiras conversões e reconciliações em toda a parte. A vida penitente e os carismas sobrenaturais aumentavam a eficácia da sua palavra. Promoveu obras de assistência social como os "Monte Pios", hospitais e outras obras de beneficência.No Arquivo da Postulação Geral dos Capuchinhos existe um vastíssimo material constando de manuscritos, pregações, homilias, panegíricos e outros apontamentos de pregação.

Adoecendo, retirou-se para o convento de Amatriz, junto a Rieti. Ali verificaram que ele era vítima de um tumor. Vendo que queriam amarrá-lo com cordas para operá-lo, tomou nas mãos o seu crucifixo e disse:"Cordas? que cordas! eis aqui os meus laços. Este Senhor pregado por meu amor com suas dores obriga-me a suportar qualquer tormento por seu amor". E dessa maneira suportou a operação sem se queixar, olhando para Jesus, que "como um cordeiro se calou diante do tosquiador e não abriu a sua boca" (Is 53,7). Depois, nas dores, conservava por longo tempo o crucifixo apertado contra o peito; desde então não mais se levantou da cama, vindo a morrer no dia 4 de Fevereiro de 1612. Foi beatificado em 1737 pelo Papa Clemente XII e canonizado por Bento XIV a 29 de Junho de 1746.

Fonte: www.promapa.org.br

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Santo Oscar


03/02 - Oscar, desde pequeno conviveu com os monges beneditinos da cidade de Corbiè, onde nasceu em 800, na França. Na infância, estudou no colégio do mosteiro, onde regressou, mais tarde, para se tornar um monge e professor interno. Aos vinte e três anos, foi exercer esta função na Saxônia. Nesta região era conhecido como Anscário.

Começou a se destacar quando o novo rei da Dinamarca, em 826, o convidou a instalar uma missão evangelizadora, para conversão dos seus súditos, quase todos pagãos. Ele aproveitou bem esta oportunidade, obtendo sucesso no início. Mas, o rei, um ano depois, foi deposto e exilado. Oscar o seguiu e abandonou a Dinamarca.

Em 829, foi enviado como missionário para a Suécia, junto com o monge Vitimaro. Nesta corte, Oscar converteu e batizou o rei, que os autorizou pregar livremente o Evangelho aos raros cristãos do lugar. Após um ano e meio de trabalho os resultados pareciam mostrar boas bases. Por isto, o papa Gregório IV, o designou como seu delegado na Alemanha, onde o imperador Ludovico, o Pio, que era filho e sucessor de Carlos Magno, desejava criar na diocese de Hamburgo uma nova estrutura eclesiástica.

Oscar aceitou a excelente chance de ampliar as fronteiras da evangelização e em 831, foi consagrado o arcebispo de Hamburgo. Assim, pode dar maior estabilidade à missão na Suécia, consagrando seu companheiro, monge Vitimaro, o bispo daquela diocese. Contudo, sem deixar de acompanhar a evolução da atividade missionária na Dinamarca.

Em 840, com a morte de Ludovico, o Pio, a aliança do império franco-alemão ficou enfraquecida e as invasões dos bárbaros normandos começaram a devastar toda a Europa setentrional. Esta reviravolta política, desintegrou toda a estrutura organizada por Oscar, começando pela Dinamarca, depois Suécia e finalmente Hamburgo, em 845. Nesta ocasião, Oscar teve tempo apenas de salvar as relíquias da sua igreja.

Mas ele não renunciou. Depois de alguns anos no mosteiro alemão de Brema, Oscar decidiu recomeçar a partir da Suécia, para onde ele voltou, até porque não havia mais ninguém para enviar. O então rei Olavo autorizou a evangelização cristã, que ele organizou sozinho, primeiro formando bons missionários, depois indicando a região onde iriam atuar. Assim, Oscar vivia em constante peregrinação, fortalecendo com sua presença as novas bases iniciadas, inclusive na Dinamarca, agora com relações estáveis com a Alemanha.

Oscar sempre soube que sua obra missionária estaria sujeita aos interesses destes reis do Norte, minados pelas inúmeras alianças políticas e religiosas e por vários fatores externos, mas nunca desistiu. Nos seus últimos anos, sentiu que as raízes para um cristianismo profundo no Norte estavam nascendo, embora semeadas em meio aos temporais, como resultado de sua obstinada esperança e fé inabalável.

Morreu no dia 3 de fevereiro de 865 no mosteiro de Brema, Alemanha. A Igreja, por justa razão, o proclamou "apóstolo dos povos escandinavos" e o venera nesse dia como Santo.