terça-feira, 9 de outubro de 2012

São Luis Beltran



09/10 - Nasceu em Valência, Espanha, em 1526. Desde muito menino se caracterizou por sua humildade e obediência. Aos 18 anos ingressou na Ordem do São Domingos e em 1547 foi ordenado sacerdote por Santo Tomás de Villanueva.

Cinco anos depois foi nomeado professor dos noviços. Como professor São Luis era muito estrito e severo, e se preocupava por que seus alunos renunciassem sinceramente ao mundo e se unissem perfeitamente a Deus.

Em 1562, São Luis Beltrán foi enviado a pregar o Evangelho aos indígenas da América e chegou ao porto de Cartagena, Colômbia. Só falava espanhol mas Deus lhe concedeu o dom de línguas, profecia e milagres.

Também trabalhou em Tubera, Paluato, Cipacoa e Portavento. Durante seu trabalho na América converteu milhares de indígenas, do istmo do Panamá até nas ilhas do Caribe. Vários anos depois, em 1569, retornou à Espanha onde se dedicou à formação dos novos missionários encarregados de continuar sua tarefa evangelizadora na América.

Depois de uma dolorosa enfermidade São Luis Beltrán, padroeiro da Colômbia, morreu em 9 de outubro de 1581 e foi canonizado em 1671.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Santa Pelágia Penitente



08/10 - Esta é uma veneração muito antiga, citada inclusive por Santo João Crisóstomo em um de seus célebres sermões. Sem dúvida uma página cristã muito interessante, cujos tênues registros estão mesclados pelas tradições orientais dos primeiros séculos.

Originária da Antioquia, Turquia, Margarida viveu no século III. Era uma bailarina belíssima, escandalosa, muito divertida, festiva e pagã. Costumava encantar e seduzir os homens com sua dança, alegria, roupas, jóias e outros ornamentos luxuosos que usava, exclusivamente com esta finalidade. Com isto tornou-se uma das figuras mais conhecidas da vida mundana e social daquela cidade. Além é claro, de ter conseguido uma sólida riqueza e grande influência. Sua fama ultrapassava os limites do movimentado pólo econômico e social, pois muitos nobres ricos vinham apenas para poder estar com ela, que cada vez mais aumentava suas posses e poder.

Entretanto, certa vez, a sua ostentação chamou a atenção do Bispo Nono. Foi durante uma procissão. A exuberante bailarina assistia, como se fosse um simples espetáculo, numa atitude debochada e espalhafatosa. Ricamente vestida e cercada por alguns pretendentes, ela assistia à tudo certa de que as atenções eram, na verdade, apenas ela. O sábio Bispo então questionou a multidão que se uma mulher era capaz de se enfeitar daquela forma para chamar a atenção de um simples homem mortal, como deveríamos nós, adornar a nossa alma destinada à Deus eterno? Aquela observação tocou o coração da bailarina pagã.

Ela foi para casa refletindo sobre as palavras do sermão, alí chorou de arrependimento, a noite toda. No dia seguinte procurou o Bispo, que a enviou à uma senhora cristã, para ser preparada para o Batismo. Foi assim que depois, trocou as roupas e adereços de seda e ouro por uma túnica branca para ser batizada. À noite, com autorização dele, Pelágia trocou sua túnica, por uma de penitente e abandonou Antioquia. Foi a pé para Jerusalém, viver como eremita, numa gruta, no Monte das Oliveiras, onde Jesus viveu sua Agonia da Paixão.

Mas quando chegou estava vestida como homem, para evitar que sua beleza perturbasse os outros anacoretas da pequena comunidade. E viveu sendo chamada de Pelágio, de tal modo que todos a esqueceram. Quando morreu, os ermitãos que desconheciam sua origem descobriram que Pelágio era uma mulher. Foi então que reconheceram tratar-se da bailariana da Antioquia, agora uma simples penitente arrependida, que se anulara do mundo, no seguimento do Cristo.

O seu culto e sua história foram muito difundidos no mundo cristão oriental. Chegou ao Ocidente através das tradições trazidas pelos peregrinos, que na Terra Santa, também visitavam a gruta de Santa Pelágia Penitente. A Igreja autorizou esta tradicional devoção popular, mantendo no dia 08 de outubro a sua festa litúrgica. Santa Pelágia Penitente é considerada a padroeira dos cômicos e das atrizes.

Fonte: http://www.portalangels.com/

domingo, 7 de outubro de 2012

Nossa Senhora do Rosário



07/10 - Os difusores da devoção ao Rosário de Nossa Senhora foram os dominicanos, que também criaram as confrarias do Rosário. Isto se deve ao fato de Nossa Senhora, aparecendo a São Domingos, fundador da Ordem, indicar-lhe a recitação do Rosário como uma arma eficaz de conversão.
 
São Pio V, papa dominicano, foi o primeiro a incentivar e recomendar oficialmente a recitação do Rosário, que deveria ser feita à noite em família. Porém, segundo a tradição, o Rosário nasceu muito antes disso, na época medieval, simbolizando uma grinalda de rosas oferecida a Nossa Senhora, como uma forma de expressar o grande amor e devoção dos cristãos pela Virgem Maria.

Durante a meditação sobre os mistérios da Vida de Cristo e a recitação seguida das Ave-Marias e Pais-Nossos quando rezamos o terço, nos colocamos em sintonia com os nossos problemas e aflições, e permitimos que nossas súplicas cheguem ao céu para que Nossa Senhora interceda por nós junto a Deus Pai.

Em 1571, para comemorar a vitória na batalha de Lepanto, contra os turcos, São Pio V instituiu a festa inicialmente chamada de Santa Maria da Vitória, estendida em 1716, a toda Igreja Católica e depois chamada de festa de Nossa Senhora do Rosário.

sábado, 6 de outubro de 2012

Santa Maria Francisca das Cinco Chagas

06/10 - Ana Maria nasceu em Nápoles no dia 25 de março de 1715, filha de Francisco Gallo e Bárbara Basini, comerciantes. Ainda menina, manifestou o desejo de receber a Eucaristia, o que aconteceu com 7 anos.

Mostrou tanta piedade e prática de virtudes, que foi chamada de "Santita" (Santinha). Decidida a consagrar-se a Deus, apesar da oposição de seu pai, que lhe oferecia um vantajoso matrimónio, tornou-se terceira franciscana seguindo a Regra e a orientação dos frades menores, que tinham o convento de Santa Lucia do Monte em São João José da Cruz.

Com apenas 16 anos, delicada e pálida devido às penitências voluntárias, tomou o hábito franciscano no dia 8 de setembro de 1731; professou os três votos de castidade, pobreza e obediência e passou a se chamar Maria Francisca das 5 Chagas de N.S.J.C. Embora permanecesse no mundo, viveu na mais perfeita observância da severa Regra Franciscana, submetendo seu corpo, e já cansado por um contínuo trabalho, a flagelações, vigílias e cilícios.

Extases e profecias eram-lhe familiares. Vivia já das coisas sobrenaturais, incompreendida, perseguida, tratada como visionária foi submetida a exames por parte das autoridades eclesiásticas. Em 7 anos de duro martírio suportou tudo com inalterada mansidão.

Assistida por muitos religiosos fiéis, fortalecida pela Eucaristia, morreu serenamente no seu quarto no dia 6 de outubro de 1791, aos 76 anos. Seu corpo foi sepultado na igreja de Santa Lucia do Monte, onde é venerada ao lado do túmulo de São João José da Cruz.

Fonte: www.franciscanos.org.br







sexta-feira, 5 de outubro de 2012

São Benedito




05/10 - Nascido na Sicília, em 1526, era filho de escravos em uma propriedade próxima de Messina. Foi libertado ainda muito jovem por seu Senhor.
 
Manifestou desde os dez anos uma pronunciada tendência para a penitência e para a solidão. Guardando rebanhos, entregava-se à oração, e os maus tratos que recebia dos companheiros foram a ocasião para se voltar com mais fervor para Jesus, fonte de toda consolação. Aos 18 anos, com o fruto de seu trabalho, provia a si mesmo e aos pobres.

Tinha vinte e um anos quando foi insultado publicamente por causa de sua cor. A atitude digna e paciente que teve na ocasião não passou despercebida, e o líder de um grupo de eremitas franciscanos o convidou a fazer parte da comunidade. Benedito aceitou o convite, e, com o tempo, passou a ser o seu novo líder.

Por volta de 1564, o grupo se dispersou, e Benedito foi aceito como irmão leigo pelos frades franciscanos de Palermo, começando por trabalhar na cozinha.

Em 1578, eles precisaram de um novo guardião (título dado ao superior), e Benedito foi o escolhido, apesar de ser leigo e analfabeto. Ele só aceitou o cargo depois de compreensível relutância, mas administrou o mosteiro com grande sucesso, tendo adotado uma interpretação bem mais rigorosa das regras franciscanas.

A sua conduta no cargo justificou plenamente a escolha dos superiores: foi respeitoso para com os padres, caridoso para com os irmãos leigos, condescendente para com os noviços, e foi por todos respeitado, sem que ninguém tentasse abusar de sua humildade.

Sua confiança na Providência foi sem limites: recomendara ao porteiro jamais recusar esmolas aos pobres que se apresentassem. Dava a seus religiosos o exemplo de todas as virtudes. Era sempre o primeiro no coro e nos exercícios da comunidade, o primeiro na visita aos doentes e no trabalho manual.

Na direção do noviciado demonstrou uma grande doçura e consumada prudência: os noviços tiveram nele um guia seguro, um pai cheio de ternura e um excelente mestre da Escritura, cujas leituras do Ofício lhes explicava com surpreendente facilidade.

Sem saber ler nem escrever, tinha, manifestamente, o dom da ciência infusa, acontecendo-lhe de dar respostas luminosas a mestres em Teologia que o vinham consultar. A este dom unia também o da penetração dos espíritos e dos corações.

Sua vida tornou-se um exercício contínuo de todas as virtudes, e Deus lhe concedeu o dom de operar milagres.

Terminado o tempo de seu cargo, voltou novamente ao ofício de cozinheiro, felicíssimo por reencontrar a vida obscura e oculta, objeto de todos os seus desejos.

Em 1589 caiu gravemente doente, e Deus lhe revelou que seu fim estava próximo. Na recepção dos últimos sacramentos experimentou como que um antegozo das alegrias celestes. Morreu docemente no dia 4 de abril.

Foi canonizado em 1807, e normalmente em suas imagens traz o menino Jesus nos braços, que lhe foi colocado por Maria Santíssima, pela sua grande devoção, e pela suave doçura com a qual Jesus preencheu o seu coração.

São Benedito foi chamado de "O Santo Mouro", por causa de sua cor negra. Sua festa litúrgica é celebrada em 5 de outubro.

Certamente é uma dos santos mais populares no Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses, e são inúmeras as paróquias e capelas que o escolheram como padroeiro, inspiradas em seu modelo admirável de caridade e humildade.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

São Francisco de Assis




04/10 - Filho de comerciantes, Francisco Bernardone nasceu em Assis, na Úmbria, em 1182. Nasceu em berço de ouro, pois a família tinha posses suficientes para que levasse uma vida sem preocupações. Não seguiu a profissão do pai, embora este o desejasse. Alegre, jovial, simpático, era mais chegado às festas, ostentando um ar de príncipe que encantava. Mas, mesmo dado às frivolidades dos eventos sociais, manteve em toda a juventude profunda solidariedade com os pobres. Proclamava jamais negar uma esmola, chegando a dar o próprio manto a um pedinte por não ter dinheiro no momento. Jamais se desviou da educação cristã que recebeu da mãe, mantendo-se casto.

Francisco logo percebeu não ser aquela a vida que almejava. Chegou a lutar numa guerra, mas o coração o chamava à religião. Um dia, despojou-se de todos os bens, até das roupas que usava no momento, entregando-as ao pai revoltado. Passou a dedicar-se aos doentes e aos pobres. Tinha vinte e cinco anos e seu gesto marcou o cristianismo. Foi considerado pelo Papa Pio XI o maior imitador de Cristo em sua época.

A partir daí viveu na mais completa miséria, arregimentando cada vez mais seguidores. Fundou a Primeira Ordem, os conhecidos frades franciscanos, em 1209, fixando residência com seus jovens companheiros numa casa pobre e abandonada.

Pregava a humildade total e absoluta e o amor aos pássaros e à natureza. Escreveu poemas lindíssimos homenageando-a, ao mesmo tempo em que acolhia, sem piscar, todos os doentes e aflitos que o procuravam. Certa vez, ele rezava no Monte Alverne com tanta fé, que em seu corpo manifestaram-se as chagas de Cristo. Achando-se indigno, escondeu sempre as marcas sagradas que só foram descobertas após a sua morte. Hoje, seu exemplo muito frutificou. Fundador de diversas Ordens, seus seguidores ainda são respeitados e imitados. Franciscanos, capuchinhos, conventuais, terceiros e outros são sempre recebidos com carinho e afeto pelo povo de qualquer parte do mundo.


Morreu 04 de outubro de 1226, com quarenta e quatro anos. Dois anos depois, o Papa Gregório IX o canonizou. São Francisco de Assis viveu na pobreza, mas sua obra é de uma riqueza jamais igualada para toda a Igreja Católica e para a Humanidade. O Pobrezinho de Assis, por sua vida tão exemplar na imitação de Cristo, foi declarado o santo padroeiro oficial da Itália. Num a terra tão profundamente católica como este país, não poderia ter sido outro o escolhido senão São Francisco de Assis que é sem dúvida um dos santos mais amados por devotos do mundo inteiro.

Assim, nada foi mais adequado ter ele sido escolhido como o padroeiro do meio ambiente e da ecologia. Por isto, no dia de sua festa é comemorado: o "Dia Universal da Anistia", o "Dia Mundial da Natureza" e o "Dia Mundial dos Animais". Mas poderia ser inclusive: o da Caridade e de tantos outros atributos. A data de sua morte foi ao mesmo tempo a do nascimento de uma nova consciência mundial de paz, a ser partilhada com a solidariedade total entre os homens de boa vontade, numa convivência respeitosa com a natureza.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Columba José Marmion - Bem-aventurado


03/10 - José Aloísio Marmion nasceu na cidade de Dublin, na Irlanda, no dia 1º de abril de 1858. Seu pai, William, era irlandês e sua mãe, Ermínia, era francesa. O casal muito piedoso teve a graça de ver as três filhas se consagrarem a Deus, na Congregação das Irmãs da Misericórdia. Mais tarde, também o filho José, que ingressou no seminário diocesano da sua cidade natal, aos dezesseis anos de idade. Ele terminou os estudos de teologia no Colégio de Propaganda Fide, em Roma, onde foi ordenado sacerdote em 1881.

No inicio, seu sonho era ser monge missionário na Austrália, mas foi cativado pela atmosfera litúrgica da nova Abadia de Maredsous, fundada na Bélgica em 1872, a qual visitara pouco antes de regressar à Irlanda. Imediatamente, pediu ao seu bispo para ingressar nesse mosteiro, mas foi-lhe dito que esperasse mais algum tempo.

No seu ministério sacerdotal, de 1881 a 1886, conservou o zelo pastoral de missionário desempenhando várias funções: vigário em Dundrun, professor no Seminário Maior de Clonliffe, capelão de um convento de monjas redentoristas e de um cárcere feminino.

Só então obteve permissão para realizar o seu grande desejo de tornar-se monge beneditino. Ingressou na Abadia de Maredsous, na diocese de Namur, Bélgica, e, tomando o nome Columba, iniciou o seu noviciado. Foi um período difícil entre monges mais jovens, pois teve de mudar de costumes, cultura e língua; entretanto esforçou-se na formação da disciplina monástica e assim pôde emitir os votos solenes em 1891.

A partir desse momento, viveu intensamente o espírito monástico beneditino. A sua influência espiritual atingiu sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos, os quais orientava para uma vivência fervorosa cristã através dos seus livros, traduzidos em mais de quinze idiomas: "Cristo, vida da alma", "Cristo nos seus mistérios" e "Cristo, ideal do monge", dos retiros e da sua direção espiritual.

Foi ele que, em 1914, quando rebentou a Primeira Guerra Mundial, levou alguns dos seus monges mais novos para a Irlanda. Mas dois anos depois, ele, sozinho, voltou para a Bélgica. Ali, quando a guerra terminou, constatou que o clima político do país não permitia uma ligação permanente com a Congregação alemã. Foi então que recebeu o pedido para começar a constituir uma nova, e somente belga. Assim, em 1920, fundou a "Congregação belga da Anunciação".

Columba Marmion exerceu cargos importantes, como diretor espiritual, professor e prior da Abadia de Mont-César, em Louvain, e terceiro abade de Maredsous. Ele faleceu em 30 de janeiro de 1923, vítima de uma epidemia de gripe. Na ocasião, a fama de sua santidade e mestre de vida espiritual se fazia presente em todo o mundo católico.

O papa João Paulo II declarou bem-aventurado Columba Marmion no Ano Santo do Jubileu de 2000. Sua festa litúrgica foi incluída no calendário para ser celebrada no dia 3 de outubro.

Fonte: www.catolicanet.com