segunda-feira, 28 de maio de 2012

São Germano


28/05 - Nasceu em Autun, Franca em 496, foi ordenado em 530 e 10 anos mais tarde foi eleito Abade do Monastério de São Sinfrônio. Em 556 ele foi para Paris e quando o bispado ficou vago ele foi nomeado Arcebispo de Paris pelo Rei Childebert I.


Em nenhum modo o seu oficio mudou a sua vida de santidade e bondade. Sempre austero, ele continuamente passeava junto dos pobres e nunca os afastava e por isso a história passou a chama-lo de “pai dos pobres”.

São Germano não tinha medo e certa vez acabou com uma revolta civil e mais de uma vez tentou acabar com os vícios do rei. Finalmente com a suas bênçãos e orações ele curou o Rei Childebert I de uma terrível doença e acabou convertendo-o para o cristianismo terminando assim com sua licenciosidade e sua injustiça para com os pobres.

Quando ele faleceu o grande poeta Venatius Fiortunatus escreveu uma peça sobre sua vida e pelos seus inúmeros milagres, ele foi declarado um vigoroso santo e canonizado em 754 DC.

A Abadia de Saint Germain-des-Prés foi de fato fundada pelo santo com a ajuda o Rei Childebert em 553 DC. São Germano consagrou-a a São Vicente e a sagrada Cruz. Quando Germano morreu na idade de 80 anos ele foi enterrado na abadia em uma suntuosa tumba. Na revolução francesa, ela foi destruída. Mais tarde, ela foi reconstruída e a ela foi dado o seu nome e é destinada ao ensino religioso como São Germano queria a seu tempo. A Abadia de Saint Germain-des-Pré é um tributo a influência de São Germano na França.

Na arte litúrgica da Igreja, São Germano é mostrado deitado em uma cama extinguindo o fogo pelas suas preces. Ou é mostrado com uma corrente e com as chaves do reino ou com São Pedro ao seu lado, tambem com as chaves do reino. Ele é o padroeiro dos cantores de corais e é invocado contra o fogo.

domingo, 27 de maio de 2012

Santo Agostinho de Cantuária





27/05 - Um século após são Patrício ter convertido os irlandeses ao catolicismo, a atuação de Agostinho foi tão importante para a Inglaterra que modificou as estruturas da região da mesma forma que seu antecessor o fizera. No final do século VI, o cristianismo já tinha chegado à poderosa ilha havia dois séculos, mas a invasão dos bárbaros saxões da Alemanha atrasou sua propagação e quase destruiu totalmente o que fora implantado.

Pouco se sabe a respeito da vida de Agostinho antes de ser enviado à Grã-Bretanha. Ele nasceu em Roma, Itália. Era um monge beneditino do mosteiro de Santo André, fundado pelo papa Gregório Magno naquela cidade. E foi justamente esse célebre papa que ordenou o envio de missionários às ilhas britânicas.

Em 597, para lá partiram quarenta monges, todos beneditinos, sob a direção do monge Agostinho. Mas antes ele quis viajar à França, onde se inteirou das dificuldades que a missão poderia encontrar, pedindo informações aos vários bispos que evangelizaram nas ilhas e agora se encontravam naquela região da Europa. Todos desaconselharam a continuidade da missão. Mas, tendo recebido do papa Gregório Magno a informação de que a época era propícia apesar dos perigos, pois o rei de Kent, Etelberto, havia desposado a princesa católica Berta, filha do rei de Paris, ele resolveu, corajosamente, enfrentar os riscos.

A chegada foi triunfante. Assim que desembarcaram, os monges seguiram em procissão ao castelo do rei, tendo a cruz à sua frente e entoando pausadamente cânticos sagrados. Agostinho, com a ajuda de um intérprete, colocou ao rei as verdades cristãs e pediu permissão para pregá-las em seus domínios. Impressionado com a coragem e a sinceridade do religioso, o rei, apesar de todas as expectativas em contrário, deu a permissão imediatamente.

No Natal de 597, mais de dez mil pessoas já tinham recebido o batismo. Entre elas, toda a nobreza da corte, precedida pelo próprio rei Etelberto. Com esse resultado surpreendente, Agostinho foi nomeado arcebispo da Cantuária, primeira diocese fundada por ele.

A notícia chegou ao papa Gregório Magno, que, com alegria, enviou mais missionários à Inglaterra. Assim, Agostinho prosseguiu e ampliou o trabalho de evangelização, fundando as dioceses de Londres e de Rochester. Não conseguiu a conversão de toda a ilha porque a Inglaterra era dividida entre vários reinos rivais, mas as sementes que plantou se desenvolveram no decorrer dos séculos.

Agostinho morreu no dia 25 de maio de 604, sendo sepultado na igreja da Cantuária, que hoje recebe o seu nome e ainda guarda as suas relíquias. O Martirológio Romano indica a festa litúrgica de santo Agostinho de Cantuária no dia 27 de maio.

Fonte: alexandrinabalasar.free.fr

sábado, 26 de maio de 2012

São Felipe Néri


26/05 - "Contanto que os meninos não pratiquem o mal, eu ficaria contente até se eles me quebrassem paus na cabeça." Há maior boa vontade em colocar no caminho correto as crianças abandonadas do que nessa disposição? A frase bem-humorada é de Felipe Néri, que assim respondia quando reclamavam do barulho que seus pequenos abandonados faziam, enquanto aprendiam com ele ensinamentos religiosos e sociais.

Nascido em Florença, Itália, em 21 de julho de 1515, Felipe Rômolo Néri pertencia a uma família rica: o pai, Francisco, era tabelião e a mãe, Lucrécia, morreu cedo. Junto com a irmã Elisabete, foi educado pela madrasta. Felipe, na infância, surpreendia pela alegria, bondade, lealdade e inteligência, virtudes que ele soube cultivar até o fim da vida. Cresceu na sua terra natal, estudando e trabalhando com o pai, sem demonstrar uma vocação maior, mesmo freqüentando regularmente a igreja.

Aos dezoito anos foi para São Germano, trabalhar com um tio comerciante, mas não se adaptou. Em 1535, aceitou o convite para ser o tutor dos filhos de uma nobre e rica família, estabelecida em Roma. Nessa cidade foi estudar com os agostinianos, filosofia e teologia, diplomando-se em ambas com louvor. No tempo livre praticava a caridade junto aos pobres e necessitados, atividade que exercia com muito entusiasmo e alegria, principalmente com os pequenos órfãos de filiação ou de moral.

Felipe começou a chamar a atenção do seu confessor, que lhe pediu ajuda para fundar a Confraternidade da Santíssima Trindade, para assistir os pobres e peregrinos doentes. Três anos depois, aos trinta e seis anos de idade, ele se consagrou sacerdote, sendo designado para a igreja de São Jerônimo da Caridade.

Tão grande era a sua consciência dos problemas da comunidade que formou um grupo de religiosos e leigos para discutir os problemas, rezar, cantar e estudar o Evangelho. A iniciativa deu tão certo que depois o grupo, de tão numeroso, passou à Congregação de Padres do Oratório, uma ordem secular sem vínculos de votos.

Felipe se preocupou somente com a integração das minorias e a educação dos meninos de rua. Tudo o que fez no seu apostolado foi nessa direção, até mesmo utilizar sua vasta e sólida cultura para promover o estudo eclesiástico. Com seu exemplo e orientação, encaminhou e orientou vários sacerdotes que se destacaram na história da Igreja e depois foram inscritos no livro dos santos.

Mas somente quando completou setenta e cinco anos passou a dedicar-se totalmente ao ministério do confessionário e à direção espiritual.

Viveu assim até morrer, no dia 26 de maio de 1595.

São Felipe Néri é chamado, até hoje, de "santo da alegria e da caridade".

sexta-feira, 25 de maio de 2012

São Cristóbal Magallanes Jara

25/05 - Cristóbal nasceu em um pequeno rancho do município de Totaltiche, Jalisco, arquidiocese de Guadalajara, México, em 30 de julho de 1869. Até os dezenove anos de idade ali permaneceu, estudando e trabalhando nos mais diversos serviços. Em 1888, matriculou-se no seminário em Guadalajara, realizando o seu sonho de ser sacerdote ao ser designado para a paróquia de sua cidade natal.
 
De temperamento sereno, tranqüilo e persistente, Cristóbal se tornou um sacerdote de fé ardente, prudente diretor de seus irmãos sacerdotes e pastor zeloso que se entregou à promoção humana e cristã de seus fiéis. Missionário entre os indígenas huicholes e fervoroso propagador do Rosário à Santíssima Virgem Maria.
 
Mas os acontecimentos políticos de 1917 alteraram o destino do país. Nesse ano foi promulgada a constituição anticlerical do México, assinada pelo então presidente Venusiano Carranza, dando início às perseguições religiosas e outras arbitrariedades contra a população no país.

Apesar da Igreja, por seu episcopado, expressar seu desagravo às novas leis, nada pôde fazer, ao contrário, foi vitimada pelo endurecimento nas perseguições. Isso gerou a reação da sociedade e os leigos se organizaram formando a Liga em Defesa da Liberdade Religiosa, entrando em confronto, até mesmo armado, com os integrantes do governo.
 
Dez anos depois, em 1926, a situação só tinha piorado. O então presidente, Plutarco Elias Calles, tornou a perseguição ainda mais violenta, expulsando os sacerdotes estrangeiros, fechando escolas privadas e obras assistenciais de organizações religiosas. Os integrantes da Liga reagiram com vigor.
 
Como esse movimento da Liga não foi coordenado pela Igreja, muitos sacerdotes preferiam não aderir, deixando o país ou mesmo abandonando suas atividades por um tempo. Porém, outros decidiram ficar firmes em seus postos, para atender os fiéis, mesmo arriscando as próprias vidas.
 
E assim fez Cristóbal, que tinha para as vocações sacerdotais um cuidado extremado e um lugar especial no seu ministério. Quando os perseguidores da Igreja fecharam o seminário de Guadalajara, ele se ofereceu para fundar em sua paróquia um seminário com a finalidade de proteger, orientar e formar os futuros sacerdotes.

Perseguido, em 25 de maio de 1927 foi fuzilado em Colotlán, Jalisco, diocese de Zacatecas. Antes, ainda confortou seu companheiro de martírio, padre Agustín Caloca, que tremia diante do carrasco, dizendo-lhe: "Fique tranqüilo filho, é apenas um momento e depois virá o céu". À sua hora, dirigindo-se a tropa, exclamou: "Eu morro inocente, e peço a Deus que meu sangue sirva para a união de meus irmãos mexicanos". O papa João Paulo II, em 2000, canonizou vários mártires mexicanos desse período, entre eles são Cristóbal Magallanes Jara, que é celebrado neste dia.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

São Vicente de Lérins


24/05 - As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V. Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica.

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins.

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa.

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges". Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica.

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias.

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais.

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres". Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.

Fonte: www.paulinas.org.br

quarta-feira, 23 de maio de 2012

São João Batista de Rossi




23/05 - João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltágio, na província de Gênova, Itália. Aos dez anos foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e se manter. Três anos depois se transferiu definitivamente para Roma, morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas. Lá se doutorou em Filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua geração de clérigos. Depois os cursos de Teologia ele concluiu com os dominicanos de Minerva.

À todo esse esforço intelectual João Batista acrescentava uma excessiva carga de atividade evangelizadora, mesmo antes de ser ordenado sacerdote, junto aos jovens e as pessoas abandonadas e pobres. Com isso teve um esgotamento físico e psicológico tão intenso, que desencadearam os ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos. Nunca mais se recuperou e teve de conviver com essa situação o resto da vida. Contudo ele nunca deixou de praticar a penitência concentrada na pouca alimentação, minando ainda mais seu frágil organismo.

Recebeu a unção sacerdotal em 1721. Nessa ocasião, devido a experiência adquirida na direção dos grupos de estudantes, decidiu fundar a Pia União de Sacerdotes Seculares, que dirigiu durante alguns anos. Lá, até o final de 1935, passaram ilustres personalidades do clero romano, alguns mais tarde a Igreja canonizou e outros foram eleitos para dirigi-la.

Entretanto João Batista queria uma obra mais completa, por isso fundou e também dirigiu, a Casa de Santa Gala, para rapazes carentes e a Casa de São Luiz Gonzaga, para moças carentes. Aliás este era seu santo preferido e exemplo que seguia no seu apostolado.

O seu rebanho era os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraíam cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza e onde houvesse necessidade de algum socorro alí estava ele levando seu fervor e força espiritual.

Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucede-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro, para poder se dedicar com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos.

Aos sessenta e seis anos de idade, a doença finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade dos devotos. João Batista de Rossi foi canonizado pelo Papa Leão XIII em 1881, que marcou sua celebração para o dia de sua morte.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Quitéria

22/05 - A vida de Santa Quitéria tem traços históricos, que se completam com a lenda.
 
Quitéria era uma das nove filhas nascidas de parto único de Cálsia Lúcia, mulher de Lúcio Caio Otílio, governador de Portugal e Galiza sob o Império Romano, no século II da nossa era. Quitéria nasceu em Braga, na região do Minho, por ocasião em que seu pai acompanhava o imperador romano Adriano em viagem pela Península Ibérica. Seus pais eram pagãos.
 
Sua mãe envergonhada pelo fato, instruiu a parteira de nome Cyta que matasse as nove crianças sem que o marido soubesse. Mas, movida pelos sentimentos cristãos de piedade e amor ao próximo, Cyta desobedeceu à patroa entregando as meninas ao arcebispo de Braga, Santo Ovídio, que as batizou e encomendou aos cuidados à diversas famílias cristãs.

E os anos se foram, quando surgiu uma violenta perseguição contra os cristãos, pelos romanos. As nove irmãs acabaram por ser levadas à presença do Cônsul, exatamente, o seu pai Lúcio Caio. Aí chegadas, revelaram ao espantado pai toda a verdade. A mãe confessou, o pai perdoou e recebeu-as nos seus domínios. Por todos os meios tentaram os pais, a partir daí, afasta-las da religião cristã. No entanto sem sucesso, pois as nove acabaram por fugir do palácio real. Apenas uma foi encontrada, Quitéria, e de novo levada à presença de seu pai, que a partir daí se tornou mais tolerante no respeito pelas práticas religiosas de sua filha. Nova fuga ocorreu quando Lúcio Caio se preparava para obrigá-la a casar com o nobre rapaz de nome Germano.
 
Por querer uma vida consagrada a Deus, ela fugiu novamente, por isso, recebeu de seu pai a cólera implacável da tirania, mandando martirizar a própria filha, que foi degolada. Isto ocorreu no dia 22 de maio do ano de 130, sendo sua festa celebrada nesse dia como Santa Quitéria, virgem e mártir.
 
Santa Quitéria é invocada contra angústia, depressão, mordida de cachorro, e raiva do gado.