quinta-feira, 19 de abril de 2012

São Leão IX



19/04 - Bruno nasceu no ano 1002 na nobre família dos Dagsburgo, ou Asburgo, como ficou sendo grafado depois, e veio ao mundo com algumas manchas no corpo, como que predestinado, naquele início de segundo milênio.



Sua mãe, santa Heilwiges, era uma católica fervorosa, viu que a pele do menino apresentava, ao nascer, muitas manchas vermelhas, formando cruzes por todo o corpo.


Ficou na casa paterna, freqüentada pela nobreza da corte, até os cinco anos de idade, quando sua mãe o confiou ao bispo de Toul, Bertoldo, que, com o passar dos anos, o fez doutorar em direito canônico.


Ao receber a ordenação sacerdotal, foi atuar junto ao seu primo Conrado, que tinha posição de destaque no Império, ali trabalhando pela religião e pela comunidade, cuidando de complicadas tarefas administrativas. Seu trabalho o fez ser eleito bispo de Trèves em 1026, quando implantou e desenvolveu uma reforma profunda nos conventos e na própria forma de evangelização na sua diocese.


Está registrado que, paralelamente ao trabalho desenvolvido em favor da Igreja nas altas rodas do governo e da sociedade, Bruno mantinha, ao mesmo tempo, uma atitude disciplinada e fervorosa quanto aos preceitos da caridade. Para dar exemplo de humildade, diariamente recebia pobres em seu palácio, alimentava-os e repetia a cerimônia do lava-pés, tendo-os como seus discípulos. Liderava também, anualmente, uma peregrinação aos túmulos de são Pedro e são Paulo, em Roma.


Nada disso passou despercebido. Quando faleceu o papa Dâmaso II, Bruno foi eleito, por unanimidade, para o trono de Pedro. Mas recusou. É que a eleição ocorreu em um Concílio convocado pelo imperador da Alemanha, Henrique III, em Worms.


Compareceu enorme número de bispos, prelados, embaixadores e príncipes, referendando o nome de Bruno, mas o bispo só aceitou o cargo depois que o mesmo ocorreu em Roma, quando seu nome foi de novo consagrado por unanimidade, em 1049, na própria basílica de São Pedro.


Ele assumiu e adotou o nome de Leão IX, passando para a história por sua atuação memorável como papa. Citando alguns exemplos: reorganizou a disciplina eclesiástica, implantando nova disciplina e a volta dos preceitos originais do cristianismo nos sínodos de Latrão, Pavia, Reims e Mogúncia; acabou com os abusos da simonia, isto é, com a cobrança para as indulgências dos pecados, e o casamento dos clérigos; criou cardeais de outras nações e não só italianos, como se fazia então; selou a paz entre a Hungria e a Alemanha, evitando uma guerra iminente.

Há duas passagens mais na vida do papa Leão IX, uma dolorosa e outra heróica. A dolorosa se refere ao cisma provocado por Miguel Cerulário, patriarca de Constantinopla, que rompeu com Roma e separou a Igreja em duas, e que este papa não conseguiu evitar.


A heróica, também triunfal, foi quando os normandos buscavam dominar a Europa e invadiram a Itália. Já haviam capturado as províncias de Apulia e Calábria, quando o papa conseguiu reforços do imperador, pegou em armas e liderou os soldados contra os invasores.


Evitou a tomada de Roma, mas caiu prisioneiro dos inimigos. Embora tratado com muito respeito pelos adversários, a batalha minara sua saúde.


De volta a Roma, morreu em 19 de abril de 1054.

Celebrado neste dia, daquela época até hoje, são milhares as graças e milagres ocorridos, por sua intercessão, aos pés de seu túmulo.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Santo Apolônio - Mártir

18/04 - Apolônio, senador romano, no tempo do imperador Cômodo (108), gozava de elevadíssima reputação na cidade dos Césares, devido à cultura intelectual admirável eloqüência e finíssimo trato que o distinguiam. A leitura da Sagrada Escritura, a audição da palavra explicada e as conferências que teve com o Papa Eleutério, levaram-no a abandonar as superstições de uma religião falsa e pedir o santo batismo. Uma vez cristão, tornou-se instrumento valioso da propaganda da religião de Cristo entre os compatrícios. Pelo exemplo e a palavra conduziu muitos ao redil do divino Pastor.




Se bem que Cômodo não perseguisse os cristãos, até lhes desse provas de simpatia, existia em vigor uma lei anterior, segundo a qual era condenado à morte o cristão que, acusado de professar a fé se negasse a abandoná-la. Um escravo incomodado pelo incremento que o catolicismo tomava, denunciou Apolônio.


O juiz, Perenis, penalizado por ver arrastado ao tribunal membro tão distinto da sociedade, nem por isso podia deixar de convidar Apolônio a abjurar o cristianismo. Apolônio, por sua vez. aproveitou a ocasião, para proferir belíssima defesa de sua religião no fórum, mostrando à assembléia numerosíssima a falsidade do paganismo e a impiedade do culto idólatra. Suas palavras calaram profundamente nos espíritos dos assistentes, e ninguém teve um gesto de réplica. Perenis, porém, temendo qualquer reação ou protesto, se absolvesse o denunciado, propôs a Apolônio, renunciar por mera formalidade às doutrinas cristãs, garantindo-lhe toda a liberdade de consciência em tal assunto.



Apolônio repeliu o conselho: Admiro-me — disse ao juiz — como, tendo ouvido minha argumentação irrefutável, ainda podes fazer-me tal insinuação. Sou cristão, não só de palavra, mas de fato, e maior desejo não nutro, a não ser este, de derramar o meu sangue em testemunho de minha fé". Ainda em termos eloqüentes e persuasivos exortou ao juiz e aos senadores a aceitarem a religião cristã, única verdadeira e capaz de abrir as portas da eterna felicidade.


Essas palavras foram ouvidas com grande comoção, mas caíram em terra dura. Perenis, tendo ouvido a opinião dos demais senadores, condenou Apolônio à pena de morte pela empada. Ao ouvir esta sentença, Apolônio deu graças a Deus em alta voz, confessando-se publicamente cristão, e que, como tal queria viver e morrer. Apelou ainda para todos, para que lhe seguissem o exemplo e tratassem da salvação da própria alma.


A morte do Mártir ocorreu em 184.



Fonte: www.filhosdapaixão.org.br

terça-feira, 17 de abril de 2012

Papa Aniceto, Santo Aniceto




17/04 - Décimo primeiro papa católico (155-166) nascido na Síria, escolhido para ser o substituto de São Pio I (141-155) e tradicionalmente considerado de perfeita inteligência e santidade de vida, destacando-se por ter sido o primeiro papa a condenar oficialmente uma doutrina como heresia, em concreto e o montanismo. Ignora-se mais detalhes da sua vida pregressa como da grande maioria dos papas dos primeiros séculos cristãos.



Como pontífice, proibiu o cultivo do cabelos pelos padres para não ser um motivo de vaidade. O governo deste pontífice coincidiu com o tempo do imperador romano Antônio e, além das perseguições oficiais por parte do governo romano, disseminavam-se perigosas heresias e seitas que punham em perigo o futuro da Igreja. Mas o papa envidou todos os esforços catequéticos para impedir o progresso das obras heréticas e reconduzir ao seio da Igreja os pobres desviados.



Reuniu-se com São Policarpo, um discípulo de São João Evangelista, quando este visitou Roma, para tratar de questões disciplinares que atormentavam a unidade da Igreja. Ambos concluíram e deram demonstrações públicas que a Igreja de Roma, na doutrina, era idêntica a de Jerusalém e estas declarações causou grande impacto entre os hereges e promoveram muitas conversões. Como único ponto de divergência entre ele e Policarpo fosse o tempo da celebração da Páscoa, o papa deixou aos cristãos orientais toda a liberdade na celebração da Festa da Páscoa, como eram acostumados desde os dias de São João Evangelista.



Aparentemente morreu martirizado, mas não há provas históricas definitivas e foi sepultado no cemitério de São Calisto, nas Catacumbas. Foi substituído pelo napolitano São Sóter ou Sotero (166-175) e é um dos santos comemorados no dia 17 de abril.



segunda-feira, 16 de abril de 2012

São Bento José Labre



16/04 - "O cigano de Cristo", este também é seu apelido, que demonstra claramente o que foram os trinta e cinco anos de vida de Bento José Labre, treze deles caminhando e evangelizando pelas famosas e seculares estradas de Roma. Aliás, o antigo ditado popular que diz que "todos os caminhos levam a Roma" continua sendo assim para todos os cristãos. Entretanto, principalmente no século XVII, em qualquer um deles era possível cruzar com o peregrino Bento José e nele encontrar o caminho que levava a Deus.



Ele era francês, nasceu em Amettes, próximo a Arras, no dia 27 de março de 1748, o mais velho dos quinze filhos de um casal de agricultores pobres. Freqüentou a modesta escola local, mas aprendeu latim com um tio materno. Ainda muito jovem, quis tornar-se monge trapista, mas não conseguiu o consentimento dos pais.



Com dezoito anos, pediu ingresso no convento trapista de Santa Algegonda, mas os monges não aprovaram sua entrada. Percorreu a pé, então, centenas de quilômetros até a Normandia, debaixo de um inverno extremamente rigoroso, onde pediu admissão no Convento Cisterciense de Montagne. Também foi recusado ali, tentando, ainda, a entrada nos Cartuchos de Neuville e Sept-Fons, com o mesmo resultado. Foi então que, com vinte e dois anos, tomou a decisão mais séria da sua vida: seu mosteiro, já que não encontrava guarida em nenhum outro, seriam as estradas de Roma.



No embornal de peregrino carregava apenas o Novo Testamento e um breviário, além de um terço nas mãos. Durante a noite, dormia nas ruínas do Coliseu e, de dia, percorria as estradas peregrinando nos lugares sagrados e evangelizando sem pedir esmolas. Quando recebia a caridade alheia, mesmo sem pedir, ainda dividia o que ganhava com os pobres. Isso lhe valeu, certa vez, algumas pancadas de um certo cidadão que encarou sua atitude como um insulto. Na maior parte dos dias, comia um pedaço de pão e ervas colhidas no caminho.



Os maus tratos do cotidiano, ou seja, a maneira insatisfatória de higiene a que se submetera durante muitos anos e as penitências que se auto-impusera, acabaram por causar o seu fim. Um dia, ainda muito jovem, seu corpo foi encontrado nos fundos da casa de um amigo arquiteto, perto da igreja de Santa Maria dos Montes. Houve uma grande aglomeração de populares que admiravam e até veneravam o singelo peregrino.



Bento José acabou sendo sepultado ali mesmo, próximo daquela igreja, local que logo passou a ser procurado pelos devotos e peregrinos. Imediatamente, tornou-se palco de muitas graças e prodígios, por intercessão daquele que em vida percorreu o caminho da santidade. O papa Leão XIII canonizou são Bento José Labre em 1881, determinando sua festa para o dia 16 de abril, data de sua morte no ano 1783.



Fonte: www.catolicanet.com

domingo, 15 de abril de 2012

São Crescente



15/04 - Nasceu em Mira, na Ásia Menor. Crescente chorou muitas vezes quando percebia pessoas que se entregavam a religiões politeístas, de muitas divindades, longe daquele que é o único Senhor e Salvador: Jesus Cristo.

Seu esforço era o de levar a sua experiência. Primeiro, através de uma oração de intercessão constante pela conversão de todos. Certa vez, numa festa pagã aos deuses, ele se fez presente e movido pelo Espírito Santo, começou a evangelizar.



Inimigos da fé cristã o levaram a um juiz, que propôs que ele "apenas" expressasse exteriormente o culto às divindades pagãs, com o objetivo de preservar sua vida.



Crescente desprezou a proposta, e foi martirizado por não negar a Jesus Cristo.



sábado, 14 de abril de 2012

Santa Liduina




14/04 - Lidvina ou Liduina, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados.



Até aos quinze anos Liduina era uma menina como todas as demais. Porém no inverno daquele ano sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.



Depois do trágico acidente apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família. Os anos se passavam e Liduina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas o sacerdote lhe recordou que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para Ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.



Liduina entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a Redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser este o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente Hóstia Eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot. A partir deste momento, Liduina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos, pedia isto sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos.



Após doze anos de enfermidade também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria. Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduina só se alimentava da Sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente.



No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.



Em 1890 o papa Leão XII elevou Santa Liduina ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem se tornou um Santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.



sexta-feira, 13 de abril de 2012

São Hermenegildo



13/04 - Hermenegildo provavelmente seja a vítima mais conhecida da invasão da Espanha católica pelos visigodos, por volta do ano 459.


Era filho do rei visigodo, mas despertou a ira do pai ao tornar-se católico por causa de sua esposa, uma princesa francesa.


Seu pai era Leovigildo, um impiedoso rei, conquistador de nações e exterminador de inimigos. Após conquistar a terra, ele tratava de acabar com a cultura e a fé locais, para dominar completamente os povos submetidos ao seu poder.

Hermenegildo foi educado, junto com o irmão Recaredo, para pôr em prática esse plano do pai e, para isso, foram ambos nomeados príncipes de Sevilha e Toledo, respectivamente. Mas Hermenegildo casou-se com Ingonda, uma princesa católica de origem francesa, e esta mudou os planos traçados para ele.

Ingonda era profundamente cristã. Suas orações e explicações do Evangelho converteram Hermenegildo. Leovigildo, irado, ameaçou cassar seu cargo se não abandonasse a nova fé, porém ele não se dobrou. Sua resposta está registrada para a posteridade: "Nada me custa renunciar à coroa terrestre, se já tenho garantida a celeste".


O pai dirigiu, pessoalmente, o cumprimento da ameaça, liderando enorme exército que marchou contra Sevilha.


Prendeu o filho, esperando que os suplícios do cárcere o fizessem abandonar o catolicismo, mas nada conseguiu. Mandou decepar a cabeça de Hermenegildo, que pouco antes se recusara a receber a SANTA EUCARISTIA das mãos de um bispo ariano, em 13 de abril de 585.


Entretanto o crime contra o próprio filho acabou por encher Leovigildo de profundo remorso. Revendo suas posições anos depois, converteu-se também, e a Igreja da Espanha alcançou, definitivamente, a paz.


Em 1586, o papa Sixto V declarou a festa de são Hermenegildo para o dia do seu martírio e o indicou como padroeiro da Espanha.