sábado, 14 de abril de 2012

Santa Liduina




14/04 - Lidvina ou Liduina, como costuma ser chamada por nós, nasceu em Schiedan, Holanda, em 1380, numa família humilde e caridosa. Ainda criança recolhia alimentos e roupas para os pobres e doentes abandonados.



Até aos quinze anos Liduina era uma menina como todas as demais. Porém no inverno daquele ano sua vida mudou completamente. Com um grupo de amigos foi patinar no gelo e em plena descida da montanha, um deles se chocou violentamente contra ela. Estava quase morta com a coluna vertebral partida e com lesões internas. Imediatamente foi levada para casa e colocada sobre a cama, de onde nunca mais saiu, até morrer.



Depois do trágico acidente apareceram complicações e outras doenças, numa seqüência muito rápida. Apesar dos esforços, os médicos declararam que sua enfermidade não tinha cura e que o tratamento seria inútil, só empobrecendo ainda mais a família. Os anos se passavam e Liduina não melhorava, nem morria. Ficou a um passo do desespero total, quando chegou em seu socorro o padre João Pot, pároco da igreja. Com conversas serenas o sacerdote lhe recordou que: "Deus só poda a árvore que mais gosta, para que produza mais frutos e aos filhos que mais ama, mais os deixa sofrer". E pendurou na frente da sua cama um crucifixo. Pediu que olhasse para Ele e refletisse: se Jesus sofreu tanto, foi porque o sofrimento leva à glória da vida eterna.



Liduina entendeu que sua situação não foi uma fatalidade sem sentido, ao contrário, foi uma benção dada pelo Senhor. Do seu leito, podia colaborar com a Redenção, ofertando seu martírio para a salvação das almas. E disse ao padre que gostaria de receber um sinal que confirmasse ser este o seu caminho. E ela o obteve, naquela mesma hora. Na sua fronte apareceu uma resplandecente Hóstia Eucarística, vista por todos, inclusive pelo padre Pot. A partir deste momento, Liduina nunca mais pediu que Deus lhe aliviasse os sofrimentos, pedia isto sim, que lhe desse amor para sofrer pela conversão dos pecadores e pela salvação das almas. Do seu leito de enferma ela recebeu de Deus o dom da profecia e da cura pela oração aos enfermos.



Após doze anos de enfermidade também começou a ter êxtases espirituais, recebendo mensagens de Deus e da Virgem Maria. Em 1421, as autoridades civis publicaram um documento atestando que nos últimos sete anos Liduina só se alimentava da Sagrada Eucaristia e das orações. Sua enfermidade a impossibilitava de comer e de beber, e nada podia explicar tal prodígio. Nos últimos sete meses de vida seu sofrimento foi terrível. Ficou reduzida a uma sombra e uma voz que rezava incessantemente.



No dia 14 de abril de 1433, após a Páscoa, Liduina morreu serena e em paz. Ao padre e ao médico que a assistiam pediu que fizessem de sua casa um hospital para os pobres com doenças incuráveis. E assim foi feito.



Em 1890 o papa Leão XII elevou Santa Liduina ao altar e autorizou o seu culto para o dia da sua morte. A igreja de Schiedan, construída em sua homenagem se tornou um Santuário, muito procurado pelos devotos que a consideram padroeira dos doentes incuráveis.



Nenhum comentário:

Postar um comentário