terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

São Metódio



14/02 - Metódio e Cirilo nasceram na Macedônia e foram irmãos unidos pelo sangue, pela fé, pela vocação apostólica e até pela morte. Metódio nasceu em 815. Ainda jovem, foi nomeado governador da província da Macedónia Inferior, onde estavam estabelecidos os eslavos. Com trinta e oito anos, Metódio abandonou a carreira política e tornou-se monge, sendo seguido pelo irmão poucos anos depois. A missão apostólica dos dois irmãos começou em 861, quando foram enviados numa missão de conversão dos povos eslavos, de quem ambos tinham aprendido a língua e os costumes. Sua evangelização gerou muitos frutos porque ensinaram o povo a rezar, cantar e ler tudo em sua própria língua. Foi justamente isso que gerou revolta contra os evangelizadores. Muitos religiosos se opuserm ao trabalho de Metódio e Cirilo. Os dois foram então chamados a Roma, onde conseguiram o apoio papal. Metódio voltou para a missão, mas, numa segunda viagem a Roma, em 885, quando teve que defender pessoalmente outra vez o seu trabalho de "adaptação da Fé à cultura local", acabou por morrer.

Ambos foram proclamados patronos da Europa, ao lado de São Bento, pelo Papa João Paulo II.


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

São Martiniano



13/02 - Como bem poucas, a vida de São Martiniano é um exemplo da fraqueza humana, como também de sincera penitência. Martiniano, natural de Cesaréia, na Palestina, nasceu no tempo do imperador Constantino. Bem jovem ainda escolheu para si a vida de eremita e retirou-se para uma montanha, nas proximidades da cidade natal. Durante vinte e cinco anos viveu em completa separação do mundo, entregue às práticas de uma vida religiosa austera. De todos os pontos da Palestina ia o povo procurar o santo eremita, ou, fosse para se lhe recomendar às orações, ou para obter a cura de doente, ou ainda a expulsão de maus espíritos. A fama de Martiniano era geral e todos o tinham no conceito de grande Santo. Uma mulher de maus costumes, chamada Zoé, propôs-se a perder o santo homem e combinou com outros indivíduos de sua laia o plano diabólico. Disfarçando-se em pobre abandonada, chegou pela tardinha à casa de Martiniano e pediu agasalho: “Tende compaixão de mim, homem de Deus! Não permitais que eu seja presa das feras. Perdi-me na floresta e sem orientação, não sei para onde me dirigir”. O bom do eremita levantou as mãos ao céu, chamou a Deus em auxílio, e só depois de muitos rogos da parte da mulher, consentiu que lhe entrasse na gruta. Para si procurou um outro abrigo e passou a noite toda em oração.

Zoé, porém, trocou os andrajos enganosos por um vestido sedutor. Quando, na manhã seguinte, Martiniano chegou à gruta, Zoé se apresentou em todo o esplendor e grande foi a surpresa do santo homem, pois não a conhecia. Zoé deu-se a conhecer, manifestou ao eremita sua verdadeira intenção e com maneiras blandiciosas e afáveis, tentou-o ao pecado. A proposta, disse-lhe, que te faço não te deve ser estranha e é bem compatível com teu modo de vida. Sabes que os santos do antigo testamento eram favorecidos pela fortuna e casados. Eis me aqui para oferecer-te, junto com minha pessoa os meus grandes bens”.

Martiniano, em vez de enxotar a sedutora, mostrou-lhe simpatia e fraqueou. Deus permitiu esta fraqueza, talvez para lhe castigar o orgulho, que não o deixou enxergar o perigo e fê-lo confiar em si. À hora em que, por costume, pessoas vinham para ouvir-lhe os conselhos e receber-lhe a benção, Martiniano saiu da gruta. Mal ficou sozinho, caiu em si e a consciência começou a atormentá-lo com suas acusações. O arrependimento foi tão grande, que mal podia sustentar-se. Depois juntou alguma lenha, acendeu-a e quando tinha boa brasa, meteu os pés dentro e disse: “Martiniano, se agüentares este fogo, continua a pecar; do contrário, como poderás sofrer o fogo eterno, que mereceste pelo pecado?”

Chamando a mulher, disse-lhe: “Vem ponha aqui teus pés, se queres pecar”. Zoé, vendo o espetáculo que se lhe desenrolava diante dos olhos, impressionou-se grandemente e o coração tomou-se-lhe de profunda contrição. Imediatamente tirou a roupa escandalosa, meteu-a no fogo, pediu perdão ao eremita e conselho sobre o que havia de fazer, para obter remissão dos pecados. Martiniano ordenou-lhe que fosse para o convento de Santa Paula, em Belém e lá passasse o resto da vida em penitência. Zoé obedeceu, pediu e obteve a admissão no convento indicado e tão radical foi sua conversão que de pecadora tornou-se grande penitente e Santa.

Martiniano julgou ser vontade de Deus abandonar o lugar de sua infelicidade e procurou uma ermida, situada, numa ilha lá ficou durante seis anos, constando-lhe a alimentação de pão, água e palmitos, que pescadores de vez em quando lhe traziam. Pelo fim do sexto ano de desterro, naufragou naquela ilha um navio. Dos náufragos sobreviveu uma jovem de vinte e cinco anos que pediu auxílio a Martiniano; este lhe fez a caridade, que as circunstâncias exigiam. Para não se expor novamente ao perigo, resolveu fugir. Confiado no auxílio divino atirou-se na água para, a nado, ganhar o continente. Deus o protegeu visivelmente, mandando dois delfins que o levaram à terra. A donzela ficou na ilha, levando vida santa. Martiniano, porém tomou a resolução de não mais ter domicílio fixo. Fiel a este propósito, andava de um lugar a outro, implorando a caridade dos cristãos. Nessas viagens chegou a Atenas, onde entrou numa Igreja, quando sentiu as forças o abandonarem. Com muita devoção recebeu os santos Sacramentos. Poucos dias depois entregou a alma ao Criador. As suas últimas palavras foram: “Senhor, em vossas mãos recomendo o meu espírito”. Martiniano morreu no ano de 400. A Igreja oriental presta-lhe grandes homenagens. Os restos mortais acham-se depositados numa Igreja de Constantinopla, situada perto da mesquita de Santa Sofia.


domingo, 12 de fevereiro de 2012

São Julião Hospitaleiro



12/02 - Conta a tradição que os pais de Julião eram nobres e viviam num castelo. No dia do seu batizado, seus pais tiveram um sonho idêntico. Nele, um ermitão lhes dizia que o menino seria um santo. O menino foi educado como um nobre, apreciando a caça como esporte, e apesar do caráter violento, era caridoso com os pobres.



Na adolescência, foi a vez de Julião. Ele sonhou com um grande veado negro que lhe disse: "Você será o assassino de seus pais". Impressionado, fugiu para nunca mais voltar. Ficou famoso como soldado mercenário. Casou-se com uma princesa e foi morar num castelo. Certa noite, saiu para caçar, avisando que voltaria só ao nascer do sol. Algumas horas depois, seus pais, já idosos, chegaram para revê-lo. Foram bem acolhidos pela nora que lhes cedeu o seu quarto para aguardarem o filho, repousando.



Julião regressou irritado porque não conseguira nenhuma caça. Mas a lembrança da esposa a sua espera acalmou seu coração. Na penumbra do quarto, percebeu que na cama havia duas pessoas. Possuído pela cólera matou os dois com seu punhal. Ao tentar sair, viu o vulto de sua mulher na porta do quarto. Então, ele compreendeu tudo. Desesperado abriu as janelas e viu que tinha assassinado os pais. Após os funerais, colocou a esposa num mosteiro, doou os bens aos pobres e partiu para cuidar da alma.


Tornou-se outro homem, calmo, humilde e pacífico. Andou pelos caminhos do mundo, esmolando. Por espírito de sacrifício contava a sua história e, então, todos se afastavam fazendo o sinal da cruz. Foi renegado por homens e animais. Vivia afastado, remoendo sua culpa, rezando em penitência, amargando suas visões fúnebres e os soluços da alma. Mas, Julião sentia necessidade de salvar vidas, ajudar os velhos e as crianças doentes e pobres. Decidiu então ajudar os leprosos na travessia de um rio, que pela violência da correnteza fazia muitas vítimas.



Julião, construiu sozinho um caminho para descer até ao rio. Em seguida reparou um velho barco e ergueu uma grande cabana. A travessia passou a ser conhecida por todos os leprosos, pois além de conduzi-los de graça, eram tratados por ele, na cabana. Ficou conhecido por "Julião Hospitaleiro". Costumava ir esmolar para distribuir o que ganhava com os que já não podiam caminhar.A cabana se tornou um verdadeiro hospital para leprosos. A fama de sua santidade começou a se espalhar, mas Julião continuava a sentir o tormento de sua alma, que só era aplacado quando cuidava dos seus leprosos. Até que uma noite, após um leproso morrer nos seus braços, Julião sentiu sua alma inundada por uma alegria infinita e caminhou para se encontrar face a face com Nosso Senhor Jesus Cristo, que o chamou para a glória do céu.



Esta é a história de Julião Hospitaleiro, e se encontra descrita, num dos vitrais da Catedral de Notre Dame, na França, que guarda suas relíquias. A diocese de Macerata, na Itália, onde dizem que ele permaceu durante anos mendigando e ajudando as pessoas com seus prodígios de santidade, também recebeu algumas delas. A Igreja o comemora no dia 12 de fevereiro, data que a tradição indicou como sendo a de sua morte.



sábado, 11 de fevereiro de 2012

São Benedito de Aniae



11/02 - Nascido em Languedoc, França em 750 DC como o nome de Witiza. Filho do Visigodo Aigulf, conde ou governador de Maguelone, Witiza e serviu no exercito de da Lombardia. Com 20 anos ele resolveu seguir o reino de Deus com todo o coração.Por três anos ele ainda serviu na corte, mas mortificando o seu corpo.

Em 774 tendo escapado de se afogar em Tesin perto de Pavia quando tentava salvar seu irmão durante a campanha militar na Lombardia, Itália ele fez o voto de deixar o mundo por completo.

Witiza tornou-se um monge beneditino em Saint-Seine perto de Dijon, França onde ele tomou o nome de Benedito.Ele passou dois anos e meio vivendo apenas de pão e água, domindo no chão, orando a noite e andando descalço mesmo no inverno. Ele recebeu insultos com alegria. Deus deu a ele o dom das lagrimas e colocou grande conhecimento e sabedoria das coisas espirituais.

Quando o Abade morreu ele recusou oposto de Abade que lhe foi oferecido porque ele sabia que os irmãos não desejavam reforma-la.Em 779 Benedito voltou a sua terra em Languedoc, onde ele viveu como eremita perto do riacho de Aniane e atraiu vários discípulos incluíndo o santo homem Widmar, e em 782 ele construiu um Monastério e uma igreja. Os monges faziam o trabalho manual e copiavam os manuscritos (não havia imprensa na época).Eles viviam com água e pão exceto nos Domingos e nos dias de festa quando eram adicionados leite ou vinho, mesmo assim, quando eles recebiam dos visinhos.

O resultado desta austera regra( combinando a de Bendito, Pachomius e Basil) foi um fracasso e assim ele adotou a regra de São Benedito de Nursia e o Monastério cresceu. Dali em diante sua influencia espalhou-se. Ele reformou e construiu outras casas. Quando o bispo Felix de Urgel propôs que Cristo não era natural, mas apenas um filho adotivo do Pai Eterno (Adoptionismo), Benedito se opôs a esta heresia e assistiu ao Concilio (Sínodo) de Frankfurt em 794. Ele empregou sua pena para refutar esta heresia em quatro tratados, que foram publicados nas “Miscelaneas de Basulius”.

Durante o tempo dos frankistas o império monástico sofreu os ataques dos Vikings. A disciplina monástica piorou apesar dos esforços dos imperadores do 8º e 9º séculos que legislarem a favor da Regra de São Benedito como sendo fundamental e estabeleceram códigos de conduta nos seus domínios. Benedito de Aniane e o Imperador Luis, o piedoso cooperaram em beneficio mútuo.

O imperador construiu a Abadia de Maurmunster como uma abadia beneditina modelo na Alsacia e o Monastério de Cornelimunster perto de Aachen (Aix-la-Chapelle) Alemanha, e indicou São Benedito como diretor de todos os monastérios do seu império. O monge instituiu drásticas reformas embora por causa da oposição elas não foram tão drástica como ele desejava.
Por outro lado Benedito apoiou o imperador, primeiramente mudando seu trono para Aachen e depois em Aachen o imperador presidiu um encontro de todos os abades do império, em 817, uma data decisiva para a história beneditina. Durante o encontro “Benedicto Capitulare monasticum” uma sistematização das Regras de São Benedito foi aprovada como regra para todos os monges do império. Ele também compilou o “Codex regularum” uma coleção de todos os regulamentos monásticos em ainda “Concordia regularum” mostrando a semelhança da Regra de São Benedito de Nursia com a regra de outros lideres de monastérios.

A legislação enfatizava como guia fundamental a Regra de Bendito, enfatizando a pobreza individual, a castidade com obediência ao abade adequadamente constituído, que era também um monge.Sob pressão imperial da uniformidade da comida, bebida, vestimenta e o Divino Oficio (o qual pode ser comparado com a insistência de Carlosmagno no Rito Romano) houve também tentativas de impor obediência monástica em detalhes de menor importância.

Benedito insistiu no caráter litúrgico da vida monástica, incluindo uma Missa diária e varias adições ao Divino Oficio. Esta sistematização caiu em desuso após a morte de São Bendito, mas seus efeitos foram duradouros no monasticismo ocidental. A influencia de suas reformas pode ser vista nas reformas de Cluny e Gorze.Por esta razão Benedito é considerado restaurador do monasticismo ocidental e freqüentemente chamado de “O segundo Benedito”.
São Benedito faleceu com extraordinária tranqüilidade e alegria com cerca de 71 anos de idade, e foi enterrado na igreja do monastério onde suas relíquias estão até hoje e para as quais são atribuídos vários milagres.

Na arte litúrgica da Igreja São Benedito é mostrado como um Abade com um fogo sobrenatural ao seu lado, ou 2) em uma caverna com a comida sendo levada para ele em um cesto; ou 3) dando o hábito a São William de Aquitane.

Ele é muito venerado em Dijon (Saint-Sien) e Ariane Languedoc. Faleceu em Cornelimuester, Aachen, Alemanha em 11 de fevereiro de 821. Sua festa no passado era celebrada no dia 12 de fevereiro. Sua festa é celebrada no dia 11 de fevereiro.

Fonte: www.catolicosdobrasil.com.br

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Santa Escolástica




10/02 - Escolástica era irmã de Bento. O grande são Bento, pai do monaquismo do Ocidente. Tudo indica que eram gêmeos, nascidos em 480.


Gêmeos também eram seus corações: amavam a Deus mais do que tudo, a Ele se consagraram desde a juventude e por Ele viveram em oração e trabalho. Os mosteiros que fundaram tornaram-se centros de estudo, de santidade, de acolhida. A Regra que Bento escreveu para monges e monjas tornou-se um referencial de vida em comunidade, de caminhada no seguimento de Cristo pobre, casto e obediente.



A história de sua época não favorecia o protagonismo feminino, mas Escolástica foi uma grande mulher que, humildemente, deixou-se esconder pela sombra luminosa de Bento. Não importava ela, mas o Senhor de sua vida e esse não era Bento, mas Deus.



É conhecido um episódio que ocorreu poucos dias antes de sua morte. Como Bento, no zelo de cumprir a Regra, estabelecera que os dois só se veriam uma vez ao ano, para conversas e conselhos espirituais, os encontros eram sempre muito desejados e sempre curtos demais. Daquela vez, que seria a última, Escolástica quis prolongar o tempo com seu irmão, mas Bento foi inflexível. Serena e confiantemente, ela começou a rezar e uma tempestade fortíssima desabou, impedindo que Bento voltasse a seu mosteiro. “Pedi a ti e tu não me ouviste; pedi ao Senhor e Ele me ouviu”, disse-lhe a irmã muito contente. Bento não reclamou.



Três dias depois, enquanto rezava, Bento viu uma pomba branca, voando em direção ao céu alto. Era um sinal: Escolástica havia morrido discretamente. Quarenta dias depois, ele foi atrás. Louvariam juntos o Senhor por toda a eternidade. Deixavam na terra a família beneditina firme e fiel.



quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Santa Apolônia




09/02 - Existia no ano de 248, na cidade de Alexandria, um célebre feiticeiro, que profetizava uma grande desgraça, de que a cidade seria vítima, se os adoradores dos deuses não resolvessem a exterminar os cristãos, que eram seus maiores inimigos. O povo deu crédito às predições do embusteiro, e abriu forte campanha contra os discípulos de Cristo.


Uma das vítimas da cruel e estúpida perseguição foi Apolônia, donzela conhecida na cidade e estimada pelas suas virtudes. Levada ao templo pagão e intimada a prestar homenagens às divindades, resolutamente se negou, dizendo: “Meu Deus é Jesus Cristo e só a ele adorarei. Enquanto tiver vida, minha língua louvará a Deus, meu Senhor”.


Os algozes pagãos ouvindo estas palavras, armaram-se de pedras e quebraram-lhe os dentes. Apolônia, horrivelmente machucada e sentindo fortíssimas dores, levantou os olhos ao céu, sem pronunciar uma palavra, sem soltar um só gemido. Em vista desta firmeza, os pagãos ameaçaram-na com a fogueira. Apolônia respondeu: “Como poderia trair aquele que meu coração escolheu, o meu Esposo, de quem é todo o meu amor? Não o farei. Antes sofrer morte crudelíssima e morrer mil vezes, que abandonar a meu Jesus”. Fizeram então os pagãos uma grande fogueira e puseram a donzela diante da seguinte alternativa: “Ou agora mesmo sacrificas aos deuses, ou te lançamos viva ao fogo”. Apolônia não respondeu, deteve-se um momento, como se quisesse deliberar alguma coisa e de repente, com um movimento brusco, desembaraçando-se das mãos dos algozes, se lançou ao fogo. As chamas consumiram-lhe inteiramente o corpo. Os cristãos procuraram depois os ossos da mártir e guardaram-nos com muito respeito. Em Roma foi construída uma igreja em honra de Santa Apolônia.


O nome da santa Mártir goza de grande veneração entre o povo cristão. Invocam-lhe a intercessão nos sofrimentos dos dentes.


A Igreja Católica não aprova o suicídio, ainda que os motivos sejam iguais aos que levou a mártir Apolônia a buscar a morte. Os Santos Padres, embora não justifiquem o suicídio de Santa Apolônia, nem tão pouco o propõe aos cristãos, como exemplo para imitar. Os mesmos Santos Padres explicam-no, supondo em Apolônia, uma inspiração superior e grande desejo de estar com Jesus Cristo, seu divino Esposo.



O martírio de Santa Apolônia deu-se a 9 de fevereiro em 248 ou 249.


Fonte: http://www.paginaoriente.com/

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Santa Josephina Bakhita




08/02 - Bakhita nasceu no Sudão, África, em 1869. Este nome, que significa "afortunada", não recebeu de seus pais ao nascer, lhe foi imposto por seus raptores. Esta flor africana conheceu as humilhações, os sofrimentos físicos e morais da escravidão, sendo vendida e comprada várias vezes. A terrível experiência e o susto, provado naquele dia, causaram profundos danos em sua memória, inclusive o esquecimento do próprio nome.



Na capital do Sudão, Bakhita foi finalmente comprada por um cônsul italiano, que depois a levou consigo para a Itália. Durante a viagem, ele a entregou para viver com a família de um amigo, que residia em Veneza, e cuja esposa, havia se afeiçoado à ela.Depois, com o nascimento da filha do casal, Bakhita se tornou sua babá e amiga.



Os negócios desta família, na África, exigiam que retornassem. Mas, aconselhado pelo administrador, o casal confiou as duas, às irmãs da congregação de Santa Madalena de Canossa, em Schio, também em Veneza. Alí, Bakhita, conheceu o Evangelho. Era 1890 e ela tinha vinte e um anos quando foi batizada recebendo o nome de Josefina.



Após algum tempo, quando vieram buscá-las, Bakhita ficou. Queria se tornar uma irmã canossiana, para servir a Deus que lhe havia dado tantas provas do seu amor. Depois de sentir muita clareza do chamado para a vida religiosa, em 1896, Josefina Bakhita se consagrou para sempre a Deus, que ela chamava com carinho "o meu Patrão!".



Por mais de cinqüenta anos, esta humilde Filha da Caridade, se dedicou às diversas ocupações na congregação, sendo chamada por todos de "Irmã Morena". Ela foi cozinheira, responsável do guarda-roupa, bordadeira, sacristã e porteira. As irmãs a estimavam pela generosidade, bondade e pelo seu profundo desejo de tornar Jesus conhecido. "Sedes boas, amem a Deus, rezai por aqueles que não O conhecem. Se soubésseis que grande graça é conhecer a Deus!".



A sua humildade, a sua simplicidade e o seu constante sorriso, conquistaram o coração de toda população. Com a idade, chegou a doença longa e dolorosa. Ela continuou a oferecer o seu testemunho de fé, expressando com estas simples palavras, escondidas detrás de um sorriso, a odisséia da sua vida: "Vou devagar, passo a passo, porque levo duas grandes malas: numa vão os meus pecados, e na outra, muito mais pesada, os méritos infinitos de Jesus. Quando chegar ao céu abrirei as malas e direi a Deus: Pai eterno, agora podes julgar. E a São Pedro: fecha a porta, porque fico".



Na agonia reviveu os terríveis anos de escravidão e foi a Santa Virgem que a libertou dos sofrimentos. As suas últimas palavras foram: "Nossa Senhora!". Irmã Josefina Bakhita faleceu no dia 8 de fevereiro de 1947, na congregação em Schio, Itália. Muitos foram os milagres alcançados por sua intercessão. Em 1992, foi beatificada pelo Papa João Paulo II e elevada à honra dos altares em 2000, pelo mesmo Sumo Pontífice. O dia para o culto de "Santa Irmã Morena" foi determinado o mesmo de sua morte.