quarta-feira, 23 de novembro de 2011

São Clemente



Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo.

Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja.

Restabeleceu o uso do crisma, seguindo a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e solidariedade.

Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.

A notícia chegou ao novo imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101, como consta do Martirológio Romano.

O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



21/11 - Honramos no dia 21 de novembro a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta festa antiquíssima lembra que Nossa Senhora, então com 3 anos foi levada por seus pais São Joaquim e Santa Ana ao Templo, onde com outras meninas e piedosas mulheres foi instruida cuidadosamente a respeito da fé de seus pais e sobre seus deveres para com Deus.

Historicamente a origem desta festa foi a dedicação da Igreja de Santa Maria a Nova em Jerusalem, no ano de 543. Comemora-se no Oriente desde o século VI. Dela fala até o Imperador Miguel Comneno na Constituição de 1166.

Um nobre francês, chanceler na Corte do Rei de Chipre, tendo sido enviado a Avignon em 1372, na qualidade de Embaixador junto ao Papa Gregorio XI, contou-lhe a magnificência com que na Grecia era celebrada no dia 21 de novembro. O Papa então a intriduziu em Avignon e Sixto V a extendeu a toda a Igreja.


Fonte: www.fatima.com.br

domingo, 20 de novembro de 2011

Santo Edmundo Rich



20/11 - Edmundo Rich nasceu em Abington, perto de Oxford. Nesta cidade fez os seus estudos, seguindo depois para Paris onde os completou com sucesso e onde professou durante algum tempo ciências profanas.

Voltando para a sua Inglaterra natal, ensinou arte e matemática em Oxford onde se converteu, e ali foi depois ordenado sacerdote, continuado agora a professar, não ciências profanas, mas teologia.

Em 1222 foi nomeado tesoureiro da Catedral de Salisbúria, vindo a ser, 12 anos mais tarde — enquanto pregava uma cruzada decidida pelo Papa Gregório IX —, em 1234, nomeado arcebispo de Cantuária onde batalhou com grande ardor pela disciplina e justiça.

Edmundo Rich era um pregador eloquente, um teólogo eminente e um conselheiro procurado por muitos dos seus contemporâneos, o que o levou a tornar-se também o conselheiro do Rei Henrique III (1216-1272). Mais tarde presidiu a ratificação por Henrique III da Carta Magna em 1237. Mas quando o Cardeal Olt se tornou o Legado Papal com a protecção de Henrique, Edmundo protestou.

Um desgastante e demorado feudo se fez entre o Rei e Edmundo e finalmente em 1240 ele abdicou de seu posto e da sua diocese. Foi para a França onde foi acolhido por S. Luís, rei de França e entrou no mosteiro Cisterciense de Pontivy, onde desejava repousar.

Ele morreu em Soissons no dia 16 de Novembro de 1240.

Foi canonizado em 1246.

No dia 27 de Maio de 1247, durante uma cerimónia à qual participaram S. Luís, seus irmãos e irmãs, assim como a mãe do rei, Branca de Castela, o seu túmulo foi aberto e procedeu-se ao reconhecimento dos seus restos mortais.



Fonte://alexandrinabalasar.free.fr

sábado, 19 de novembro de 2011

Santa Inês de Assis



19/11 - É impossível passar por este dia, dia de Santa Inês de Assis, sem sentir a alma inundada de alegria e de profunda comoção. Nasceu em Assis, em 1197. Irmã carnal de Santa Clara de Assis (três anos mais nova), Santa Inês chamava-se Catarina na casa paterna. Com quinze anos apenas, abandona a família, os amigos, as riquezas, o brasão nobre e o futuro brilhante..., e atira-se destemida à aventura divina.


Com quinze anos apenas!...


Se Clara foi a primeira Clarissa e a fundadora da nossa Ordem, Santa Inês foi o segundo elemento desta nossa Família Sagrada, sem dúvida a mais fiel discípula de Clara, a primeira jovem que teve a ousadia de trilhar os caminhos altos de Clara, no seguimento de Cristo pobre e crucificado.


Em Santa Inês encontramos uma vocação forte, combativa e perseverante; nela admiramos o perfil de uma mulher que tudo enfrentou, até ao fim, com uma fortaleza de carácter e uma firmeza de ânimo fora do vulgar; nela contemplamos o vigor evangélico de uma jovem que não recuou perante nada, para seguir a Cristo na total doação. Com quinze anos apenas dá-nos uma lição gloriosa de coragem, de ousadia e de amor, uma lição de maturidade e de heroísmo, uma lição única que ilumina o mundo e os séculos com a beleza incomparável do Evangelho de Cristo.


Conta Tomás de Celano, na Legenda de Santa Clara: «...Dezesseis dias depois da conversão de Clara, Catarina, inspirada pelo divino Espírito, dirigiu-se pressurosa para junto de sua irmã e comunicou-lhe o segredo da sua decisão: consagrar-se inteiramente ao Senhor. Abraçando-a com intensa alegria, Clara exclamou: “Dou graças ao Senhor, querida irmã, porque atendeu a minha oração a teu favor”.


À maravilhosa conversão seguiu-se uma não mesma maravilhosa defesa da mesma. Sucedeu que, enquanto as felizes irmãs seguiam as pegadas de Cristo na Igreja de Santo Ângelo de Panzo e Clara, já com mais experiência, iniciava a sua irmã e noviça, os familiares levantaram-se contra elas e começaram a persegui-las.


Quando se aperceberam de que Catarina tinha passado para o lado de Clara, juntaram-se doze homens no dia seguinte e, cheios de fúria, dirigiram-se para o local. Exteriormente fingiam uma visita pacífica, mas no seu íntimo tinham urdido um plano malvado. Tendo já antes perdido toda a esperança de demover Clara da sua decisão, dirigiram-se a Catarina e interpelaram-na: “O que vieste fazer a este lugar? Prepara-te depressa para regressar a casa conosco!”


Quando ela respondeu que de maneira nenhuma estava disposta a separar-se de sua irmã Clara, um dos cavaleiros precipitou-se para ela. Enfurecido e à força de socos e pontapés, tentou arrastá-la pelos cabelos, enquanto os outros a empurravam e lhe pegavam pelos braços. Vendo-se a jovem arrebatada das mãos do Senhor como presa de leões, gritou por socorro: “Querida irmã, ajuda-me e não permitas que me separem de Cristo Senhor”. Enquanto os salteadores arrastavam violentamente a jovem encosta acima, rasgando-lhe os vestidos e deixando atrás de si os cabelos arrancados, Clara, banhada em lágrimas, orava. Pedia que a irmã se mantivesse firme e constante e que nela o poder divino superasse a força dos homens.


De repente, aquele corpo caído no chão tornou-se tão pesado que o esforço daqueles homens não foi suficiente para o transportar para o outro lado dum riacho que ali passava. Mesmo com a ajuda de outros, que dos campos e vinhas acorreram ao local, não a conseguiram levantar do solo.


Quando, já cansados, desistiram do seu intento e não querendo aceitar a evidência do milagre, comentaram jocosamente: “Não admira que pese tanto, passou a noite toda a comer chumbo!”
Monaldo, tio paterno, desesperado e furioso, levantou os braços com a intenção de lhe acertar um soco brutal. Mas quando levantou a mão sentiu uma dor muito forte, que o incomodou durante muito tempo.


Depois de tanto sofrimento, Clara aproximou-se e pediu aos parentes que desistissem dos seus intentos e lhe confiassem Catarina que jazia ali morta. E, enquanto eles, mal humorados, se afastaram sem terem logrado os seus intentos, levantou-se Catarina cheia de alegria. Feliz por ter travado o primeiro combate pela cruz de Cristo, consagrou-se inteiramente ao serviço de Deus»

Tal é a têmpera desta clarissa, nobre de sangue e de vida, irmã mais nova de Clara. Em memória de Santa Inês, virgem e mártir, que aos doze anos de idade derramou o seu sangue por amor de Cristo, Francisco muda o nome da jovem Catarina de Offredúccio para Inês.


Para Inês de Assis o nome diz tudo. Com alegria e amor imensos abraçou prontamente a Pobreza, a Castidade, a Obediência e a Clausura, sendo um modelo evangélico para todos.


Quarenta e dois anos viveu ela, humilde, pobre, penitente e silenciosa na clausura. Uma vida totalmente entregue por amor a Cristo. Durante anos desempenhou o cargo de superiora no Mosteiro de Florença, mas partiu para a eternidade já no Mosteiro de S. Damião, em 1260, poucos dias depois da morte de sua irmã Santa Clara.



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Beata Carolina Kóska



18/11 - Também as crianças têm a sua própria atuação apostólica. Segundo as suas forças, são em verdade testemunhos vivos de Cristo entre os companheiros». Estas palavras do Concílio Vaticano II têm plena confirmação na vida da menina Carolina Kózka.


Foi a quarta de onze filhos de João Kózka e Maria Borzecka, pobres mas honestos trabalhadores de Wal-Ruda, na diocese de Tamów (Polónia). Veio ao mundo a 2 de Agosto de 1898 e foi batizada no dia seguinte.


Como a igreja paroquial estava a 7 km de distância, a casa dos Kózkas era ponto de reunião de todos os vizinhos, para rezar e louvar a Deus. Nesse ambiente de oração e virtudes domésticas foi crescendo a menina Carolina.


Dos 7 aos 13 anos, frequentou a escola local. Pelo seu caráter afável e comportamento irrepreensível, atraiu as simpatias dos professores e companheiros. Aplicou-se com interesse a todas as matérias, mas sobressaiu no estudo da religião, conquistando vários prêmios de lições de catecismo.


De acordo com o costume da paróquia, no segundo ano escolar recebeu os sacramentos da Penitência e Comunhão. E, tendo sido construída uma igreja em Zabawa, a 4 km da casa dos Kózkas, a Carolina e a mãe, durante a semana, alternavam-se na assistência à santa missa. Desta forma, a Serva de Deus tinha a felicidade de comungar quatro vezes por semana, o que naquele tempo era coisa fora do vulgar.


Concluído o 6° ano escolar, matriculou-se na escola secundária para estudar humanidades e sobretudo completar a formação religiosa, que não deixou de cultivar com a leitura de bons livros e a meditação da vida dos santos.


Ardendo em zelo apostólico, inscreveu-se em várias associações religiosas, como o Rosário Vivo, o Apostolado da Oração, a Sociedade da Abstinência, a cujos compromissos não só foi plenamente fiel, mas como zeladora procurou que os outros associados o fossem também.


Foi modelo de virtudes para todos os jovens da freguesia. Socorreu os pobres com obras e bons conselhos. Conseguiu que muitos se portassem melhor e frequentassem os sacramentos. Era devotíssima do Santíssimo Sacramento, da Paixão de Cristo e do Sagrado Coração de Jesus. No Advento e Quaresma fazia a Via-Sacra. Cultivou igualmente a devoção à Santíssima Virgem, rezando o Terço e assistindo às funções que se faziam na igreja nos meses de Maio e Outubro.


No dia 18 de Maio de 1914 recebeu com muito fervor o sacramento da Confirmação, que lhe conferiu as forças necessárias para o martírio que a esperava. Com efeito, no dia 18 de Novembro desse ano, um cossaco russo, sob o pretexto de indagar o caminho que tinham seguido os soldados austríacos, bateu à porta dos Kózkas e de arma em punho forçou Carolina e o pai a ir até ao bosque vizinho. Na entrada do mesmo, com ameaças obrigou o pai a voltar para casa e deu ordens à filha que seguisse em frente. Pouco depois, dois rapazes viram Carolina a lutar com o cossaco e avisaram a família. Todas as buscas deram em nada. Finalmente, por acaso, no dia 4 de Dezembro encontrou-se o cadáver dilacerado com feridas mortais. Feitos os exames, verificou-se que a jovem conseguira defender a sua virgindade à custa da própria vida.


Se antes era estimada por todas as pessoas da freguesia, depois da morte a fama e estima estenderam-se aos povos vizinhos, de tal forma que no enterro acudiu uma multidão como nunca se vira antes. Nem sequer faltaram alguns soldados russos, convencidos, como toda a gente, de que a jovem tinha morrido mártir da castidade.


Tendo perdurado essa fama, o Bispo de Tarnów, D. Jorge Alewicz, mandou instaurar o processo diocesano, que foi levado a cabo nos anos de 1965-1967 e remetido para Roma. A 6 de Junho de 1986, a Santa Sé declarou oficialmente que Carolina Kózka foi mártir da pureza. No dia 10 de Junho de 1987, João Paulo II, durante a visita à sua pátria, elevou Carolina Kózka à glória dos beatos da Igreja.



Fonte: portalcatolico.org.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Santa Margarida da Escócia



19/11 - Neste dia lembramos com carinho a vida de mais uma irmã nossa que para a Igreja militante brilha como exemplo e no Céu como intercessora de todos nós pecadores chamados à santidade. Santa Margarida nasceu na Hungria no ano de 1046, isto quando seu pai Eduardo III (de nobre família inglesa) aí vivia exilado, devido aos conflitos pelo trono da Inglaterra (o rei da Dinamarca ocupara o trono inglês). Em 1054, seu pai retornou à Inglaterra, Margarida tinha portanto oito ou nove anos quando conheceu a pátria inglesa. No entanto, após a morte de seu tio-avô, Santo Eduardo, em 1066, recomeçaram os conflitos: a luta entre Haroldo e Guilherme da Normandia obrigou Edgardo, irmão de Margarida, a refugiar-se novamente na Escócia com a mãe e as irmãs, tendo-lhes o pai morrido alguns anos antes.

Vivendo na Escócia, Margarida casou-se com o rei Malcom III e buscou com os oito filhos (seis príncipes e duas princesas, uma delas chamada Edite, que veio posteriormente a ser rainha da Inglaterra e conhecida com o nome de Santa Matilde) a graça de constituir uma verdadeira Igreja doméstica. Santa Margarida, como rainha da Escócia, procurou cooperar com o rei, tanto no seu aperfeiçoamento humano (pois de rude passou a doce) quanto na administração do reino (porque baniu todas futilidades e aproximou os bens reais das necessidades dos pobres).

Conta-se que a própria Santa Margarida alimentava e servia diariamente mais de cem pobres, ao ponto de lavar os pés e beijar as chagas daqueles que eram vistos e tratados por ela como irmãos e presença de Cristo. Quando infelizmente seu esposo e filho morreram num assalto ao castelo, Margarida que tanto os amava não se desesperou, mas sim aceitou e entregou tudo a Deus rezando: "Agradeço, ó Deus, porque me dás a paciência para suportar tantas desgraças!"

Santa Margarida entrou no Céu a 16 de novembro de 1093. Foi sepultada na igreja da Santíssima Trindade, em Dunfermline, para onde também o corpo do rei Malcom III foi levado mais tarde.


Fonte: www.cancaonova.com

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Santo Alberto Magno



Um ser pleno de virtudes, ciência, sabedoria e fé inabalável, grandioso em todos os sentidos. Frei dominicano, pregador eloqüente, magistral professor das ciências naturais e das doutrinas da fé, escritor, fundador, bispo e, finalmente, doutor da Igreja. Sim, essas qualificações pertencem a santo Alberto Magno, um dos mais importantes da Igreja e da humanidade.

O grande filósofo e teólogo que dedicou sua vida na busca incansável do encontro da ciência com a fé, e que se destacou, principalmente, pela humildade e caridade. Escreveu mais de vinte e duas obras sobre teologia e ciências naturais – como a filosofia, a química, a física, e a botânica -, além de inúmeros tratados sobre as artes práticas – como tecelagem, navegação, agricultura, Foi, sobretudo, um profundo observador e amante da natureza. Por tudo isso, ainda em vida era chamado de “o Magno” por seus contemporâneos.

Entretanto, ainda jovem, quase desistiu da vida religiosa, sentia dificuldades no entendimento do estudo da teologia. Mas segundo ele próprio, foi Nossa Senhora que o fez perseverar. Devotíssimo da Virgem Maria, durante as orações ela o teria aconselhado a não desistir, pois, se o fizesse, pouco a pouco os dons que tinha recebido lhe seriam tirados. Desde então, dizia: “Minha intenção última está na ciência de Deus”. E sem dúvida, a forma rápida e fácil como aprendia tudo e a clareza com que pregava, explicava e ensinava, eram dons divinos.

15/11 - Nascido em 1206, na Alemanha, Alberto pertencia à influente e poderosa família Bolsadt, rica, nobre, cristã e de tradição militar. Piedoso desde a infância, Alberto recebeu uma educação muito aprimorada, digna dos nobres. Porém sempre deixou evidente a sua preferência pelos estudos das ciências naturais e pela religião às alegrias fúteis da Corte.

Aos dezesseis anos, foi para a Universidade de Pádua, na Itália, onde, sob a tutela de Maria, completou os estudos superiores. Em 1229, tornou-se frade dominicano pregador. Lecionou nos principais pólos de cultura europeus de sua época, Itália, Alemanha e França. Em Paris, atraiu tantos estudantes e discípulos que teve de lecionar em praça pública. Que passou a ser chamada de praça Maubert, graças a santo Alberto Magno. O nome é uma derivação de Magnus Albert, e existe até hoje. Lá, entre seus discípulos, estava santo Tomás de Aquino, outro dominicano cuja importância não é menor.

Em 1254, eleito superior provincial de sua ordem na Alemanha, abriu mão da cátedra de Paris para ficar na comunidade dominicana sob sua direção, quando demonstrou todo o seu espírito de monge pobre e humilde. Viajou por grande parte da Alemanha sempre a pé e pedindo esmolas no caminho para alimentar-se. Assim, ele fundou vários conventos, além de renovar os já existentes.

Em 1260, foi nomeado bispo de Ratisbona, ocupando o cargo por dois anos, quando pediu exoneração. Não estava interessado no poder e sim no saber, voltou para a vida simples no convento que ele fundara e ao ensino na Universidade de Colônia. Já entrado nos setenta anos, foi incumbido pelo papa Urbano IV de liderar as cruzadas na Alemanha e na Boêmia. Em 1274, teve participação decisiva na união da Igreja grega com a latina, no segundo Concílio de Lyon.

Três anos antes de sua morte, santo Alberto Magno começou a perder a memória. Mandou, então, construir sua própria sepultura, e rezava o ofício dos mortos todos os dias. Morreu, serenamente, no dia 15 de novembro de 1280. O papa Pio XI canonizou-o proclamou-o doutor da Igreja em 1931. Dez anos depois, o papa Pio XII declarou-o padroeiro dos estudiosos das ciências naturais.


Fonte: www.juventudesanta.com