sábado, 18 de junho de 2011

São Gregório Barbarigo



18/06 - Gregório João Barbarigo nasceu em Veneza, no dia 16 de setembro de 1625, numa família rica da aristocracia italiana. Aos quatro anos de idade ficou órfão de mãe, sendo educado pelo pai que encaminhou os filhos no seguimento de Cristo. Foi tão bem sucedido que Gregório aos dezoito anos de idade era secretário do embaixador de Veneza.



Em 1648, acompanhou este embaixador à Alemanha para as negociações do Tratado de Vestefália, referente a guerra dos trinta anos. Nesta ocasião conheceu Fábio Chigi, o núncio apostólico, que o orientou nos estudos e o encaminhou para o sacerdócio.



Quando este núncio foi eleito Papa, com o nome de Alexandre VII, nomeou Gregório Barbarigo cônego de Pádua; em 1655, prelado da Casa Pontifícia e dois anos mais tarde foi consagrado Bispo de Bérgamo. Finalmente, em 1660, tormou-se cardeal.



O Papa sabia o que estava fazendo, pois as atividades apostólicas de Gregório Barbarigo marcaram profundamente a sua época. Dotou o seminário de Pádua com professores notáveis, provenientes não só da Itália mas também de outros países da Europa, aparelhando a instituição para o estudo das línguas orientais. E fundou uma imprensa poliglota, uma das melhores que a Itália já teve.



Pôde desenvolver plenamente seu trabalho pastoral, fundando escolas populares e instituições para o ensino da religião, para orientação de pais e educadores. Num período de peste, fez o máximo na dedicação ao próximo. Cuidou para estender a assistência à saúde, à mais de treze mil assistidos.



Gregório Barbarigo fundou ainda inúmeros seminários, que colocou sob as regras de São Carlos Borromeu e constituiu a Congregação dos Oblatos dos Santos Prosdócimo e Antonio. Foi um dos grandes pacificadores do seu tempo, intervindo pessoalmente nas graves disputas políticas de modo que permanecessem apenas no campo das idéias.



Depois de executar esta exuberante obra reformista, ele morreu em Pádua no dia 18 de junho de 1697. Foi canonizado por seu conterrâneo, o Papa João XXIII, em 1960, que, como afirmou no seu discurso nesta solenidade, elevou São Gregório João Barbarigo ao posto que ele merecia ocupar na Igreja.



sexta-feira, 17 de junho de 2011

São Ranieri de Pisa



17/06 - A cidade de Pisa era, nos séculos XI e XII, um importante pólo comercial marítimo da Itália, que contribuía também no combate aos piratas sarracenos. Assim, paralelamente, ao burburinho dos negócios, a vida mundana da corte era exuberante e tentadora, principalmente para os mais jovens.



Foi nessa época, no ano 1118, que Ranieri Scacceri nasceu em Pisa. Era filho único de Gandulfo e Emengarda, ambos de famílias tradicionais de nobres mercadores riquíssimos. A sua educação foi confiada ao bispo de Kinzica, para que recebesse boa formação religiosa e para os negócios. Porém Ranieri, mostrando forte inclinação artística, preferiu estudar lira e canto. E para desgosto dos pais e do bispo, seu tutor, ele se entregou à vida fútil e desregrada, apreciando as festas da corte onde se apresentava. Com isso, tornou-se uma figura popular e conhecida na cidade de Pisa.



Aos dezenove anos de idade, impressionado com a vida miserável dos pobres da cidade e percebendo a inutilidade de sua vida, decidiu mudar. Contribuiu para isso o encontro que teve com o eremita Alberto da Córsega, que o estimulou a voltar para a vida de valores cristãos e a serviço de Deus. Foi assim que Ranieri ingressou no Mosteiro de São Vito, em Pisa, apenas como irmão leigo.



Depois de viver, até os vinte e três anos de idade, recolhido como solitário, doou toda a sua fortuna aos pobres e necessitados e partiu em peregrinação à Terra Santa, onde permaneceu por quase quatorze anos. Viajou por todos os lugares santos de Jerusalém, Acre e outras cidades da Palestina, conduzindo a sua existência pelo caminho da santidade. Foi nessa ocasião que sua virtude taumatúrgica para com os pobres passou a manifestar-se. Vestido com roupas pobres, vivendo só de esmolas, Ranieri lia segredos nos corações, expulsava demônios, realizava curas e conversões.



Já com fama de santidade, em 1154 retornou a Pisa e ao Mosteiro de São Vito, mas sempre como irmão leigo. Em pouco tempo, tornou-se o apóstolo e diretor espiritual dos monges e dos habitantes da cidade. Segundo os registros da Igreja, os seus prodígios ocorriam por meio do pão e da água benzidos, os quais distribuía a todos os aflitos que o solicitavam, o que lhe valeu o apelido de "Ranieri d'água".



Depois de sete anos do seu regresso da longa peregrinação, Ranieri morreu no dia 17 de junho de 1161. E desde então os milagres continuaram a ocorrer por sua intercessão, por meio da água benzida com sua oração ou colocada sobre sua sepultura.



Canonizado pelo papa Alexandre III, são Ranieri de Pisa foi proclamado padroeiro dos viajantes e da cidade de Pisa. A catedral dessa cidade conserva suas relíquias, que são veneradas no dia de sua morte.



quinta-feira, 16 de junho de 2011

Santa Lutgarda



16/06 - Nasceu em Tongres - Holanda no ano de 1182. Morreu aos 64 anos de idade, no dia 16 de junho de 1246, no convento de Aswieres.



Uma das místicas mais notáveis dos séculos doze e treze. Aos doze anos foi recomendada às monjas beneditinas do convento de Santa Catarina. Teve a graça de compartilhar, misticamente, o sofrimento de Nosso Salvador, quando meditava sobre Sua Paixão; nessas ocasiões, apareciam sobre sua fronte pequenas gotas de sangue. Sentia como próprias as dores dos seres humanos.



Fazia doze anos que Lutgarda vivia na convento de Santa Catarina, quando sentiu chamada a prosseguir as regras mais estritas dos cistercienses. Decidiu entrar à casa do Cister em Aywieres. Deus lhe concedeu poderes para curar enfermidades, para profetizar e conhecer, o significado das Sagradas Escrituras.



Onze anos antes de morrer perdeu a visão, assumiu esta dor com alegria, entendendo-a como uma graça de Deus para desprendê-la mais do mundo visível. A Beata Maria de Oignies assegurava que nada havia tão eficaz para conseguir a conversão dos pecadores e a libertação das almas do purgatório, como as orações de Santa Lutgarda.



Faleceu a noite anterior à festa da Santíssima Trindade, precisamente quando começava o ofício noturno para o domingo.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

São Vito



15/06 - Vito foi um dos Santos mais populares da Idade Média. Testemunho disso é a sua inserção no limitado grupo dos Santos Auxiliares (os catorze ou quinze, conforme os lugares), cuja intercessão era considerada particularmente eficaz, por ocasiões de doenças ou necessidades características. Como é talvez conhecido, os catorze Santos Auxiliadores estavam dispostos em ordem alfabética: Acácio, Bárbara, Brás, Catarina de Alexandria, Ciríaco, Cristovão, Dionísio, Egídio, Erasmo, Eustáquio, Jorge, Margarida, Pantaleão e Vito. São Vito era invocado sobretudo para esconjurar a coréia, ou dança de são Vito, a letargia, a mordida de animais venenosos e a hidrofobia.

A figura de são Vito foi envolvida pela lenda, que se caracterizou na fantasiosa Paixão redigida no século VII, e agora tornar-se impossível distinguir o que é verdadeiro e o que é lendário, embora seja possível precaver-se das grosseiras invenções. É com este espírito que os especialistas que redigiram o Calendário reformado formularam a respeito de 15 de junho a seguinte nota: “A memória de são Vito, mártir de Lucânia, embora antiga, fica reservada a calendários particulares. Modesto e Crescência porém, ao que parece, são pessoas fictícias, cujos nomes foram inscritos no Calendário romano no século XI.”

A lenda é muito conhecida: Vito, siciliano de nascimento, com apenas sete anos já é cristão convicto e começa a operar vários prodígios. O presidente Valeriano ordena sua prisão e tenta com adulações e com ameaças fazê-lo apostatar. Mas de nada valem também os desesperados apelos de seu próprio pai, pagão obstinado. O pequeno Vito tem ao seu lado o exemplo de coragem e fidelidade, o pedagogo Modesto e a nutriz Crescência. Os três foram milagrosamente libertados por um anjo e puderam se retirar para Lucânia, onde continuaram a dar testemunho da sua fé com palavras e prodígios. A fama de são Vito chegou até aos ouvidos de Diocleciano, cujo filho (fantasia da Paixão) estava doente epilético, doença então impressionante.

São Vito foi levado a Roma, curou o moço e por recompensa foi torturado e jogado novamente no cárcere. Mas o anjo liberta-o e finalmente, voltando a Lucânia, Vito pôde dar juntamente com Modesto e Crescência o supremo testemunho do martírio. Não obstante o verniz lendário, São Vito, talvez não tanto como menino nem como taumaturgo, continua estimulando a vivência cristã de tantos que leram seu nome.



Fonte: wwww.cleofas.com.br

terça-feira, 14 de junho de 2011

Santo Eliseu



14/06 - O nome desse profeta que foi discípulo de Elias significa “meu Deus é salvação” em hebraico. Sua atividade profética foi exercida em Israel durante os reinados de Ocozias, Jorão, Jeú e Joacaz. Ele era filho de Safat e vivia em Abel-Meolá, onde Elias o encontrou e o ungiu conforme o Senhor ordenara. Então, ele passou a acompanhar Elias até quando este foi arrebatado ao céu.



Após ter recebido o espírito profético, ou seja, o dom da profecia, começou a profetizar em Israel, realizando muitos atos miraculosos. As Escrituras relatam cerca de vinte milagres realizados por Eliseu, que vão desde a ressurreição de um menino até ao aumento do azeite de uma pobre viúva. Um dos mais conhecidos, senão o mais importante, é o que trata da cura do sírio Naamã, que era general do rei da Síria. Aquele homem, de elevada posição social, havia sido contaminado pela lepra. Naqueles tempos, a lepra era uma doença incurável, a qual excluía a pessoa completamente do convívio social. Naamã, então, ouviu falar a respeito de Eliseu e foi até ele, suplicando-lhe que fosse curado. Eliseu, então, manda que ele se banhe nas águas do rio Jordão. Ao sair do banho, Naamã estava curado. Ele agradece ao profeta e retorna para a sua terra, levando consigo uma porção de terra do solo israelita e afirmando que daquela hora em diante serviria somente ao Deus dos hebreus.


Eliseu exerceu sua atividade durante mais de sessenta anos. Assim, ele acompanhou de perto a sucessão de vários reis e presenciou muitas guerras, invasões e fomes que assolaram Israel. O rei Jeú foi ungido por Eliseu, o qual o apoiou em sua determinação de acabar com o culto pagão ao deus Baal.


Ao longo dos tempos, foram surgindo muitas histórias, lendas e fatos admiráveis em torno da figura de Eliseu, as quais demonstram o quanto ele foi um profeta querido entre o povo. Mais ainda, demonstram o quão grande era sua determinação em servir a Deus e levar o povo a também servir ao Senhor. Ele, desde quando começou a acompanhar Elias, foi um homem cheio de fé e confiança em Javé, a quem dedicou todo o amor com total e absoluta entrega.


Na época em que Joás era o rei de Israel, Eliseu adoeceu e morreu já em idade avançada. Antes de sua morte, Joás foi visitá-lo e lamentou que grande perda seria para Israel a morte do profeta.



Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Santo Ávito





13/06 - O eremita Ávito, ou Aventino como também é conhecido, chegou a ser chamado de "o idiota" pelos seus detratores, por causa de sua humildade e simplicidade. Tinha o espírito tão serviçal e ingênuo que suas atitudes eram, muitas vezes, consideradas tolas. Ávito nasceu no final do século V. Era filho de lavradores da região de Órleans, na França. Cresceu cristão e tornou-se monge eremita do mosteiro localizado nos montes Pirineus, na região do vale de Larboust, que mais tarde recebeu o seu nome.

Ao contrário do que julgavam seus colegas, companheiros e parentes, foi considerado modelo de religioso e nomeado "Ecônomo da Comunidade". Mas, Ávito desejava a solidão para meditar e rezar. E por isso, certo dia, fugiu para o interior misterioso e desconhecido de uma floresta, para viver na mais íntima união com Deus.

Quando o abade Maximino morreu, Ávito foi eleito seu sucessor. Os outros monges, entretanto, tiveram dificuldade e demoraram algum tempo para encontrá-lo. Ávito, a princípio, recusou o posto, por não se achar suficientemente capacitado. Só aceitou porque recebeu ordem direta do Bispo e por exclusivo senso de disciplina.

Governou o mosteiro por muitos anos e, mesmo assim, a cada oportunidade surgida refugiava-se em sua floresta, ficando ali por dias e noites seguidos, no mais rigoroso retiro. Nesta oportunidade aproveitava para ensinar o evangelho aos montanheses que ainda eram pagãos. Ávito morreu assassinado pelos bárbaros pagãos, em 530, os quais esconderam o seu corpo. Porém, alguns séculos depois suas relíquias foram milagrosamente recuperadas e colocadas numa igreja construída especialmente para acolhe-las.

O mais antigo documento que testemunha o culto litúrgico dedicado à São Ávito, no dia 13 de junho, foi encontrado no Breviário de Comminges. Ele é invocado especialmente pelas gestantes na hora do parto, porque segundo a tradição seu nascimento ocorreu durante um parto repleto de dificuldades. A Igreja autorizou a sua celebração e manteve a data da festa.





domingo, 12 de junho de 2011

São Gaspar Bertoni




12/06 - Nascido em Verona (Itália), em 9 de outubro de 1777, viveu num tempo em que a cidade era disputada entre franceses e austríacos.

O povo sofria a fome, feridos lotavam os hospitais, crianças sem escola, juventude desorientada, o próprio clero sofria.



Gaspar cresceu nesse ambiente, enfrentando também problemas familiares: morte da irmã, separação dos pais. Entrou no Seminário e ordenou-se sacerdote, com 23 anos de idade, em 20 de setembro de 1800. Ainda seminarista, dedicava-se ao cuidado dos doentes, ao trabalho com a juventude, sendo reconhecido como "Apóstolo dos jovens".

A pedido do Bispo, resgatou a dignidade do clero, e o Seminário tornou-se exemplo de ordem e disciplina. Colaborou na páróquia de San Fermo, como excelente pregador, o que lhe valeu o título de "Missionário Apostólico".

Mas, aos poucos, Deus o foi chamando para a fundação de uma Congregação religiosa, numa época em que as Congregações eram perseguidas e até suprimidas, consideradas grupos de rebeldia contra franceses e austríacos.

Inspirado em Santo Inácio de Loyola, ele, com alguns companheiros, iniciaram uma escola anexa à Igreja dos Estigmas, lembra as chagas ou estigmas de São Francisco de Assis. Aí nascia uma Ordem Religiosa que, após a morte de São Gaspar, recebeu o nome de: "Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo" os Estigmatinos.



Em reconhecimento à autoridade e ao apoio dos bispos, denominam-se: "Missionários Apostólicos em Auxílio aos Bispos". Padre Gaspar procurava fazer tudo segundo a vontade de Deus. Desde os 35 anos, enfrentou sérios problemas de saúde, suportou terríveis sofrimentos, sem nem mesmo uma queixa. Fez de suas enfermidades motivos de redenção e de louvor a Deus. Chamava-as "Escola de Deus", que ensina o perdão e a confiança nele.

Padre Gaspar morreu, com quase 76 anos, em 12 de junho de 1853 e foi canonizado por João Paulo II, em 1 de novembro de 1989.