17/04 - Décimo primeiro papa católico (155-166) nascido na Síria, escolhido para ser o substituto de São Pio I (141-155) e tradicionalmente considerado de perfeita inteligência e santidade de vida, destacando-se por ter sido o primeiro papa a condenar oficialmente uma doutrina como heresia, em concreto e o montanismo. Ignora-se mais detalhes da sua vida pregressa como da grande maioria dos papas dos primeiros séculos cristãos.
Como pontífice, proibiu o cultivo do cabelos pelos padres para não ser um motivo de vaidade. O governo deste pontífice coincidiu com o tempo do imperador romano Antônio e, além das perseguições oficiais por parte do governo romano, disseminavam-se perigosas heresias e seitas que punham em perigo o futuro da Igreja. Mas o papa envidou todos os esforços catequéticos para impedir o progresso das obras heréticas e reconduzir ao seio da Igreja os pobres desviados.
Reuniu-se com São Policarpo, um discípulo de São João Evangelista, quando este visitou Roma, para tratar de questões disciplinares que atormentavam a unidade da Igreja. Ambos concluíram e deram demonstrações públicas que a Igreja de Roma, na doutrina, era idêntica a de Jerusalém e estas declarações causou grande impacto entre os hereges e promoveram muitas conversões. Como único ponto de divergência entre ele e Policarpo fosse o tempo da celebração da Páscoa, o papa deixou aos cristãos orientais toda a liberdade na celebração da Festa da Páscoa, como eram acostumados desde os dias de São João Evangelista.
Aparentemente morreu martirizado, mas não há provas históricas definitivas e foi sepultado no cemitério de São Calisto, nas Catacumbas. Foi substituído pelo napolitano São Sóter ou Sotero (166-175) e é um dos santos comemorados no dia 17 de abril.
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