11/09 - O martirológio romano assim se refere aos santos recordados hoje: "Em Roma, na antiga via Salária, no cemitério de Basila, o natalício dos irmãos mártires Proto e Jacinto, eunucos da bem-aventurada Eugênia. Descobertos como cristão sob o imperador Galieno, receberam ordem de sacrificar. Como recusassem fazê-lo, foram duramente açoitados, e logo em seguida degolados".
Em 1845, os arqueólogos tiveram a sorte inesperada de reencontrar intacto o túmulo de um santo mártir que trazia esta inscrição latina: "Deposição em 11 de setembro de Jacinto mártir". Com essa descoberta, era possível conhecer aquilo que tinha acontecido na realidade com as relíquias dos dois santos.
Há muitos séculos julgava-se que suas relíquias estivessem em Roma na Igreja de S. João dos Florentinos, e eis que se descobria com nome de S. Jacinto, na catacumba de Brasilia, a oeste da via Salária, tal como estava registrado no martirológio desde tempos imemoriais. Pouco distante foi encontrado um fragmento de pedra que trazia a inscrição "Sepulto de Proto M.", confirmando assim que o túmulo de S. Proto deveria ter sido nas proximidades. E logo os estudiosos puderam inteirar-se de como seus predecessores tinham levado para a cidade, para a sobredita igreja, só as relíquias de S. Proto. Ao tentarem entrar no túmulo, este ruiu miseramente, constatando que estava vazio. Havia apenas alguns fios de ouro, único resto do tecido no qual teriam sido envoltos os ossos.
Galieno, o imperador em cujo reinado se deu o martírio dos dois irmãos, era filho do perseguidor Valerano (253-260) e reinou de 260-268. Foi muito tolerante para com os cristão, tendo proclamado o primeiro edito de tolerância para com o cristianismo. Mas mesmo assim houve atos de hostilidade isolados sob seu governo. Sanata Eugênia a quem serviam, também é comemorada como mártir no dia 25 de dezembro, sob o mesmo imperador.
Fonte: www.catolicanet.com