20/09 - Não há informações seguras sobre a vida de Santo Eustáquio, patrono da basílica. Diz-se porém que Plácido – esse era seu nome antes da conversão – nasceu por volta da metade do século I d.C..
Nobre patrício romano, dedicado à arte das armas, atingiu alta patente no exército romano, ‘magister militum’, e, até onde se sabe, foi convocado pelo imperador Trajano e enviado à Ásia Menor. Ali comandou uma legião destinada a fazer manobras militares e se destacou por seu heroísmo. De acordo com a lenda, durante uma caçada, Plácido viu brilhar, entre os chifres de um cervo, uma cruz. Profundamente tocado, ele se converteu e consigo também se converteram sua mulher Teopista e seus filhos Teopisto e Agapito. Toda a família recebeu o batismo e Plácido, na ocasião, adotou o nome de Eustáquio.
Depois disso, segundo alguns relatos, Eustáquio foi atingido pela desventura – em função das dificuldades decorrentes da conversão ao cristianismo, ele e sua família perderam todos os seus bens e tiveram que fugir de Roma. Refugiaram-se no Egito, onde sua esposa e seus filhos foram raptados.
Somente depois de alguns anos, quando reavivou-se a problemática do poder na Ásia Menor, o imperador Trajano mandou procurar o heróico general para que ele combatesse novamente à frente das tropas romanas. Eustáquio assumiu o comando e obteve vitórias tão importantes que foi acolhido novamente em Roma, onde reencontrou, com muita alegria, seus familiares desaparecidos.
No entanto, o sucessor de Trajano, o imperador Adriano, sucumbiu diante das acusações feitas a Eustáquio pelo fato de ele ser cristão e ordenou que ele oferecesse um sacrifício aos deuses de Roma. Eustáquio recusou-se e o imperador o condenou, junto à família, à morte por suplício dentro de um recipiente de metal incandescente em forma de touro.
Os restos do santo estão guardados, ainda hoje, em um sarcófago localizado sob o altar maior da Basílica romana, enquanto parte das relíquias são conservadas na igreja de Saint Eustache em Paris.
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