04/08 - Conhecido e amado como o cura D’Ars, um povoado francês, ao norte de Lião onde exerceu o seu ministério sacerdotal, João Maria Vianney (1786-1859) é um daqueles homens aos quais se aplicam as palavras de são Paulo: “Deus escolheu os mais insignificantes para confundir os grandes.” Este camponês de mente rude, nascido em Dardilly, tinha passado pela tempestade revolucionária e pela exaltada epopéia napoleônica sem sequer perceber. Ou melhor, teve de se esconder por um certo período, por haver desertado do exército napoleônico em marcha para a Espanha sem entender a gravidade de seu comportamento, somente porque não conseguia acertar o passo com o seu batalhão.
Após um ano de aprendizado em Ecully, sob a direção do abade Balley, a quem atribui-se o mérito de haver percebido naquele bobo “iluminado” os ocultos carismas da santidade, João Maria Vianney foi para Ars como vigário capelão, e depois a ser vigário ou cura. Ars, sobre o planalto de Dombes, tinha apenas duzentos e trinta habitantes, que viviam em casas com tetos de palha. Os únicos centros de divertimentos eram quatro hospedarias com bastante movimentação, contra as quais o jovem cura começou a trovejar do seu púlpito. Tanta severidade poderia afastar aquela gente. Ao contrário, dez anos depois, Ars estava completamente transformada. Tavernas desertas e a igreja povoada. Pois a severidade do vigário jamais estava separada de uma incomensurável bondade e generosidade. Possuía somente a desbotada batina que tinha no corpo. Mas era capaz de privar-se de sapatos e meias na estrada se encontrasse um pobre infeliz, com quem trocava até as calças se as do mendigo estivessem piores que as suas.
Morreu aos setenta e três anos, a 4 de agosto de 1859. Antes mesmo que Pio XI o inscrevesse no álbum dos santos em 1925, Ars, já havia se transformada em meta de peregrinações.
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