19/07 - Papa da Igreja Cristã Romana (498-514) nascido na Sardenha, eleito em 22 de novembro (498) como sucessor de Anastácio II (496-498), a quem é atribuído a construção do primeiro núcleo do Palácio Vaticano e o costume de cantar o Glória a Deus nas alturas na Santa Missa.
Quando era apenas diácono, participou da oposição ao antipapa Lourenço. Eleito, contra sua consagração levantou-se o cardeal Lourenço, cismático, simpático ao imperador Anastácio, do Oriente. O cisma durou três anos e provocou uma sangrenta guerra civil em Roma. Com o prolongamento da guerra, os dois partidos resolveram invocar a arbitragem do rei Teodorico, rei ariano, simpatizante da Igreja, mas não católico. Um paradoxo inaceitável nos dias de hoje: um rei ariano chamado a intervir numa questão vital para a Igreja Católica Romana. Os dois rivais comparecem a Ravena, onde se achava instalada a corte de Teodorico, na tentativa de se parar com as lutas fratricidas e sacrílegas em Roma. O rei decidiu que seria reconhecido como papa legítimo aquele que tinha sido eleito primeiro e pelo maior número de eleitores. Assim, com as duas condições lhes sendo favoráveis foi reconhecido como o legítimo sucessor no trono de São Pedro, iniciou seu pontificado de verdadeiramente. Consolidou os bens eclesiásticos, considerando-os benefícios estáveis para usufruto dos clérigos.
Convocou uma assembléia na basílica de São Pedro para estabelecer normas para as futuras eleições, da qual participaram 72 bispos e mais 66 padres. Com o consenso unânime da assembléia, o papa publicou que ficaria terminantemente proibido procurar votos para o futuro pontífice e que na falta de regulamentar a sucessão, seria eleito quem tivesse os votos de todo o clero, ou da maioria. Estas medidas foram fundamentais para deixar a disputa sucessória apenas para o clero e acabar com tumultos, desordens, intrigas e violência comuns nas assembléias populares.
Resgatou todos os escravos, dando-lhes a liberdade, e concluiu a primeira construção do Palácio do Vaticano. Papa de número 51, morreu em 19 de julho (514), em Roma, e foi sucedido por São Hormisdas (514-523). Santo de pouca tradição no Brasil, é devocionado no dia 19 de julho.
Fonte: www.dec.ufcg.edu.br
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