terça-feira, 28 de maio de 2013

Beata Margarida Pole

28/05 - Nobres, eclesiásticos e funcionários da corte de Henrique VIII, rei da Inglaterra, foram decapitados porque se opunham ao seu divórcio e a sua consequente separação da Igreja de Roma. Alguns deles tiveram sua morte reconhecida como autêntico martírio e foram elevados à honra dos altares. A perseguição não poupou a sobrinha dos reis Eduardo IV e Ricardo III da Inglaterra, Margarida, filha do Duque de Clarence, irmão daqueles monarcas, e de Isabel Neville, a filha de Ricardo Neville, Conde de Warwick.

Margarida nasceu em 14 de agosto de 1471, no Castelo de Farleigh, em Somerset (Inglaterra), e cresceu na corte, junto com os filhos de Eduardo IV, porque seus pais haviam falecido quando ela tinha poucos anos de vida. Margaret, por parte de seu avô paterno, Ricardo de York, era herdeira da Casa de York, a principal Casa Real que ainda conseguia ofuscar a Casa dos Tudor.

Aos 18 anos, conforme o costume da época, desposaram-na com Sir Reginaldo Pole de Buckinghamshire, que havia prestado grandes serviços ao rei na campanha da Escócia e em outros empreendimentos militares. Reginaldo faleceu 12 anos depois, deixando-a viúva com cinco filhos. Uma família para cuidar no meio de dificuldades econômicas, porque sua família tivera todas as propriedades e títulos nobiliárquicos confiscados.

Devia ser um modelo de esposa, mãe e viúva, devota e piedosa, pois Henrique VIII, subindo ao trono em 1509, quando ela já era viúva, considerava-a “a mulher mais santa da Inglaterra”. Era tão grande a estima que ele nutria por ela, que restituiu todos os bens que tinham sido confiscados, reintegrou-a a todos os direitos da sua família, criou-a Condessa de Salisbury e, quando sua filha Maria Tudor nasceu, confiou a Margarida a educação da princesa.

A sua reabilitação, entretanto, foi tão rápida quanto a sua queda na desgraça. A Condessa Margarida não se deixou seduzir pelas boas graças do rei e não aprovou seu casamento com Ana Bolena após ter se divorciado da esposa legítima. Sua reprovação é tão decisiva e pública, que atraiu a ira do rei que, como primeira reação a exonerou do cargo de governanta da princesa e a obrigou a deixar a corte. Este procedimento continuou após a queda de Ana Bolena, que foi decapitada.

Além disso, Margaret cometia o “grave erro” de ser católica. Um de seus filhos, Reginaldo Pole, havia mesmo se tornado um clérigo eminente da Igreja Católica. Quando se recusou a conceder ao rei o direito de se divorciar de sua esposa, Catarina de Aragão, atacando a política do rei, Reginaldo atraiu para si e sua família a ira do monarca, principalmente ao redigir um tratado a favor da unidade da Igreja e contra a supremacia do rei.Quando Sir Henry Neville se levantou em armas no norte, o rei enviou alguns emissários para interrogar Margarida, com a esperança de envolvê-la na conspiração Esta, porém, sujeita a um extenuante interrogatório durante um dia inteiro, enfrentou seus opositores com sua habilidade intelectual e sobretudo com a sua dignidade e elevação moral que todos reconheciam. Apesar de sua hábil defesa, Margarida foi aprisionada, primeiro na casa de Lord Southampton, em Cowdray, e depois na Torre de Londres. Ali sofreu muito durante o inverno, já que não tinha roupas suficientes e não podia acender fogo, e passou fome também.

Como não existiam provas para condená-la em um julgamento legal, Henrique VIII obrigou o Parlamento a declará-la culpada de alta traição e condenaram-na à morte por decapitação.

No dia 28 de maio de 1541, Margarida foi conduzida ao pátio da Torre para ser decapitada. Lord Herbert conta que ela se negou a ajoelhar-se e a reclinar a cabeça no tronco, porque não se considerava culpada de traição. O verdugo, que carecia de prática no ofício, errou várias vezes o golpe. Segundo o relato do embaixador francês, Margarida não se negou a ajoelhar-se, porém o carrasco principal estava ausente e o substituto manejou o machado com suma torpeza. Margarida morreu aos setenta anos de idade.

A 2 de fevereiro de 1886, Leão XIII proclamou beata Margarida Pole, a condessa que não teve medo de se opor ao rei, ainda que isso lhe custasse a vida. Várias dioceses da Inglaterra celebram sua festa.
 
Fonte: heroinasdacristandade.blogspot.com.br

domingo, 26 de maio de 2013

Santa Maria Ana de Jesus Paredes

26/05 - Maria Ana nasceu no dia 31 de outubro de 1618, em Quito, capital do Equador. Sua família era rica: o pai, Jerônimo Paredes e Flores, era um capitão espanhol e a mãe, Mariana Jaramillo, pertencia à nobreza.

A pequena ficou órfã dos pais aos quatro anos de idade e quem assumiu sua educação foi a mais velha de suas sete irmãs, Jerônima, casada com o capitão Cosme de Miranda, os quais educaram a menina como própria filha. Ela logo começou a despertar para a religião, tornando-se devota fervorosa de Jesus e da Virgem Maria. Muito inteligente e prendada, gostava das aulas de canto, onde aprendia as músicas religiosas, depois entoadas durante as orações.

Orientada espiritualmente pelo jesuíta João Camacho, aos oito anos recebeu a primeira comunhão e quis fazer voto de virgindade perpétua, sendo de pronto atendida. E em sua casa, sem ingressar em nenhuma Ordem religiosa, intuída pelo Espírito Santo, se consagrou somente às orações e a penitência, até os limites alcançados apenas pelos adultos mais santificados.

Em 1639, ingressou na Ordem Terceira Franciscana e tomou o nome de Mariana de Jesus. Ela fora agraciada por Deus com o dom do conselho e da profecia, sabendo como ninguém interpretar a alma humana. A sua palavra promovia a paz entre as pessoas em discórdia e contribuía para que muitas almas retornassem para o caminho do seguimento de Cristo.

Em conseqüência das severas penitências que se impunha, Marianita, era assim chamada por todos, tinha um físico delicado e a saúde muito frágil, sempre sujeita a doenças. Em uma dessas enfermidades, teve de ser submetida a uma sangria, e a enfermeira que a atendia deixou em uma vasilha o sangue que tinha extraído de Marianita para ir buscar as ataduras que faltavam. Ao retornar, viu que na vasilha que continha seu sangue brotara um lírio. A notícia se espalhou e passou a ser conhecida como "o Lírio de Quito".

Como Marianita profetizara, em 1645 a cidade de Quito foi devastada por um grande terremoto, que causou muitas mortes e espalhou muitas epidemias. Os cristãos todos foram convocados pelos padres jesuítas a rezarem pedindo a Deus e à Virgem Maria socorro para o povo equatoriano. Nessa ocasião Marianita, durante a celebração da santa missa, anunciou que oferecera sua vida a Deus para que os terremotos cessassem. O que de fato ocorreu naquela mesma manhã. Logo em seguida ela morreu, no dia 26 de maio de 1645.

Desde então nunca mais ocorreram terremotos nessas proporções no Equador. Os milagres por sua intercessão se multiplicaram de tal maneira que ela foi beatificada pelo papa Pio IX em 1853. Santa Mariana de Jesus Paredes, o Lírio de Quito, foi decretada "Heroína da Pátria" em 1946 pelo Congresso do Equador. Festejada no dia 26 de maio, foi canonizada pelo papa Pio XII em 1950, tornando-se a primeira flor franciscana desabrochada para a santidade na América Latina.

Fonte: www.paulinas.org.br

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Santo Ambrósio de Sena

20/05 - Santo Ambrósio de Sena nasceu em 1220 em Siena. Filho de um contador Santo Ambrósio de Sena tão deformado que sua mãe o deu para os cuidados de uma enfermeira. A enfermeira contava que a única hora que a criança tinha paz era quando estava dentro da igreja dominicana especialmente perto das relíquias dos santos.

A tradição diz que um dia na igreja a enfermeira cobriu a face do bebê com um lenço e um peregrino que estava por perto disse a ela: “não cubra a face desse bebê. Ele será, um dia, o orgulho desta cidade”. Poucos dias mais tarde a criança esticou seus membros deformados e pronunciou o nome “Jesus” e toda a deformidade o deixou para sempre.


Uma criança piedosa ele se levantava a noite para orar e meditar. Na idade de quatro doze deram para ele escolher dois dos livros de seu pai. E ele escolheu um sobre santos. Na idade de 7 ele recitava já recitava de cor o Pequeno Oficio da Virgem. Caridoso mesmo quando jovem, ele trabalhava com os pobres, os doentes e os abandonados. Quando ele anunciou que queria se juntar aos frades seus pais e amigos tentaram dissuadi-lo mas Ambrósio não mudou sua decisão e entrou para o mosteiro com 17 anos. Ele estudou em Paris com São Tomas de Aquinio e com São Alberto, o Magnus e foi para Colonha com Alberto.

Santo Ambrósio queria escrever, mas vendo a grandeza de Santo Tomas de Aquino ele decidiu não tentar segui-lo e dedicou-se a pregar. Foi um dos maiores pregadores de seu tempo. Trabalhou em missões de paz com grande sucesso. Evangelizou grande parte da Alemanha, França e Itália. Místico ele recebeu extasies. Visionário. Algumas vezes levitava quando pregava, e por várias vezes foi visto cercado de luzes e pássaros brilhantes. Faleceu em 1287 de causas naturais.

Foi beatificado em 1622 e seu culto confirmado em 1622. Apesar de não ter sido formalmente canonizado ele foi chamado de Santo Ambrósio de Siena, logo após sua morte. Seu túmulo se tornou um local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Na arte litúrgica da Igreja é representado como um dominicano monge cercado de luzes e pássaros, ou com uma pomba ao seu ouvido.



domingo, 19 de maio de 2013

Beato Agostinho Novello

19/05 - Mateus nasceu na cidade de Termini Imerese, antiga Terano, na Sicília, Itália, pelo ano 1240. Era filho de um alto funcionário daquela corte, e foi enviado pelos pais à Universidade de Bolonha para estudar direito civil e eclesiástico. Um dos seus companheiros de estudos foi o futuro rei Manfredi, do reino da Sicília, o qual, ao assumir o trono pela morte de seu pai, mandou chamar o amigo para ser seu chanceler. Nessa corte, Mateus se distinguiu pela notável cultura e humildade.

Em 1266, o rei Manfredi morreu num combate, e Mateus teve de fugir, mesmo ferido como estava. Sentindo o chamado de Deus, decidiu mudar de vida, mas ocultando sua origem e cultura. Foi procurar acolhida no convento dos agostinianos de Siena, no qual vestiu o hábito como um simples irmão leigo, tomando o nome de Agostinho.

Frei Agostinho viveu algum tempo muito feliz no convento como um pobre analfabeto e um frade sem grande inteligência. Mas sua identidade foi descoberta quando houve necessidade de defender os direitos do convento numa demanda jurídica. O fato chegou ao conhecimento do geral da Ordem, então Clemente de Osimo, que pediu sua transferência para a cúria da Ordem em Roma.

Ali ordenou-se sacerdote, e logo em seguida ganhou o apelido de Novello, porque, a exemplo do grande santo Agostinho na sua época, ele se distinguia pela apurada e precisa compreensão da doutrina cristã. Pouco depois foi nomeado pelo papa Nicolau IV para o cargo de penitente apostólico e seu confessor particular. Cargo e função que exerceu junto aos pontífices que se seguiram: Celestino V e Bonifácio VIII.

Nesse meio tempo, auxiliou a Cúria Romana na elaboração das constituições de 1290. Eleito geral da Ordem em 1298, permaneceu no cargo dois anos, quando pediu sua renúncia. Esse notável superior dos agostinianos se retirou para o Ermo de São Leonardo, em Siena, continuando sua vida totalmente dedicada a serviço de Deus.

No Ermo, Agostinho Novello auxiliou na fundação da Ordem dos Clérigos Hospitaleiros, destinados ao serviço dos doentes terminais. Morreu com fama de santidade no dia 19 de maio de 1309, no Ermo de São Leonardo, onde foi sepultado.

A fama de sua intercessão em muitos milagres deu início ao seu culto no dia de sua morte. De tal modo que suas relíquias foram transferidas para a igreja de Santo Agostinho, na cidade de Siena. Em 1759, o papa Clemente XIII o beatificou e manteve o dia do culto ao beato Agostinho Novello.

Em 1977, as suas relíquias foram trasladadas para a igreja construída e dedicada a ele, pelos habitantes de Termini Imerese, sua cidade natal. Beato Agostinho Neovello também foi escolhido por eles para ser o seu padroeiro celestial.

Fonte: www.paulinas.org.br

sábado, 18 de maio de 2013

São Félix de Cantalício




18/05 - Félix Porro nasceu na pequena província agrícola de Cantalício, Rieti, Itália, em 1515. Filho de uma família muito modesta de camponeses, teve de trabalhar desde a tenra idade, não podendo estudar. Na adolescência, transferiu-se para Cittaducale, para trabalhar como pastor e lavrador numa rica propriedade. Alimentava sua vocação à austeridade de vida, solidariedade ao próximo, lendo a vida dos Padres, o Evangelho e praticando a oração contemplativa, associada à penitência constante e à caridade cristã.

Aos trinta anos de idade entrou para os capuchinhos. E, em 1545, depois de completar um ano de noviciado, emitiu a profissão dos votos religiosos no pequeno convento de Monte São João. Ele pertenceu à primeira geração dos capuchinhos. Os primeiros anos de vida religiosa passou entre os conventos de Monte São João, Tívoli e Palanzana de Viterbo, para depois, no final de 1547, se transferir, definitivamente, para o convento de São Boaventura, em Roma, sede principal da Ordem, onde viveu mais quarenta anos, sendo chamado de frei Félix de Cantalício.

Nesse período, trajando um hábito velho e roto, trazendo sempre nas mãos um rosário e nas costas um grande saco, que fazia pender seu corpo cansado, ele saía, para esmolar ajuda para o convento, pelas ruas da cidade eterna. Todas as pessoas, adultos, velhos ou crianças, pobres ou ricos, o veneravam, tamanha era sua bondade e santidade. A todos e a tudo agradecia sempre com a mesma frase: "Deo Gracias", ou seja, Graças a Deus. Mendigou antes o pão e depois, até à morte, vinho e óleo para os seus frades.

Quando já bem velhinho foi abordado por um cardeal que lhe perguntou por que não pedia aos seus superiores um merecido descanso, frei Felix foi categórico na resposta: "O soldado morre com as armas na mão e o burro com o peso do fardo. Não permita Deus que eu dê repouso ao meu corpo, que outro fim não tem senão sofrer e trabalhar".
Em vida, foram muitos os prodígios, curas e profecias atribuídos a frei Félix, testemunhados quase só pela população: os frades não julgavam oportuno difundi-los. Mas quando ele morreu, ficaram atônitos com a imensa procissão de fiéis que desejavam se despedir do amado frei, ao qual, juntamente com o papa Xisto V, proclamavam os seus milagres e a sua santidade.

Ele vivenciou o seguimento de Jesus descrito nas constituições da Ordem, na simplicidade do seu carisma, nunca servilmente. Conviveu com muitos frades e religiosos ilustres, sendo amigo pessoal de Felipe Néri, Carlo Borromeo, hoje também santos, e do papa Xisto V, ao qual predisse o seu papado.

No dia 18 de maio de 1587, aos setenta e dois anos, depois de oito anos de sofrimentos causados por uma doença nos intestinos, e tendo uma visão da Santíssima Virgem, frei Félix deu seu último suspiro e partiu para os braços do Pai Eterno. O papa Clemente XI o canonizou em 1712. O corpo de são Félix de Cantalício repousa na igreja da Imaculada Conceição, em Roma.

Fonte: www.paulinas.org.br

sexta-feira, 17 de maio de 2013

São Pascoal Baylon




17/05 - Neste dia, comemoramos São Pascoal Baylon, nascido na cidade de Torre Hermosa no reino espanhol de Aragona, no dia 16 de maio de 1540, dia de Pentecostes.
 
Depois de ter tentado ser admitido sem muito êxito no convento de Santa Maria de Loreto, no dia 2 de fevereiro de 1524, conseguiu ingressar no convento dos franciscanos descalços, em Valença. Como era chamado "irmão leigo" , foi porteiro, cozinheiro, responsável pelos bens da comunidade e pela distribuição de esmolas. Foi enviado a Franá para tratar de assuntos da Ordem, e fez a viagem descalço e com hábito de franciscano e sob a ameaça dos calvinistas. Sendo iletrado e tendo recebido a sabedoria e os dons do Espírito Santo, é considerado um dos primeiros teólogos da Eucaristia.

São Pascal Baylon, teve outro centro de atenção, foi a eucaristia e por isto foi proclamado pelo Papa Leão XIII, patrono das obras e congressos eucarísticos internacionais.

Morreu em Villareal no dia 17 de maio de 1592, aos 52 anos de idade. Vinte seis anos após a sua morte, no dia 29 de outubro de 1618 foi proclamado bem-aventurado e no ano de 1690, Santo.


quinta-feira, 16 de maio de 2013

Santo André Bobola


16/05 - Filho de pais nobres, cristãos e poloneses, André nasceu no dia 30 de novembro de 1591, na cidade de Sandomir. Aos vinte anos, ingressou no seminário dos jesuítas de Vilna, atual Vilnius, Lituânia. Lá se ordenou sacerdote em 1622, com o desejo único de evangelizar, mas acabou se tornando enfermeiro durante uma epidemia de cólera, dando prioridade à esse trabalho.

Depois foi eleito superior em Bobruik, percorrendo a região por vinte anos, com seu apostolado de pregação e evangelização. O sacerdócio era um risco contínuo nesse território devastado pelas freqüentes guerras entre poloneses, lituanos, russos "brancos" e "moscovis", suecos e cossacos. Esses nômades foram também para a Polônia, que tentava controlar o ingresso com normas rígidas de permissão, sem interromper, contudo, os confrontos sangrentos.

Além do conflito político, havia o religioso entre: os católicos romanos; os cristãos orientais, divididos entre si; e os grupos da Reforma. É nesse cenário que padre Bobola marcou sua presença de fé tranqüila e pacífica, alicerçada pelo estudo e pelo gosto pessoal dos diálogos e debates vigorosos com as demais pessoas.

Ele não vivia sem a pregação. Todos, católicos ou não, admiravam sua coragem. Os inimigos o chamavam de "caçador de almas" com uma aversão que era mais um reconhecimento ao seu valor e a sua coragem frente a tudo e todos.

Uma revolta dos cossacos, a serviço do Império Russo, inimigo da Polônia, desencadeou uma perseguição político-religiosa sem precedentes. As igrejas, conventos e seminários foram incendiados e os católicos torturados e martirizados. Todavia, padre André Bobola não desistiu do apostolado nem diminuiu sua pregação. No dia 16 de maio de 1657, os cossacos o capturaram e após muito suplício e tortura, foi cruelmente assassinado.

Os católicos levaram seu corpo para Pinsk, onde todos foram venerá-lo, mesmo os ortodoxos e os dissidentes. Alí suas relíquias repousaram até o ano de 1808, quando foi trasladado para Polock, na Rússia Branca, antiga União Soviética.

Em 1922, depois da revolução bolchevista seu corpo foi levado para um museu médico em Moscou. Mas no ano seguinte o entregaram à uma comissão de jesuítas, depois de acertos oficiais entre o Papa Pio XI e as autoridades do governo russo.

Assim, a urna do jesuíta mártir foi conduzida a Roma, em 1924, e depositada na Igreja de Jesus. Em 1938, o Papa Pio XI o proclamou santo e suas relíquias seguiram, numa última viagem, à Varsóvia, Polônia. Santo André Bobola viveu apenas sessenta e seis anos, mas seu corpo viajou por toda a Europa ao longo de três séculos. Ele foi declarado: padroeiro da Polônia, junto com Nossa Senhora de Czestochowa, e apóstolo da Lituânia.