domingo, 12 de maio de 2013

São Pancrácio




12/05 - Nascido na então cidade turca de Frigia no ano 289 d.C., Pancrácio era filho de nobres romanos muito ricos e que não tinham como religião o cristianismo . Perdeu seu pai quando tinha 8 anos, mudando-se na ocasião para Roma com sua mãe , indo morar junto ao tio , Dionísio.
 
O Imperador Diocleciano iniciou nesta época a mais terrível perseguição feita aos cristãos. O Papa Marcelino refugiou-se no sítio vizinho ao de Dionísio. Pancrácio, embora muito jovem, ficou entusiasmado com a fé de muitos cristãos que estavam dispostos a dar a vida por Jesus Cristo. Interessou-se por conhecer o Evangelho e foi batizado. Algumas fontes ressaltam que o próprio Papa Marcelino foi quem o catequizou e batizou. Era o ano 303 d.C..

A perseguição ordenada por Diocleciano intensificou-se, condenando todos aqueles que não ofereciam incenso aos deuses e ao Imperador. Pancrácio foi descoberto e levado diante do Imperador que ordenou a sua morte. Aos 12 de maio do ano 304 da era Cristã, na cidade de Roma, na Via Aurélia, Pancrácio foi decapitado.

Os cristãos se incumbiram de sepultar o jovem mártir em um cemitério nas proximidades dessa importante via da Roma Antiga, a Catacumba de Calepódio , que, em seguida, teve o seu nome mudado em homenagem a ele. Neste local lê-se “ HIC DECOLLATUS FUIT SANCTUS PANCRATIUS ” (Aqui foi degolado São Pancrácio).

O culto a São Pancrácio iniciou-se desde o dia de seu martírio; muitos devotos visitavam a tumba, convertendo-a em um autêntico santuário de peregrinação de pessoas vindas de todos os lugares. Acima de sua catacumba foi erguida uma Basílica , no início do século VI. Mais tarde, o pontífice Honório I construiu, entre os anos 625 e 638, uma nova Basílica em honra de São Pancrácio, uma vez que a antiga corria risco de ruir.

A Devoção a São Pancrácio propagou-se pelo Ocidente e pelo Oriente no decorrer dos anos, em boa parte graças à narração de sua paixão e de dois atrativos que ajudaram a sua veneração: a sua tenra idade por ocasião da morte e os milagres que por sua intercessão lhe foram atribuídos. Sua devoção expandiu-se inclusive na Inglaterra onde, São Agostinho de Canterbury lhe dedicou uma igreja em meados do século VI.

São Pancrácio é considerado padroeiro dos jovens e das crianças, amparo dos idosos e intercessor dos enfermos. Apesar do patrono dos trabalhadores ser São José, São Pancrácio é também outro dos santos a quem muitos devotos recorrem para encontrar trabalho.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Santo Antonino de Florença



10/05 - Antonino Pierozzi nasceu em Florença, na Itália, em 1389. Seu pai era tabelião e sua mãe dona de casa, ambos muito religiosos. Sendo filho único e obedecendo ao desejo dos pais, fez o curso de direito e se tornou um perito na matéria. Mas, seu sonho era entregar-se à vida religiosa e, para tanto, Antonino procurou ingressar na Ordem Dominicana. Foi recusado, pois o superior não confiou em seu corpo pequeno e magro, aparentemente fraco. Disse à Antonino que só seria aceito se ele decorasse completamente todo o código de direito canônico, coisa julgada impossível e que ninguém fizera até então. Mas Antonino não se deu por vencido e, poucos meses depois, procurou novamente o superior e provou que cumprira a tarefa.

Foi admitido de imediato e se fez um modelo de religioso, apesar de poucos acreditarem que ele pudesse resistir à disciplina e aos rígidos deveres físicos que a Ordem exigia. Ordenado sacerdote ocupou cargos muito importantes. Foi superior em várias casas, provincial e vigário-geral da Ordem. Deixou escritos teológicos de grande valor. Entretanto, mais que seus discursos, seu exemplo diário é que angariava o respeito de todos, que acabavam por naturalmente imitá-lo numa dedicada obediência às regras da Ordem.

Quando ficou vaga a Sé Episcopal de Florença, o Papa Eugênio IV decidiu nomear Antonino para o cargo. Entretanto ele fugiu para não ter que assumir o posto, mas afinal foi encontrado pelo amigo beato Frà Angélico e teve por força que aceitá-lo. A Igreja, até hoje, comemora o quanto a fé ganhou com isso. Antonino de Florença, em todos os registros, é descrito como pastor sábio, prudente, enérgico e, sobretudo, santo.

Combateu o neopaganismo renascentista e defendeu o Papado no Concílio de Basiléia. Conseguiu tanto apoio popular que acabou com o jogo de azar na diocese. No palácio episcopal todos os que o procuravam encontravam as portas abertas, principalmente os pobres e necessitados. Havia ordem expressa sua para que nenhum mendigo fosse afastado dali antes de ser atendido.

A fama de sua santidade era tanta que, certa vez, o Papa Nicolau V declarou em público que o julgava tão digno de ser canonizado ainda em vida quanto Bernardino de Sena, que acabava de ser inscrito no livro dos Santos da Igreja.

Antonino resistiu até aos setenta anos, quando o trabalho ininterrupto o derrotou. Morreu no dia 02 de maio de 1459. O Papa Adriano VI canonizou Santo Antonino de Florença em 1523 Seu corpo incorrupto é venerado na Basílica Dominicana de São Marco em Florença. A Ordem Dominicana o celebra no dia 10 de maio.


Fonte: www.aper.org.br

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Beata Maria Teresa de Jesus ou Carolina Gerhardinger




09/05 - Carolina Francisca Gerhardinger nasceu em 20 de junho de 1797 no subúrbio da cidade de Regensburg-Stadtamhof, na Alemanha. Pertencia a uma família de classe média muito religiosa e com ela aprendeu desde cedo os valores humanos e cristãos.

Carolina estudou na escola das Irmãs de Notre Dame, mas durante o governo napoleônico as instituições religiosas foram suspensas, inclusive essa na Alemanha. Por isso o bispo decidiu escolher as três melhores alunas e formá-las professoras, para dar continuidade ao ensino das crianças daquela comunidade. Carolina foi escolhida por ser muito aplicada e responsável nos seus deveres de filha e aluna.

Ainda muito jovem, recebeu o diploma de professora primária, começando o trabalho de educadora de crianças e jovens, função que exerceu até 1833. Nessa época, a restrição napoleônica foi suspensa e as instituições religiosas puderam retomar a tarefa do ensino.

A jovem Carolina acolheu o chamado de Deus e se tornou uma religiosa. Sua grande preocupação era que seus alunos se tornassem pessoas felizes e preparadas para a vida. E essa inquietação lhe deu a idéia de criar uma congregação religiosa organizada de maneira que pudesse enviar, duas a duas, professoras para atender as escolas rurais.

Com a orientação do bispo, em 1833 fundou a congregação das Irmãs Escolares de Nossa Senhora, em Neunburg vor dem Wald, na Baviera, Alemanha, sendo eleita a superiora.

Um de seus grandes desafios era oferecer uma boa educação às crianças e jovens, principalmente às mais pobres e abandonadas. Acreditava que uma boa educação humana e cristã era fundamental para a mudança da sociedade.

Em 1835, fez sua profissão pelas mãos do bispo de Regensburg, trocando o nome para Maria Teresa de Jesus. Com a ajuda do imperador Ludovico I da Baviera, transferiu a Casa mãe de Neunburg para Mônaco. Ela administrou e desenvolveu a congregação, de modo efervescente, apesar das inúmeras dificuldades, durante quarenta anos.

Em 1847, Maria Teresa de Jesus, aceitando o pedido dos missionários americanos, partiu junto com mais cinco religiosas para os Estados Unidos. Ali, com a ajuda do beato João Neumann, fundou um orfanato em Baltimore, abriu escolas em Pittsburg e Philadelphia, destinadas a atender os filhos dos emigrantes alemães. Três anos mais tarde, a congregação já se expandira por toda a Alemanha, ultrapassando as fronteiras para a Hungria e a Inglaterra.

Em 1859, a fundadora foi nomeada superiora-geral vitalícia. Após uma grave enfermidade, ela morreu no dia 9 de maio de 1879, em Mônaco, na Casa mãe da sua congregação. Em 1985, o papa João Paulo II a proclamou beata Maria Teresa de Jesus, instituindo sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Fonte: www.cot.org.br

quarta-feira, 8 de maio de 2013

São Vítor, o Mouro


08/05 - Vítor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vítor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vítor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é tristemente conhecida como o cárcere de São Vítor. Findo esse prazo, Vítor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere, teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado africano saiu ileso do pavoroso castigo.

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro, onde hoje se encontra a Porta Vercelina. Acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Era o dia 8 de maio de 303.

Conta a tradição milanesa que seu corpo permaneceu sem sepultura por uma semana, quando o bispo são Materno o encontrou intacto e vigiado por duas feras. Ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada. Aliás, não é a única. Há, em Milão, várias outras igrejas e monumentos erguidos em sua homenagem, mas o mais significativo, sem dúvida, é o seu cárcere.

Vítor é um dos santos mais amados e venerados pelos habitantes de Milão. Tendo sido martirizado naquela cidade, sua prisão e seu martírio permanecem vivos na memória do povo, que sabe contar até hoje, detalhadamente, seu sofrimento, apontando com precisão os locais onde as tristes e sangrentas cenas aconteceram no início do século IV.

O culto ao mártir são Vítor, o Mouro, se espalhou pelo mundo católico do Ocidente e do Oriente, sendo invocado como o padroeiro dos prisioneiros e exilados.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Santa Flávia Domitila


07/05 - Há muito mais tradições envolvendo a existência de Flávia Domitila do que documentos históricos comprovados. Seu nome e santidade tanto se espalharam, nos primeiros tempos do cristianismo, que sua vida se mesclou a essas tradições pela transmissão dos próprios fiéis que fixaram o seu culto.

Flávia Domitila teria sido convertida ao cristianismo por dois eunucos. Enquanto ela se preparava para o casamento com o filho de um cônsul, Nereu e Aquiles lhe falaram sobre Cristo e a beleza da virgindade, "irmã dos Anjos". Ela teria abandonado o casamento e se convertido imediatamente.

Contudo o próprio imperador, inconformado, tentou vencer a recusa pelo compromisso da jovem com uma tarde dançante em sua homenagem. A morte repentina do próprio noivo aconteceu em meio às danças. Segundo a tradição, Flávia Domitila morreu queimada num incêndio criminoso que destruiu sua casa, sendo provocado por um irmão do noivo.

Mas o que existe de real sobre a vida de santa Flávia Domitila é que ela era uma nobre dama romana, esposa do cônsul Flávio Clemente e sobrinha do imperador Vespasiano, pai de Domiciano. Esses dados foram encontrados em uma inscrição da época, conservada na basílica dos santos Nereu e Aquiles, que também morreram decapitados pelo testemunho em Cristo.

No primeiro século, ela enfrentou a ira da corte por não esconder sua fé em Cristo. Banida do convívio social, foi depois julgada e condenada ao exílio, sendo deportada para a ilha de Ponza.

Sua morte aconteceu de forma lenta, cruel e dolorosa, numa ilha abandonada, sem as menores condições de sobrevivência, conforme escreveu sobre ela são Jerônimo.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Beata Catarina Troiani

06/05 - A parábola evangélica do bom samaritano, onde Jesus revela que o amor verdadeiro se reconhece nos gestos de solidariedade para com quem está próximo e sofre, é a mais bela imagem para exprimir o que foi a vida de Catarina Troiani. Como discípula e missionária de Jesus Cristo, ela esteve ao lado de cada irmão, oferecendo-lhe amorosamente a sua mão benévola e pagando o preço com a própria vida.

Nasceu na Itália, na cidadezinha de Juliano de Roma, no dia 9 de janeiro de 1813. Terceira filha de uma rica família, viveu tranqüilamente sua infância até os 6 anos de idade, quando, com a perda da mãe, foi acolhida no convento e escola "Santa Clara da Caridade" em Ferentino, para ser educada.

Aos 16 anos sentiu-se chamada por Deus e decidiu consagrar-se a Ele. Como religiosa, desenvolveu neste mesmo convento, o serviço de professora e secretária.

Mulher perspicaz e dinâmica, intuiu que o Senhor ia abrindo largos horizontes na sua vida, e sentiu o forte chamado para a missão "além-mar". Seu desejo era viver e anunciar a todos que, em Jesus, Deus caminha ao nosso lado e nos quer bem, por isso, viver uma vida digna deste amor é glorificá-lo.

Depois de uma longa espera e contatos com alguns missionários, foi convidada para ir ao Egito e acolheu a proposta juntamente com outras 6 irmãs. Tinha 46 anos de idade. Lá dedicam-se a várias iniciativas missionárias, entre elas a educação, o resgate de crianças escravizadas e rejeitadas, às quais tinha uma particular sensibilidade, à promoção da dignidade da pessoa e da família.

Alguns anos depois, destacando-se das Irmãs de Ferentino, deu início ao novo Instituto, que logo obtém a aprovação da Igreja: hoje, as franciscanas missionárias do Coração Imaculado de Maria que, no primeiro momento de fundação eram chamadas "Irmãs Franciscanas Missionárias do Egito".

Jesus, a quem Catarina se consagrou e amou durante os anos de clausura, tornou-se agora, com maior força, o "seu amor crucificado" a quem serviu nos pobres e sofredores do Egito. Em seguida, a missão iniciada por ela cresceu e se desenvolveu em vários outros países da Europa, da Ásia, da América e da África. No ano de 1907 as missionárias chegam também ao Brasil.

Completou sua vida em 6 de maio de 1887. Estimada pela sua grande caridade para com todos, foi beatificada pelo papa João Paulo II no dia 14 de abril de 1985.

Para o povo do Cairo foi a "mãe dos pobres", mas para todos nós continua sendo uma luz: a vida se torna significativa quando tem um propósito que vale a pena, quando se torna dom de amor e solidariedade.




domingo, 5 de maio de 2013

Beato Núncio Sulprizio


05/05 - Hoje se recorda um jovem operário, morto com apenas 19 anos. Nasceu em 14-4-1817, filho de Domingos e Domingas Rosa Luciani, em Pescosansonesco ( Pescara, Itália). Depois da morte dos pais, a avó materna Ana Rosária o tomou consigo. Com 9 anos, tendo morrido também a avó, entrou como aprendiz na oficina do tio Domingos Luciani, ferreiro, que exigia do rapaz um trabalho superior às suas forças.

Atingido na tíbia do pé esquerdo por uma dolorosa doença, teve de passar três meses no hospital de S. Salvador, em Áquila.

Depois de um retorno doloroso à oficina do tio, foi para Nápoles em 1832 a pedido de um outro tio, Francisco Sulprizio. Por intermédio do Coronel Félix Welchinger, que o amou como um filho, Núncio foi internado no hospital chamado "dos incuráveis". Para uma melhor recuperação, o coronel levou-o para o Castel-Nuovo de Nápoles, antigo palácio real adaptado para caserna. Também na nova morada não lhe faltaram novas dolorosas experiências, que ele suportou com muita paciência. No fim de 1835, os médicos tinham decido pela amputação da sua perna, mas a operação não pode se realizar devido à extrema fraqueza em que encontrava o enfermo.

Preciso em tudo, Núncio, tinha escrito um regulamento de vida e observou fielmente, procurando não cair nem no menor defeito. Morreu em Nápoles, em 5 de maio de 1836. Devido a sua grande paciência no sofrimento, religioso sincero, foi considerado um exemplo e logo se pensou no processo de beatificação do humilde e pobre rapaz órfão o infeliz no sofrimento, mas muito conformado com a vontade de Deus. De fato Paulo VI o proclamou beato em 1º de dezembro de 1963, quando lhe traçou um magnífico perfil espiritual em sua homília.