terça-feira, 16 de abril de 2013

Santa Maria Bernadete Soubirous

16/04 - No dia 11 de fevereiro comemora-se a festividade de Nossa Senhora de Lourdes, honrada com uma particular celebração litúrgica, lembrando-nos as aparições da Virgem Maria a uma menina de 14 anos que não sabia ler nem escrever, mas rezava todos os dias o rosário. Bernadete Soubirous nasceu em Lourdes em 1844 de pais muito pobres. Por meio dela Nossa Senhora fez jorrar a fonte do milagre, junto à qual peregrinos vindo de todas as partes do mundo reanimam sua fé e sua esperança. Muitos regressam de Lourdes curados também dos males físicos. A Senhora durante as aparições lhe havia dito: “Não lhes prometo a felicidade neste mundo, mas no outro.”

Bernadete não se interessou por glória humana. O dia em que o bispo de Lourdes, na presença de 50.000 peregrinos, colocou a estátua da Virgem sobre a rocha de Massabielle, Bernadete foi obrigada a ficar em sua cela de freira, atingida por um ataque de asma. Quando a dor física se tornava mais insuportável, ela suspirava: “Não, não procuro alívio, mas somente força e paciência. “Sua breve existência transcorreu na humilde aceitação do sofrimento físico, como uma generosa resposta ao convite da Imaculada de pagar com a penitência o resgate de tantas almas que vivem prisioneiras do mal.

Enquanto ao lado da gruta das aparições se estava construindo um vasto santuário para acolher os numerosos peregrinos e os enfermos para aliviá-los, Bernadete pareceu sumir na sombra. Após ter passado de Nevers, foi admitida ao noviciado das mesmas irmãs em Nevers. Seu ingresso foi adiado por motivo de saúde. Na profissão religiosa recebeu o nome de irmã Maria Bernarda. Nos 15 anos de vida conventual não conheceu privilégio algum a não ser o do sofrimento. As próprias superioras tratavam-na com frieza, como por um desígnio da Providência que fecha às almas eleitas a compreensão e muitas vezes a benevolência das almas medíocres. Por primeiro exerceu as funções de enfermeira no interior do convento, depois de sacristã, até que o agravar-se do mal obrigou-a a ficar na cama, durante 9 anos entre a vida e a morte.

A quem a confortava respondia com um sorriso radiante dos momentos de bem-aventurança em que estava com a branca Senhora de Lourdes: “Maria é tão bonita que todos os que a vêem gostariam de morrer para revê-la.” Bernardete, humilde, pastora que contemplou com os próprios olhos o rosto da Virgem Imaculada, morreu a 16 de abril de 1879. No dia 8 de dezembro de 1933 Pio XI elevou-a à honra dos altares.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Santos Tibúrcio, Valeriano e Máximo


15/04 - Os santos que lembramos hoje, foram todos mártires, ou seja, pessoas que regaram com o próprio sangue as sementes do Evangelho. Os três santos deram o fiel testemunho no ano de 225.

A história de São Valeriano se entrelaça com a de Santa Cecília, já que esta foi dada em casamento a este jovem e nobre pagão. Conta-se que, no dia das núpcias, Santa Cecília revelou ao esposo que tinha feito um compromisso de consagrar sua virgindade a Cristo; desta forma, Valeriano não só respeitou, como também converteu-se, chegando à santidade.

Fiel ao Senhor, Valeriano, que no dia do seu Batismo contemplou ao lado de Cecília um anjo com duas coroas, pôde com seu irmão Tibúrcio, meses antes de sua santa esposa, aceitar o martírio. O martírio de Valeriano e Tibúrcio, coincidem com o de Máximo que, de Roma, Cidade Eterna, entraram na Vida Eterna.
 
Fonte: www.prestservi.com.br

domingo, 14 de abril de 2013

Beata Helena Guerra


14/04 - Nasceu em Lucca (Itália) em 23-6-1835. Depois de uma longa doença (1857 - 1864), durante a qual amadureceu nela o sentido apostólico com a leitura e o estudo da Bíblia e da literatura patrística, dedicou-se ao apostolado feminino entre as jovens, para as quais criou a Pia União das Amizades Espirituais. Mais tarde tomou a direção do primeiro núcleo citadino das Filhas de Maria.

Duas datas são determinantes para a sua orientação espiritual: abril de 1870, quando fez uma peregrinação pascal a Roma a assistiu à 3ª sessão pública do Concílio Vaticano I, e junho do mesmo ano, quando se ofereceu vítima por Pio IX.

Em 1872, com um grupo de poucas companheiras, dá início a uma escola feminina privada em Luccas, semente da qual se desdobrará em seguida (1882) uma nova congregação, inicialmente denominada Filhas de Sta. Zita, que depois do encontro de Helena com Leão XIII (18-10-1897) se chamará "Oblatas do Espírito Santo", dedicadas á educação da juventude feminina, mas sobretudo à propagação da devoção ao Espírito Santo. Em 1886, Helena tem a primeira intuição da sua vocação na igreja: solicitar a Leão XIII que se faça promotor de "retorno ao Espírito Santo", em vista de uma renovação da igreja e da unificação de todos os cristãos (ecumenismo espiritual).

Assistida por Mons. Vólpi, consegue fazer chegar a Leão XIII 10 cartas. Fruto dessas cartas são tres documentos de Leão XIII entre os quais a conhecida encíclica Divinum illud munus (9-5-1897), sobre a vida segundo o Espírito. Helena também foi escritora fecundade ascese. São cerca de 70 os seus opúsculos devocionais, especialmente dedicados à devoção ao Espírito Santo. Essa grande lutadora enfim descansou no Senhor em 14-4-1914. A sua congregação lhe sobreviveu, contando, em 1983, com 230 membros. Foi beatificada por João XXIII em 1959.

sábado, 13 de abril de 2013

São Martinho I



13/04 - O papa Martinho I sabia que as conseqüências das atitudes que tomou contra o imperador Constante II, no século VII, não seriam nada boas. Nessa época, os detentores do poder achavam que podiam interferir na Igreja, como se sua doutrina devesse submissão ao Estado.

Martinho defendeu os dogmas cristãos, por isso foi submetido a grandes humilhações e também a degradantes torturas.

São Martinho nasceu em Todi, na Toscana, e era padre em Roma quando morreu o papa Teodoro, em 649. Eleito para sucedê-lo, Martinho I passou a dirigir a Igreja com a mão forte da disciplina que o período exigia. Para deixar isso bem claro ao chefe do poder secular de então, assumiu mesmo antes de ter sua eleição referendada pelo imperador. Um ano antes, Constante II tinha publicado o documento "Tipo", que apoiava as teses hereges do cisma dos monotelistas, os quais negavam a condição humana de Cristo, o que se opõe às principais raízes do cristianismo.

Para reafirmar essa posição, o papa convocou, ainda, um grande Concílio, um dos maiores da história da Igreja, na basílica de São João de Latrão, para o qual foram convidados todos os bispos do Ocidente. Ali foram condenadas, definitivamente, todas as teses monotelistas, o que provocou a ira mortal do imperador Constante II. Ele ordenou a seu representante em Ravena, Olímpio, que prendesse o papa Marinho I.

Querendo agradar ao poderoso imperador, Olímpio resolveu ir além das ordens: planejou matar Martinho. Armou um plano com seu escudeiro, que entrou no local de uma missa em que o próprio papa daria a santa comunhão aos fiéis. Na hora de receber a hóstia, o assassino sacou de seu punhal, mas ficou cego no mesmo instante e fugiu apavorado. Impressionado, Olímpio aliou-se a Martinho e projetou uma luta armada contra Constantinopla. Mas o papa perdeu sua defesa militar porque Olímpio morreu em seguida, vitimado pela peste que se alastrava naquela época.

Com o caminho livre, o imperador Constante II ordenou a prisão do papa Martinho I pedindo a sua transferência para que o julgamento se desse em Bósforo, estreito que separa a Europa da Ásia, próximo a Istambul, na Turquia. A viagem tornou-se um verdadeiro suplício, que durou quinze meses e acabou com a saúde do papa. Mesmo assim, ao chegar à cidade, ficou exposto, desnudo, sobre um leito no meio da rua, para ser execrado pela população. Depois, foi mantido incomunicável num fétido e podre calabouço, sem as mínimas condições de higiene e alimentação.

Ao fim do julgamento, o papa Martinho I foi condenado ao exílio na Criméia, sul da Rússia, e levado para lá em março de 655, em outra angustiante e sofrida viagem que durou dois meses. Ele acabou morrendo de fome quatro meses depois, em 16 de setembro daquele ano. Foi o último papa a ser martirizado e sua comemoração foi determinada pelo novo calendário litúrgico da Igreja para o dia 13 de abril.

Fonte: www.derradeirasgracas.com

sexta-feira, 12 de abril de 2013

São José Moscati


12/04 - José Moscati fazia parte de uma família ilustre e muito rica. Seu pai, Francisco, era presidente do Tribunal de Justiça e sua mãe, Rosa de Luca, pertencia à nobreza. Ele nasceu na cidade de Benevento, Itália, no dia 25 de julho de 1880, e foi batizado em casa num dia de festa, a de santo Inácio de Loyola.

Em 1884, seu pai foi promovido e mudou-se para Nápolis com a família. Lá, o pequeno José fez seu primeiro encontro com Jesus eucarístico, aos oito. Naquele dia, foram lançadas as bases de sua vida eucarística, um dos segredos da sua santidade. Devoto de Maria e da eucaristia, com apenas dezessete anos obrigou-se ao voto de castidade perpétua. Ativo participante da vida paroquiana, assistia a missa e comungava diariamente. Sua generosidade e caridade eram dedicadas aos pobres e doentes, especialmente os incuráveis.

Quando seu irmão Alberto passou a sofrer de epilepsia, José passava várias horas cuidando dele. Foi então que decidiu seguir os estudos de medicina. No ambiente universitário, Moscati destacou-se pelo cuidado e empenho e, em 1903, recebeu seu doutorado de medicina com uma tese brilhante. Desde então, a universidade, o hospital e a Igreja se tornaram um único campo para suas atividade. Naquele ano, tornou-se médico do Hospital dos Incuráveis, onde logo ganhou admiração e o prestígio no domínio científico. Mas o luto atingiu Moscati, quando, em 1904, seu irmão Alberto morreu.

A reputação de Moscati como mestre e médico era indiscutível. Por isso foi nomeado, oficialmente, médico responsável da terceira ala masculina do Hospital dos Incuráveis pela administração do Hospital, justamente a ala daqueles doentes pelos quais ele se empenhava e trabalhava com afinco.

No dia 12 de abril de 1927, como de hábito, depois de ter assistido a missa e recebido Cristo eucarístico, foi para o hospital. Voltou para casa à tarde e, enquanto atendia os pacientes, sentiu-se mal e pouco depois morreu serenamente. A notícia de sua morte espalhou-se imediatamente e a dor cobriu a cidade.

No dia 16 de novembro de 1975, o papa Paulo VI proclama José Moscati beato A devoção a Moscati vai aumentando cada dia mais. As graças obtidas por sua intercessão são muitas.

De 1o a 30 de outubro de 1987, em Roma, houve a VII Assembléia do Sínodo dos Bispos, cujo tema era: "Vocação e missão dos leigos na Igreja e no mundo, vinte anos após o Concílio Vaticano II". José Moscati foi um leigo que cumpriu sua missão na Igreja e no mundo. No Sínodo, após longos exames, a Igreja comunicou que ele seria canonizado, como um homem de fé e caridade, que assistia e aliviava os sofrimentos dos incuráveis.

No dia 25 de outubro de 1987, na praça de São Pedro, em Roma, o papa João Paulo II colocou, oficialmente, José Moscati entre os santos da Igreja. Sua festa litúrgica foi indicada para o dia 12 de abril. Seu corpo repousa na igreja do Menino Jesus, em Nápolis, Itália.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Santa Gema Galgani

11/04 - Ao nascer, em 12 de março de 1878, na pequena Camigliano, perto de Luca, na Itália, Gema recebeu esse nome, que em italiano significa jóia, por ser a primeira menina dos cinco filhos do casal Galgani, que foi abençoado com um total de oito filhos. A família, muito rica e nobre, era também profundamente religiosa, passando os preceitos do cristianismo aos filhos desde a tenra idade.

Gema Galgani teve uma infância feliz, cercada de atenção pela mãe, que lhe ensinava as orações e o catecismo com alegria, incutindo o amor a Jesus na pequena. Ela aprendeu tão bem que não se cansava de recitá-las e pedia constantemente à mãe que lhe contasse as histórias da vida de Jesus. Mas essa felicidade caseira terminou aos sete anos. Sua mãe morreu precocemente e sua ausência também logo causou o falecimento do pai. Órfã, caiu doente e só suplantou a grave enfermidade graças ao abrigo encontrado no seio de uma família de Luca, também muito católica, que a adotou e cuidou de sua formação.

Conta-se que Gema, com a tragédia da perda dos pais, apegou-se ainda mais à religião. Recebeu a primeira eucaristia antes mesmo do tempo marcado para as outras meninas e levava tão a sério os conceitos de caridade que dividia a própria merenda com os pobres. Demonstrava, sempre, vontade de tornar-se freira e tentou fazê-lo logo depois que Nossa Senhora lhe apareceu em sonho. Pediu a entrada no convento da Ordem das Passionistas de Corneto, mas a resposta foi negativa. Muito triste com a recusa, fez para si mesma os juramentos do serviço religioso, os votos de castidade e caridade, e fatos prodigiosos começaram a ocorrer em sua vida.

Quando rezava, Gema era constantemente vista rodeada de uma luz divina. Conversava com anjos e recebia a visita de são Gabriel, de Nossa Senhora das Dores passionista, como ela desejara ser. Logo lhe apareceram no corpo os estigmas de Cristo, que lhe trouxeram terríveis sofrimentos, mas que era tudo o que ela mais desejava. Entretanto, fisicamente fraca, os estigmas e as penitências que se auto-infligia acabaram por consumir sua vida. Gema Galgani morreu muito doente, aos vinte e cinco anos, no Sábado Santo, dia 11 de abril de 1903.

Imediatamente, começou a devoção e veneração à "Virgem de Luca", como passou a ser conhecida. Estão registradas muitas graças operadas com a intercessão de Gema Galgani, que foi canonizada em 1940 pelo papa Pio XII, que a declarou modelo para a juventude da Igreja, autorizando sua festa litúrgica para o dia de sua morte.

Fonte: www.catolicanet.com

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Santa Madalena de Canossa



10/04 - Madalena Gabriela Canossa nasceu no dia 1º de março de 1774 na cidade italiana de Verona, que pertencia à sua nobre e influente família. Seu pai faleceu quando tinha cinco anos. Sua mãe abandonou os filhos para se casar novamente. As crianças foram entregues aos cuidados de uma péssima instituição e Madalena adoeceu várias vezes.

Através destas etapas dolorosas, Deus a guiou por estradas imprevisíveis. Aos dezessete anos desejou consagrar sua vida a Ele e por duas vezes tentou a experiência do Carmelo. Mas sentiu que não era esta a sua vida. Retornou para a família, guardando secretamente no coração a sua vocação.

No palácio, aceitou a administração do vasto patrimônio familiar, surpreendendo a todos com seu talento para os negócios. Entretanto, nunca se interessou pelo matrimônio. Os tristes acontecimentos políticos sociais e eclesiais do final do Século XVIII, marcados pelas repercussões da Revolução Francesa, bem como as alternâncias dos vários imperadores estrangeiros na região italiana, deixavam seus rastros na devastação e no sofrimento humano, enchendo a sua cidade de pobres e menores abandonados.

Em 1801, duas adolescentes pobres e abandonadas pediram abrigo em seu palácio. Ela não só as abrigou como recolheu muitas outras. Pressentiu que este era o caminho que o Espírito Santo lhe indicava e descobriu, no Cristo Crucificado, o ponto central da sua espiritualidade e da sua missão. Abriu o palácio dos Canossa e fez dele não uma hospedaria, mas uma comunidade de religiosas, mesmo contrariando seus familiares.

Sete anos depois, superou as últimas resistências de sua família, deixando em definitivo o palácio. Madalena foi para o bairro mais pobre de Verona, para concretizar seu ideal de evangelização e de promoção humana, fundando a congregação das Filhas da Caridade, para a formação de religiosas educadoras dos pobres e necessitados. Seguindo o exemplo de Maria, a Mãe Dolorosa, ela deixou que o Espírito Santo a guiasse até os pobres de outras cidades italianas.

Em poucos anos as fundações se multiplicaram, e a família religiosa cresceu a serviço de Cristo. Madalena escreveu as Regras da Congregação das Filhas da Caridade em 1812, sendo aprovadas pelo Papa Leão XII dezesseis anos depois. Mas só após várias tentativas mal sucedidas, Madalena conseguiu dar andamento à Congregação masculina, como havia projetado inicialmente. Foi em 1831, na cidade de Veneza, que surgiu o primeiro Oratório dos Filhos da Caridade para a formação cristã dos homens jovens e adultos.

Ela encerrou sua fecunda existência terrena numa Sexta-feira da Paixão. Morreu em Verona, assistida pelas Filhas da Caridade no dia 10 de abril de 1835. As Congregações foram para o Oriente em 1860. Atualmente, estão presentes nos cinco continentes e são chamados de Irmãos e Irmãs Canossianos. Em 1988, o Papa João Paulo II a canonizou, determinando o dia de sua morte para o seu culto litúrgico.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com