quinta-feira, 21 de março de 2013

São Nicolau de Flue


21/03 - Bruder Klaus nasceu no dia 21 de março de 1417, na Suíça. Oriundo de família pobre, ainda jovem queria ser monge ou eremita. Nesta época não pôde realizar o sonho porque tinha que ajudar os pais nos trabalhos do campo. Mais tarde também não o conseguiu, pois se casou. Felizmente a escolhida era uma moça muito virtuosa e religiosa, chamada Dorotéia, com a qual teve dez filhos. Vários deles se tornaram sacerdotes, e um dos netos, Conrado Scheuber, morreu com o conceito de santidade.

Ainda neste período Klaus não pôde se dedicar totalmente às orações e meditações como queria. Os escritos da época narram que, devido ao seu reconhecido senso de justiça, retidão de consciência e integridade moral, foi convocado a assumir vários cargos públicos, como, juiz, conselheiro e deputado.

Finalmente, aos cinqüenta anos de idade conseguiu a concordância da família e abandonou tudo. Adotou o nome de Nicolau e foi viver numa cabana que ele mesmo construiu, não muito longe de sua casa, mas num local ermo e totalmente abandonado. Tinha por travesseiro uma pedra e como cama uma tábua dura. Naquele local viveu por dezenove anos e há um fato desse período que impressionou no passado e impressiona até hoje. Há provas oficiais de que ele, durante todos esses anos, alimentou-se exclusivamente da Sagrada Comunhão. Entretanto, não conseguia se manter na solidão. Amável e receptivo, não fugia de quem o procurasse. E a pátria precisou dele várias vezes.

Pacificador e inimigo das batalhas, conhecido por seus atos e pela condição de eremita, foi chamado a mediar situações explosivas como a ameaça de guerra contra os austríacos e a eclosão iminente de uma guerra civil. Mas, quando não houve jeito de alcançar a paz no diálogo, ele também não fugiu de assumir seu lugar nos campos de batalha, como soldado e mesmo oficial. Entretanto, seu trabalho na reconciliação entre as partes envolvidas nestas questões de guerra repercutiu muito na população. Nicolau passou a ser venerado pelo povo, que logo o chamou de "Pai da Pátria".

Porém, à qualquer chance que tinha voltava para sua cabana, até ser solicitado novamente. Foi conselheiro espiritual e moral de muita gente, tanto pessoas simples como ocupantes de cargos elevados. Era muito respeitado por católicos e protestantes. Há quase um consenso em seu país de que a Suíça é hoje um país neutro e pacífico, que dificilmente se envolve em guerras ou conflitos internacionais, graças à influência do "Irmão Klaus", como era, e ainda é, carinhosamente chamado por todos os suíços.

Ele morreu no dia 21 de março de 1487, exatos setenta anos do seu nascimento. O corpo de Nicolau está sepultado na Igreja de Sachslen. Beatificado em 1669, foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1947. A memória de São Nicolau de Flue é venerada pela Igreja, no dia 21 de março e como herói da pátria, no dia 25 de setembro. Ele é o Santo mais popular da Suiça.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Santa Cláudia


20/03 - Mártir com Alexandra e Theodotus em 304 DC durante a perseguição Imperador Diocleciano (284-305). Theodotus era o curador de Ancyra, Galtia (moderna Turquia) e foi o responsável pelo sepultamento de Claudia por que ela e Alexandra se recusaram a tomar parte numa cerimônia pagã e a repudiar a sua fé. O imperador Diocleciano mandava queimar os restos dos corpos para que não fossem sepultados e lembrados. Theodotus cuidou do sepultamento dos remanescentes do corpo de Cláudia e Alexandra, mas foi traído por um apóstata e foi também martirizado.

Mais tarde, os restos de Santa Claudia foram recuperados por outros cristãos e levados para Malus onde recebeu um enterro adequado e suas relíquias foram trasladadas para um santuário numa capela com o seu nome.

O seu túmulo tornou-se local de peregrinação e vários milagres foram creditados à sua intercessão.

É muito venerada na Grécia e Rússia.

terça-feira, 19 de março de 2013

São José




19/03 - São José é um grande intercessor que temos diante de Jesus. Nunca tarda em nos ajudar a conseguir alguma graça que desejemos, desde que a peçamos com fé. Tudo o que sabemos de São José é o que nos conta a Sagrada Escritura: que era um homem justo, temente a Deus e aceitou dar sua vida para criar e educar um filho que não era seu (afinal Jesus era filho de Deus).

A Escritura Sagrada diz que era carpinteiro (Mt 13,55) e pobre, tanto que quando foi levar Jesus ao Templo para ser circuncidado e Maria purificada, ofereceu como sacrifício um par de rolas, permitido apenas àqueles que não tinham condições de comprar um cordeiro (Lc 2,24).

Embora sendo pobre, José era de linhagem real, da descendência do rei Davi (Mt 1,1-16 e Lc 3,23-28). Era um homem bom, compassivo e carinhoso, características de um justo.

Quando soube da gravidez de Maria, não sendo seu o filho que ela esperava, planejou deixá-la silenciosamente para não a expor à vergonha e crueldade, porque naquela época, as mulheres acusadas de adultério eram apedrejadas até à morte (Mt 19,20).

José foi também um homem de fé e obediente. Quando o anjo do Senhor em sonho lhe revelou o mistério sobre a criança que Maria trazia no ventre, imediatamente e sem questionar ou preocupar-se com fofocas, a tomou como esposa. Quando o anjo lhe apareceu novamente para avisá-lo do perigo que a sua família corria, imediatamente deixou tudo o que possuía, bem como os parentes e amigos e partiu para um país estranho e lá permaneceu, aguardando pacientemente até que o anjo do Senhor, no devido tempo, o instruiu para retornar (Mt 2,13-23).

Quando Jesus ficou no templo, perdido dele e da mãe, José, junto com Maria, procurou-o com grande ansiedade até encontrá-lo ao fim de três dias (Lc 2,48). Tratava Jesus como seu próprio filho, a tal ponto que os habitantes de Nazaré repetiam constantemente em relação a Jesus "Não é ele o filho de José?" (Lc 4,22). José teve uma morte linda, como muitos gostariam de ter, ao lado de Jesus e de Maria. São José é invocado em casos de doença, junto a agonizantes, em casos de dificuldades financeiras e pelas famílias. Na ladainha em sua honra é invocado como terror dos demônios.

Mas não são só esses os casos em que é invocado. A sua intercessão é para qualquer situação como diz Santa Tereza D' Ávila (Vida, cap. 6n.6-8): "Tomei por advogado e senhor ao glorioso São José e encomendei-me muito a ele... Causa espanto as grandes mercês que Deus me fez por meio desse bem aventurado Santo, dos perigos que me livrou tanto do corpo como da alma.

A outros santos parece que o Senhor lhes deu graças para socorrer em determinada necessidade. Mas deste glorioso santo tenho experiência que socorre em todas... Só peço, por amor de Deus, que o prove quem em mim não acreditar e verá por experiência o grande bem que é encomendar-se a este glorioso patriarca e lhe ter devoção".

"Revelação de Nosso Senhor Jesus Cristo a Sua Serva Irmã Maria Cecília Baiy" (1736)

Fonte: http://www.gloriososaojose.org.br/

segunda-feira, 18 de março de 2013

São Cirilo de Jerusalém



18/03 - São Cirilo nasceu em Jerusalém no ano de 315, no início do tempo de graça em que a Igreja conquistou a liberdade religiosa dada por Constantino.

Ordenado sacerdote, Cirilo cuidou com carinho, zelo e amor da preparação dos catecúmenos para a recepção do Sacramento do Batismo, assim como se dedicou ao Magistério, ou seja, ensinamento da Sã Doutrina. Cirilo, muito bem formado, pronunciava as famosas Catequeses nas igrejas da Ressurreição e do Santo Sepulcro em Jerusalém.

O santo Doutor, tratava com simplicidade, mas com muita profundidade, sobre vários Mistérios da Fé, como o pecado, Penitência, Batismo, o Credo e outros pontos essenciais da nossa Fé.

Mesmo depois de ser eleito bispo e patriarca de Jerusalém, São Cirilo continuou sempre ao lado da verdade e isto de modo pacífico, pois os obstáculos postos pelos hereges arianos (cristão que não acreditavam na divindade de Jesus Cristo), persistiram até mesmo depois de ser condenada no Concílio de 325.

São Cirilo, em meio ao combate pela verdade, sofreu cerca de 16 anos de exílio, até que retornou ao pastoreio no patriarcado e no ano de 386, lançou-se nos braços do Eterno Pastor.

domingo, 17 de março de 2013

Santa Gertrudes de Nivelles



17/03 - Nasceu em 626 na Bélgica, filha caçula de Pepino I e Ida de Nivelles, irmã de Santa Begga. Ela devotou-se à vida religiosa desde cedo e recusou um casamento com um nobre para seguir a vida religiosa. Com a morte de Pepino em 639 e seguindo o conselho de Santo Amando de Maastrich, sua mãe Ida construiu um Monastério em Nivelles para onde ela e suas filhas se retiraram. Gertrudes tornou-se Abadessa do mosteiro de Nivelles muito jovem.

Ficou muito conhecida pela sua hospitalidade para com os peregrinos e para com os missionários Irlandeses. Ela deu ao Santo Foillan um pedaço de terra no qual ele construiu o monastério de Fosses.

Para ajudar São Ultan na sua evangelização em 656DC, Santa Gertrudes renunciou ao seu posto de Abadessa e passou o resto de sua vida estudando as escrituras e fazendo penitencia. Era mística e tinha visões. Teve uma visão que iria morrer com a idade de Jesus o que acabou acontecendo. Ela morreu aos 33 anos em 659 em Nivelles.

O culto a Santa Gertrudes espalhou-se pelos Países Baixos ( Holanda, Bélgica, Suíça ), pela Inglaterra, Escócia e vários folclores e lendas foram vinculadas ao seu nome.

Até 1822 devotos ofereciam camundongos de prata e de ouro no seu santuário em Colonha, Alemanha.

Os camundongos representavam as almas do purgatório, para as quais ela tinha grande devoção.

É padroeira dos jardineiros visto que a tradição diz que no dia de sua festa sempre é boa hora de plantar rosas e flores da primavera.

É tambem invocada como padroeira daqueles que morreram recentemente visto que ela teria tido uma visão na qual fez uma jornada de três dias ao outro mundo e que aqueles que fossem seus devotos passariam a primeira noite, após a morte, sob os cuidados de Santa Gertrudes, segunda em influencia apenas para o Arcanjo São Miguel.

A tradição diz que ela teria enviado seus súditos em uma viagem a um país distante, prometendo a eles que nada aconteceria durante a jornada. Quando se encontravam no meio do oceano um grande monstro marinho teria tentado soçobrar o barco mas, teria imediatamente desaparecido com a invocação de Santa Gertrudes.Assim, em memória desta ocorrência, os viajantes durante a Idade Média tomavam uma bebida chamada "Sinte Geerts Minne"ou seja Gertrudenminte" ( uma especie de menta) antes de iniciar uma viagem.

Alguns escoceses dizem que esta bebida existe até hoje e seria benta pelo pároco da Igreja de Santa Gertrudes em Nivelles ou no seu Santuário em Colonha.

sábado, 16 de março de 2013

Santo Heriberto


16/03 - Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

Fonte: www.juventudesanta.com

sexta-feira, 15 de março de 2013

São Longuinho


15/03 - Longuinho viveu no primeiro século, e dele muito se falou e escreveu, sendo encontrado em todos os registros contemporâneos da Paixão de Cristo. Existem citações sobre ele nos evangelhos, epistolas dos Santos Padres, e martirológios tanto orientais como nos ocidentais. Estes relatos levaram a uma combinação de diferentes situações, mas, em todas foi identificado como um soldado centurião presente na cena da Crucificação.

Os apóstolos escreveram que ele foi o primeiro a reconhecer Cristo como "o filho de Deus" (27,54 Mateus; 15,39 Marcos; 23,47 Lucas). Em meio ao coro dos insultos e escárnios, teria sido a única voz favorável a afirmar Sua Divindade. Identificado pelo apóstolo João (19:34), como o soldado que "perfurou Jesus com uma lança". Fato este que o definiu como um soldado centurião e que lhe deu o nome Longuinho, derivado do grego que significa "uma lança". Outros textos dizem que era o centurião, comandante dos poucos soldados que guardava o sepulcro do crucifixo, e que presenciava as crucificações, portanto presenciou a de Jesus. Depois, da qual, se converteu.

Segundo a tradição,os crucificados tinham seus pés quebrados para facilitar a retirada da cruz, mas, como Jesus já estava com os pés soltos, um dos soldados perfurou o lado do seu corpo com uma lança.

O sangue que saiu deste ferimento de Jesus respingou em seus olhos. Caindo em si, comovido e tocado pela graça, o soldado se converteu. Abandonou para sempre o exército e sua moradia, se tornou um monge que percorreu a Cesarea e a Capadócia, atual Turquia, levando a palavra de Cristo e mais tarde, promovia prodígios pela graça do Espírito Santo.

Entretanto, o governador de Cesarea, que estava irritado com a conversão de seu secretário, descobriu sua identidade de centurião e o denunciou a Poncio Pilatos em Jerusalém. Este, acusou Longuinho de desertor ao imperador e o condenou a morte, caso não oferecesse incenso no altar do imperador, renegando a fé. Longuinho se manteve fiel a Cristo, por isto foi torturado, tendo seus dentes arrancados, a língua cortada e, depois, decapitado.

No Oriente são inúmeros os dias do calendário para as suas homenagens, o mais freqüente ainda é em 16 de Outubro. Na Europa e nas Américas, a comemoração ocorre no dia 15 de Março, como indica o Livro dos Santos do Vaticano.

São Longuinho, à luz de muitas tradições, comumente é invocado pelos devotos para encontrar objetos perdidos. Os artistas ao longo do tempo foram atraídos pela singularidade de sua figura e o representaram em suas obras na cena da crucificação, com lança ou sem lança, mas sempre presente. Em Roma, na basílica de São Pedro, na base de um dos quatro pilares que sustentam a imensa cúpula que cobre o espaço do altar do trono do Sumo Pontífice, está a estátua do centurião São Longuinho, que foi o primeiro a acreditar na divindade de Cristo.

Fonte: www.prestsevi.com.br