segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

São Félix de Nola


14/01 - Nasceu no terceiro século, em Nola, perto de Nápoles, Itália. Filho mais velho de Hermias, um soldado sírio que tinha se retirado para Nola. Após a morte de seu pai, Félix vendeu quase todos os seus bens e deu para os pobres e passou a seguir a sua vocação clerical. Ordenado pelo bispo Maximus de Nola.

Durante as perseguições do Imperador Décius, o velho bispo ajudado por Félix fugiu para as montanhas e Félix foi preso, surrado e torturado para renegar a sua fé. A lenda diz que um anjo o livrou da prisão para que ele cuidasse de seu bispo doente. Félix escondeu Maximus em uma casa abandonada. Diz ainda a tradição que quando os dois estavam seguros dentro desta velha casa uma aranha rapidamente teceu uma enorme teia sobre a porta de modo que todos pensassem que a casa estava abandonada há tempos.

Os soldados imperiais por lá passaram e não entraram devido a enorme teia e os dois cristãos ficaram assim seguros lá dentro.

Com a morte de Décius em 251DC as autoridades encerraram as perseguições aos cristãos.

Após a morte do Bispo Maximus Félix foi escolhido para ser o bispo de Nola, mas recusou a favor de Quintus um padre mais antigo e mais experiente.

Félix passou a explorar a sua pequena fazenda e dava tudo que nela produzia para os pobres e doentes. A pouca informação que temos sobre São Félix vem de cartas e poesias que enviava para São Paulinus de Nola, que serviu como um porteiro na igreja dedicada a São Félix e que reuniu informações sobre ele dos peregrinos e dos paroquianos e mais tarde escreveu uma espécie de biografia de São Félix de Nola.

Félix faleceu em 255 de causas naturais, mas é normalmente listado como mártir, devido às torturas e privações de que foi vítima durante as perseguições aos cristãos.

Seu túmulo tornou-se local de peregrinações e vários milagres foram creditados a sua intercessão. Ele é invocado contra doenças dos olhos e picadas de insetos.

Na arte litúrgica da Igreja ele é representado como:
1 ) jovem padre na prisão;
2) um jovem padre carregando um velho bispo;
3) um padre acorrentado com um anjo removendo os grilhões;
4) um jovem com um aranha;
5) um jovem com uma teia de aranha a sua frente;
6) um jovem em uma velha casa com uma teia de aranha na porta.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com

domingo, 13 de janeiro de 2013

Santo Hilário de Poitiers


13/01 - Hilário era francês, acredita-se que tenha nascido no ano 315, de família rica e pagã, recebendo educação e instrução privilegiada. Durante anos buscou na filosofia as respostas para seus questionamentos em busca da Verdade. Mas só as encontrou no Evangelho e então se converteu ao cristianismo.

Hilário foi batizado aos trinta anos de idade, junto com a esposa e a filha, Abrè, a quem amava ternamente. A partir daí passou a levar uma vida familiar guiada pelos preceitos cristãos.

Este era um período de paz externa para a Igreja, que precisava se fortalecer no seu próprio seio. Mas que, no entanto, se apresentava cheia de pequenas rupturas internas, provocadas principalmente pela chamada "heresia ariana", uma doutrina que negava a divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Foi justamente pela vida exemplar que levava, assim como pelos conhecimentos intelectuais e espirituais que, povo e clero, o elegeram bispo, convidando-o para o cargo. Era uma decisão difícil, pois um bispo alçado da sua condição tinha que, obrigatoriamente abandonar a família para abraçar o clero. Mas não vacilou e aceitou a incumbência e desafios que ela lhe trazia. Foi consagrado bispo de Poitiers e lutou vigorosamente contra o arianismo. Debate após debate, polêmica após polêmica com os hereges, sua defesa da Fé foi se tornando conhecida e o respeito por sua atuação cada vez maior.

Foi por isso chamado "o Atanásio do Ocidente". Como ele, Hilário foi perseguido pelos imperadores e sofreu o exílio. Enviado para o Oriente, não se sentiu derrotado, aproveitou para estudar o grego e conhecer as comunidades cristãs mais antigas e os ensinamentos dos maiores sábios da Igreja, o que só fortaleceu sua missão.

Corajoso, durante o exílio de cinco anos, escreveu livros contra os imperadores Constâncio e Auxêncio. Também foi o autor de diversas obras: sobre a Santíssima Trindade, Comentários sobre os Salmos, e algumas obras cujos textos interpretou. Contribuindo intensamente para o desenvolvimento da teologia da revelação.

Hilário ficou realmente fascinado pela liturgia oriental. Compôs hinos litúrgicos para familiarizar os fiéis com a teologia e mantê-los mais intimamente unidos às celebrações. Pastor zeloso, procurou, ao retornar para sua diocese na França, oferecer a seu rebanho o que de melhor aprendera neste período de exílio. Mas nem por isso esqueceu a família, cuja filha ele mesmo ministrou o sacramento do matrimônio e a esposa ingressou num mosteiro, com seu auxílio e aprovação.

Faleceu em 367, quando passou a ser venerado como santo logo após seu último suspiro. Uma conhecida frase sua mostra bem a coragem e a valentia com que viveu e atuou, enfrentando hereges e poderosos: "Enganam-se os que acreditam que me farão calar. Falarei pelos escritos e a palavra de Deus, que ninguém pode aprisionar, voará livre". O Papa Pio IX, o canonizou e o honrou com o título de "Doutor da Igreja", confirmando a sua celebração para o dia 13 de janeiro.

sábado, 12 de janeiro de 2013

São Bento Biscop


12/01 - Nasceu em 628 em Northumbria, Inglaterra como Benet Biscop, da nobreza Anglo-saxônica, cresceu na corte do Rei Oswy de Northumbria e ocupou postos oficiais no reino.Seguindo a uma peregrinação a Roma ele renunciou a sua fortuna e posição e dedicou aos estudos das escrituras e as orações. Foi monge no Monastério de São Honorato perto de Canes, França em 666 tomando o nome de Benedito (no Brasil Bento) e ali ficou por dois anos observando estritamente as rígidas regras da Ordem.

A sua terceira peregrinação a Roma em 69 coincidiu com a visita do Arcebispo eleito Wuighart de Canterbury que veio a falecer logo após a sua consagração. Teodoro foi selecionado para ser o novo Arcebispode Canterbury e o Papa Vitalian ordenou que Biscop acompanhasse Teododo e São Adriano a Inglaterra como missionários. São Bento viajou entre a Inglaterra e Roma retornando sempre com livros e trazendo também mão de obra especializada para construir e enriquecer as igrejas da Grã-bretanha. Sua quarta jornada foi feita com vistas em se aperfeiçoar nas Regras Beneditinas e praticar uma vida monástica e quando ele ficava em Roma e visitava vários outros monastérios da Ordem.Em 674 ele foi agraciado com vários acres de terra do filho de Oswy, Egfrid na foz do rio Wear em Wearmouth onde ele construiu uma grande igreja de pedra e um Monastério dedicado a São Pedro. Ele foi o primeiro a introduzir janelas de vidro na Inglaterra, que ele trouxe da França junto com pedras e outros materiais. Seus pedreiros, vidraceiros e carpinteiros ensinaram suas especialidades aos Anglo-saxões. Ele não mediu esforços no sentido de buscar o melhor e o mais belo para embelezar a sua igreja em Wearmouth.


Da viajem em Roma em 679 ele trouxe o Abade John de Sanmartin, o cantor da Basílica de São Pedro em Roma.Para isso ele persuadiu o Papa Agatho que o Abade John instruiria os monges ingleses de modo que as músicas e as cerimônias em Wearmouth seguissem o modelo romano.

Depois de seu retorno a Roma John treinou sua classe no uso e na pratica da musica religiosa, liturgia hinos e cânticos. John também ensinou aos monges ler e escrever manuscritos e escreveu várias instruções litúrgicas romanas para eles.
Biscop principalmente trouxe muitos livros como um colecionar apaixonado, e os traduzia para língua inglesa. Ele desejava construir uma grande livraria no Monastério de Wearmouth. Ele também importou quadros e pinturas de Roma e de Viena bem como imagens coloridas e músicas.Entre os tesouros importados de Roma havia uma serie de pinturas das cenas dos Evangelhos, de Nossa Senhora dos Apóstolos, dos incidentes descritos no Livro das Revelações, tudo isto para ser colocado em sua igreja, um privilegio que assegurou a Wearmouth uma especial proteção da Santa Sé.
Bento também fez sua regra baseada na Regra de São Benedito, aperfeiçoando-a e com as dos 17 monastérios que havia visitado.Sem dúvida ele organizou um “escritorium” no qual foi escrito o manuscrito da Bíblia para o seu sucessor como Prior em Wearmouth que recebeu em 716 de presente do Papa Gregório II. O livro foi identificado e certificado na Biblioteca Laurenciana em Florença em 1887, o famoso “Codex Amiantinus”. Isto enriqueceu em muito a Igreja Inglesa.
Por causa de seu monastério e sua igreja em Wearmouth, em 682 Egfrid deu a ele mais 400 agres de terra desta vez no rio Tyne. Ali ele construiu um segundo monastério a oito kilometros do Monasterio de São Pedro, e dedicado a São Paulo (hoje chamado Jarrow). Terminado em 685 ele se tornou um grande centro de ensino no Ocidente e o lar do Venerável Bede.
Por que São Bento estava sempre muito ocupado com seus afazeres ele delegava um pouco de sua autoridade. Em primeiro lugar, ele levou para ajudá-lo o seu sobrinho e em Jarrow ele colocou Ceofrid como encarregado. Enquanto Bento chefiava os mosteiros ele fez desses monges uma espécie de sub abades, na direção de duas fundações de modo que os monastérios não ficavam sem liderança durante sua ausência. Este procedimento foi copiado por muitos e é muito utilizado hoje em dia. Bento fez sua ultima viagem a Roma em 685 retornando com muito livros, imagens sacras e sedas para roupas finas as quais ele trocou na corte, por mais terras para seus monastérios.
Devido a São Bento é que muito material pode ser estudado por Bede e outros escolares e um sólido alicerce foi erigido para a gloria da Igreja Inglesa. Após sua morte só em Jarrow 600 escolares estudavam os livros, sem contar as centenas de visitantes. É também graças a ele que a Igreja de Northumbia passou do rito Céltico ao rito Romano.
No final de sua vida ele sofreu uma dolorosa paralisia de seus membros inferiores, mas durante os anos de seu confinamento em sua cama ele continuou seus trabalhos de traduzir varias obras importantes, antes de falecer aos 62 anos de idade no dia 12 de janeiro de 690.
Alguns historiadores insistem que a civilização aprendeu muito no século 18, graças aos monasterios fundado por São Bento Briscop. A prova do culto bem cedo a São Bento Biscop vem de um sermão de Bede sobre ele (Homilia 17) para a sua festa, mas o culto tornou-se mais difundido quando do traslado de suas relíquias em 980. As relíquias de São Bento Biscop estão atualmente a Abadia de Thorney, embora Glastonbury tambem insise que as possui.

Na arte litúrgica São Bento Biscop é mostrado como um abade em vestimentas episcopais com dois monastérios ao seu lado. As vezes ele é mostrado com o venerável Bede. Ele é o patrono dos beneditinos ingleses, pintores e músicos.
 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

São Teodósio


11/01 - Teodósio nasceu na Capadócia, atual Turquia, em 423, de pais ricos, nobres cristãos. Recebeu uma boa e sólida formação desde a infância sendo educado dentro dos preceitos da fé católica. Quando ainda muito jovem, era ele quem fazia as leituras nas assembléias litúrgicas de sua cidade. Um dia, lendo a história de Abraão, identificou-se com ele e descobriu que seu caminho era o mesmo do patriarca, que deixara sua terra para se encaminhar aonde Deus lhe apontava. Teodósio decidiu fazer o mesmo, seguindo inicialmente em peregrinação à Terra Santa, para conhecer os caminhos trilhados por Jesus.

Dotado de dons especiais como da profecia, prodígio, cura e conselho, sentiu a confirmação do seu chamado por Deus, ao se encontrar com Simeão, o estilista, outro Santo que havia optado por viver acorrentado e numa torre alta construída por ele mesmo. Simeão que nunca o tinha visto ou conhecido, o chamou pelo próprio nome e o avisou de que Deus o havia escolhido para converter e salvar muita gente. Teodósio entrou então para um convento próximo à Torre de Davi, onde rapidamente foi escolhido para a provedoria de uma igreja consagrada a Nossa Senhora. Mas sentia que aquela não era a sua obra, preferia a vida solitária da comunidade monástica do deserto, como era usual naquela época.

Depois, seguindo a orientação de São Longuinho, que o aconselhava em sonhos, foi habitar numa caverna, que segundo dizem fora ocupada pelos Reis Magos ao regressarem de Belém. Alí se entregou às duras penitencias e orações, passando a pregar com um senso de humildade que contagiava a todos que por lá passavam.

Logo começou a receber discípulos e outros monges formando uma nova comunidade religiosa cenobítica, isto é, viviam uma vida retirada mas em comunicação servindo a comunidade movidos pelos mesmos interesses, princípios e prerrogativas cristãs.

Numerosos discípulos, de diversas nacionalidades, foram atraídos e reunidos por ele. Edificou três conventos, um para os que falavam grego, outro para os eslavos e o terceiro para os de idiomas orientais como hebreu, árabe e persa. Todos nos arredores de Belém. Construiu também três hospitais, um para anciãos, outro para atender todos os tipos de doenças e o terceiro para os que tinham enfermidades mentais. Aliás uma idéia muito nova para essa época e pouco freqüente no mundo inteiro. Além disso ergueu quatro igrejas.

Sua fama o levou ao posto de arquimandrita da Palestina, isto é, superior geral de todos os monges. Mas sua atuação contra os hereges acabou por condená-lo ao exílio, por confrontar-se com o Imperador Anastácio. Só quando o imperador morreu é que ele pôde voltar à Palestina reconquistando seu posto de liderança entre os monges.

Quando Teodósio morreu, com cento e cinco anos, em 529, seu corpo foi depositado na cova feita por ele mesmo, há muitos anos, naquela gruta onde os Reis Magos dormiram, entre Jerusalém e Belém. Seu enterro foi acompanhado pelo Arcebispo de Jerusalém e muitos cristãos da Cidade Santa assistiram ao seu funeral onde aconteceram inúmeras graças e prodígios, que ainda sucedem no local de sua sepultura, embora tenha sido profanada e saqueada pelos árabes sarracenos. Seu culto se difundiu rapidamente pelo mundo cristão e se mantém ainda hoje muito forte.

Fonte: www.diaconoalfredo.com.br

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

São Guilherme de Bourges


10/01 - Guilherme, era filho dos condes de Nervers e neto de Pedro, o eremita. Sua educação foi muito religiosa. Desde a infância mostrou o desejo de dedicar a sua vida à serviço de Cristo. Mais tarde, com a vocação definida se consagrou sacerdote e foi nomeado o vigário geral de Soissons e depois de Paris.

Entretanto, assim como seu avô, decidiu deixar a vida da sociedade para se retirar à solidão santa. A princípio foi para o mosteiro de Gradmont, mas depois ingressou para a Ordem de Cister e se tornou um monge. Muito preparado espiritualmente e com uma imensa bagagem cultural, foi sucessivamente abade de Pontigny, de Fontaine-Jean, na diocese de Soissons, e finalmente em Chaalis.

Entretanto a morte o arcebispo de Bourges em setembro de 1200 ocasionou uma grande contestação para se saber quem seria designado como sucessor. Para acabar com as divergências foi chamado o bispo de Paris, Otto, o qual, depois de haver rezado ao Senhor, resolveu sortear o cargo e o vencedor foi Guilherme.

Guilherme aceitou mesmo contra a vontade esta designação, se tornando assim o bispo de Bourges. Como novo pastor se ocupou ativamente da sua diocese dando prova de piedade, firmeza, de bondade e humanidade. Foi sob todos os pontos de vista um modelo para o seu rebanho. A sua fama era tal que a nação francesa, e a universidade de Paris, o escolheram como patrono.

Combateu a heresia dos albigenses, que pregavam uma doutrina contrária à do cristianismo, através das orações. Durante o pontificado de Inocêncio III, pediu para participar e seguir com a sua cruzada, sendo prontamente autorizado por ele. Quando se preparava para partir ficou muito doente, morrendo no dia 10 de janeiro de 1209.

Os milagres que se verificaram por sua intercessão logo após o seu falecimento o levaram à canonização, que foi concedida após oito anos de sua morte em 17 de maio de 1218, pelo papa Honório III.

O seu corpo foi colocado em uma urna de ouro e transferido para a sepultura em frente do altar maior da catedral de Bourges. Algumas relíquias foram doadas à abadia de Chaalis e à igreja de São Leodegário em Alvernia. Depois com a perseguição dos calvinistas elas foram jogadas e dispersadas, mas em seguida, recolhidas pela população alverniense, para em 1793, serem novamente dispersadas.

Os ugonotas, por sua vez, haviam queimado, aquelas remanescentes da catedral de Bourges e de Chaalis e jogado as cinzas ao vento. São Guilherme de Bourges, como ficou conhecido, é festejado no dia 10 de janeiro, o mesmo em que morreu.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Santo Adriano



09/01 - Santo Adriano era nascido na África. Viveu entre o final do século VI e o início do século VII, quando era papa São Vitalino. Foi abade do mosteiro de São Pedro de Canterbury. Era um estudioso da Sagrada Escritura, profundo conhecedor de grego e de latim e professor de ciências eclesiásticas e humanas.

Grande amigo de São Teodoro, que foi teólogo, depois monge, e mais tarde, arcebispo da Inglaterra. O próprio Santo Adriano o apresentou ao papa Vitalino, para que fosse nomeado arcebispo em seu lugar, cuja indicação foi aceita com a condição: a de que ele acompanhasse o amigo Gregório à Inglaterra, já que conhecida aquele país.

Santo Adriano viveu na Inglaterra por 39 anos totalmente dedicados ao serviço da Igreja.

Em Santo Adriano os ingleses encontraram um guia cheio de sabedoria de Deus. Muitos iluminou com os seus exemplos de vida profundamente evangélica. Morreu no ano 710 e foi enterrado na igreja de seu mosteiro.

Fonte: www.cleofas.com.br

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

São Severino


08/01 -São Severino nasceu em 410, provavelmente era romano. Viveu uma vida simples, apesar de sua origem nobre, este abade viveu durante muitos anos como eremita no deserto do Egito, mas abandonou a solidão para dedicar-se à evangelização de pessoas sem nenhuma fé. Depois de deixar o Egito fixou-se na região de Viena, que vinha sofrendo constantes invasões de bárbaros germânicos. É neste contexto histórico que surge a grandiosa figura de São Severino, o apóstolo da Nórica.

Severino foi capaz de ler as entranhas dos acontecimentos, vendo nas invasões bárbaras o prenúncio de uma nova época, a surgir do decadente Império. Por isso ele se sente impelido a levar a Boa Nova do Evangelho aos jovens povos bárbaros. A sua caridade concreta, sua integridade de vida, sua fé profunda sensibilizam o coração dos bárbaros, a começar dos chefes. Flaciteu, rei dos rúgios, consultava-o com freqüência e nada fazia sem o seu conselho.

Foi estimado e respeitado por todos: reis, guerreiros, gente humilde. Vivia na simplicidade, desapegado de tudo, usava apenas uma única túnica como roupa até 482, quando faleceu.