segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

São João da Mata

17/12 - A missão de salvar cristãos prisioneiros dos turcos foi mostrada a João da Mata em uma visão que teve ao celebrar logo a sua primeira missa. Essa foi a motivação que tornou possível a Ordem da Santíssima Trindade e da Redenção dos cativos, ou somente Padres Trinitários, como são conhecidos, que tinha como objetivo resgatar cristãos presos e mantidos como escravos pelos inimigos muçulmanos. Nessa época, o Império Otomano, dos turcos muçulmanos, dominava aquelas regiões.


A nova Congregação foi fundada em 1197 por João da Mata, com o apoio do religioso Félix de Valois, considerado seu co-fundador, também celebrado pela Igreja. A autorização da Igreja veio através do papa Inocêncio III, um ano depois. Mas João, antes de procurar o auxilio de seu contemporâneo Félix, já levava uma vida social e religiosa voltada para a luta a favor dos oprimidos.

João da Mata nasceu em 23 de junho de 1152, em Francon, no sul da França, e desde pequeno mostrou sua preocupação para com os injustiçados. Ele chegava a dividir com os pobres todo o dinheiro que recebia dos pais para seu divertimento. Depois de tornar-se sacerdote e ter-se doutorado em teologia em Paris, procurou Félix, que vivia recluso e solitário, com o qual conviveu por três anos. Nesse período, planejaram a criação da nova Ordem e a melhor maneira de lutar pela liberdade dos cristãos, então subjugados, segregados e muitos mantidos em cativeiro.

Para isso ele ergueu, então, a primeira comunidade em Cerfroi, região deserta nos arredores de Paris, que depois se tornou a Casa-mãe da Ordem dos Trinitários. De lá os sacerdotes missionários formados passaram a soltar os cativos, levando-os, em triunfo, a Paris. O próprio João da Mata organizou uma expedição à África, onde resgatou, pessoalmente, um grande número de cristãos em cativeiro. Em uma segunda viagem, caiu nas mãos dos muçulmanos, foi espancado e deixado sangrando pelas ruas de Túnis, na Tunísia.

Recuperou-se, reuniu os cristãos e os embarcou num navio que devia levá-los a Roma. O barco acabou sendo atacado, teve as velas rasgadas e o leme quebrado. Os registros e a tradição contam que João da Mata tirou o manto, rezou, transformou-o numa vela, pediu a Deus que guiasse o navio e, assim, chegaram ao porto da cidade italiana de Óstia. Depois, muitos outros cristãos foram libertados dessa maneira, na África, pelos integrantes que engrossavam a nova Congregação.

A Ordem dos Trinitários cresceu tanto que seu fundador teve de construir várias outras casas comunitárias, tamanha era a solicitação para o ingresso. João da Mata morreu santamente, no dia 17 de dezembro de 1213. O papa Inocêncio XI elevou à honra dos altares são João da Matha, cuja celebração foi estabelecida para o dia de sua morte.

Fonte: www.bethania.com.br

domingo, 16 de dezembro de 2012

Santa Albina

16/12 - Jovem palestiniana que na perseguição do Imperador Décio sofreu glorioso martírio. O Tirano coroado de Roma percorria as regiões do seu vasto império, disposto a extinguir o Cristianismo condenando a morte e a toda sorte de suplícios os cristãos; chegou a Cesárea na Palestina e ali obrigaram uma virgem cristã, chamada Albina (Branca) a comparecer diante do imperador, para renegar a fé em Cristo, ou receber a sentença de morte. A jovem apresentou-se ante o Tribunal com toda a majestosa serenidade e alegria com que os fiéis em Cristo corriam para o martírio e a morte. Décio ao vê-la tentou seduzi-la para que renunciasse ao Cristianismo. Em vão. Nem promessas, nem ameaças, nada pode vencer a constância e a decidida e firme resolução da Virgem cristã de sempre guardar a virgindade e o amor a Jesus Cristo. O Imperador indignado mandou que a jovem fosse açoitada cruelmente. Depois prenderam-na em cadeias de ferro e lançaram-na na prisão. Sofreu outros martírios para que fosse obrigada a renegar a Jesus Cristo e a sacrificar aos ídolos pagãos. Décio viu ser inútil toda e qualquer ameaça ou martírio por mais horroroso para vencer a constância de Branca. E depois de tê-la feito sofrer tanto, ordenou que fosse decapitada. E o carrasco cortou-lhe a cabeça a machado. O corpo da Virgem e Mártir foi depositado numa barca e lançado ao mar, indo a barca aportar diz o martirológio, em Scauri: “in locum qui dicitur Scauri”. O seu corpo foi encontrado nas catacumbas e venera-se na igreja das Ursulinas de Miasino (Itália)


sábado, 15 de dezembro de 2012

Santa Nina ou Santa Cristiana


15/12 - No século IV, vivia, nas terras pagãs entre o mar Negro e o mar Cáspio, hoje território da Geórgia, uma jovem escrava cristã chamada Nina ou Nuné. Era o tempo do imperador Constantino e ela havia nascido na Capadócia, atual Turquia, e fora aprisionada por ocasião da invasão dos bárbaros aos confins orientais do Império Romano. Nina era uma escrava que demonstrava toda sua fé em Cristo, na alegria com que enfrentava as dificuldades e os sofrimentos.

Esse fato chamou a atenção dos pagãos com quem convivia. Assim, teve a oportunidade de ensinar a palavra de Cristo a todos os que a cercavam. Tornou-se tão conhecida que passaram a chamá-la de "Cristiana", a serva cristã.

A antiga tradição russa narra que, certa vez, uma senhora procurou-a, pedindo que solicitasse a intervenção de Deus para que seu filho, gravemente enfermo, não morresse. Nina se ajoelhou aos pés da cama onde estava a criança e rezou com tanto fervor que o menino abriu os olhos, sorriu e levantou-se na frente de todos. Foi o bastante para que toda a região mostrasse interesse pela religião da serva de Cristo. Quanto mais prodígios ela promovia, mais catequizava e convertia os pagãos.

Até que, um dia, a rainha desse povo, chamada Nana, adoeceu gravemente e nenhum remédio conseguia fazê-la melhorar. Tentaram de tudo. Nada parecia possível. Então, alguém se lembrou dos chamados "poderes" da serva cristã. Como último recurso, foram sugeridos à rainha, que mandou chamá-la. Assim, essa humilde escrava foi ao palácio atender a rainha, levando consigo apenas a certeza de sua fé e a confiança de suas orações. Logo conseguiu curar a soberana.

Enquanto ela se recuperava, seu marido, o rei Mirian, certo dia, saiu em comitiva para uma caçada. Mas o grupo acabou isolado no bosque devido a uma violentíssima tempestade. A situação era crítica, com trovões e raios incendiando árvores, pedras rolando ao vento e atingindo pessoas. O pavor tomou conta de todos, clamaram por seus deuses, mas nada acontecia. Lembrando-se da rainha, o rei decidiu rezar para o Deus de Cristiana. Uma luz, então, foi vista saindo do céu, a tempestade cessou e todos puderam regressar sãos e salvos à Corte. Nesse instante, o rei sentiu a fé invadir seu coração.

Ao voltar, procurou a escrava Nina e lhe pediu que falasse tudo o que sabia sobre sua religião. Acabou catequizado e convertido. Entretanto os reis Mirian e Nana não podiam ser batizados, pois na Corte não havia nenhum bispo. Seguindo a orientação de Cristiana, o rei enviou esse pedido ao imperador Constantino. Nesse meio tempo, mandou construir a primeira igreja cristã, de acordo com uma planta feita sob orientação de Nina, já liberta. Quando chegou o primeiro bispo da Geórgia acompanhado de um grupo de sacerdotes missionários, encontraram o povo já abraçando a doutrina de santa Nina, como os fiéis a chamavam por força de sua piedade e prodígios de fé. Com facilidade, converteram a nação inteira, a partir da grande solenidade do batismo do casal real.

Depois, junto com o bispo, o rei Mirian e a rainha Nana construíram o Mosteiro Samtavro, anexo àquela igreja, onde mais tarde foram sepultados. Nele também viveu alguns anos santa Nina, que morreu no ano 330.Venerada pelos fiéis como padroeira da Geórgia, suas relíquias estão guardadas na Catedral da Metiskreta, antiga capital do país. Seu culto foi confirmado, sendo realizado, no Oriente, em 14 de janeiro, enquanto a Igreja de Roma a comemora no dia 15 de dezembro.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

São João da Cruz


14/12 - Conheçamos mais um dos baluartes da gloriosa Ordem Carmelita Descalça: seu fundador, São João da Cruz. Ele nasceu em 1542, talvez no dia 24 de junho, em Fontiveros, província de Ávila, na Espanha. Seus pais se chamavam Gonzalo de Yepes e Catalina Alvarez. Gonzalo pertencia a uma família de posses da cidade de Toledo. Por ter-se casado com uma jovem de classe “inferior” foi deserdado por seus pais e tornou-se tecelão de seda. Em 1548, a família muda-se para Arévalo. Em 1551 transfere-se para Medina Del Campo, onde o futuro reformador do Carmelo estuda numa escola destinada a crianças pobres. Por suas aptidões, torna-se empregado do diretor do Hospital de Medina Del Campo. Entre 1559 a 1563 estuda Humanidades com os Jesuítas. Ingressou na Ordem dos Carmelitas aos vinte e um anos de idade, em 1563, quando recebe o nome de Frei João de São Matias, em Medina Del Campo. Pensa em tornar-se irmão leigo, mas seus superiores não o permitiram. Entre 1564 e 1568 faz sua profissão religiosa e estuda em Salamanca. Tendo concluído com êxito seus estudos teológicos, em 1567 ordena-se sacerdote e celebra sua Primeira Missa.

Infelizmente, ficou muito desiludido pelo relaxamento da vida monástica em que viviam os conventos carmelitas. Decepcionado, tenta passar para a Ordem dos Cartuxos, ordem muito austera, na qual poderia viver a severidade de vida religiosa à que se sentia chamado. Em setembro de 1567 encontra-se com Santa Teresa, que lhe fala sobre o projeto de estender a Reforma da Ordem Carmelita também aos padres. O jovem de apenas vinte e cinco anos de idade aceitou o desafio. Trocou o nome para João da Cruz. No dia 28 de novembro de 1568, juntamente com Frei Antônio de Jesús Heredia, inicia a Reforma. O desejo de voltar à mística religiosidade do deserto custou ao santo fundador maus tratos físicos e difamações. Em 1577 foi preso por oito meses no cárcere de Toledo. Nessas trevas exteriores acendeu-se-lhe a chama de sua poesia espiritual. "Padecer e depois morrer" era o lema do autor da "Noite Escura da alma", da "Subida do monte Carmelo", do "Cântico Espiritual" e da "Chama de amor viva".

A doutrina de João da Cruz é plenamente fiel à antiga tradição: o objetivo do homem na terra é alcançar “Perfeição da Caridade e elevar-se à dignidade de filho de Deus pelo amor”; a contemplação não é um fim em si mesma, mas deve conduzir ao amor e à união com Deus pelo amor e, por último, deve levar à experiência dessa união à qual tudo se ordena ““.Não há trabalho melhor nem mais necessário que o amor “, disse o Santo”.Fomos feitos para o amor ““.O único instrumento do qual Deus se serve é o amor ““.Assim como o Pai e o Filho estão unidos pelo amor, assim o amor é o laço da união da alma com Deus ““.

O amor leva às alturas da contemplação, mas como o amor é produto da fé, que é a única ponte que pode salvar o abismo que separa a nossa inteligência do infinito de Deus, a fé ardente e vívida é o princípio da experiência mística. João da Cruz costuma pedir a Deus três coisas: que não deixasse passar um só dia de sua vida sem enviar-lhe sofrimentos, que não o deixasse morrer ocupando o cargo de superior e que lhe permitisse morrer humilhado e desprezado.

Faleceu no convento de Ubeda, aos quarenta e nove anos, à meia-noite do dia 14 de dezembro de 1591, após três meses de sofrimentos atrozes. Seu corpo foi trasladado para Segovia em maio de 1593. A primeira edição de suas obras deu-se em Alcalá, em 1618. No dia 25 de janeiro de 1675 foi beatificado por Clemente X. Foi canonizado em 27 de dezembro de 1726 e declarado Doutor da Igreja em 1926 por Pio XI. Em 1952 foi proclamado "Patrono dos Poetas Espanhóis".

Talvez a mais bela e completa descrição física e espiritual do Santo Fundador tenha sido feita por Frei Eliseu dos Mártires que com ele conviveu em Baeza: "Homem de estatura mediana, de rosto sério e venerável. Um pouco moreno e de boa fisionomia. Seu trato era muito agradável e sua conversa bastante espiritual era muito proveitosa para os que o ouviam. Todos os que o procuravam saíam espiritualizados e atraídos à virtude. Foi amigo do recolhimento e falava pouco. Quando repreendia como superior, que o foi muitas vezes, agia com doce severidade, exortando com amor paternal”.Santa Teresa de Jesus o considerava "uma das almas mais puras que Deus tem em sua Igreja. Nosso Senhor lhe infundiu grandes riquezas da sabedoria celestial. Mesmo pequeno ele é grande aos olhos de Deus. Não há frade que não fale bem dele, porque tem sido sua vida uma grande penitência". Poucos homens falaram dos sublimes mistérios de Deus na alma e da alma em Deus como São João da Cruz. Santa Teresinha conheceu João da Cruz quando ainda vivia nos Buissonnets. Ela, em seus escritos, refere-se ao Santo Fundador cento e seis vezes, direta ou indiretamente, e confessa a forte influência que dele recebeu: "Ah, que luzes hauri nas obras de Nosso Pai São João da Cruz!... Com a idade de 17 a 18 anos, não tinha outro alimento espiritual...” (MA 83r).

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Santa Luzia


13/12 - Santa Luzia de Siracusa (± 283 - 304), também conhecida por Santa Lúcia, foi uma jovem siciliana, venerada pelos católicos como virgem e mártir, que morreu por volta de 304 durante as perseguições de Diocleciano em Siracusa.

Na antigüidade cristã, juntamente com Santa Cecília, Santa Águeda e Santa Inês, a veneração à Santa Luzia foi das mais populares e, como as primeiras, tinha ofício próprio. Chegou a ter 20 templos em Roma dedicados ao seu culto.

Luzia era uma jovem, filha de uma mãe de boas condições financeiras. Quando tornou-se mais velha, foi prometida para casar-se com um jovem rico de sua cidade. Luzia não aceitou a idéia, pois pretendia seguir carreira religiosa, mas sua mãe não gostava da idéia.

A mãe de Lúcia então ficou muito doente, a jovem pôs-se a rezar por sua mãe, e levou a seu leito as relíquias de Santa Águeda. A mãe de Luzia curou-se da doença e aceitou a idéia de sua filha seguir carreira religiosa.

O rapaz com quem Luzia iria se casar não gostou da idéia e acusou-a de professar falsa fé cristã. O rapaz fez com que Luzia fosse julgada pela Igreja, até que foi decidido que a jovem virgem teria de ser levada a um prostíbulo para se contaminar.

Segundo a história, quando os guardas vieram buscar Luzia, seu corpo tornou-se tão pesado que nem muitos homens conseguiram tirá-la do lugar.

Luzia então foi vítima de várias torturas, sendo que uma delas foi arrancar seus olhos, que foram colocados em uma bandeja e entregues ao seu ex-pretendente. Mesmo assim, no dia seguinte os olhos de Luzia apareceram em seu rosto, intactos.

Luzia continuou sendo torturada, até que no dia 13 de dezembro um golpe de espada cortou sua cabeça.
Depois de alguns anos Luzia foi reconhecida como santa pelo Vaticano, e é hoje a protetora dos olhos.

Anos depois Lucia foi canonizada, tornando-se santa e mártir da Igreja Católica, ela é a protetora dos olhos. Sua festa é celebrada em 13 de Dezembro.

Fonte: www.paroquiastaluzia.org

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Nossa Senhora de Guadalupe



12/12 - Em 1531, a Santíssima Virgem, apareceu na Colina Tepejac, México, ao neófito Juan Diego, piedoso e inculto indígena, e comunicou-lhe seu desejo de ele se dirigir ao bispo com o pedido de, naquele local, construir uma igreja. O Bispo, Dom João de Zumárraga prometeu sujeitar o ocorrido a um meticuloso exame, e retardou bastante a resposta definitiva. Pela segunda vez, a Santíssima Virgem apareceu a Juan Diego, renovando, e desta vez com insistência, o seu pedido anteriormente feito. Aflito e entre lágrimas o pobre homem novamente se apresentou ao prelado e suplicou, fosse atendida a insinuação da Mãe de Deus. Exigiu então o bispo que, como prova da veracidade do seu acerto, trouxesse um sinal convincente. Pela terceira vez a Santíssima Virgem se comunicou a Juan Diego, não mais na colina de Tepejac, mas no meio do caminho à Capital, aonde este se dirigia à procura de um sacerdote para ir junto à cabeceira de seu tio, prestes a morrer. Isto foi num inverno e num lugar inóspito e árido. Maria Santíssima assegurou-o do restabelecimento do enfermo. Juan Diego, em atitude de profunda devoção, estendeu aos pés da Santíssima Virgem seu manto, e este, imediatamente se encheu de belíssimas rosas. “É este o sinal - disse-lhe Maria Santíssima - que darei a quem tal pediu. Leva estas rosas ao Sr. Bispo”. A ordem foi cumprida e, no momento em que o piedoso índio espalhou as flores diante do prelado, apareceu sobre o tecido do manto, uma linda pintura de Nossa Senhora, reprodução fiel da primeira aparição na colina de Tepejac. O fato causou grande estupefação, e às centenas acorreram os fiéis ao palácio episcopal, e mais tarde em triunfo levada à grandiosa igreja que se construiu na colina indicada pela Santíssima Virgem.

Desde então, Guadalupe é o grande santuário nacional do México, visitado continuamente pelas multidões de fiéis, que a Maria Santíssima recorrem em todas as suas necessidades. A devoção a Nossa Senhora de Guadalupe se estendeu sobre toda a América Latina, e numerosas são as igrejas que trazem o seu nome.


A partir daí, a evangelização do México tornou-se avassaladora, sendo destruídos os últimos resquícios da bárbara superstição dos astecas, que escravizavam outros povos e sacrificavam seus próprios filhos em rituais sangrentos.

O manto de Juan Diego é ainda hoje venerado no Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Em 1979 o Papa João Paulo II consagrou solenemente a Nossa Senhora de Guadalupe para toda a América Latina. A santa é muito invocada entre aqueles que sofrem doenças nos olhos.


Fonte: http://www.paginaoriente.com/

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

São Sabino


11/12 - Sabina era como se chamava, antigamente, a região nordeste da cidade de Roma, fecunda de cristãos exemplares. Em alguns lugares, adotou-se a variação de Saviana, porque a letra “b” do latim tende a ser suavisada com a “v” do idioma italiano. Foi assim que surgiu esse nome que se perpetuou através do povo europeu.

Em meados do século IV, temos um Sabino como bispo de Piacenza, cidade próxima a Milão, na Itália. Segundo consta da tradição, ele nasceu naquela cidade e era diácono da Igreja. O papa Dâmaso I, que agora é santo como ele, o enviou, em 372, ao Concílio do Oriente, no qual seria discutida a doutrina ariana.

Ele retornou para a Itália com várias cartas para os bispos do Ocidente, e pouco depois foi investido com a mitra episcopal e com o bastão pastoral. Foi o bispo de Piacenza por quarenta e cinco anos e, também pela tradição, teve uma longa vida, morrendo próximo dos cento e dez anos.

Sabino se distinguiu pelo seu saber, pelo zelo pastoral e pelas suas exímias virtudes, que foram enaltecidas mais tarde pelo futuro grande papa Gregório Magno. O qual narrou um comovente milagre que Sabino realizou para salvar a cidade, por ocasião de uma enchente do rio Pó. Além disso, Sabino sempre se manteve muito próximo aos fiéis. Foi por eles considerado um pai caridoso, penitente e humilde, andando pelas ruas com roupas simples e, às vezes, sem sapatos.

Foi contemporâneo e amigo do bispo Ambrósio, outro ilustre santo da Igreja, com quem manteve numerosa correspondência. Sabino foi um natural e zeloso defensor da doutrina católica contra os erros dos arianos. Em sua extensa trajetória de vida religiosa, a Igreja assinalou a sua presença em vários sínodos, como o de Aquiléia, em 381; de Milão, em 387; e de Roma, em 390.

Várias cidades do centro da Itália consideravam Sabino seu bispo, talvez por ele ter vivido um pouco em cada uma delas, mas sempre como o bispo de Piacenza. A pedido da Santa Sé, tinha de ficar longos período em outras cidades, preparando e corrigindo os bispos mais jovens, para que a verdadeira doutrina católica não se perdesse no meio dos erros e excessos dos arianos: que era o perigo da Igreja na época.

O bispo Sabino morreu no dia 11 de dezembro de 420. Depois, foi canonizado pela Igreja, que escolheu essa data para a homenagem litúrgica. Mas a cidade de Piacenza o celebra também, com uma grande festa solene, no dia 17 de janeiro, porque nessa data suas relíquias foram transferidas para a igreja dos Apóstolos, que naquela ocasião foi dedicada ao santo.

Fonte: www.oarcanjo.net