sexta-feira, 28 de setembro de 2012

São Venceslau


28/09 - Venceslau era príncipe. Sua história se entrelaça com a vida e fé da família real.

O pai Vratislau bondoso governante da Boêmia e sua avó eram cristãos fervorosos, ao passo que sua mãe era uma pagã ambiciosa e inimiga da religião. São Venceslau foi educado pela avó, por isso cresceu religioso e muito caridoso para com os pobres, enquanto seu irmão educado pela mãe tornou-se violento e ambicioso.

Com a morte do pai, e pouca idade do Santo herdeiro, a mãe, má intencionada assumiu o governo, sendo assim tratou de expulsar os missionários católicos. O povo revoltado, juntamente com os nobres pressionaram o príncipe para assumir o governo, e com o golpe de estado Venceslau assumiu em 925.Nos oito anos de reinado, Venceslau honrou a fama de "O príncipe Santo". Venceslau governou com tanta justiça e brandura que com pouco tempo conquistou o coração do povo que o amava, e por ele era concretamente amado: Protetor dos pobres, dos doentes, dos encarcerados, e dos órfãos e viúvas, verdadeiro pai.

Este homem que muito se preocupou com a evangelização do povo, a fim de introduzir todos no "sistema de Deus", era de profunda vida espiritual, mas infelizmente, odiado pelo irmão Boleslau e pela Mãe, que além de matar a piedosa sogra - educadora do Santo-, concordou com a trama contra o filho.

Quando nasceu o primogênito de Boleslau, no dia 28 de setembro 936, São Venceslau foi convidado para um solene banquete, pensando na reconciliação da família. Tendo saído para estar em oração, na capela real, foi apunhalado pelo irmão e capangas. Antes de cair morto, são Venceslau pronunciou: "Em tuas mãos, ó Senhor, entrego o meu espírito". Hungria, Polônia e Boêmia têm em São Venceslau seu protetor e padroeiro.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

São Vicente de Paulo




27/09 - São Vicente de Paulo nasceu no dia 24 de abril de 1581; foi batizado no mesmo dia de seu nascimento. Era o terceiro filho do casal João de Paulo e Bertranda de Morais. Seus pais eram agricultores e muito religiosos. Todos os seis filhos receberam o ensino religioso de sua mãe.Vicente nasceu na aldeia de Pooy, perto da cidade de Dax, sul da França. Seus dois irmãos mais velhos ajudavam os pais na lavoura e Vicente era pastor de ovelhas e de porcos. Desde pequeno, demonstrava muita inteligência e grande religiosidade. Em frente à sua casa, em um pé de carvalho, tinha um buraco; ele colocou aí uma pequena imagem da Santíssima Virgem, onde diariamente ajoelhava e fazia uma oração. Diariamente conduzia os animais para melhores pastagens, onde ficava a vigia-los. Aos domingos ia à aldeia, com seus pais, para assistir a missa e frequentar o catecismo.

O Sr. Vigário aconselhou a seu pai para colocar o garoto Vicente em uma escola; via nele um grande futuro, devido sua inteligência. O pai, que era bem ambicioso, colocou-o em um colégio religioso, desejando que ele fosse padre e ser o arrimo da família. Foi matriculado em um colégio de padres Franciscanos, na cidade Dax, onde ele fez os estudos básicos. Para seguir a carreira sacerdotal fez os estudos teológicos na Universidade de Tolusa. Foi ordenado sacerdote em 23 de setembro de 1600. Continuou os estudos por mais 4 anos, recebendo o título de Doutor em Teologia.

Uma viúva que gostava de ouvir as suas pregações, ciente de que ele era pobre, deixou para ele sua herança, pequena propriedade e determinada importância em dinheiro, que estava com um comerciante em Marselha. Ele foi atrás do devedor, encontrando-o recebeu grande parte do dinheiro; ia regressar de navio, por ser mais rápido e mais barato. Na viagem o barco foi aprisionado por piratas turcos, e os passageiros acabaram levados para a Turquia. Em Tunis foram vendidos como escravos.

Vicente foi vendido para um pescador, depois para um químico; com a morte deste, ele passou Vicente para seu sobrinho, que vendeu-o para um fazendeiro (um renegado) que antes era católico, e com medo da escravidão, adotara a religião muçulmana. Ele tinha três esposas; uma era turca, que ouvindo os cânticos do escravo, sensibilizou e quis saber o significado do que ele cantava. Ela, ciente da história, censurou o marido por ter abandonado uma religião tão bonita. O patrão de Vicente, arrependido, propôs ao escravo a fugirem para a França. Esta fuga só foi realizada 10 meses depois.

Em um pequeno barco, atravessaram o Mar Mediterrâneo e foram dar na costa francesa, em Aignes Nortes e de lá foram para Avinhão. Nesta cidade encontraram o Vice-Legado do Papa. Vicente voltou à condição de padre e o renegado abjurou publicamente e voltou para a Igreja Católica. Padre Vicente e o renegado, ficaram residindo em casa do Vice-Legado. Tendo este de viajar a Roma, levou os dois em sua companhia. Padre Vicente aproveitou a estadia nesta cidade e freqüentou a Universidade, formando em Direito Canônico. O renegado pediu para ser admitido em um Mosteiro e tornou-se monge.

Tendo o Papa de mandar um documento sigiloso para o Rei da França, padre Vicente foi o escolhido. Pelos serviços prestados o Rei indicou-o como Capelão da Rainha. Seu serviço era distribuir esmolas para os pobres que rodeavam o Palácio, e visitar os doentes do Hospital da Caridade, em nome da Rainha. Padre Vicente não gostava do ambiente do Palácio e passou a morar em uma pensão, no mesmo quarto com um juiz. Certo dia amanhecera doente; o empregado da farmácia que vai atendê-lo, precisando de um copo, vai apanhar em um armário, e viu alí um dinheiro, que era do juiz, e ficou com ele. Na volta do juiz, não encontrando seu dinheiro, quis que padre Vicente desse conta dele; como ele não sabia do acontecido, o juiz colocou-o para fora do quarto e caluniou-o de ladrão.

Padre Vicente fica conhecendo o padre Berulle, que mais tarde foi nomeado Bispo de Paris, e indicou-o para vigário de Clichy, subúrbio de Paris. Paróquia pobre, a maioria de seus habitantes eram horticultores. Padre Vicente se deu bem com eles; as missas eram bem participadas e instituiu a comunhão geral nos primeiros domingos o mês. Criou a Confraria do Rosário, para todos os dias visitar os doentes. Padre Vicente atendendo ao padre Berulle, deixa a paróquia e vai ser o preceptor dos filhos do general das Galeras.

Foi residir no Palácio dos Gondi, família rica e da alta nobreza. Eles tinham grandes propriedades e padre Vicente, em companhia da senhora De Gondi, visita uma destas propriedades; é chamado para atender um agonizante e assiste sua confissão. Este disse para a senhora De Gondi, que se não fosse a presença do sacerdote, ele iria morrer em grandes faltas e ia permanecer no fogo eterno.

Padre Vicente percebeu que o povo do campo estava abandonado e na missa dominical concitou o povo a fazer a confissão geral. Teve que arranjar outros padres para ajudá-lo nas confissões, tantos eram os que queriam confessar.Padre Vicente esteve morando com a família Gondi 5 anos. Simulou a necessidade de ir a Paris e atendendo o chamado do padre Berulle, padre Vicente volta para morar em casa dos Gondi, onde fica mais 8 anos.

Com o auxílio da senhora De Gondi, funda a Congregação das Missões e a Confraria da Caridade; a primeira cuida da evangelização dos camponeses e a segunda daria assistência espiritual e corporal aos pobres, isto em 1618. Em Folevile funda uma Confraria de Caridade para homens, em 23/10/1620. A Congregação das Missões surgiu espontaneamente. Padre Vicente conseguiu alguns colegas para pregações aos camponeses; exigia deles a simplicidade nas pregações, para o povo entender e rapidamente ela foi aumentando. No princípio alugaram uma casa para sua moradia. Com o aumento mudaram para um velho Colégio.

O número aumentava. Um cônego que dirigia um leprosário sem doentes ofereceu em doação os prédios do leprosário para residência dos padres. A instituição demorou de 1625 até 12 de janeiro de 1633, quando recebeu a Bula do Papa Urbano VIII, reconhecendo a Instituição.

Padre Vicente sempre se preocupou com as crianças enjeitadas e abandonadas, com os velhos e com os pobres e doentes. Durante sua vida criou grandes obras, que até hoje estão prestando serviços à humanidade.

A primeira irmã de caridade foi uma camponesa de nome Margarida Nasseau, que, com a orientação de Luiza de Marilac, estabeleceu a Confraria das Irmãs da Caridade. Elas eram 4 camponesas, hoje são centenas. Isto se deu em 29 de novembro de 1633. Padre Vicente criou tantas obras, que em pouco tempo não é possível enumerá-las; a história de sua vida é uma beleza.

Padre Vicente tinha quase 80 anos quando faleceu, dia 27 de setembro de 1660. Em 16 de junho de 1737 foi canonizado pelo papa Clemente XII, e em 12 de maio de 1885 é declarado patrono de todas as obras de caridade da Igreja Católica, por Leão XIII. Seu corpo repousa na Capela da casa-mãe – São Lázaro, em Paris.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

São Cipriano e Santa Justina

26/09 - São Cipriano, cognominado o feiticeiro, natural de Antióquia, na Fenícia, foi pelos pais introduzido em todos os segredos da superstição, astrologia e feitiçaria. Para ampliar os conhecimentos na arte mágica, fez grandes viagens e visitou os centros principais do mundo, como Atenas, Menfis, Argos e a Índia. Mestre em todas as artes diabólicas da feitiçaria, entregou-se a uma vida desbravada. Para a religião cristã, havia só insultos; crianças inocentes eram as suas vítimas prediletas; tendo-as enforcado, oferecia o sangue das mesmas como holocausto ao demônio, e nas entranhas ainda palpitantes procurava conhecer os segredos do futuro. Perseguição atroz fazia às donzelas, aproveitando-se de enredos diabólicos para demovê-las do caminho da virtude. Malogravam, porém, estes artifícios diante das jovens cristãs.


Uma delas era Justina, que morava em Antióquia, cristã fervorosa, porém, filha de pais pagãos. Formosa de corpo e de espírito, pelo seu exemplo fez com que toda a família se convertesse ao cristianismo. Agládio, jovem pagão, ardia em paixão pela jovem cristã. Não podendo, porém, cativar-lhe a afeição, recorreu aos artifícios mágicos de Cipriano. Justina experimentou em si os acessos diabólicos, os quais conseguiu debelar pela oração e pelo sinal da cruz. Vendo-se tão rudemente assaltada pelas tentações mais horríveis, a virgem recomendou-se freqüentemente à Rainha das Virgens e saiu vitoriosa das insídias do inimigo. O fracasso de seus estratagemas mais poderosos, fez Cipriano duvidar do poder dos demônios, tanto que tomou a resolução de livrar-se deles. Lutas terríveis foram as conseqüencias desta mudança; pois o demônio não ia privar-se de um instrumento para ele utilíssimo, como era Cipriano. Apoderou-se do espírito deste uma profunda tristeza e a lembrança dos feitos passados levou-o quase ao desespero. Deus mandou-lhe alívio pelo sacerdote Eusébio. As orações e as palavras confortadoras deste santo homem, fizeram com que Cipriano não desfalecesse no meio do caminho. Grande foi a surpresa dos fiéis, quando viram o grande e terrível feiticeiro num Domingo entrar na igreja, conduzido por Eusébio. O próprio bispo não quis acreditar no que via e pôs-se a duvidar da sinceridade desta conversão. Cipriano, porém, trouxe todos os livros cabalísticos e entregou-os ao fogo, Na presença de todo o povo, e distribuiu a sua fortuna entre os pobres.


À vista desta mudança radical, o bispo consentiu que Cipriano fosse batizado. Junto com ele, Agládio recebeu o sacramento do Batismo. Justina, vendo as maravilhas da divina graça, cortou a sua linda cabeleira e pelo voto de virgindade perpétua, dedicou-se ao serviço de Deus.


A conversão de Cipriano foi sincera e constante. Os escândalos da vida passada, reparou-os pela conduta exemplar e pela prática das mais belas virtudes. A dedicação à causa de Deus mereceu-lhe a dignidade de sacerdote e mais tarde de bispo. Veio a perseguição diocleciana. Cipriano foi Levado a Tiro, onde sofre atrozmente. Também Justina, acusada de cristã, foi apresentada ao governador da Fenícia, que a submeter à flagelação crudelíssima. Transportados para Nicomédia, onde se achava Diocleciano, pelo próprio imperador foram sentenciados à morte pela decapitação. A sentença foi executada em 304. As relíquias dos dois Mártires foram trasladadas para Roma, onde Rufina, cristã fervorosa da família dos Cláudios, erigiu uma igreja sob a invocação de Cipriano e Justina. Hoje, os corpos destes dois grandes mártires, descansam na igreja de São João de Latrão, em Roma.


terça-feira, 25 de setembro de 2012

São Sérgio


25/09 - "Contemplando a Santíssima Trindade, vencer a odiosa divisão deste mundo " Esta frase reflete a alma contemplativa do Santo de hoje, São Sérgio, considerado o "São Bento" da Rússia cristã.

Na antiga Rússia o cristianismo penetrou por volta do século IX, sendo Vlademiro, o primeiro príncipe a se converter ao cristianismo, isto em 1010. A Religião do Cristo esteve sempre na Rússia, ligada mais ao Oriente do que a Roma. Monge Sérgio, tornou-se o grande evangelizador do século XIV, pois através de numerosos mosteiros irradiava a cultura e a verdadeira fé.

Após deixar o declínio da vida monástica na Rússia, Sergio experimentou, com seu irmão, a construção, numa floresta virgem, de uma capela dedicada a Santíssima Trindade, devoção desconhecida naquele povo. O irmão não agüentou, mas com firmeza e santidade, o Santo de hoje, atraiu a muitos, até que edificaram um mosteiro em louvor a Santíssima Trindade.

Ordenado sacerdote para o melhor exercício da vocação de formar os monges na fundamental regra da oração e do trabalho, viveu São Sergio: os "filhos", a pobreza, a mansidão e total confiança na Divina Providência.

São Sérgio, escreveu tanto, que é considerado o grande educador nacional do povo russo. Faleceu com quase 80 anos de idade, em 25 de setembro de 1392 no mosteiro da Santíssima Trindade.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

São Geraldo de Sagredo


24/09 - A história de São Geraldo é, no mínimo, comovente visto que este santo soube usar as palavras quando necessárias. Homem de extrema coragem, poder de oratória e dedicação total a Deus e às suas palavras, São Geraldo é um exemplo entre os tantos santos de sua época.

Bispo de Chonal, São Geraldo nasceu em Vêneza, na Itália. Foi educador de Santo Emerico, filho de Santo Estêvão, Rei da Hungria.

Em seu bispado, dedicou-se intensamente à renovação litúrgica, procurando tornar os cultos mais festivos e agradáveis.

Um de seus surpreendentes dons era a profecia e além de realizá-la como ninguém, também era dotado de grande coragem. Um dia, por exemplo, mostrando extrema coragem e dedicação, recusou-se a coroar o Rei Avon que, para subir ao trono da Hungria, havia derramado muito sangue de pessoas inocentes. Contam que ao chegar na Igreja de Chorial para ser coroado, o pretendente ao trono foi recebido por São Geraldo. Este levantou-se e começou a gritar:

"A Quaresma foi instituída para conceder o perdão aos pecadores e recompensa aos justos. Tu a profanaste com assassinatos e, privando-me de meus filhos, privaste-me do nome de Pai. É por isso que hoje não mereces perdão; como estou disposto a morrer por Jesus Cristo, dir-te-ei o que vai acontecer-te. No terceiro ano de teu reinado a espada vingadora se levantará contra ti e perderás, com a vida, o reino que obtiveste pela fraude e pela violência.”

Mais tarde, as palavras de profecia de São Geraldo se confirmariam. Em 1047, estourou a invasão dos mouros e o rei foi assassinado. Bem mais tarde São Geraldo foi preso e martirizado na revolução pagã que se seguiu a morte de São Estevão em 1046. Foi morto com uma lança em 1046 e seu corpo atirado no Rio Danubio. Alguns seguidores retiraram o corpo do Rio e suas relíquias estão na Catedral de Budapeste, Hungria . Ele é o padroeiro da Hungria.

domingo, 23 de setembro de 2012

São Pio de Pietrelcina - Padre Pio

23/09 - Padre Pio nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina, Itália. Era filho de Gracio Forgione e de Maria Josefa de Nunzio. No dia seguinte, foi batizado com o nome de Francisco, e mais tarde seria, de fato, um grande seguidor de são Francisco de Assis.

Aos doze anos, recebeu os sacramentos da primeira comunhão e do crisma. E aos dezesseis anos, entrou no noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, da cidadezinha de Morcone, onde vestiu o hábito dos franciscanos e tomou o nome de frei Pio. Terminado o ano de noviciado, fez a profissão dos votos simples e, em 1907, a dos votos solenes.

Depois da ordenação sacerdotal, em 1910, no Convento de Benevento, padre Pio, como era chamado, ficou doente, tendo de voltar a conviver com sua família para tratar sua enfermidade, e lá permaneceu até o ano de 1916. Quando voltou, nesse ano, foi mandado para o Convento de São João Rotondo, lugar onde viveu até a morte.

Padre Pio passou toda a sua vida contribuindo para a redenção do ser humano, cumprindo a missão de guiar espiritualmente os fiéis e celebrando a eucaristia. Para ele, sua atividade mais importante era, sem dúvida, a celebração da santa missa. Os fiéis que dela participavam sentiam a importância desse momento, percebendo a plenitude da espiritualidade de padre Pio. No campo da caridade social, esforçou-se por aliviar sofrimentos e misérias de tantas famílias, fundando a "Casa Sollievo della Sofferenza", ou melhor, a "Casa Alívio do Sofrimento" em 1956.

Para padre Pio, a fé era a essência da vida: tudo desejava e tudo fazia à luz da fé. Empenhou-se, assiduamente, na oração. Passava o dia e grande parte da noite conversando com Deus. Ele dizia: "Nos livros, procuramos Deus; na oração, encontramo-lo. A oração é a chave que abre o coração de Deus". Também aceitava a vontade misteriosa de Deus em nome de sua infindável fé.

Sua máxima preocupação era crescer e fazer crescer na caridade. Por mais de cinqüenta anos, acolheu muitas pessoas, que dele necessitavam. Era solicitado no confessionário, na sacristia, no convento, e em todos os lugares onde pudesse estar todos iam buscar seu conforto, e o ombro amigo, que ele nunca lhes negava, bem como seu apoio e amizade. A todos tratou com justiça, lealdade e grande respeito.

Durante muitos anos, experimentou os sofrimentos da alma, em razão de sua enfermidade e, ao longo de vários anos, suportou com serenidade as dores das suas chagas.

Quando seu serviço sacerdotal foi posto em dúvida, sendo investigado, padre Pio sofreu muito, mas aceitou tudo com profunda humildade e resignação. Diante das acusações injustificáveis e calúnias, permaneceu calado, sempre confiando no julgamento de Deus, dos seus superiores diretos e de sua própria consciência. Muito consciente dos seus compromissos, aceitava todas as ordens superiores com extrema humildade. E encarnava o espírito de pobreza com seriedade, com total desapego por si próprio, pelos bens terrenos, pelas comodidades e honrarias. Sua predileção era a virtude da castidade.

Desde a juventude, sua saúde sempre inspirou cuidados e, sobretudo nos últimos anos da sua vida, declinou rapidamente. Padre Pio faleceu no dia 23 de setembro de 1968, aos oitenta e um anos de idade. Seu funeral caracterizou-se por uma multidão de fiéis, que o consideravam santo.

Nos anos que se seguiram à sua morte, a fama de santidade e de milagres foi crescendo cada vez mais, tornando-se um fenômeno eclesial, espalhado por todo o mundo.

No ano 1999, o papa João Paulo II declarou bem-aventurado o padre Pio de Pietrelcina, estabelecendo no dia 23 de setembro a data da sua festa litúrgica. Depois, o mesmo sumo pontífice proclamou-o santo, no ano 2002, mantendo a data de sua tradicional festa.


sábado, 22 de setembro de 2012

São Maurício e Companheiros


22/09 - Diocleciano, assim que foi aclamado imperador ano de 284, imediatamente nomeou Maximiano Hercúleo governador do Ocidente, com a incumbência de entrar em combate contra os gálios, agora chamados franceses. Estes já haviam dado inicío à luta armada para se vingarem da morte de Carino, filho do até então imperador, que fora assassinado pelo sanguinário Diocleciano, por ocasião da sua tomada do poder.

No alto Egito foi recrutado um batalhão de soldados cristãos, conhecidos como "a legião de soldados cristãos da Tebais", chefiados pelo comandante Maurício. Apesar do ódio que Maximiano nutria pelos cristãos, a incorporação de tais soldados em seu exército não era um nenhum acontecimento especial ou extraordinário, uma vez que o próprio imperador Diocleciano, na época, era simpatizante confesso deles. Inclusive, lhes confiava cargos administrativos importantíssimos no império. Neste período ele ainda não via ou citava os cristãos como uma ameaça ao Império Romano.

Depois de muitas batalhas, durante um período de descanso de três dias em Octodorum, por ordem do imperador haveriam três dias de comemorações e grandes festas religiosas onde os deuses pagãos seriam homenageados pela vitória conseguida sobre o inimigo. É claro que os soldados cristãos da legião tebaica se recusaram a participar de tal festa.

Então, decidiram levantar acampamento e seguiram para Agaunum, uma aldeia a cinco quilômetros de distância da cidade. Esse ato irritou o governador Maximiano que ordenou o retorno imediato do batalhão cristão, para que se aliassem ao restante do exército, nas solenidades aos deuses.

Comandados por Maurício e, com o apoio principalmente de Exupério, Cândido, Vitor, Inocêncio e Vital todos os soldados da tropa de Tebais se recusaram novamente a participar dos festejos. A irritação de Maximiano aumentou ainda mais, e à tal ponto, que imediatamente deu ordem à seu exército para marchar contra eles.

Maurício e seus companheiros foram então massacrados pelos soldados pagãos. O campo ficou forrado de sangue e cadáveres. Naquele ponto e naquela época foi erguida uma igreja em honra e culto a esses santos mártires do Cristianismo, encontrada somente por volta do ano 1893. A maioria das relíquias dos corpos dos soldados cristãos da legião Tebaica, atualmente são venerados no Convento de São Mauricio de Agaunum, na região do Valese, atual Suíça. Especialmente no dia 22 de setembro, determinado pelo Calendário oficial da Igreja de Roma.