sexta-feira, 31 de agosto de 2012

São Raimundo Nonato

31/08 - São Raimundo Nonato nasceu em Portel, Espanha. Quando São Pedro Nolasco, a 10 de agosto de 1218, dava início à Ordem das Mercês para a redenção dos escravos, com rito solene na Catedral de Barcelona, da qual era cônego o amigo e conselheiro Raimundo de Penafort, entre os fiéis estava também o moço de dezoito anos, Raimundo, chamado Nonato porque foi extraído do corpo da mãe morta no parto. Filho de família pobre, quando menino foi pastor de rebanhos. Vestiu o hábito dos mercedários aos vinte e quatro anos de idade, seguindo o exemplo do fundador, se dedicou à libertação dos escravos da Espanha ocupada pelos mouros e à pregação no meio deles. No ano de 1226 chegou até a Argélia e entregou-se como escravo, a fim de consolar e animar pela fé os prisioneiros e trabalhar pela sua libertação. Este gesto parece natural a que chega a caridade heróica de um santo que vive o Evangelho integralmente.

São Raimundo ficou vários meses como refém e submetido a reiteradas e cruéis malvadezas, continuou pregando o Evangelho e seus perseguidores chegaram ao ponto de furarem a ferro quente os seus lábios e os trancaram com um cadeado, para impedir que ele continuasse denunciando as injustiças e proclamando o Evangelho. Foi finalmente resgatado e muito debilitado retornou à Espanha. O Papa Gregório IX quis render-lhe uma homenagem pública por tão grandes virtudes conferindo-lhe em 1239, apenas libertado, a dignidade cardinalícia, convocando-o como conselheiro. Pôs-se em viagem, para atender ao convite do Papa, mas pouco depois uma febre violentíssima o atingiu e morreu em 31 de agosto de 1240 em Cardona, perto de Barcelona. Foi sepultado na Igreja de São Nicolau, que a popular devoção do santo, inserido do Martirológio Romano em 1657 pelo Papa Alexandre VII.

Pela sua difícil vinda à luz do mundo, São Raimundo Nonato é invocado como o patrono e protetor das parturientes e das parteiras.


quinta-feira, 30 de agosto de 2012

São Fiacre


30/08 - São Fiacre não é mencionado nos antigos calendários Irlandeses, mas é tido como certo que ele nasceu na Irlanda e viajou para a França onde viveu em quietude devotando-se a Deus. Ele chegou a Meauz onde o bispo da cidade deu a ele uma pequena habitação, em uma solitária floresta que era do patrimônio do bispado, chamado Breuil na província de Brie.

A tradição diz que o bispo ofereceu a ele toda a terra que ele conseguisse arar em um dia.
Fiacre em vez de sulcar o terreno com o arado, fez para ele uma cela com um jardim e um oratório em honra da Virgem Maria e fez um pequeno hospital para viajantes. Muitos o procuravam para conselhos e os pobre por ajuda. A sua caridade fez com que ele atendesse a todos e vários eram milagrosamente curados pelas suas mãos. Ele nunca permitiu que uma mulher entrasse em sua clausura e São Fiacre estendeu esta proibição até a sua capela e varias lendas dizem que as transgressões eram visivelmente punidas.

Por exemplo, diz a tradição que em 1620 um dama de Paris que se dizia acima de suas regras se dispôs a dirigir-se ao oratório e no caminho perdeu a memória e nunca mais a recobrou. A "Ana da Áustria" rainha da França ficava contente em orar de fora da porta do oratório, entre os demais peregrinos e nunca tentou entrar.

A fama dos milagre e curas de São Fiacre continuaram até após a sua morte e multidões visitam o seu túmulo por séculos. O Monsenhor Seguier, bispo de Meaux em 1649 deu o seu testemunho e João de Chatilon ,Conde de Blois também testemunhou a sua cura. Ana da Áustria atribuiu ao santo a cura de Luiz XIII de uma grave doença em 1641 e em agradecimento, foi a pé, em peregrinação, ao túmulo de São Fiacre , que já havia se tornado um santuário.Ele é invocado para toda sorte de problemas físicos.

Diz a tradição que ele teria tido hemorróidas e ficou sendo o santo padroeiro das doenças do reto.Ele é o padroeiro dos fabricantes de tijolos, telhas e manilhas de barro.Ele é tambem o padroeiro dos jardineiros e na França dos motoristas de taxi. Os taxistas franceses são chamados de "fiacres" porque o primeiro estabelecimento a permitir "carruagens de aluguel", no meio de século VII, era situado à rua Saint Martin, próximo ao Hotel Saint Fiacre em Paris.
A festa de São Fiacre é mantida em primeiro de setembro em varias dioceses da França e da Irlanda.

Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado com uma pá de jardineiro.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Beata Joana Maria da Cruz

29/08 - Joana nasceu numa aldeia de Cancale, França, em 25 de outubro de 1792. Seu pai era um pescador e morreu no mar quando ela tinha quatro anos. Logo conheceu a pobreza e começou a trabalhar como empregada num castelo. Sustentava a família enquanto ajudava os idosos abandonados e pobres. Joana era sensível à miséria dos idosos que encontrava nas ruas, dividindo com eles seu salário, o pão e o tempo de que dispunha.

Aos dezoito anos de idade, recusou uma proposta matrimonial de um jovem marinheiro, sinalizando: "Deus me quer para ele". Aos vinte e cinco anos, deixou sua cidade para ser enfermeira no hospital Santo Estêvão. Nesse meio tempo, ingressou na Ordem Terceira fundada por são João Eudes.

Deixou o hospital em 1823 e foi residir e acompanhar a senhorita Lecoq, mais como amiga do que enfermeira, com quem ficou por doze anos. Com a morte da senhorita Lecoq, herdou suas poucas economias e a mobília. Assim, sozinha, associou-se à amiga Francisca Aubert e alugaram um apartamento, em 1839. Lá acolheu a primeira idosa, pobre, doente, sozinha, cega e paralítica. Depois dessa, seguiram-se muitas mais. Outras companheiras de Joana uniram-se a ela na missão e surgiu o primeiro grupo, formando uma associação para os pobres, sob a condução do vigário do hospital Santo Estêvão.

Em 1841, deixam o apartamento e alugam uma pequena casa que lhes permite acolher doze idosos doentes e abandonados. Sozinha, Joana inicia sua campanha junto à população para recolher auxílios, tarefa que cumprirá até a morte. Mas logo sensibiliza uma rica comerciante e com essa ajuda consegue comprar um antigo convento. Ele se tornou a Casa-mãe da nascente Congregação das Irmãzinhas dos Pobres, sob a assistência da Ordem Hospedeira de São João de Deus, hábito que depois recebeu, tomando o nome de Joana Maria da Cruz. Adotando o voto de hospitalidade, imprimiu seu próprio carisma: "A doação como apostolado de caridade para com quem sofre por causa da idade, da pobreza, da solidão e outras dificuldades".

Assim foi o humilde começo da Congregação, que rapidamente se estendeu por vários países da Europa. Quando Joana morreu na França, em 29 de agosto de 1879, na Casa-mãe de Pern, as irmãzinhas eram quase duas mil e quinhentas, com cento e setenta e sete casas em dez países.

Em setembro de 1885, estabeleceram-se na América do Sul, fundando a primeira Casa na cidade de Valparaíso, no Chile, a qual logo foi destruída por um terremoto e reconstruída em Viña del Mar. Atualizando-se às necessidades temporais, hoje são quase duzentas casas em trinta e um países na Europa, América, África, Ásia e Oceania.

Uma obra fruto da visão da fundadora, Joana Jugan, madre Joana Maria da Cruz, que "soube intuir as necessidades mais profundas dos anciãos e entregou sua vida a seu serviço", para ser festejada no dia de sua morte, como disse o papa João Paulo II quando a beatificou em 1982.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Santo Agostinho




28/08 - Nasceu em 13 de novembro do ano 354, na cidade de Tagaste, que fica ao norte da África. Filho de Patrício, um modesto funcionário público e de Santa Mônica, uma cristã muito piedosa e fervorosa. Agostinho, que era um jovem inquieto, ambicioso e muito estudioso, deixou sua cidade e foi estudar em Cartago. Ali, acabou seduzido pelas paixões mundanas. Agostinho sempre foi um profundo amante da vida. Ele gostava de gozar com muito prazer de todas as coisas boas que a vida de seu tempo podia lhe oferecer. Era também muito inteligente, tornando-se um grande intelectual. Mas, apesar de tudo, Agostinho, era um profundo buscador da verdade. Durante muito tempo de sua vida, buscou-a ardentemente sem encontrá-la.

Os estudos, a fama, e todo prazer da vida não o completavam. Buscou a verdade com muita paixão, entregando-se durante muito tempo à seita dos maniqueus. Enquanto isso, sua mãe Mônica, que lhe tinha ensinado sobre Jesus e a fé cristã quando pequeno, chorava e rezava insistentemente para que Deus tocasse o seu coração e o retirasse de toda aquela vida vazia e sem sentido. Porém, Agostinho, soberbo que era, não queria se entregar à fé cristã. Descontente com a seita dos maniqueus, Agostinho a abandona por fim.

Passou a viver em Milão, onde desempenhava o cargo de orador oficial da corte. Depois que começou a ouvir os sermões do Bispo Santo Ambrósio, em Milão, Agostinho passa a questionar profundamente sua vida. Já não quer mais viver daquela forma: vazia e sem sentido. Enfim, no ano 386, Agostinho no meio de uma profunda angústia, em um jardim, na casa em que habitava em Milão, e chorando profundamente ouve como se fosse uma voz de criança a cantar: "Toma e lê, toma e lê".

Viu que havia perto os escritos de São Paulo e entendeu aquele canto como um convite para ler a Palavra de Deus. Tomando-a, abriu a Carta aos Romanos 13, 13-14: "Vivamos honestamente como em pleno dia. Não mais em orgias, bebedeiras..." Agostinho, ao ler isto, foi tomado de grande alegria e decidiu, num ímpeto de grande paz, seguir a Cristo. Agora Agostinho encontrou a verdade que procurava e ela foi luz que guiou seu coração até a sua morte, em 28 de agosto do ano 430.

Depois de sua conversão, Agostinho batizou-se. Grande amante da amizade, quis partilhar a alegria de vida cristã e o amor de Deus vivendo em comunidade. Assim, fundou seu primeiro mosteiro no ano 388. No ano 391, Agostinho é ordenado sacerdote e depois, no ano 395, é sagrado como Bispo. Depois de sua conversão viveu em comunidade em fundou vários conventos. Escreveu muitos livros, entre eles o mais famoso é o livros das "Confissões". Foi profundo conhecedor e amante da Palavra de Deus. Sobre ela escreveu vários livros. Amante da Igreja, escreveu contra falsas religiões de sua época e defendeu a fé cristã com muito fervor.

Agostinho amou. Amou muito. Amou a Deus, a Verdade que procurou durante toda vida, sua família, seus amigos, a Igreja. Agostinho amou a vida e ainda hoje nos ensina: "Ama e faze o que quiseres". Afinal, quem ama verdadeiramente, só pode fazer o bem. Agostinho vive hoje na família agostiniana que o reconhece como Pai, no culto da Igreja que o venera como Santo, em todas as almas recuperadas que lhe devem o seu retorno a Deus e nas mentes privilegiadas que o admiram por seu gênio fecundo.


segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Santa Mônica




27/08 - Neste dia, celebramos a memória desta grande santa, que nos provou com sua vida que realmente “tudo pode ser mudado pela força da oração”.Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332 d.C., numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.
  Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.

Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, aos 55 anos de idade, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.

Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.

Fonte: coraçãofiel.com.br/blog

domingo, 26 de agosto de 2012

Santa Tereza de Jesus Jornet


26/08 - Mais uma santa fundadora de um instituto feminino florescente, pequenas irmãs dos anciãos abandonados, que em 1983 possuía 212 casas e 2.750 irmãos. Nasceu Teresa em Aytona, na Catalunha em 9-1-1843. Passou a adolecência na terra natal e em Lérida, completando os estudos em Fraga, onde obteve o diploma de professora.

Depois de um tempo dedicado ao ensino, associou-se às terceiras camelitas, reunidas por um seu tio sacerdote. Foi diretora da escola, mas desejando maior perfeição entrou em 1868 para as clarissas, de onde saiu dois anos depois por causa de sua pouca saúde. Voltou para as terceiras camelitas, assumindo de novo a direção da escola. Quando da morte do tio (1872), a instituição esteve a ponto de dissolver-se, e Teresa voltou para cidade natal. No mesmo ano encontrou o Pe.Satumino López Novoa, que tinha fundado uma congregação para a assistência de anciãos pobres e fez parte do 1º grupo de 28 companheiras com as quais se iniciou essa obra.

No ano seguinte abriam sua primeira casa em Valência. Em 1874, aprovado o instituto pelo bispo dessa cidade, fez a sua profissão temporária e se fundava outra casa em Saragoza. Em 12 anos se fundaram 47 casas para os velhos pobres. A congregração cresceu e foi aprovada pela Santa Sé. Expandiram-se Cuba e toda a América Latina. Mas tiveram de lutar contra outra congregação religiosa francesa, que queria a fusão com obra de Teresa ou ao menos que sua obra mudasse de nome. Em 1882 chegou-se a um acordo e a obra de Teresa assumiu nome. Com saúde fraca, Teresa morreu ainda jovem em 1897, no dia 26 de agosto. A congregação não se preocupou em mover a causa de beatificação da fundadora, que foi levada a termo por iniciativa da autoridade da Igreja.

sábado, 25 de agosto de 2012

Santa Patrícia


25/08 - Patrícia era descendente do imperador Constantino, o Grande. Nasceu no início do século VII em Constantinopla e foi educada para a corte pela sua dama Aglaia, uma cristã muito devota. A pequena cresceu piedosa e, apesar da pouca idade, emitiu voto de virgindade a Cristo. Mas, para se manter fiel teve de fugir da cidade, porque seu pai Constante II, então imperador, insistia em lhe impor um matrimônio.

Patrícia ajudada e em companhia de Aglaia, com algumas seguidoras, se esconderam por algum tempo e depois em Nápolis na Itália. Depois de um tempo soube que seu pai já havia se resignado à sua vontade. Recebeu então o véu, símbolo de sua consagração a Deus, das próprias mãos do Sumo Pontífice. Assim, elas retornaram à Constantinopla para Patrícia renunciar o direito à coroa e distribuir seus bens aos pobres, antes de seguirem em peregrinação à Terra Santa.

Mas, outros incidentes ocorreram à elas. A embarcação se distanciou dos vários perigos e se desgovernou até se espatifar nos rochedos da costa marítima de Nápolis. Precisamente na pequena ilha de Megaride, também conhecida como Castel dellOvo, onde havia um pequeno convento, no qual Patrícia morreu, depois de sobreviver por pouco tempo.

Para retribuir o carinho desta Santa que retornou a Nápolis só para ser sepultada, a população difundia sempre mais seu culto, tornando-o forte e vigoroso. Em 1625, Santa Patrícia foi proclamada co-padroeira de Nápolis, sendo tão comemorada quanto o outro padroeiro: São Genaro, o célebre mártir.

Por motivos históricos, em 1864 suas relíquias foram transferidas para a capela lateral da esplêndida igreja do Mosteiro de São Gregório Armênio. A Igreja confirmou o culto de Santa Patrícia.

Fonte: www.paroquiadeaparecida.com.br