quinta-feira, 12 de abril de 2012

São Zenão de Verona






12/04 - É apenas conhecido pela centena de sermões que se lhe atribuem. Subiu a bispo de Verona, Itália, em 362, e morreu, ao que se julga, em 380. A primeira destas datas é também a do restabelecimento dum clero pagão e a proibição de qualquer proselitismo aos cristãos, medidas tomadas ambas por Julião Apóstata (361-363); e a segunda data coincide com o ato de Teodósio em que proclamou o cristianismo como religião do Estado.




O bispo Zenão vivia à maneira dos Apóstolos. É representado com um peixe a fim de lembrar que ele, não querendo ser pesado a ninguém, ia pescar no rio Ádige o melhor que havia de comer.





quarta-feira, 11 de abril de 2012

São Gustavo de Croyland



11/04 - Conhecido também com o Gustav, Gustaff e Guthlac.

Nascido em Mércia, em 673 DC, teria sangue real da tribo dos Guthlacingas. Teria sido soldado por nove anos lutando por Ethelred, o Rei de Mércia. Na idade de 24 anos, renunciou a violência e a vida mundana e se tornou um monge beneditino na Abadia de Repton, dirigida por uma Abadessa de nome Elfrida.

Mesmo naqueles dias de iniciante, sua disciplina era extraordinária. Alguns dos monges não o apreciavam muito, simplesmente porque ele recusava todo e qualquer vinho e qualquer outra bebida, a não ser água. Mas com o tempo ele conquistou a admiração dos seus irmãos. Após dois anos no monastério, lá parecia ser um local muito agradável para o que ele desejava. Na festa de São Bartolomeu, cerca de 701 DC, ele encontrou um local remoto perto do Rio Welland, o qual só poderia ser alcançado de barco e viveu lá o resto de sua vida como um eremita, procurando imitar os rigores dos velhos antigos monges do deserto.

Suas tentações rivalizavam a deles. Homens selvagens invadiam a floresta e batiam nele. Até tomavam as suas poucas posses e comida, mas Gustavo era paciente até mesmo com as criaturas selvagens. Pouco a pouco os animais e os pássaros passaram a tratá-lo como amigo e a confiar nele. Um homem santo de nome Wilgrid, certa vez visitou Gustavo e ficou estarrecido ao ver duas andorinhas pousarem em seus ombros e depois andarem sobre o seu corpo. Gustavo disse a ele: “Aqueles que escolhem viver longe dos humanos se tornam amigos dos animais selvagens e os anjos os visitam também, e aqueles que são sempre visitados por outros homens, raramente são visitado pelos anjos”. Diz a tradição que em algumas noites sua única refeição do dia era trazida pelos anjos. Aparentemente, Gustavo havia tido uma visão de São Bartolomeu, seu patrono, que lhe deu um açoite para espantar o demônio. Ele não estaria totalmente só no seu refúgio. Ele teve vários discípulos entre eles Santa Cissa, São Bettelin, São Egbert que tinham suas celas bem perto da dele. O Bispo Hedda de Dorchester o ordenou padre durante uma visita ao seu retiro para pedir seu aconselhamento espiritual e sua bênção que teria curado uma grave doença do bispo. O príncipe exilado, Ethelbald, veio a ele a procura de conselhos e aprendeu de Gustavo o que deveria fazer para, de novo, usar a coroa de Mércia.

Quando ele estava morrendo, Gustavo mandou chamar Santa Pega (sua irmã) e que era também uma eremita próxima a ele (A igreja de Santa Pega existe até hoje em Peakirk). A Abadessa Edberga de Repton, enviou a ele um caixão de chumbo. Um ano após a sua morte, o corpo de Gustavo foi exumado e encontrado incorrupto.

Levado para o seu santuário, tornou-se local de peregrinação e vários milagres são creditados à sua intercessão. Quando o Rei Wiglaf de Mércia (827-840) e o Arcebispo Ceolnoth de Canterbury, foram curados pelas orações a São Gustavo em 830 DC, seu culto cresceu e se espalhou. Um monastério foi erigido no local da cela de São Gustavo e mais tarde se tornou a Abadia de Crowland, para onde suas relíquias, e seu açoite, foram trasladadas, em 1136. Houve outro translado em 1196. A vida de São Gustavo está escrita em Latin pelo seu contemporâneo Felix. Várias outras biografias estão compostas em prosa e versos, em inglês antigo. Junto com São Cuthbert, São Gustavo é um dos mais populares santos da Inglaterra.

Na arte litúrgica da Igreja, São Gustavo é mostrado segurando 1º um açoite na sua mão direita com uma serpente a seus pés; ou 2º recebendo o açoite de São Bartolomeu; ou 3º sendo ordenado por Santa Hedda de Winchester; ou 4º com os demônios molestando e os anjos a consolá-lo.

Uma magnífica recordação de sua vida sobreviveu no Museu Britânico e é chamada de Guthlac Roll. É uma série de 18 cartões de vidros baseado na biografia de Feliz. Na Abadia de Henry Crowland, do século 13, existe um selo na porta principal mostrando São Gustavo recebendo o açoite de São Bartolomeu, para se defender dos ataques do demônio. Ele é muito venerado em Lincolnshire.

Faleceu em 714 DC.

Sua festa é celebrada no dia 11 de abril.

A festa de seu traslado é celebrada em 3 de agosto e ainda tem outra comemoração, em 26 de agosto, em Lincolnshire.



segunda-feira, 9 de abril de 2012

Santa Cacilda



09/04 - Cacilda era filha de um terrível inimigo de Nosso Senhor Jesus Cristo: Adelmão, rei de Toledo que, ao saber que este ou aquele súdito era cristão, ordenava aos seus homens que o prendesse e o atirassem às masmorras.

Ali, bandos de cristãos permaneciam dias e dias sem qualquer alimento, abandonados à própria sorte. Cacilda sofria em silêncio, o pensamento nos pobres relegados ao deus-dará.

Um dia, decidiu-se. Havia de alimentá-los, às escondidas, acontecesse o que acontecesse. E passou, ajudada pela escuridão da noite, a levar pão aos prisioneiros. Não demorou muito, Adelmão veio a saber do que estava acontecendo e, querendo certificar-se por si mesmo, começou, disfarçadamente, a vigiar a filha.

Uma noite, a santa moça levava, como de costume, vários pães aos sofredores das masmorras, escondidos sob seu manto. De repente, o pai, saindo das sombras de uma coluna, interceptou-lhe os passos e, perguntando à jovem o que levava sob o manto, ordenou-lhe que o abrisse.



Cacilda, obediente, entreabriu, calmamente, o longo manto, e Adelmão, decepcionado, viu, perfumadamente apertado ao colo da filha, um grande e fresco molho de rosas.

O rei, então, deixou-a prosseguir, envergonhado. E assim que a jovem princesa chegou aos pés dos cativos, as rosas já haviam voltado a ser que de fato eram - pães!

Catecúmena que era, ardendo por receber o batismo, Deus enviou-lhe um mal considerado incurável, revelando-lhe, pouco depois numa visão, que recuperaria a saúde se fosse a Burgos e ali se banhasse nas águas do lago de São Vicente.

Insistentemente, Cacilda rogou ao pai a permissão para ir àquela cidade. E Adelmão, cedendo aos pedidos da filha, acabou concordando. Desta forma, Cacilda se curou e, em agradecimento a Deus, a doce princesa ergueu, perto do lago, um oratório numa casinhola onde, depois de ser batizada, passou o resto da vida, falecendo santamente em 1007.

Devido aos milagres que lhe foram atribuídos, o culto de Santa Cacilda de Toledo espalhou-se rapidamente por toda a Espanha. Esta data, 9 de Abril, é a que lhe celebra a translação de suas relíquias para a igreja de Burgos.


Fonte: //hagiosdatrindade.blogspot.com.br

domingo, 8 de abril de 2012

Santa Julia Billiart




08/04 - Na cidade de Cuvilly, França, em 12 de julho de 1751, nasceu Maria Rosa Júlia Billiart, filha de Francisco e Maria Antonieta, pobres e muito religiosos. Júlia fez a primeira comunhão aos sete anos.

Aos treze anos, Júlia sofreu sérios problemas e, subnutrida, ficou, lentamente, paraplégica, por vinte e dois anos. Durante esse tempo aprendeu os mistérios da vida mística, do calvário, da glória e da luz. Sempre engajada na catequese da paróquia, preocupava-se com a educação dos pobres. Cultivava amizades na família, com os religiosos, com as carmelitas, com as damas da nobreza que lhe conseguiam os donativos.

Decidiu ingressar na vida religiosa, com uma meta estabelecida: fundar uma congregação destinada a educar os pobres e a formar bons educadores. Mesmo não sendo letrada, possuía uma pedagogia nata, aprendida na escola dos vinte e dois anos de paralisia, nos contatos com as autoridades civis e eclesiásticas e com os terrores da destruição da Revolução Francesa e de Napoleão Bonaparte. Assim, ainda paralítica, em 1804 fundou a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora.

Júlia foi incapaz de amarrar sua instituição aos limites das exigências das fundações de seu tempo. Sua devoção ao Sagrado Coração de Jesus a curou. Depois de trinta anos, voltou a caminhar. A Mãe de Deus era sua grande referência e modelo, e a eucaristia era o centro de sua vida de fé inabalável. Mas viver com ela não era fácil. Era um desafio constante. Devido à firmeza de metas foi considerada teimosa e temperamental. Principalmente por não aceitar que a congregação fosse só diocesana, ou seja, sem superiora geral. Custou muito para que tivesse tal direito, mas, por fim, foi eleita superiora geral.

Júlia abriu, em Amiens, a primeira escola gratuita e depois não parou mais. Viajava pela França e pela Bélgica fundando pensionatos e escolas, pois naqueles tempos de miséria a necessidade era muito grande. Perseguida e injustiçada pelo bispo de Amiens, foi por ele afastada da congregação. Todas as irmãs decidiram seguir com ela para a cidade de Namur, na Bélgica, onde se fixaram definitivamente.

Júlia, incansável, continuou criando pensionatos, fundando escolas, formando crianças e educadores, ficando conhecidas como as "Irmãs da Nossa Senhora de Namur". Ali a fundadora consolidou a diretriz pedagógica da congregação: a educação como o caminho da plenitude da vida. Morreu em paz no dia 8 de abril de 1816, na cidade de Namur.



sábado, 7 de abril de 2012

São Germano José




07/04 - Germano nasceu no ano 1150 em Colônia, na Alemanha, de uma família poderosa e abastada que, ainda na sua infância, perdeu todas as suas posses e passou a viver na pobreza. Mas o que marcou mesmo os tempos de criança de Germano foram as aparições da Virgem Maria, que são contadas em muitas passagens de sua vida, fatos registrados pela Igreja e narrados pela tradição dos fieis.

Esses registros não ocorreram só na sua juventude, como durante toda a sua vida. Apesar da falência da família, graças aos próprios esforços ele estudou e se formou nas ciências humanas, assim como, depois conseguiu o que mais desejava: ingressar num convento para sua formação religiosa, que foi na Ordem dos Praemonstratenses.

Quanto as revelações narra a tradição que desde muito pequeno Germano conversava horas e horas com Nossa Senhora. Certa vez teria trazido uma maçã para lhe oferecer e Ela estendeu a mão para apanhar a fruta. Em outra ocasião, teria brincado com o Menino Jesus sob o olhar da Virgem Mãe, que lhe teria apontado uma pedra do piso da igreja, sob a qual Germano sempre acharia dinheiro para seus calçados e roupas, já que o pai não podia mais lhe oferecer nem o mínimo necessário para sobreviver. Mais velho, conta-se que ao rezar diante do altar de Maria uma estranha luz o cercava e ele entrava em êxtase contemplativo.

No fim da vida, ao visitar um convento de religiosas, vizinho ao seu, determinou o lugar onde queria ser enterrado. Era mais um aviso antecipado, pois ali morreu dias depois, durante uma missa, no dia 07 de abril de 1241. Foi enterrado onde desejava. E desde então sua sepultura se tornou um local de peregrinação, onde os devotos agradeciam e obtinham graças por sua intercessão, inclusive com a cura de doenças fatais, segundo a tradição dos fiéis.

Entretanto, muito tempo depois, quando do seu traslado para o convento onde vivera e trabalhara, por ordem do Bispo, descobriu-se que seu corpo ainda não tinha sinais de decomposição.

Germano José foi beatificado em 1958 pelo Papa Pio XII. Dois anos depois o Papa São João XXIII aprovou seu culto litúrgico para o dia 07 de abril e autorizou que ao lado do seu nome fosse colocada a palavra Santo. Em 1961 a igreja de Steinfeld que guarda suas relíquias mortais foi declarada Basílica Menor.


Fonte: www.diaconoalfredo.com.br

sexta-feira, 6 de abril de 2012

São Marcelino




06/04 - Marcelino foi um sábio e dedicado religioso, amigo e discípulo de Agostinho, bispo de Hipona, depois canonizado e declarado doutor da Igreja. Entretanto Marcelino acabou sendo vítima de um dos lamentáveis cismas que dividiram o cristianismo. Foram influências políticas, como o donatismo, que levaram esse honrado cristão à condenação e ao martírio.

Tudo teve início muitos anos antes, em 310. O imperador Diocleciano ordenara ao povo a entrega e queima de todos os livros sagrados. Quem obedeceu, passou a ser considerado traidor da Igreja. Naquele ano, Ceciliano foi eleito bispo de Cartago, mas teve sua eleição contestada por ter sido referendada por um grupo de bispos traidores, os mesmos que entregaram os livros sagrados.

O bispo Donato era um desses e, além disso, tinha uma posição totalmente contrária ao catolicismo ortodoxo. Ele defendia que os sacramentos só podiam ser ministrados por santos, não por pecadores, isto é, gente comum. Os seguidores do bispo Donato, portanto, tornaram-se os donatistas, e a Igreja dividiu-se.

Em Cartago, Marcelino ocupava dois cargos de grande importância: era tabelião e tribuno, funcionando, assim, como um porta-voz da população diante das autoridades do Império Romano. Era muito religioso, ligado ao bispo Agostinho, de Hipona, reconhecido realmente como homem de muita fé e dedicação à Igreja. Algumas obras escritas pelo grande teólogo bispo Agostinho partiram de consultas feitas por Marcelino. Foram os tratados "sobre a remissão dos pecados", "sobre o Espírito", e o mais importante, "sobre a Trindade", porém nenhum deles pôde ser lido por Marcelino.

Quando Marcelino se opôs ao movimento donatista, em 411, foi denunciado como cúmplice do usurpador Heracliano e condenado à morte. Apenas um ano depois da execução da pena é que o erro da justiça romana foi reconhecido pelo próprio imperador Honório. Assim, a acusação foi anulada e a Igreja passou a reverenciar são Marcelino como mártir. Sua festa litúrgica foi marcada para o dia 6 de abril, data de sua errônea execução.



terça-feira, 3 de abril de 2012

São Xisto I - Papa



03/04 - O imperador Trajano, no final do seu reinado, julgou que devia diminuir a própria política de perseguição nos combates ao cristianismo, também porque a "infâmia" de ser cristão servia, mais freqüentemente, para resolver atritos políticos ou familiares do que para dirimir questões religiosas.



Tal clima de "tolerância" disfarçada, que não mudou nem mesmo os métodos e as perseguições, prosseguiu até no governo do imperador Adriano, o qual escreveu ao procônsul da Ásia: "Se um faz as acusações e demonstra que os cristãos estão operando contra as leis, então a culpa deve ser punida segundo a sua gravidade. Mas se alguém se aproveita deste pretexto para caluniar, então é este último que deve ser punido".



Nessa realidade, elegeu-se Xisto I, filho de pastores romanos, que se tornou o sétimo sucessor do trono de são Pedro, em 115. Seu governo combateu com veemência as doutrinas maléficas dos gnósticos, ou seja, os princípios da existência seriam transmitidos através do "conhecimento revelado" por inúmeras potências celestes, que feriam todos os fundamentos da religião de Cristo.



A este papa deve-se a introdução de muitas normas disciplinares de culto litúrgico. Proibiu as mulheres de tocarem o cálice sagrado e a patena, que é o pratinho de metal, dourado ou prateado, usado para depositar a hóstia consagrada. Instituiu o convite aos fiéis para cantarem o sanctus junto com o celebrante, durante a missa. Introduziu a água no rito eucarístico e determinou que a túnica ou corporal fossem feitos de linho.



O Santo papa Xisto I morreu durante a perseguição do imperador Adriano, em 125.



Estava próximo de Roma, visitando a diocese de Frosinone, provavelmente onde sofreu o suplício, pois foi enterrado na acrópole de Alatri.



A sua celebração foi mantida no dia 3 de abril, como sempre foi reverenciado pelos devotos alatrianos, que guardam as suas relíquias na igreja da catedral da cidade.