domingo, 4 de dezembro de 2011

São João Damasceno



04/12 - João Damasceno é considerado o último dos santos Padres orientais da Igreja, antes que o Oriente se separasse definitivamente de Roma, no ano 1054.

Nascido na Síria no seio de uma família árabe cristã no ano 675, em Damasco. Por isso veio daí seu apelido "Damasceno" ou "de Damasco" pois seu nome de batismo era João Mansur. Gozava de uma situação estável e prestigio­sa no mundo, pois era prefeito de Damasco e homem de con­fiança do califa.

Nessa época a cidade já estava dominada pelos árabes muçulmanos, que acabavam de conquistar, também, a Palestina. No início da ocupação, ainda se permitia alguma liberdade de culto e organização dos cristãos, dessa forma o convívio entre as duas religiões era aceitável. A família dos Mansur ocupava altos postos no governo da cidade, sob a administração do califa muçulmano, espécie de prefeito árabe.

Por amor a Je­sus Cristo renunciou a tudo, dis­tribuiu aos pobres sua fortuna e ingressou no convento de São Sabas, perto de Jerusalém e foi ordenado sacerdote. Desde então viveu na penitência, na solidão, no estudo das Sagradas Escrituras, dedicado a pregação. Com­bateu a heresia iconoclasta, que pregava a destruição das imagens religiosas, escrevendo três livros para refutá-la. Escreveu também um tratado famoso, sobre a fé e a ortodoxia dos Padres gregos.

Suas obras mais importantes são "A fonte da ciência", "A fé ortodoxa", "Sacra paralela" e "Orações sobre as imagens sagradas", onde defende o culto das imagens nas igrejas, contra o conceito dos iconoclastas.

Saía do convento somente para pregar na igreja do Santo Sepulcro, para defender o rigor da doutrina. Suas homilias, depois, eram escritas e distribuídas para as mais diversas dioceses, o que o fez respeitado no meio do clero e do povo.

Devido a seus livros escritos, João Damasceno foi muito perseguido e até preso pelos hereges. Até mesmo o califa foi induzido a acreditar que João Damasceno conspirava, junto com os cristãos, contra ele. Mandou prendê-lo a aplicar-lhe a lei muçulmana: sua mão direita foi decepada, para que não escrevesse mais.

Mas a fé e devoção que dedicava à Virgem Maria tanto rezou que a Mãe recolocou a mão no lugar e ele ficou curado. E foram inúmeras orações, hinos, poesias e homilias que dedicou, especialmente, a Nossa Senhora. Através de sua obra teológica foi ele quem deu início à teologia mariana.

Morreu no ano 749, segundo a tradição, no Mosteiro de São Sabas.

Sua contribuição para a Igreja tal que o papa Leão XIII o proclamou doutor da Igreja e os críticos e teólogos o declararam "são Tomás do Oriente".

Sua celebração, ocorre no dia 4 de dezembro.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

São Naum - Profeta



01/12 - Também chamado de Elcosiano (em hebreu “elgoshi”) o que provavelmente indica o nome de seu pai. A família de Naum era originária de uma aldeia que mais tarde recebeu o nome do profeta, em sua homenagem. No Evangelho, Cafarnaum é mencionada para designar a aldeia de Naum, na parte norte do Lago da Galiléia. Depois da destruição do reino de Israel pelos assírios (722 a C) os descendentes de Naum se mudaram para Judá, onde iniciou seu serviço profético, no inicio do século VII a. C. No terceiro capitulo de seu Livro, Naum fala principalmente do castigo de Nínive, a capital da Assíria. No passado, Nínive sentiu o peso da mão de Deus, pelo castigo, para que o povo hebreu voltasse a razão. Por isso Isaias chamava a Assiria: “Ai da Assíria, a vara da minha ira, porque a minha indignação é como bordão nas suas mãos. (Is 10-5,15) Naum descreve em imagens muito reais o castigo dos hebreu pelos assírios: “O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em poder, e ao culpado não tem por inocente; o Senhor tem o seu caminho na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó dos seus pés. Ele repreende ao mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e o Carmelo, e a flor do Líbano murcha. Os montes tremem perante ele, e os outeiros se derretem; e a terra se levanta na sua presença; e o mundo, e todos os que nele habitam. Quem parará diante do seu furor, e quem persistirá diante do ardor da sua ira? A sua cólera se derramou como um fogo, e as rochas foram por ele derrubadas. O Senhor é bom, ele serve de fortaleza no dia da angústia, e conhece os que confiam nele. (Na 1, 3-7)

Duzentos anos antes, na época do Profeta Jonas, Nínive, a capital da Assíria, foi perdoada por Deus, mediante a penitência e o arrependimento de seu povo. Depois disso Assíria começou a crescer e a progredir rapidamente. Embriagados por suas conquistas, os assírios tornaram-se muito arrogantes e cruéis com os povos vizinhos. Em seu livro, Naum descreve a situação moral da Nínive contemporânea como uma cidade de sangue e traição. No futuro castigo, o profeta prediz o que a cidade ira sofrer como conseqüência de todo sangue derramado. Até então a Nínive invencível, foi submetida pelo imperador Nabopolasar da Babilônia no ano de 612 a. C. Sua destruição e aniquilamento foram escritos por Heródoto, Dióscoro da Sicilia e outros escritores gregos.

Assim, como profetizou Naum, Nínive, depois de sua destruição desapareceu da face da terra. O profeta surpreso pergunta: “Onde está agora o covil dos leões, e as pastagens dos leõezinhos, onde passeava o leão velho, e o filhote do leão, sem haver ninguém que os espantasse? O leão arrebatava o que bastava para os seus filhotes, e estrangulava a presa para as suas leoas, e enchia de presas as suas cavernas, e os seus covis de rapina. (Na 2, 11-12). Efetivamente, durante 2 mil anos a cidade de Nínive foi esquecida, não se sabendo o local exato onde estava situada. Somente, no século XIX, foram encontrados sítios arqueológicos de Nínive pelas escavações feitas por Rawlinson e outros arqueólogos. Tais descobertas arqueológicas testificam a verdade e a surpreendente exatidão das profecias de Naum.


Fonte: //ecclesia.com.br

domingo, 27 de novembro de 2011

São Francisco Antônio de Lucera



27/11 - Conhecido também como Antônio Fasani.


Nasceu em Lucera, Apulia, Itália no dia 56 de agosto 1681.

Donato Antonio João Nicholas Fasani nasceu de um família de camponeses. Sua mãe casou-se após a morte de seu pai ainda quando Francisco era muito jovem e foi o seu padrasto que o enviou para os frades Conventual para ser educado. Com a idade de 15 ele foi enviado para Monte Gargano para iniciar seu noviciado. Quando entrou para a Ordem dos Franciscanos em 23 de agosto de 1696 ele mudou seu nome para Francisco Antonio.

Em1703 foi enviado a Assis onde ele foi ordenado sacerdote em 11 de setembro de 1705. Ele completou seu mestrado em teologia no Colégio São Boaventura em Roma. Daquele tempo em diante ele passou a ser chamado de “Padre Mestre” em sua cidade natal onde ele ensinava teologia desde 1707. No Convento de Lucera ele também serviu como guardião, noviço e mestre e ministro provincial em Sant’Angelo. Embora sua escolaridade fosse notável ele era mais conhecido pelos seus sermões na cidade e no campo. Ele falava de um jeito que as pessoas podiam entender e dirigiu seus esforços para catequizar os pobres. Ele produziu vários volumes de sermões, alguns em Latim.

Francisco Antonio era devotado aos pobres, aos que sofriam e aos prisioneiros. Várias vezes ele acompanhava aqueles condenados à morte até o patíbulo.

Francisco Antonio promoveu a devoção a Imaculada Concepção a qual tinha grande devoção e especial amor muito antes deste dogma ter sido definido. Ele trouxe de Nápoles uma estátua da Imaculada Conceição que ele colocou na igreja de São Francisco de Assis e ele escreveu hinos a ela para serem cantados pelo povo de sua terra. Essa estátua ainda é objeto de veneração em Lucera. Ele também estabeleceu a Novena a Nossa Senhora da Imaculada Conceição. No dia 29 de novembro, no primeiro dia desta Novena Francisco Antonio faleceu, como outro notável e também reverenciado Francisco, o de Assis.

Foi beatificado pelo Papa Pio XII em 15 de abril de 1951 e canonizado pelo Papa João Paulo II em 13 de abril de 1986


sábado, 26 de novembro de 2011

São Conrado de Constance




26/11 - Era filho do Conde Henry de Altdorf e um membro da família Guelph. Educado e ordenado em Constance, Suíça ele foi eleito bispo em 934. Foi companheiro e conselheiro do Imperador Otto I (936-973).


Ele usou parte de sua fortuna pessoal para construir e renovar igrejas em sua Sé, e deu todo o restante para os pobres. Em 962 São Conrado acompanhou o Imperador Otto I a Itália e depois ele fez varias peregrinações a Terra Santa. Durante quase 42 anos como bispo, ele nunca se envolveu na política secular.


A lenda diz que quando o bispo de Syracuse o visitou, o bispo perguntou a Conrado se ele tinha algo para oferecer ao hospedes .Conrado respondeu que iria verificar na sua cela. Ele voltou com um bolo acabado de ser feito e que o bispo viu surpreso que se tratava de um milagre.



Conrado retribuiu a visita ao bispo e fez a ele uma confissão geral. Ao retornar foi rodeado de pássaros que cantavam e o escoltaram de volta a até sua casa. Outra lenda diz que ele estava para beber o cálice com o vinho já consagrado em sangue de Jesus quando um aranha caiu dentro do cálice. (na época considerava-se todas as aranhas como venenosas). Conrado por respeito, bebeu o conteúdo do cálice e nada sofreu. Diz a tradição que ele morreu em 975 ajoelhado e orando ante o crucifixo. Foi canonizado em 1123.


Na arte litúrgica da igreja ele é mostrado como um bispo ajoelhado junto ao um crucifixo ou segurado um cálice com uma aranha.



quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Santo André Dung-Lac e companheiros



24/11 - A evangelização do Vietnã começou no século XVI, através de missionários europeus de diversas ordens e congregações religiosas. São quatro séculos de perseguições sangrentas que levaram ao martírio milhares de cristãos massacrados nas montanhas, florestas e em regiões insalubres. Enfim, em todos os lugares onde buscaram refúgio. Eram bispos, sacerdotes e leigos de diversas idades e condições sociais, na maioria pais e mães de família e alguns deles catequistas, seminaristas ou militares.



Hoje homenageamos um grupo de cento e dezessete mártires vietnamitas, beatificados no ano jubilar de 1900, pelo Papa Leão XIII. A maioria viveu e pregou entre os anos 1830 e 1870. Dentre eles muito se destacou o padre dominicano André Dung-Lac, tomado como exemplo maior dessas sementes da Igreja católica vietnamita.



Filho de pais muito pobres, que o confiaram desde pequeno à guarda de um catequista, ordenou-se sacerdote em 1823. Durante seu apostolado foi cura e missionário em diversas partes do país. Também foi salvo da prisão diversas vezes, graças a resgates pagos pelos fiéis, mas nunca concordou com esse patrocínio.



Uma citação sua mostra claramente o que pensava destes resgates: "Aqueles que morrem pela fé sobem ao céu. Ao contrário, nós que nos escondemos continuamente gastamos dinheiro para fugir dos perseguidores. Seria melhor deixar-nos prender e morrer". Finalmente, foi decapitado em 24 de novembro de 1839, em Hanói, Vietnã.



Passada esta fase tenebrosa, veio um período de calma que durou cerca de setenta anos. Os anos de paz permitiram à Igreja que se reorganizasse em numerosas dioceses que reuniam centenas de milhares de fiéis. Mas os martírios recomeçaram com a chegada do comunismo à região.



A partir de 1955, os chineses e os russos aniquilaram todas as instituições religiosas, dispersando os cristãos, prendendo, condenando e matando bispos, padres e fiéis, de maneira arrasadora. A única fuga possível era através de embarcações precárias que sucumbiam nas águas que poderiam significar a liberdade, mas que levavam invariavelmente à morte.



Entretanto o Evangelho de Cristo permaneceu no coração do povo vietnamita, pois, quanto mais perseguido maior se tornou seu fervor cristão, sabendo que o resultado seria um elevadíssimo número de mártires. O Papa João Paulo II em 1988 inscreveu esses heróis de Cristo no Livro dos Santos da Igreja, para serem comemorados juntos e como companheiros de Santo André Dung-lac, no dia de sua morte.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

São Clemente



Clemente foi o quarto papa da Igreja de Roma, ainda no século I. Vivia em Roma e foi contemporâneo de são João Evangelista, são Filipe e são Paulo; de Filipe era um dos colaboradores e do último, um discípulo. Paulo até citou-o em seus escritos. A antiga tradição cristã apresenta-o como filho do senador Faustino, da família Flávia, parente do imperador Domiciano. Mas foi o próprio Clemente que registrou sua história ao assumir o comando da Igreja, sabendo do perigo que o cargo representava para sua vida. Pois era uma época de muitas perseguições aos seguidores de Cristo.

Governou a Igreja por longo período, de 88 a 97, quando levou avante a evangelização firmemente centrada nos princípios da doutrina. Enfrentou as divisões internas que ocorriam. Foi considerado o autor da célebre carta anônima enviada aos coríntios, que não seguiam as orientações de Roma e pretendiam desligar-se do comando único da Igreja. Através da carta, Clemente I animou-os a perseverarem na fé e na caridade ensinada por Cristo, e participarem da união com a Igreja.

Restabeleceu o uso do crisma, seguindo a tradição de são Pedro, e instituiu o uso da expressão "amém" nos ritos religiosos. Com sua atuação séria e exemplar, converteu até Domitila, irmã do imperador Domiciano, também seu parente, fato que ajudou muito para amenizar a sangrenta perseguição aos cristãos. Graças a Domitila, muitos deixaram de sofrer ou, pelo menos, tiveram nela uma fonte de conforto e solidariedade.

Clemente I expandiu muito o cristianismo, assustando e preocupando o então imperador Nerva, que o exilou na Criméia. A essa altura, assumiu, como papa, Evaristo. Enquanto nas terras do exílio, Clemente I encontrou mais milhares de cristãos condenados aos trabalhos forçados nas minas de pedra. Passou a encorajá-los a perseverarem na fé e converteu muitos outros pagãos.

A notícia chegou ao novo imperador Trajano, que, irritado, primeiro ordenou que ele prestasse sacrifício aos deuses. Depois, como recebeu a recusa, mandou jogá-lo no mar Negro com uma âncora amarrada no pescoço. Tudo aconteceu no dia 23 de novembro do ano 101, como consta do Martirológio Romano.

O corpo do santo papa Clemente I, no ano 869, foi levado para Roma pelos irmãos missionários Cirilo e Metódio, também venerados pela Igreja, e entregue ao papa Adriano II. Em seguida, numa comovente solenidade, foi conduzido para o definitivo sepultamento na igreja dedicada a ele. Na cidade de Collelungo, nas ruínas da propriedade de Faustino, seu pai, foi construída uma igreja dedicada a são Clemente I. A sua celebração ocorre no dia da sua morte.



segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação de Nossa Senhora no Templo



21/11 - Honramos no dia 21 de novembro a Apresentação de Nossa Senhora no Templo. Esta festa antiquíssima lembra que Nossa Senhora, então com 3 anos foi levada por seus pais São Joaquim e Santa Ana ao Templo, onde com outras meninas e piedosas mulheres foi instruida cuidadosamente a respeito da fé de seus pais e sobre seus deveres para com Deus.

Historicamente a origem desta festa foi a dedicação da Igreja de Santa Maria a Nova em Jerusalem, no ano de 543. Comemora-se no Oriente desde o século VI. Dela fala até o Imperador Miguel Comneno na Constituição de 1166.

Um nobre francês, chanceler na Corte do Rei de Chipre, tendo sido enviado a Avignon em 1372, na qualidade de Embaixador junto ao Papa Gregorio XI, contou-lhe a magnificência com que na Grecia era celebrada no dia 21 de novembro. O Papa então a intriduziu em Avignon e Sixto V a extendeu a toda a Igreja.


Fonte: www.fatima.com.br