sexta-feira, 28 de outubro de 2011

São Judas Tadeu



28/10 - Por um historiador grego, sabemos de Judas Tadeu iniciou, depois de recebido o Espírito Santo, a pregação de Jesus na Galiléia.


Passou para a Samaria e Iduméia e a outras localidades de população judaica. No ano 50, tomou parte no primeiro Concílio (assembléia de prelados católicos em que se trata de assuntos dogmáticos, doutrinários ou disciplinares), o de Jerusalém.


Em seguida, foi evangelizar a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia. Neste país, recebeu a companhia de outro apóstolo, Simão. Além da Palavra, Judas Tadeu dava o testemunho de seu exemplo. Essa coerência de fé e de vida impressionou vivamente os pagãos que se convertiam ao Evangelho de Jesus, por meio de São Judas Tadeu.


Evidentemente, naquela época, isso acabou por provocar a fúria, inveja e despeito de falsos pregadores, de feiticeiros e de ministros pagãos. Foi uma pressão tão grande por parte dessa gente que acabaram por incitar parte da população contra os apóstolos. O movimento cresceu de tal forma que os apóstolos acabaram sendo trucidados com pauladas, lanças e machados. Isso, pelo ano de 70.


Assim, São Judas Tadeu foi mártir: mostrou que sua adesão a Jesus era tal, que testemunhava a fé com a doação da própria vida. A imagem de São Judas tem o livro que é a Palavra que ele pregou e a machadinha com a qual foi morto.


O corpo de São Judas foi, primeiro, inumado numa igreja construída na Babilônia em sua honra. Mais tarde, o corpo foi transportado para Jerusalém, quando os maometanos se apoderaram da Pérsia. No ano de 800, o imperador Carlos Magno transladou as relíquias de São Judas Tadeu para a Basílica de S. Saturnino de Tolosa, na França.


Por fim, os restos mortais de São Judas froam definitivamente transferidos para Roma, para a Basílica de São Pedro, junto ao túmulo do chefe dos apóstolos. Majestoso e artístico altar, é muito procurado pelos fiéis devotos de São Judas.



A Igreja marcou a festa litúrgica de São Judas Tadeu junto com São Simão seu companheiro de apostolado e de martírio, na provável data da morte: 28 de outubro de 70.



quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Santo Elesbão



27/10 - No século VI a nação etíope situada a oeste do Mar Vermelho possuía seus maiores limites de fronteira, era um vasto reino que incluía outros povos além dos etíopes. O soberano era Elesbão, rei católico, contemporâneo do imperador romano Justiniano, muito estimado por todos os súditos e seu reino era uma fonte de propagação da fé cristã.



O reino vizinho, formado pelos hameritas, era chefiado por Dunaan, que renegara a fé convertendo-se ao judaímo. Nesta ocasião mandou matar todos os integrantes do clero e transformou as igrejas em sinagogas, tornando-se temido e famoso por seu ódio declarado aos cristãos.



Por isso, muitos deles, inclusive o arcebispo Tonfar, buscaram abrigo e proteção nas terras do rei Elesbão, pois até a própria esposa de Dunaan, chamada Duna foi morta por ele, juntamente com as filhas, por ser cristã. Os registros indicam que houve um verdadeiro massacre onde morreram cerca de quatro mil cristãos.



Elesbão decidiu reagir àquela verdadeira matança imposta aos irmãos católicos e declarou guerra a Dunaan. Liderando seu povo na fé e na luta, ganhou a guerra e a vizinhança passou a ser governada pelo rei Ariato, um cristão fervoroso.



Mas ele teve de vencer outra batalha ainda maior além dessa travada contra o inimigo, aquela contra si mesmo. Depois de um curto período de muita oração e penitência, aceitou o chamado de Deus. Abdicou do trono em favor do filho, seu sucessor natural, e dividiu seus tesouros entre os súditos pobres. Assim Elesbão partiu para Jerusalém, onde depositou sua coroa real na igreja do Santo Sepulcro e se retirou para dentro do deserto, vivendo como monge anacoreta, até morrer em 555.



No Brasil, a partir dos escravos, foi muito difundida a devoção de Santo Elesbão, o rei negro da Etiópia. Sua festa é celebrada em todo o mundo cristão, do ocidente e do oriente, no dia 27 de outubro, considerado o de sua morte.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

São Crispim e São Crispiniano



25/10 - Crispim e Crispiniano eram irmãos de origem romana. Cresceram juntos e converteram-se ao cristianismo na adolescência. Ganhando a vida no oficio de sapateiro, eram muito populares, caridosos, e pregavam com ardor a fé que abraçaram. Quando a perseguição aos cristãos ficou mais insistente, os dois foram para a Gália, atual França.

As tradições seculares contam que, durante a fuga, na noite de Natal, os irmãos Crispim e Crispiniano batiam nas portas buscando refúgio, mas ninguém os atendia. Finalmente, foram abrigados por uma pobre viúva que vivia com um filho. Agradecidos a Deus, quiseram recompensá-la fazendo um novo par de sapatos para o rapazinho.

Trabalharam rápido e deixaram o presente perto da lareira. Mas antes de partir, enquanto todos ainda dormiam, Crispim e Crispiniano rezaram pedindo amparo da Providência Divina para aquela viúva e o filho. Ao amanhecer, viram que os dois tinham desaparecido e encontraram o par de sapatos cheio de moedas.

Quando alcançaram o território francês, os dois irmãos estabeleceram-se na cidade de Soissons. Lá, seguiram uma rotina de dupla jornada, isto é, de dia eram missionários e à noite, em vez de dormir, trabalhavam numa oficina de calçados para sustentar-se e continuar fazendo caridade aos pobres. Quando a cruel perseguição imposta por Roma chegou a Soissons, era época do imperador Diocleciano e a Gália estava sob o governo de Rictiovaro. Os dois irmãos foram acusados e presos. Seus carrascos os torturaram até o limite, exigindo que abandonassem publicamente a fé cristã. Como não o fizeram, foram friamente degolados, ganhando a coroa do martírio.

O Martirológio Romano registra que as relíquias dos corpos desses dois nobres romanos mártires estavam sepultadas na belíssima igreja de Soissons, construída no século VI. Depois, parte delas foi transportada para Roma, onde foram guardadas na igreja de São Lourenço da via Panisperna.

A Igreja celebra os santos Crispim e Crispiniano como padroeiros dos sapateiros no dia 25 de outubro. Essa profissão, uma das mais antigas da humanidade, era muito discriminada, por estar sempre associada ao trabalho dos curtidores e carniceiros. Mas o cristianismo mudou a visão e ela foi resgatada graças ao surgimento dos dois santos sapateiros, chamados de mártires franceses.



sábado, 22 de outubro de 2011

Santa Maria Salomé



22/10 - Maria Salomé era casada com Zebedeu, mãe de São João, o evangelista e de São Tiago, o maior ( conhecido nos países de língua inglesa como Saint James, the Greater) e seria prima da Virgem Maria. Era uma das três Marias que ajudaram Jesus durante o inicio de seu ministério e o acompanharam nas suas viagens e testemunharam a sua crucificação, a retirada do corpo, e a sua ressurreição. O evangelista São Marcos menciona Salomé como uma das mulheres que vieram com Madalena untar com óleos (costume da época) o corpo de Jesus na manhã da ressurreição.

Diz os Evangelhos que Jesus e Salomé em uma conversa, ela pede a Jesus para coloca-la e seus filhos com Ele em Seu Reino no céu. É que Tiago e João o seguiriam seu exemplo de humildade e sacrifícios para ganhar e merecer seus lugares lá. A lenda diz que após a ressurreição ela foi para Veroli, Itália e passou o resto de sua vida espalhando a Boa Nova . Na arte litúrgica da Igreja ela é representada algumas vezes com Maria Cleophas amparando a Virgem Maria durante a crucificação e/ou presente com Maria Madalena na ressurreição, ou com os filhos João e Tiago em seus braços. As vezes ela é mostrada no Natal porque existe uma possibilidade de que, como ela era parteira, teria ido ao estábulo em Belém, feito o parto de Maria e se converteu. Santo Ambrósio, estudioso do assunto, diz que existe ainda a possibilidade dela ser irmã de Maria. É padroeira da Veroli, na Itália.


Fonte: www.santosdaigrejacatolica.com

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

São Rodolfo



17/10 - Rodolfo nasceu no ano 1034, em Perugia, Itália. A sua família pertencia à nobreza local e era muito influente na Corte. Mas motivada pelas pregações do monge Pedro Damião, decidiu abandonar os hábitos mundanos e retornar o caminho do seguimento de Cristo. Esse monge fundara um mosteiro de eremitas na vizinhança de Fonte Avelana e a fama de sua santidade corria veloz no meio do mundo cristão.



Com a morte do pai, Rodolfo e seu irmão Pedro abriram mão da herança em favor da mãe e de João, o irmão caçula, para ingressarem no mosteiro de Pedro Damião. Porém, algum tempo depois, mãe e irmão caçula também optaram pela vida religiosa daquela comunidade, que os acolheu após doarem toda a fortuna da família para a Igreja.



Fonte Avelana tornara-se um verdadeiro viveiro de eremitas, pois desse mosteiro saíram os grandes renovadores da Igreja. Dentre eles, os três irmãos: Rodolfo, Pedro e João, discípulos de Pedro Damião, hoje celebrado como santo e doutor da Igreja. Nessa nova comunidade religiosa, a vida era simples, voltada apenas ao trabalho, à caridade aos pobres e doentes, dedicada à penitência e à oração contemplativa. No período medieval, foi um verdadeiro oásis que surgiu para a revitalização da vida monástica, uma vez que a Igreja ocidental vivia um grande desgaste com os conflitos internos, causados pela ambição e a ganância dos bispos e sacerdotes, mais interessados nos bens mundanos do que na condução do rebanho do Senhor.



Aos vinte e cinco anos de idade, Rodolfo recebeu a ordenação sacerdotal e, mesmo a contragosto, foi consagrado bispo de Gubio, cidade próspera e rica da região. Porém era uma diocese muito problemática para a Igreja. Os bispos anteriores haviam instituído o que se chamou de "ressarcimento", isto é, os sacramentos eram condicionados a pagamentos e não aos méritos ou à vocação religiosa. Enquanto alguns sacerdotes pediam dinheiro para a absolvição dos pecados, outros queriam comissões para ordenar os sacerdotes.



Rodolfo assumiu o posto e combateu tudo com firmeza, dentro do exemplo de fiel pastor. Vestia-se sempre com as mesmas roupas, velhas e surradas, fosse qual fosse o tempo ou a estação. Comia pouco, impondo-se um severo jejum. Dormia quase nada, mantendo-se em vigília constante, na oração e penitência. Percorria toda a diocese, e mantinha-se incansável, sempre pronto a atender os pobres, doentes e abandonados. Tornou-se o exemplo de humildade e de caridade cristã, um verdadeiro sacerdote da Igreja. Apenas com seu comportamento ele conseguiu recolocar Gubio no verdadeiro caminho do amor a Cristo e à Virgem Santíssima.



Foram cinco anos dedicados à diocese de Gubio, durante os quais participou do Concílio Romano, em 1059, como seu bispo. Rodolfo morreu jovem, com apenas trinta anos de idade, em 26 de junho de 1064, consumido pela fadiga e vida excessivamente austera. Entretanto a sua obra não chegou a ser interrompida, pois foi substituído por seu irmão João, que seguiu o seu exemplo de bispo benevolente com o rebanho, mas rigoroso consigo mesmo.



A figura do bispo Rodolfo tornou-se conhecida através da carta escrita por seu mestre, Pedro Damião, para comunicar sua morte ao papa Alexandre II. Nela, foi descrito como um homem de profundo espírito religioso e possuidor de grande cultura teológica e bíblica. A única pessoa a quem confiava seus escritos para serem corrigidos de possíveis distorções da doutrina católica e para a correta interpretação do Evangelho.



As relíquias de são Rodolfo, guardadas na Catedral de Gubio, foram destruídas durante as reformas executadas em 1670. Entretanto isso nada significou para seus devotos, que continuam a comemorá-lo no dia 17 de outubro, data oficial da sua festa.



domingo, 16 de outubro de 2011

São Geraldo Majela



16/10 - Filho da modesta e pobre família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 06 de abril de 1726, numa pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.

Aos catorze anos de idade ficou órfão de pai e, com a aprovação da mãe Benedita, quis se tornar um frei capuchinho. Mas, foi recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela, não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família foi trabalhar numa alfaiataria da cidade. Mais tarde se colocou a serviço do Bispo de Lacedônia, conhecido pelos modos rude e severo, suportando aquele serviço por vários anos, até a morte do Bispo.

A forte vocação religiosa sempre teve de ser sufocada, porque não o aceitavam. Com dezenove anos de idade, voltou para Muro Lucano onde montou uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de necessário para sua mãe e suas irmãs, o restante ajudava aos pobres. Na cidade todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres, que desejavam ingressar na vida religiosa. E se preciso conseguia a vaga de noviça.

Só em 1749, quando uma missão de padres redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida religiosa. Tanto importunou o Superior, Padre Cafaro, que acabou cedendo e o enviou para o convento de Deliceto, em Foggia.

Enquanto era postulante passou por muitas tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os primeiros votos aos vinte e seis anos de idade, neste convento. E surpreendeu à todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova casa de Caposele, depois como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido no convento e na cidade.

Mas, mesmo assim, viu-se envolvido num escândalo provocado por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano não se adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude, espalhou mentiras e, calúnias. Para isto, escreveu uma carta ao Superior, na época o próprio fundador, Santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza com uma outra jovem.

Chamado para se defender, Geraldo preferiu manter o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a Santa Comunhão e sem ter contato com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo pôde voltar a receber a Eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos pobres". Mas sua fama de sua santidade curiosamente, vinha das jovens mães. È que as socorridas por ele durante as aflições do parto, contavam depois, que só tinham conseguido sobreviver, graças às orações que ele rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.

De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no dia 16 de outubro de 1755, no convento de Caposele, com vinte e nove anos de idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893 ele foi beatificado, sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o Papa Pio X o canonizou como Santo Geraldo Majela, cuja festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.


sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Santa Fortunata



14/10 - As vezes chamada de Maria Fortunata da Caesarea, nasceu na cidade de Caesarea, na Palestina filha de família nobre. Virgem e martir, foi convertida ao cristianismo em torno de 302 e presa com seus irmãos Carponius, Evaristo e Prisciano. Foi martirizada para renunciar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses romanos e como não o fizesse foi martirizada e finalmente morta.


No reinado do imperador Diocleciano, o martírio era feito amarando-a a um poste e girava-se um roda de madeira com pás de ferro junto ao seu corpo e as pás iam dilacerando a carne num suplicio infernal. Os estudiosos dizem que as pás eram feitas, na época, de ferro pelos mesmo ferreiros que faziam as ferraduras dos cavalos, de uma maneira grosseira, com a lamina sem corte, desta forma, a carne era dilacerada por impacto e não por corte, provocando dores lancinantes em especial na região dos seios. Santa Catarina de Alexandria sofreu na mesma roda e na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada segurando a referida roda com as pás de ferro.

As atas dos martírios eram escritas pelos escribas da época, que eram orientados no sentido de dar maior ênfase ao martírio e quase nenhuma ênfase ao cristão torturado. Os estudiosos dizem que era para que os cidadãos lessem as “Atas do Martírio” e se afastassem do cristianismo.

As relíquias de Santa Fortunata foram trasladadas para Nápoles no oitavo século e ela é muito venerada em Nápoles, Itália. A Ata do Martírio de Santa Fortunata é autêntica e sua festa está no Calendário Romano após 1969/70, quando todos os santos foram extensivamente examinados e vários foram excluídos ou confinados a festa local, se havia alguma dúvida com relação a autenticidade do seu martírio ou dos milagres creditados a sua intercessão.