segunda-feira, 10 de outubro de 2011

São Daniel Comboni



10/10 - Daniel Comboni era italiano, nasceu em Limone sul Garda, na Brescia, a 15 de março de 1831, numa família cristã, unida, humilde e pobre, de camponeses. Os pais, Luis e Domenica, lhe dedicam um amor incontido, pois era o único dos oito filhos que conseguira sobreviver. Devido à condição econômica, eles enviam Daniel para estudar no Instituto dos padres mazzianos em Verona. Quando então desperta sua vocação para o sacerdócio, especialmente para a missão da África Central, onde os mazzianos atuam. Em 1854, já formado em filosofia e teologia, Daniel é ordenado sacerdote. Três anos depois, recebe as bênçãos dos pais e parte para a África, junto com mais cinco missionários.

Após quatro meses de viagem, padre Comboni chega a Cartum, capital do Sudão. A realidade africana é cruel e choca. As dificuldades começam no clima insuportável, passam pelas doenças, pobreza, abandono do povo e terminam com o índice elevado de mortes entre os jovens companheiros. Mas tudo isso serve de estímulo para seguir avante, sem abandonar a missão e o entusiasmo. Pela África e o seu povo, padre Comboni regressa à Itália, numa tentativa de conseguir uma nova tática para evangelizar nesse continente. Em 1864, rezando junto ao túmulo de São Pedro em Roma, surge a luz. Elabora seu plano para a regeneração da África, resumido apenas num tema: "Salvar a África com a África", um projeto missionário simples e ousado, para a época.

Padre Comboni passa imediatamente à ação, pede todo tipo de ajuda espiritual e material à sociedade européia, vai aos reis, bispos, ricos senhores e recorre também ao povo pobre e simples. A missão da África Central precisa de todos engajados no mesmo objetivo cristão e humanitário. Dedica-se com tanto empenho e ânimo que consegue fundar uma revista de incentivo missionário, a primeira na Itália. Além disso, fundou em 1867, o Instituto dos missionários, depois chamados de Padres Missionários Combonianos e, em 1872, o Instituto das missionárias, mais tarde conhecidas como Irmãs Missionárias Combonianas.

No Concílio Vaticano I, ele participa como teólogo do Bispo de Verona, conseguindo que outros setenta assinem uma petição em favor da evangelização da África Central. Em 1877, Comboni é nomeado Vigário Apostólico da África Central e, em seguida é também consagrado o primeiro Bispo católico da África Central. Numa confirmação que suas idéias antes contestadas, são as mais eficientes para anunciar a Palavra de Cristo aos africanos. Depois de muito sofrimento no corpo e no espírito, no dia 10 de outubro de 1881, o Bispo Comboni morre, em Cartum, em meio ao povo africano, rodeado pelos seus religiosos, com a certeza de que sua obra missionária não morreria.

Chamado de "Pai dos negros" pelo o Papa João Paulo II, quando o beatificou em 1996, o mesmo pontífice declara Santo, Daniel Comboni, em 2003. A sua comemoração litúrgica deve ocorre no dia de sua morte.



sábado, 8 de outubro de 2011

Santa Thaís

08/10 - Santa Thaís era uma princesa egípcia de grande beleza e riqueza que vivia no século IV. Um monge de nome Pafûncio inflamou-se com a idéia de converte-la ao cristianismo com isto tira-la da vida pecaminosa. Em breve Pafûncio teve seu desejo realizado.(Alguns estudiosos acham que este monge São Pafûncio é o mesmo São Paphnutius- que era eremita junto com Santo Onophrius).


Thaís converteu-se ao cristianismo, desistindo da vida que levava, com grande obstinação. Queimou sua roupas e jóias em praça publica. O ato seria o primeiro de uma serie de penitencias que a santa se submeteria. Santa Thaís entrou para um monastério de freiras onde manteve-se em penitencia e contemplação por três anos, dos quais não saia de sua cela a não ser para ir a capela rezar. Não sorria, pronunciava uma só palavra, não levantava olhar para ninguém, vestia roupas grossas feitas com sacos velhos, dormia no chão e fazia jejum na base de pão e água. Sua obstinação e fé nas palavras de Jesus fizeram com que após três anos de extrema penitencia ela fosse readmitida na vida da comunidade e foi descrita como uma pessoa de grande bondade que cuidava, em especial, dos pobres e doentes de sua época, chegando mesmo a lavar os leprosos e os infectados com a peste da época (cólera e febre amarela).


Sua fama cresceu visto que ela milagrosamente, não contraia a doença das pessoas que cuidava. Este teria sido o seu primeiro milagre. Diz a tradição que no final de sua vida curava os doentes apenas com sua oração e benção e chegou a prever o dia de sua morte com grande antecedência e ao morrer repetia sem cessar a seguinte oração: “Vós que me criastes, tende compaixão de mim” .


Fez questão de ser enterrada em um cova comum sem caixão ou qualquer outra proteção, e algum tempo depois de seu túmulo exalava um perfume agradável. Em breve seu túmulo se tornou local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão e no século nono as sua relíquias foram trasladadas e guardadas em um santuário na Igreja de São Praxedes, pelo Papa Pachoal I , que era seu fervoroso devoto e teria sido curado de uma terrível doença pela intercessão da Santa Thaís.


Sua festa, no calendário latino, é celebrada no dia 8 de outubro.

Fonte: ecclesia.com.br

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

São Bruno



06/10 - A este santo se deve a fundação de uma das Ordens religiosas mais importantes e mais humildes que prestam austeridade e reconhecimento a Deus. A ordem de Cartuxa da Torre (a Ordem dos Cartusianos).



Bruno nasceu em Colonha, na Alemanha em 1030 de um família nobre. Desde muito jovem estudou nas cidades francesas de Reims e Paris e quando voltou a sua pátria, foi ordenado sacerdote no Colegiado de São Cuniberto. Anos mais tarde regressou a Reims como professor de teologia e depois a Paris. A ordem Cartuxana se recorda de uma tradição baseada em um episódio que se passou na cidade de Sena e que comoveu profundamente o nosso santo.



Bruno estava orando um oficio fúnebre e ouviu o cadáver falar três vezes da tumba e a ultima frase dizia: "Por justo juízo de Deus fui condenado". Estas palavras fizeram com que Bruno abandonasse completamente o mundo e se entregasse totalmente ao Senhor com o desejo que sua alma fosse ascética e contemplativa, buscando uma união com Deus na oração e no silencio. Um dia se reuniu com seus amigos e depois de terem repartido seus bens com os pobres, se retiraram para a Abadia Beneditina de Solesmes. Mas Bruno queria mais austeridade e mais contemplação, e não demorou muito ele e alguns de seus companheiros se retirarem para Cartuxa, um maciço montanhoso situado no meio do deserto na Diocese de Grenoble. Conta São Hugo que o bispo daquela diocese teve na noite anterior um curioso sonho no qual ele viu descer dos céus sete estrelas sobre aquela terra árida. Era a premonição da chegada de Bruno e seus 6 discípulos. Era o ano de 1084 quando nosso santo e seus colegas tomaram posse daquele lugar e levantaram humildes barracos de madeira e uma pequena capela dedicada a Virgem. Ao cabo de alguns minutos e graças a Divina Proteção, saiu da terra um jato d’água que se converteu e uma fonte que daria água aqueles homens solitários.


Nascia a Ordem de Cartuxa. A abstinência que levavam era muito rigorosa. Só comiam de dois em dois dias, dormiam poucas horas e era grande a disciplina, as roupas ásperas de cor branca, oração, trabalho e caridade. Para se ter uma idéia de como era, o Abade de Cluny, descreveu muito espantado o seguinte:
"são os mais pobres entre os monges e habitam cada um uma cela com seu tosco habito de penitencia e quase só comem pão. Não comem carne, nem pescado. Aos domingos e as quintas comem ovos e queijo. As segundas e sábados ervas e nos outros dias água e pão. Só comem uma vez ao dia, exceto nos dias de festa quando não comem e guardam estrito silencio, se comunicando através de sinais."


Após alguns anos o Papa Urbano II que havia sido professor de Bruno em Reims, o chamou a Roma para que fosse seu colaborador. Bruno teve de deixar o deserto e viajar a Roma, onde o seguiram alguns de seus discípulos. Embora tenha sido nomeado Arcebispo de Reggio, em sua mente estava a vontade de voltar a vida ascética e do silencio. Ao cabo de alguns anos o Sumo Pontífice permitiu que ele voltasse a solidão na Itália, Calábria onde ele fundou o Mosteiro de Santa Maria del Yermo tambem chamada de Odem Cartuxa da Torre. Ali sua Ordem floresceu e em breve teve que erigir outro monastério, o que foi feito com o nome de Monastério de São Stefano em Bosco. Muitos devotos iam ao encontro de Bruno a pedir seus conselhos e ajuda, e muito foram curados apenas pela sua benção. Sua fama logo se estendeu a toda a Itália, França e Alemanha.



Ele faleceu em 6 de outubro de 1101 e é o patrono da cidade de Colonha na Alemanha .



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

São Tomás de Hereford



03/10 - Vem-nos dos séculos passados, do seio de uma família normanda esta figura de bispo piedoso e austero, fosse muito embora de feição forte e turbulenta. Seu pai, Guilherme, era mordomo da casa real e sua mãe era condessa de Evreux e Gloucester.

Nascido em 1218 em Hambledon, BucKinghamshire, foi educado pelo seu tio bispo Orcester. Aos 19 anos, vemo-lo em Oxford, donde, por causa de uma revolta de estudantes, se retirou, pouco depois, a Paris.Foi ordenado sacerdote em 1245, no concílio de Lião, e obteve do Papa o privilégio de conservar numerosos benefícios eclesiásticos.



Prosseguiu os estudos de Direito Civil, em Orleans, e Cânones, em Paris, voltando para Oxford, onde tomou posse do lugar de chanceler da Universidade. Com tal estatuto, participou nas lutas de poder entre os barões ingleses e Henrique III Aderindo ao partido de Simão de Monfort, chegou a chanceler de Inglaterra, em 1264. Todavia, permaneceu no cargo apenas um ano, pois, perdida a luta, a sua facção ficou sem lugares para representar.

Regressa a Paris como professor. Volta a Oxford e faz o doutoramento. Em 1273, é de novo, nomeado chanceler da Universidade, cargo que acrescenta ao de primeiro cantor de York, arquidiácono de Stafford, detentor de quatro conezias e muitas paróquias regidas, através de vigários.Conta a história ter feito várias visitas às suas terras, a fim de se inteirar acerca da assistência eclesiástica efetivada pelos seus delegados.

Aos 57 anos, foi nomeado bispo de Hereford cujo estado, devido à debilidade de seus predecessores e aos acontecimentos políticos de então, era lastimoso. Restabeleceu os antigos direitos da mitra, eliminando usurpadores leigos e eclesiásticos das terras pertencentes à catedral. Visitou a diocese inteira, reformou o clero. Entrou em conflito com o arcebispo de Canterbury, John Pechan, por questões de testamentos e matrimônios concernentes à jurisdição metropolitana e também por causa das relações do arcebispo com os seus sufragâneos. Embora a questão tivesse sido resolvida em Roma, o conflito degenerou e Pechan excomungou Tomás.

Este apresentou-se a Martinho IV, em Orvieto de quem recebeu um caloroso acolhimento, fazendo-lhe justiça.Entretanto, a 25 de Agosto de 1282, morre em Montefiascone, com fama de santo, pois, ao receber a ordenação episcopal, impôs a si mesmo um regime de rigoroso ascetismo, usando até, com freqüência, cilícios a fim de poder dominar o seu exaltado temperamento. Foi sepultado na abadia de S. Severo em Orvieto, porém levaram o seu coração a Edmundo, duque de Cornualha que o sepultou em Ashridge. Mais tarde, alguns ossos foram trazidos para a sua antiga catedral, onde o povo lhe começou a prestar piedoso culto.

Foram tantos os milagres realizados junto da sua tumba que Hereford se tornou um santuário continuamente visitado por inúmeros peregrinos.O seu sucessor e amigo pessoal, Ricardo Suinfield, com o apoio do rei Eduardo I, de quem Tomás fora conselheiro e confidente leal, fez o pedido para a sua canonização. Feita a investigação papal, foi canonizado por bula de João XXII, em 1320.



Fonte: ocdsprovinciasaojose.blogspot.com

sábado, 1 de outubro de 2011

São Remígio




01/10 - Rémy ou Remígio, como dizemos em português, era um cidadão romano, nascido no ano 440, em Lyon, França. Pertencia a uma tradicional família da nobreza romana, que teve a oportunidade de participar da expansão do Império Romano do Ocidente pela Gália, como era chamado o território francês. Naquela época, a região, que era toda pagã e constantemente assolada por sucessivas invasões dos bárbaros, vinha sendo governada pelo povo franco, mais tarde conhecido como francês. Embora menos evoluídos que os outros povos, eram conhecidos por serem grandes combatentes. Além disso, já haviam prestado serviços militares a Roma no passado.



Ao morrer o seu líder, rei Childerico, em 482, assumiu o trono seu filho Clóvis, com quinze anos de idade. Remígio, como bispo católico que era da diocese de Reims, escreveu-lhe muitas cartas respeitosas e, ao mesmo tempo, dotadas de autoridade: "Vigiai, pois os poderosos não tiram os olhos de ti. Aconselha-te com seus bispos. Divirta-se com os jovens, mas só com os velhos delibere". Apesar de adverti-lo, também demonstrava o reconhecimento de sua soberania e, assim, ganhou a confiança do jovem rei. Tornou-se seu precioso ajudante e conselheiro. Além disso, Remígio também era importante, politicamente, ao reinado de Clóvis, pois trazia consigo o apoio de todos os demais bispos e dos outros grupos de camponeses galo-romanos já convertidos.



Munido desse apoio, Clóvis venceu a batalha contra os bárbaros visigodos pelo controle de toda a região, dando início à dinastia dos merovíngios. O rei Clóvis, apoiado por sua mulher, Clotilde, que já era uma fervorosa católica, depois canonizada pela Igreja, converteu-se à fé cristã por orientação espiritual de Remígio, sendo por este batizado. Na oportunidade, toda a Corte se converteu e recebeu o mesmo sacramento ao lado do seu soberano, que, instruído na doutrina cristã pelo bispo Remígio, institui-a de vez nos seus domínios.



Foram muitos os atos deste rei convertido que revelaram sua religiosidade autêntica, dotada da caridade cristã. Porém o mérito deve ser dado ao bispo Remígio, pois foi o resultado do seu árduo e ininterrupto trabalho de evangelização que fortaleceu os alicerces do catolicismo no território francês. O bispo Remígio de Reims ensinou não apenas aos reis e príncipes, mas também aos camponeses e a todos os súditos do novo reinado.



Depois de sua morte, em 13 de janeiro de 533, na sua sede episcopal de Reims, Remígio foi aclamado pela população como santo. Venerado ao longo dos séculos, o seu vigoroso culto foi autorizado pela Igreja, que manteve o dia 1° de outubro como a data oficial para a sua festa litúrgica.


sexta-feira, 30 de setembro de 2011

São Jerônimo



30/09 - São Jerônimo é contado entre os maiores Doutores da Igreja dos primeiros séculos. De cultura enciclopédica, foi escritor, filósofo, teólogo, retórico, gramático, dialético, historiador, exegeta e doutor como ninguém, nas Sagradas Escrituras. Jerônimo nasceu na Dalmácia, hoje Croácia, por volta do ano 340.

Tendo herdado dos pais pequena fortuna, aproveitou para realizar sua vocação de amante dos estudos. Para este fim, viajou para Roma, onde procurou os melhores mestres de retórica e onde passou a juventude um tanto livre.

Recebeu o batismo do papa Libério, já com 25 anos de idade. Viajando pela Gália, entrou em contato com o monacato ocidental e retirou-se com alguns amigos para Aquiléia, formando uma pequena comunidade religiosa, cuja principal atividade era o estudo da Bíblia e das obras de Teologia.

Jerônimo tinha um caráter indômito e gostava de opções radicais; desejou, portanto, conhecer e praticar o rigor da vida monacal que se vivia no Oriente, pátria do monaquismo. Esteve vários anos no deserto da Síria, entregando-se a jejuns e penitências tão rigorosas, que o levaram aos limites da morte.

Abandonando o meio monacal, dirigiu-se a Constantinopla, atraído pela fama oratória de São Gregório de Nazianzo, que lhe abriu o espírito ao amor pela exegese da Sagrada Escritura. Estando em Antioquia da Síria, prestou serviços relevantes ao bispo Paulino, que o quis ordenar sacerdote. No entanto, Jerônimo não sentia vocação à atividade pastoral e quase nunca exerceu o ministério sacerdotal. Tendo que optar entre sua vocação inata de escritor e o chamamento à ascese monacal, encontrou uma conciliação entre estes extremos que marcaria o caminho de sua vida: seria um monge mas um monge para quem o retiro era ocasião para uma dedicação total ao estudo, à reflexão, à férrea disciplina necessária à produção de sua obra, que queria dedicar toda à difusão do cristianismo.




Dentro desta vocação e severa disciplina, estudou o hebraico com um esforço sobre humano e aperfeiçoou seus conhecimentos do grepo para poder compreender melhor as Escrituras nas línguas originais.

Chamado a Roma pelo Papa Damaso, que o escolheu como secretário particular, recebeu do mesmo a incumbência de verter a Bíblia para o latim, graças ao conhecimento que tinha desta língua, do grego e do hebraico. O papa, de fato, desejava uma tradução da Bíblia mais fiel em tudo aos textos originais, traduzida e apresentada em latim mais correto, que pudesse servir de texto único e uniforme na liturgia. Pois até aquele tempo existiam traduções populares muito imperfeitas e diversificadas, que criavam confusão.

O trabalho de São Jerônimo começado em Roma durou praticamente toda sua vida. O conjunto de sua tradução da Bíblia em latim chamou-se "Vulgata"e foi o texto usado largamente nos séculos posteriores, tornando-se oficial com o Concílio de Trento e só cedeu o lugar ultimamente às novas traduções, pelo surto de estudos lingüístico-exegéticos dos nossos dias. Na tradução, Jerônimo revela agudo senso crítico, amor incontido à Palavra de Deus e riqueza de informações sobre os tempos e lugares relativos à Bíblia.

Em Roma, criou-se em torno de Jerônimo amplo círculo de amizades, sobretudo de maratonas da alta sociedade que o ajudavam com seus recursos para custear seus trabalhos e que lhe orientava nos ásperos caminhos da santidade de cunho monástico.

Desgostado por certas intrigas do meio romano, retirou-se para Belém, onde, vivendo como monge rigidamente penitente, continuou até a morte, seus estudos e trabalhos bíblicos. Faleceu em 420, aos 30 de setembro, já quase octogenário.

São Jerônimo foi uma personalidade vigorosa, de inteligência extraordinária, de temperamento indomável. Teve uma correspondência literária muito vasta, de grande interesse histórico; ele se sentia presente e engajado como escritor em todos os problemas doutrinários do seu tempo.
Foi declarado padroeiro dos estudos bíblicos e o "Dia da Bíblia" foi colocado exatamente no último domingo de setembro, coincidindo com a data de sua morte. Ele deixou escrito: "Cristo é o poder de Deus e a sabedoria de Deus, e quem ignora as Escrituras ignora o poder e a sabedoria de Deus; portanto ignorar as Escrituras Sagradas é ignorar a Cristo".



quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Santos Miguel, Gabriel e Rafael Arcanjos




29/09 - O novo calendário reuniu em uma só celebração os três arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, cuja festa caía respectivamente a 29 de setembro, a 24 de março e a 24 de outubro. Da existência destes anjos fala explicitamente a Sagrada Escritura, que lhes dá um nome e lhes determina a função. São Miguel, o antigo padroeiro da Sinagoga, é agora o padroeiro da Igreja universal; são Gabriel é o anjo da encarnação e talvez o da agonia do jardim das oliveiras; são Rafael é o guia dos viajantes. São Miguel, em particular, foi cultuado desde os primeiros séculos de história do cristianismo. O imperador Constantino erigiu-lhe um santuário nas margens do Bósforo, em terra européia, enquanto Justiniano construiu-lhe um no lado oposto. A data de 29 de setembro corresponde à da consagração da igreja dedicada no século V a são Miguel, a seis milhas da via Salária.



A festividade difundiu-se rapidamente no Ocidente e no Oriente. Em Roma foi-lhe dedicado o célebre mausoléu de Adriano, agora conhecido com o nome de Castelo de Santo Ângelo. A são Miguel é dedicado o antigo santuário, surgido no século VI, que do Monte Galgano, na Púglia, domina o mar Adriático. Nas proximidades desta igreja, a 8 de maio de 663, os longobardos obtiveram vitória no encontro naval com a frota sarracena, e o acontecimento da vitória, atribuída a uma aparição do anjo, deu origem a uma segunda festa transferida depois para 29 de setembro.



São Gabriel, “aquele que está diante de Deus” (é seu cartão de visita”, quando vai anunciar a Maria a sua escolha para Mãe do Redentor), é o anunciador por excelência das revelações divinas. É ele que explica ao profeta Daniel como se dará a plena restauração, da volta do exílio ao advento do Messias. A ele é confiado o encargo de anunciar o nascimento do Precursor, João, filho de Zacarias e de Isabel. A missão mais alta que nunca foi confiada à criatura alguma é ainda sua: anunciar a Encarnação do Filho de Deus. Ele tem um prestígio muito especial até mesmo entre os maometanos.



São Rafael, falado em um só livro da Sagrada Escritura, é o acompanhante do jovem Tobias, e por isso sua função é tida como guia de todos os que viajam. Foi ele que sugeriu ao seu jovem protegido o remédio para a cura da cegueira do pai, por isso é invocado também como curador (etimologicamente seu nome significa “Deus curou”). Sua festa a 24 de outubro havia entrado no calendário romano somente a partir de 1921.