quarta-feira, 8 de junho de 2011

São Medardo




08/06 - Medardo nasceu no ano 457 em Salency, norte da França. Sua mãe era descendente de uma antiga e tradicional família romana, seu pai era um nobre da corte francesa e seu irmão Gildardo foi bispo de Rouen, mais tarde canonizado pela Igreja. Essa posição social garantiu-lhe uma educação de primeiro nível. Desde criança foi colocado sob a tutela do bispo de Vermand, para receber uma aprimorada formação intelectual e religiosa.

Piedoso e inteligente, logo se evidenciaram seus dons de caridade e humildade, com atitudes que depois eram comentadas por toda a cidade. Ele chegava a ficar sem comer para alimentar os famintos e, certa feita, tirou a roupa do corpo para dá-la a um velhinho cego e quase despido que lhe pediu uma esmola

Medardo ordenou-se sacerdote aos trinta e três anos e imediatamente começou uma carreira de pregador que ficaria famosa pelos séculos seguintes. No ano 530, sucedeu o bispo de Noyon, sendo consagrado pelas mãos do bispo de Reims, Remígio, hoje santo, o qual era também conselheiro do rei Clotário, embora este ainda não tivesse se convertido, mas tolerava o cristianismo.

Foi pelas mãos do bispo Medardo que a rainha Radegunda tomou o hábito beneditino. Ela que abandonara o próprio rei Clotário, acusado de fratricídio. Aquela situação delicada não intimidou Medardo, que colocou sua vida em jogo para amparar a rainha cristã, que por motivos políticos fora obrigada a coabitar com um rei pagão. A história conta que Radegunda fundou um mosteiro beneditino, aliás o primeiro a cuidar de doentes, no caso os leprosos.

Mais tarde, quando Medardo já era conhecido como eficiente e contagiante pregador, recebeu do rei Clotário, então convertido, e do conselheiro, o bispo Remígio, o pedido de socorrer uma comunidade vizinha, ainda impregnada de paganismo, a diocese de Tournay.

Dirigiu as duas ao mesmo tempo, de forma perfeita, e converteu tanta gente de Tournay que, pelos quinhentos anos seguintes, elas seguiram sendo uma só diocese.

Mas não parou por aí. A província de Flandres, altamente influenciada pela filosofia dos gregos, tinha um índice de pagãos maior ainda. Novamente, Medardo foi solicitado. Quando morreu em Noyon, no dia 8 de junho em 545, toda aquela província também era católica.

A sua morte foi muito sentida e imediatamente seu culto foi difundido por toda a França, espalhando-se por todo o mundo católico. O rei Clotário mandou trasladar suas relíquias de Noyon para a capital, Soisson, onde, sobre sua sepultura, o sucessor mandou erguer uma abadia, que existe até hoje na França.




domingo, 5 de junho de 2011

Santa Valéria




05/06 - No Brasil no inicio havia uma confusão entre Valéria a santa, e Valéria a província devido aos mártires de Valéria que nos Diálogos de São Gregório, o magno (IV,21) dizia: “ No sexto século, na província de Valeria, dois monges santos foram acoitados e depois enforcados numa árvore e embora mortos, foram ouvidos cantando hinos dos Salmos Sagrados” Estes mártires (são chamados de mártires de Valéria) teem sua festa no dia 9 de dezembro.



Santa Valeria de Milão. Viveu em 287 DC e era a mãe de São Gervásio e esposa de São Vitalis. Foi torturada em Milão durante o reinado do Imperador Diocleciano para renegar a sua fé e oferecer sacrifícios aos deuses pagãos.



Como recusasse, foi martirizada. As suas relíquias foram descobertas por Santo Ambrósio e estão no Santuário de Santa Valéria na igreja de São Vitalis em Milão. Ela foi açoitada e depois surrada com bastões de madeira, e como não cedesse foi esticada na roda. Diz a tradição que, embora a roda arrancasse seus pés ela não sentia nenhuma dor e continuava a cantar hinos a Jesus.



Segundo a mesma versão vários espectadores se converteram diante de tal milagre e o procônsul furioso, mandou que fosse decapitada. Na arte litúrgica da Igreja ela é mostrada sendo surrada com bastões. Após sua morte, seu túmulo tornou-se um local de peregrinação e inúmeros milagres foram creditados a sua intercessão.



Sobre seu túmulo foi construída uma igreja dedicada ao seu marido São Vitalis e um santuário dedicado a ela. Sua festa está nos calendários católicos franceses, espanhóis e escoceses. Ela é uma mártir romana cujo culto foi muito popular na França, no tempo de São Eligio.



Fonte: www.santosdaigrejacatolica.com

quarta-feira, 1 de junho de 2011

São Justino



01/06 -Nós entramos neste mês do Sagrado Coração de Jesus, onde no seu primeiro dia, contemplamos a vida do São Justino que ao encontrar-se com as verdades que brotam do Coração entregou-se de corpo alma e a própria vida para Deus. São Justino grande filósofo cristão nasceu em Flávia Neápolis ( Palestina) , onde começou desde cedo sua busca da verdade.



São Justino nasceu no paganismo e devorado pelo desejo da verdade enveredou-se primeiramente na doutrina de Aristóteles, depois seguiu o pensamento de Platão que começou ir de encontro com seus anseios , porém perdia-se no Mundo das Idéias e apresentava um Deus abstrato. Aconteceu que Justino conheceu um velho judeu cristão, que de maneira ungida e simples acompanhou a razão de Justino até as portas da Verdade, que foram abertas pela chave da fé, dada como dom aos corações desejos de Deus.

Depois de Batizado Justino foi para Roma onde dedicou a formar discípulos de Cristo através de uma escola de catequese com o rótulo de Filosofia Cristã. Escreveu, defendeu e argumentou em favor do Cristianismo que na época não era nem compreendido, por isto considerado de tal modo ilegal que o Santo de hoje foi vítima da denúncia de um filósofo pagão, o qual levou-o ao tribunal e a morte por decapitação, em 165.


Fonte: www.cot.org.br

terça-feira, 31 de maio de 2011

Nossa Senhora da Visitação




31/05 - Maio é o mês dedicado à particular devoção de Nossa Senhora. A Igreja o encerra com a Festa da Visitação da Virgem Maria à santa prima Isabel, que simboliza o cumprimento dos tempos. Antes ocorria em 02 de julho, data do regresso de Maria, uma semana depois do nascimento e do rito da imposição do nome de São João Batista.





A referência mais antiga da invocação de Nossa Senhora da Visitação pertence a Ordem franciscana, que assim a festejavam desde 1263, na Itália. Em 1441, o Papa Urbano VI instituiu esta festa, pois a Igreja do Ocidente necessitava da intercessão de Maria, para recuperar a paz e união do clero dividido pelo grande cisma.





A Bíblia narra que Maria viajou para a casa da família de Zacarias logo após a anunciação do Anjo, que lhe dissera "vossa prima Isabel, também conceberá um filho em sua idade avançada. E este é agora o sexto mês dela, que foi dita estéril; nada é impossível para Deus". (Lc 1, 26, 37). Já concebida pelo Espírito Santo, a puríssima Virgem foi levar sua ajuda e apoio à parenta genitora do precursor do Messias Salvador.





O encontro das duas Mães é a verdadeira explosão de salvação, de alegria e de louvor ao Criador. Dele resultou a oração da Ave Maria e o cântico do "Magnificat", rezados e entoados por toda a cristandade aos longos destes mais de dois milênios.





Desde 1412, Nossa Senhora da Visitação é festejada especialmente pelos italianos da Sicília, como a Padroeira da cidade da Enna. Mas nem todo o mundo cristão celebrava esta veneração, por isto foi confirmada no sínodo de Basiléia em 1441.





Os portugueses sempre a celebraram com muita pompa, porque rei D. Manuel I, o Venturoso, que governou entre 1495 e 1521, escolheu Nossa Senhora da Visitação a Padroeira da Casa de Misericórdia de Lisboa, e de todas as outras do reino.





Foi assim que este culto chegou ao Brasil Colônia, primeiro na Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, depois se disseminou por todo território brasileiro. Antigamente os fieis faziam uma enorme procissão até os Hospitais da Misericórdia para levar conforto aos enfermos e suas doações às instituições. Hoje, as paróquias enviam as doações recolhidas com antecedência, para as Pastorais dos enfermos, que atuam com os voluntários junto às Casas de Saúde mais deficitárias. Tudo para perpetuar a verdadeira caridade cristã, iniciada pela Mãe de Deus ao visitar a santa prima levando sua amizade e ajuda quando mais precisava.





Em 1978, a Madre Maria Vincenza Minet foi chamada pelo Senhor para fundar uma congregação de religiosa sob o carisma de Nossa Senhora da Visitação. Com o apoio do Bispo de Assis, nesta cidade da Itália nasceu as Servas da Visitação em 1978, para abrirem missões a fim de atender as necessidades dos mais pobres e marginalizados em todos os continentes. Hoje, além da Itália, atuam na Polônia, Filipinas, África e Brasil.





segunda-feira, 30 de maio de 2011

Santa Joana D'Arc






30/05 - Heroína francesa (Domrémy, 6-I-1412 - Rouen, 3O-V-1431). Era uma simples aldeã, filha de camponeses, que se dizia inspirada por Deus para realizar a grande empresa de expulsar os ingleses que ocupavam a maior parte do território de sua pátria. Aos catorze anos passou a ouvir vozes celestiais, acreditando que o arcanjo São Miguel, além de santa Catarina e santa Margarida, com ela confabulavam. Suas numerosas visões indicavam-lhe a missão que veio a realizar.





Quando as lutas entre franceses e ingleses se aproximaram do Barrois, a exaltação da camponesa tornou-se mais intensa, e não pôde retardar por mais tempo o cumprimento das ordens sobrenaturais. Partiu de sua aldeia e obteve de Robert de Baudricourt, capitão da guarnição de Vaucouleurs, uma escolta para guiá-la até Chinon, onde se achava Carlos VII, rei de França, então escarnecido como 'rei de Bourges', pelo seu reduzido domínio territorial.





O país estava quase todo nas mãos dos ingleses. Os borguinhões, seus aliados, com a cumplicidade de Isabel da Baviera, entregaram a nação ao domínio britânico, pelo tratado de Troyes. Inspirada por extraordinário patriotismo, procurou Joana o rei Carlos Vll e comunicou-lhe a insólita missão que recebera de Deus.





Nesse encontro de março de 1428, assombrou a todos a segurança com que se dirigiu ao rei, que lhe entregou o comando de um pequeno exército, para socorrer Orléans, então sitiada pelos ingleses. A caminho, diante da atitude heróica da humilde camponesa, as tropas se avolumaram.





Chegando a Orléans, Joana intimou o inimigo a render-se. O entusiasmo dos combatentes franceses, estimulado pela estranha figura da aldeã-soldado, fez com que os ingleses levantassem o sítio da cidade. Em lembrança desse feito glorioso Joana d'Arc foi cognominada a 'Virgem de Orléans' (Pucelle d'Orléans).





O êxito aumentou o prestígio da camponesa, inclusive entre o exército inimigo, e despertou a crença em seu poder sobrenatural. Realmente a coragem dessa heroína realizou o desejado milagre: ergueu o espírito abatido da França. Um sopro cívico perpassou pela nação. Nova missão, porém, ambicionava Joana d'Arc: levar o rei Carlos VII para ser sagrado na catedral de Reims, como era tradição na realeza francesa. A sagração ocorreu a S-V- 1429. Na tentativa que se seguiu, de retomada de Paris, a heroína foi ferida. O sangue derramado aumentou o patriotismo de seus conterrâneos.





Caberia, contudo, a Joana d'Arc a palma do martírio. No ataque que empreendeu a Complègne, em maio de 1430, foi aprisionada pelos borguinhões.





Nem estes nem os ingleses quiseram executá-la sumariamente, como poderiam ter feito. Seu plano era privá-la da auréola de santa, obtendo sua condenação num tribunal espiritual. No jogo de interesses políticos que envolveu sua figura de heroína, Joana d'Arc não encontrou nenhum apoio por parte do rei. Em 14 de junho o bispo Pierre Cauchon surgiu no acampamento de Jean de Luxemburgo, onde se encontrava a prisioneira.





Ambicioso e desejando obter o bispado de Rouen, então vago, Cauchon faria tudo para agradar aos donos do poder. Joana foi vendida aos ingleses. No processo que se seguiu, e em que Cauchon foi um dos Juízes, Joana foi condenada à prisão perpétua, 'ao pão da dor e à água da agonia', fórmula empregada para entregá-la à justiça leiga.





Sentenciada a ser queimada viva como relapsa, foi supliciada publicamente na praça do Mercado Velho, em Rouen. O sacrifico da heroína despertou novas energias no povo francês. Carlos VII, expulsando finalmente os ingleses de Calais, foi chamado o Vitorioso.





A figura de Joana foi celebrada em centenas de obras de arte e muitas obras literárias. A Igreja canonizou-a por ato do papa Bento V, em 1920.



Fonte: http://www.guardioesdaluz.com.br/

sábado, 28 de maio de 2011

São Bernardo de Menthon




28/05 - As vezes também chamado de São Bernardo de Aostha. Nasceu em 923 em Menthon, Savoia e faleceu em Novara, Lombardia, Itália em 1008.



Muito pouco se sabe sobre ele. Ele foi ordenado padre e foi indicado vigário Geral da Diocese dos Alpes e passou mais de 4 décadas conduzindo trabalhos missionários nos Alpes, sistematicamente visitando cada montanha e cada vila. Ele formou uma patrulha que expulsou os ladrões das montanhas e construiu vários hospitais para os peregrinos que por lá passavam e para os peregrinos que iam a Roma.

Os grandes cães treinados por ele para encontrar pessoas perdidas nos Alpes até hoje são chamados de São Bernardo. Ele construiu também algumas pousadas e é especialmente lembrado por duas que ajudavam a encontrar e tratar de pessoas perdidas nos passos do Grande Bernardo e do Pequeno Bernardo, assim chamado por causa dele.

Ele construiu um monastério agostiniano. Este monastério serviu de abrigo aos viajantes até a segunda metade do século XX. Ele é algumas vezes erroneamente referido como Bernardo de Menthon, e filho do Conde Ricardo de Menthon, o que ele não era.

Na arte Litúrgica da Igreja ele é mostrado como: 1) um monge negro ou como um cânon com uma capa de pele, levando o demônio preso em uma corrente (não deve ser confundido com São Bernardo Claraval que às vezes levava um demônio preso a seus pés); 2) Mostrado também ajoelhado tendo uma visão de Cristo aparecendo a ele pela janela ou; 3) com trigo, vinho e um raio perto dele ou; 4) com um cachorro São Bernardo ao seu lado.





Ele foi proclamado padroeiro dos alpinistas, esquiadores e da escalada. (escalador de montanhas) pelo Papa Pio XI (ele próprio um escalador) em 1923.

Ele é também invocado como protetor das colheitas contra tormentas. Foi canonizado em 1681 pelo Papa Inocêncio XI.





quinta-feira, 26 de maio de 2011

Nossa Senhora de Caravaggio






26/05 - A cidade de Caravaggio, terra da aparição, se encontrava nos limites dos estados de Milão e Veneza e na divisa de três dioceses: Cremona, Milão e Bérgamo. Ano de 1432, época marcada por divisões políticas e religiosas, ódio, heresias, batida por bandidos e agitada por facções, traições e crimes. Além disso, teatro da segunda guerra entre a República de Veneza e o ducado de Milão, passou para o poder dos venezianos em 1431. Pouco antes da aparição, em 1432, uma batalha entre dois estados assustou o país.





Neste cenário de desolação, às 17 horas da segunda-feira, 26 de maio de 1432, acontece a aparição de Nossa Senhora a uma camponesa. A história conta que a mulher, de 32 anos, era tida como piedosa e sofredora. A causa era o marido, Francisco Varoli, um ex-soldado conhecido pelo mau caráter e por bater na esposa. Maltratada e humilhada, Joaneta colhia pasto em um prado próximo, chamado Mezzolengo, distante 2 Km de Caravaggio.





Entre lágrimas e orações, Joaneta avistou uma senhora que na sua descrição parecia uma rainha, mas que se mostrava cheia de bondade. Dizia-lhe que não tivesse medo, mandou que se ajoelhasse para receber uma grande mensagem. A senhora anuncia-se como “Nossa Senhora” e diz: “Tenho conseguido afastar do povo cristão os merecidos e iminentes castigos da Divina Justiça, e venho anunciar a Paz”. Nossa Senhora de Caravaggio pede ao povo que volte a fazer penitência, jejue nas sextas-feiras e vá orar na igreja no sábado à tarde em agradecimento pelos castigos afastados e pede que lhe seja erguida uma capela. Como sinal da origem divina da aparição e das graças que ali seriam dispensadas, ao lado de onde estavam seus pés, brota uma fonte de água límpida e abundante, existente até os dias de hoje e nela muitos doentes recuperam a saúde.





Joaneta na condição de porta-voz, leva ao povo e aos governantes o recado da Virgem Maria para solicitar-lhes – em nome de Nossa Senhora – os acordos de paz. Apresenta-se a Marcos Secco, senhor de Caravaggio, ao Duque Felipi Maria Visconti, senhor de Milão, ao imperador do Oriente, de Constantinopla, João Paleólogo, no sentido de unir a igreja dos gregos com o Papa de Roma. Em suas visitas, levava ânforas de água da fonte Sagrada, que resultavam em curas extraordinárias, prova de veracidade da aparição. Os efeitos da mensagem de paz logo apareceram. A Paz aconteceu na Pátria e na própria igreja.





Até mesmo Francisco melhorou nas suas atitudes para com a esposa Joaneta. Sobre ela, após cumprida a missão de dar a mensagem de Maria ao povo, aos estados em guerra e à própria Igreja Católica, os historiadores pouco ou nada falam. Por alguns anos foi visitada a casa onde ela morou que, com o tempo desapareceu no anonimato.





Fonte: www.caravaggio.org.br