domingo, 5 de setembro de 2010

São Lourenço Justiniano


05/09 - Filho da nobre família Justiniano, Lourenço nasceu em Veneza, no dia 01 de julho de1380. Desde cedo já manifestava seu repúdio ao orgulho, à ganância e corrupção que havia em sua terra natal. Na adolescência teve uma visão da Sabedoria Eterna e decidiu se dedicar à vida religiosa.

Sua única ambição era amar e servir a Deus. Procurando o aprimoramento espiritual, tornou-se um mendigo em sua cidade, chegando a esmolar na porta da casa de seus próprios pais. A vanguardista Veneza do século XV era um efervescente laboratório de reforma católica, destinado a produzir frutos preciosos. Um deles foi Lourenço Justiniano.

Aos dezenove anos de idade ele era considerado um modelo de virtude, austeridade e humildade. Em 1404, já diácono se uniu a outros sacerdotes e ingressou no Mosteiro de São Jorge em Alga, para viver em comunidade com eles, depois reconhecidos como "Companhia dos cônegos seculares", pioneiros do esforço reformador. Tornou-se sacerdote em 1407 e dois anos depois foi eleito superior da comunidade de São Jorge em Alga.

Não era um bom orador, em contrapartida tornava sua pregação eficiente com sua dedicação ao mistério do confessionário, seu exemplo de humilde mendicante e seu trabalho de escritor incansavelmente. Sua obra inclui livros para doutores e leigos, incluindo tratados teológicos e simples manuais de catequese. Os seus escritos trazem a matriz da idéia da "Sabedoria Eterna" eixo da sua mística, tanto para a perfeição interior como para a retidão da vida episcopal.

A contragosto em 1433, foi consagrado Bispo de Castelo, uma pequena diocese. Em 1451 o Papa Nicolau V extinguiu esta diocese e consagrou Lourenço Justiniano o primeiro Patriarca de Veneza. Nestas administrações deixou sua marca singular impressa com suas virtudes, sendo considerado um homem sábio, piedoso e caridoso, principalmente com os mais pecadores. Nestes cargos ergueu mais de quinze conventos e muitas igrejas, aumentando assim seu já enorme rebanho. Tornou-se um exemplo de pastor, amado por todos os fiéis, que obedeciam a sua pregação e exemplo no seguimento de Cristo.

Rodeado por seus amigos do clero em seu leito de morte, no dia 08 de janeiro de 1456. Lourenço Justiniano deixou como mensagem aos cristãos: "Observai os mandamentos da lei de Deus". Depois de sua morte, muitos milagres foram atribuídos à intercessão de São Lourenço Justiniano, por isso, foi canonizado no ano de 1690 pelo Papa Alexandre VIII. Sua festa foi indicada para ser celebrada no dia 05 de setembro.

sábado, 4 de setembro de 2010

Santa Rosa de Viterbo


04/09 - Nasceu em Viterbo em 1235. Nasceu de pais piedosos e pobres. Rosa era notável pela sua santidade e seus poderes milagrosos desde pequena. Quando estava com três anos, ela ressuscitou sua tia do lado materno. Na idade de 7 anos ela já vivia como uma recusa e fazia penitencia. Certa vez sua saúde piorou, mas ela foi curada milagrosamente pela Virgem Maria que ordenou que ela entrasse na Terceira Ordem de São Francisco de Assis e pregasse penitencia em Viterbo numa época (1247) em que o Rei Frederico II da Alemanha era famoso pela sua heresia e maldade. Sua missão durou cerca de dois anos e foi tão grande seu sucesso que o prefeito da cidade decidiu exila-la.

O poder imperial estaria seriamente ameaçado. Assim Rosa e seus pais foram expulsos de Viterbo em Janeiro de 1250 e se refugiaram em Sorriano. Em 5 de dezembro de 1250 Rosa previu a morte súbita do Imperador, profecia realizada em 13 de dezembro. Logo depois ela foi para Vitorchiano, cidade que obedecia aos feiticeiros. Rosa consegui a conversão de todos, inclusive dos feiticeiros quando ficou sem nenhum ferimento durante varias horas no fogo de uma pira acesa pelos feiticeiros, um milagre que foi atestado por todos da vila. Com a restauração dos poderes do Papa em 1251, Rosa voltou a Viterbo. Ela desejava entrar para o Monastério de Santa Maria das Rosas (Clarissas Pobres), mas foi recusada.

Faleceu em 6 de março de 1252 de causas naturais. Após sua canonização em 1457 o Papa Alexandre IV ordenou que ela fosse enterrada no Convento que a recusara. Sua festa em Viterbo é celebrada também no dia 4 de setembro quando o seu corpo (ainda incorrupto) foi carregado em procissão festiva para Viterbo. É padroeira das pessoas exiladas, pessoas rejeitadas pelas ordens religiosas, e da cidade de Viterbo, Itália.

Fonte: www;santosdaigrejacatolica.com

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

São José Calasanz


25/08 - Nasceu em Peralta de la Sal, diocese de Urgel, em Aragão, no ano de 1557. Ordenado sacerdote aos 28 anos, manifestou logo uma grande inclinação para a vida eremítica. Os seus superiores, para curá-lo, lançaram-no no meio do povo, nomeando-o vigário geral da diocese. E como a cura não parecesse eficaz, mandaram-no a Roma na qualidade de teólogo em companhia do cardeal Marco Antônio Colonna. Porém, mais que aos cuidados do cardeal, que saiba cuidar por si mesmo da sua própria cultura, dedicou-se com espírito de apóstolo à instrução dos meninos do Trastevere, na paróquia de santa Dorotéia, onde era vigário cooperador.

Naquele tempo não existiam problemas escolares sobre a mesa do prefeito de Roma, pela simples razão de que as escolas eram um negócio privado. Quem tinha dinheiro suficiente pagava o professor para dar aulas em casa, ou mandava os filhos aos célebres Studi (Universidades), ou às escolas comunais, instituídas pelos municípios livres, em muitas cidades do norte. Estas últimas faltavam em Roma e nisso pensou José Calasanz. Feita com as poucas economias de que dispunha a primeira escola gratuita aberta aos filhos dos pobres, viu-se encorajado a fazer mais pela afluência de tantos voluntários, que se ofereceram para lecionar gratuitamente aos meninos. Fundou assim a Congregação dos Clérigos Regulares das Pias Escolas, vinculados não só pelos votos de pobreza, castidade e obediência, mas também por um quarto voto, que os compromete com a instrução dos jovens.

Esta esperada e benéfica instituição teve imediatamente a notoriedade que bem merecia: a Congregação se espalhou em todos os países europeus, trazendo no entanto mais dores que alegrias ao santo fundador. As provas, às quais Deus submete os seus santos, para separar a boa semente da do joio, não demoraram a afligir José: acusado de incapacidade pelos seus próprios filhos, após a imposição de um visitador desonesto o santo foi destituído do seu cargo e a Congregação desceu ao nível de uma simples confraria, quer dizer, praticamente ficou suprimida. Com admirável paciência e serenidade, José Calasanz arregaçou as mangas e com a obstinação dos pioneiros reergueu o edifício que havia desabado. A Congregação ressurgiu das cinzas, mas com os mesmos programas sociais: de cultivar as jovens inteligências dos meninos de periferia. José morreu na bonita idade de noventa anos, a 25 de agosto de 1648 e foi canonizado em 1757.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

São Bartolomeu


24/08 - Um dos 12 primeiros apóstolos de Cristo e nascido em Caná, a 14 quilômetros de Nazaré, na Galiléia, e que foi apresentado a Jesus pelo apóstolo e seu maior amigo Filipe, sob uma figueira.

Filho de Tholmai e também conhecido como Natanael, assim como Tomé, era um viajante e atuou em áreas como Índia, Armênia, Irã, Síria e por algum tempo na Grécia, com Filipe, especialmente na Frígia. Além dos evangelhos de João, Mateus, Marcos e Lucas, os Atos referem-se a ele como um dos Doze. Porém de suas atividades apostólicas não há notícias certas. Uma tradição diz que ele trazia consigo o Evangelho Herético de Matias, escrito em hebraico, e o perdeu.

As poucas anotações que restaram da era sub-apostólica e patrística indicam que este evangelho judeu era bastante diferente dos evangelhos gregos gentis de Mateus, Marcos, Lucas e João, assim como eram os tão chamados evangelhos judaico-cristãos heréticos dos Nazarenos, Ebionitas e Hebreus, dos quais só restaram fragmentos. Diferentemente dos evangelhos gentis, estas tradições consideravam o Espírito Santo como a Divina Mãe de Cristo e não adoravam Jesus como uma divindade, mas como um irmão mais velho e líder da comunidade dos santos de Deus Muitas de suas obras são conhecidas através de traduções como O Evangelho de Bartolomeu, Pregação de São Bartolomeu no Oásis e a Pregação de Santo André e São Bartolomeu.

Uma antiga tradição armênia afirma que ele foi para a Índia e lá pregou àquele povo a verdade do Senhor Jesus segundo o Evangelho de São Mateus. Depois que naquela região converteu muitos a Cristo, superando extremas dificuldades, passou para a Armênia Maior, onde converteu o rei Polímio, a sua esposa e muitos outros homens, em mais de doze cidades. Essas conversões, no entanto, provocaram uma enorme inveja dos sacerdotes locais, que, por meio do irmão do rei Polímio, conseguiram a ordem de tirar a sua pele e depois decapitá-lo.

Sua festa votiva é em 24 de agosto.

domingo, 22 de agosto de 2010

Nossa Senhora Rainha


22/08 - A festividade de hoje, paralela à de Cristo Rei, foi instituída por Pio XII em 1955. Era celebrada, até a recente reforma do calendário litúrgico, a 31 de maio, como coroação da singular devoção mariana do mês a ela dedicado. Para o dia 22 de agosto estava reservada a comemoração do Imaculado Coração de Maria, em cujo lugar entrou a festa de Maria Rainha para aproximar a realeza da Virgem à sua gloriosa Assunção ao céu. Este lugar de singularidade e de proeminência, ao lado de Cristo Rei, deriva-lhe dos vários títulos, ilustrados por Pio XII na carta encíclica À Rainha do Céu (11 de outubro de 1954): Mãe da Cabeça e dos membros do Corpo místico, augusta soberana e rainha da Igreja, que a torna participante não só da dignidade real de Jesus, mas também do seu influxo vital e santificador sobre os membros do Corpo místico.

O latim regina, como rex, deriva de regere, isto é reger, governar, dominar. Do ponto de vista humano é difícil atribuir a Maria a função de dominadora, ela que se proclamou a serva do Senhor e passou toda a sua vida no mais humilde escondimento. Lucas, nos Atos dos Apóstolos, coloca Maria no meio dos Onze, após a Ascensão, recolhida com eles em oração; mas não é ela que dá ordens, e sim Pedro. E todavia precisamente naquela circunstância ela constitui o vínculo que mantém unidos ao Ressuscitado aqueles homens ainda não robustecidos pelos dons do Espírito Santo. Maria é rainha porque é Mãe de Cristo, o Rei. É rainha porque excede todas as criaturas em santidade: “Ela encerra toda a bondade das criaturas”, diz Dante na Divina Comédia.

Todos os cristãos vêem e veneram nela a superabundante generosidade do amor divino, que a cumulou de todos os bens. Mas ela distribui real e maternalmente tudo o que recebeu do Rei, protege com o seu poder os filhos adquiridos em virtude da sua co-redenção, e os alegra com os seus dons, pois o rei determinou que toda graça passe por suas mãos de rainha. Por isso a Igreja convida os fiéis a invocá-la não só com o doce nome de mãe, mas também com aquele reverente de rainha, como no céu a saúdam com felicidade e amor os anjos, os patriarcas, os profetas, os apóstolos, os mártires, os confessores, as virgens. Maria foi coroada com o dúplice diadema de virgindade e de maternidade divina: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado Filho de Deus.”

sábado, 21 de agosto de 2010

Santa Humbelina


21/08 - Ela nasceu no castelo dos Fontaines de Dijon na França, filho de Tescelin Sorrel e Aleth de Montbard em 1092 e era irmã de São Bernardo Claraval, França. Casou-se e era socialmente popular. Humbelina visitava freqüentemente o seu irmão e acabou sendo convertida por ele. Ela se tornou uma ardorosa devota da Paixão de Cristo e desejava entrar para um mosteiro. Logo depois recebeu permissão do seu marido, Guy de Marcy, para viverem separados e ela entrou para o Monastério Beneditino em Jully-Les-Nonnais e algum tempo depois ela se tornou Abadessa do Mosteiro.

Dia a tradição que ela influenciou o irmão a escrever o “De Consideratione” que é considerado um tesouro de fé e várias de suas cartas demonstram uma extraordinária fé em Jesus e na Virgem Maria.

Diz ainda a tradição que ela curava certas doenças apenas com sua benção e oração, inclusive doenças contagiosas sem nunca contrair nenhuma delas.

Faleceu de causas naturais nos braços de seu irmão (São Bernardo Claraval, Doutor da Igreja) em 12 de fevereiro de 1135 e logo seu túmulo passou a ser local de peregrinação e vários milagres foram creditados a sua intercessão.

Foi canonizada em 1763. Sua festa é celebrada no dia 21 de agosto.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

São João Eudes


19/08 - João Eudes nasceu em 14 de novembro de 1601, na pequena vila de Ri, próxima de Argentan, no norte da França. Era o primogênito de Isaac e Marta que tiveram sete filhos. Cresceu num clima familiar profundamente religioso. Inicialmente estudou no Colégio Real de "Dumont" em Caen, dos padres jesuítas. Nos intervalos das aulas costumava ir à capela rezar, deixando as brincadeiras para o segundo plano. Na adolescência, por sua grande devoção à Maria, secretamente se consagrou à ela. Depois, sentindo sua vocação religiosa, foi aconselhado a terminar os estudos, antes de se ordenar sacerdote.

Em 1623, com o consentimento dos pais foi para Paris onde ingressou na Congregação do Oratório, sendo recebido pelo próprio fundador o cardeal Pedro de Bérulle. Dois anos depois recebeu sua ordenação dedicando-se integralmente à pregação entre o povo. Pleno do carisma dos oratorianos centrados no amor à Cristo e de sua especial devoção à Maria, passou ao ministério de pregação entre o povo. Visitou vilas e cidades de Ile de França, Bolonha, Bretanha e da sua própria região de origem, a Normandia.

Esta última, quando em 1627 estourou a epidemia da peste, João percorreu quase todas, principalmente as vilas mais distantes e esquecidas. Como sensível pregador, levou a Palavra de Cristo, dando assistência aos doentes e suas famílias. Nunca temeu o contágio. Costumava dizer em tom de brincadeira que de sua pele até a peste tinha medo. Mas temia pela integridade daqueles que viviam à sua volta, que ao seu contato, poderiam ser contagiados. Por isto não entrava em casa e à noite dormia dentro de um velho barril abandonado ao lado do paiol.

Inconformado com o contexto social que evoluía perigosamente, onde as elites dos intelectuais valorizavam a razão e desprezavam a fé. João Eudes, sabendo interpretar esses sinais dos tempos, fundou em 1643 a Congregação de Jesus e Maria com um grupo de sacerdotes de Caen que se uniram a ele. A missão dos eudianos é a formação espiritual e doutrinal dos padres e seminaristas e a pregação evangélica inserida às necessidades espirituais e materiais do povo. Além de difundir através destas missões a devoção dos Sagrados Corações de Jesus e Maria.

Seguindo este pensamento também fundou a Congregação Nossa Senhora da Caridade do Refúgio, para atender as jovens que de desviavam pelos caminhos da vida e as crianças abandonadas. Esta Ordem deu origem, no século XIX à Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastos, conhecidas como as Irmãs do Bom Pastor. Com os seus missionários, João dedicou-se à pregação de missões populares, num ritmo de trabalho simplesmente espantoso. As regiões atingidas pelo esforço dos seus missionários foram aquelas que mais resistiram ao vendaval anti-religioso da Revolução Francesa.

Coube a João Eudes a glória de ter sido o precursor do culto da devoção dos Sagrados Corações de Jesus e de Maria. Para isto ele próprio compôs missas e ofícios, festejando pela primeira vez com um culto litúrgico do Coração de Maria em 1648, e do Coração de Jesus em 1672. Hoje estas venerações fazem parte do Calendário da Igreja. Morreu em Caen, norte da França, no dia 19 de agosto de 1680, deixando uma obra escrita de grande valor teológico pela clareza e profundidade. Foi canonizado pelo Papa Pio XII em 1925. A festa de São João Eudes se comemora no dia de sua morte.