sábado, 7 de agosto de 2010

Santa Afra


07/08 - Afra era uma jovem pagã de costumes levianos, que vivia com sua mãe Hilda e três criadas chamadas Digna, Eunômia e Eprepria. Orientada por sua mãe, Afra gostava de prestar culto e render homenagens à Vênus, uma das muitas deusas pagãs. Porém, o que ela não poderia prever é que seria tocada pela fé cristã. Isto ocorreu quando descobriu que os dois desconhecidos que estavam hospedados em sua casa, eram o Bispo Narciso e seu diácono Félix.

Nesta época, ano 304, o imperador romano Diocleciano impunha uma severa perseguição aos cristãos. Este foi o motivo que levou Narciso e Felix a fugirem da fúria sangrenta que assolava a Espanha, indo parar em Augsburgo, na Baviera, Alemanha. Nesta cidade foram acolhidos na residência de Afra que, como sua mãe, nunca os tinha visto. Mas, na hora da refeição à mesa, os dois começaram uma oração que chamou a atenção das duas e também das criadas ali presentes. Foi então que descobriram que os hospedes eram cristãos e um inclusive era um Bispo da Igreja Católica.

Afra a princípio ficou confusa com os estrangeiros cristãos. Depois, mesmo sem conhecer o Bispo Narciso, caiu aos seus pés e confessou sua vida de pecados. Ele, percebendo que Afra estava realmente arrependida e que sua alma clamava pelo perdão do Senhor, resolveu absolvê-la, desde que se convertesse e fosse batizada no cristianismo. Ela não só converteu-se como ainda animou sua mãe Hilária e as outras companheiras, para que fizessem o mesmo. Também decidiu ajudar Narciso e Félix a continuarem sua fuga, despistando os soldados do imperador.

Entretanto Afra foi traída e denunciada às autoridades pagãs. Presa, o perdão e a liberdade lhe foram oferecidos, mas só se voltasse a reverenciar os falsos deuses. Afra se negou e confirmou sua fé em Jesus Cristo. Foi levada para a ilha de Lesh, onde a despiram, amarraram num poste e depois a queimaram viva.

O mesmo aconteceu algum tempo depois com as suas companheiras e sua mãe. Elas que já haviam se convertido, tinham ido à rezar junto à sepultura de Afra, quando foram flagradas pelos soldados do imperador. Hilda, a exemplo de sua filha Afra, se recusou a abandonar a fé cristã, sendo acompanhada nesta decisão também pelas três criadas. Todas morreram queimadas vivas, ali mesmo junto ao túmulo da mártir Afra.

Esta é uma das mais antigas tradições cristãs do povo alemão, que venera Santa Afra, como padroeira da cidade de Augsburgo desde a Antiguidade, e que teve seu culto autorizado pela Igreja somente em 1064. A festa de Santa Afra em Augsburgo acontece no dia 07 de agosto, embora em algumas localidades ocorra em outras datas.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Beata Maria Francisca Rubatto


06/08 - Em Carmanhola, cidade agrícola de intensa atividade pastoral, próxima de Turim, nasceu Ana Maria Rubatto, em 14 de fevereiro de 1844, numa família simples e cristã. Desde a infância fez voto de virgindade, recusando mais tarde um casamento vantajoso. Aos dezenove anos após algumas tragédias familiares, como a morte de alguns irmãos pequenos e a perda dos pais, deixou a cidade. Foi para Turim, onde residia sua irmã mais velha.

Durante cinco anos se dedicou às obras de caridade, fazendo parte da equipe de auxiliares do futuro Santo João Bosco, no seu Oratório. Alí, a rica e nobre senhora Scoffone, também pia e caridosa, fez dela sua filha adotiva. Levou-a para viver em sua casa e a tornou sua conselheira na administração do seu patrimônio. Quando ela morreu, tinha doado tudo em testamento, para as obras dos adres do Cotolengo de Turim. Os anos vividos ao lado da senhora Scoffone foram de intenso empenho espiritual e caritativo. Após o falecimento da protetora, voltou para junto de sua irmã.

No verão de 1883 costumava ir para o balneário de Loano, na Riviera da Ligúria, onde ajudava as famílias e cuidava dos pescadores doentes em suas casas, dando também assitência as crianças abandonadas. Nesse local se uniu a um grupo de senhoras pias que se dedicavam às obras de caridade. Esse pequeno núcleo se iniciava à uma vida comunitária religiosa, inspirando-se ao ideal de São Francisco de Assis, sob a direção do capuchinho Padre Angélico. Logo o Padre percebeu que Ana Maria tinha uma fantástica capacidade organizadora de obras de caridade e que sua vocação missionária era emocionante, só voltada para a salvação das almas. Por isso, o próprio Padre Angélico a incentivou a criar um novo Instituto. Em janeiro de 1885 vestiu o hábito religioso franciscano, junto com algumas das senhoras. Nascia a família religiosa das "Irmãs Terciárias Capuchinhas de Loano", depois chamadas "Irmãs Capuchinhas de Madre Rubatto", com a finalidade de dar assistência aos enfermos, especialmente em domicílio e proporcionar a educação cristã da juventude.

Ana Maria emitiu os segundos votos em 1886, tomando o nome de Maria Francisca de Jesus. Foi eleita a primeira Madre Superiora do Instituto, cargo que manteve até a morte. A sua obra se difundiu rapidamente na Itália e também na América Latina. A partir de 1892, Madre Maria Francisca começou a viajar para o Uruguai, Argentina e Brasil. Em 1895, fundou a primeira casa do seu Instituto fora do seu país, foi no Uruguai. Depois ela acompanhou um grupo de religiosas à Missão de Alto Alegre, no Maranhão, Brasil, onde em 1901 sete delas morreram mártires sob um dos ataques dos índios. A Argentina também recebeu a semente da sua Obra.

Ao todo foram vinte casas abertas nos vinte anos do seu governo, todas organizadas e fundadas por Madre Maria Francisca. Estava no Uruguai, em Montevidéu quando adoeceu e foi um exemplo cristão, inclusive no sofrimento. Morreu em 06 de agosto de 1904, nessa cidade, onde foi enterrada na capela da primeira casa fundada em terras estrangeiras. A congregação desde 1964 está presente na Etiópia, África. O Papa João Paulo II a proclamou solenemente como a "primeira Beata do Uruguai" em 1993. A celebração da Beata Maria Francisca Rubatto deve acontecer no dia de sua morte.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

São Pedro Julião Eymard


02/08 - Pedro Julião Eymard nasceu no norte da França, em Esère, no dia 4 de fevereiro de 1811, primeiro filho de um casal de simples comerciantes, profundamente religioso. Todos os dias, sua mãe levava-o à igreja, para receber a bênção eucarística. Assim, aos cinco anos de idade, despontou sua vocação religiosa e sacerdotal.

Mas encontrou a objeção do seu pai. Apesar de muito religioso, ele não concordou com a decisão do filho, porque precisava da sua ajuda no trabalho, para sustentar a casa. Além disto, não tinha condições de pagar as despesas dos estudos no seminário. Diante desses fatos, só lhe restava rezar muito enquanto trabalhava e, às escondidas, estudar o latim. Em 1834, conseguiu realizar o seu sonho, recebendo a ordenação sacerdotal na sua própria diocese de origem.

Após alguns anos no ministério pastoral, em 1839, padre Eymard entrou na recém-fundada Congregação dos Padres Maristas, em Lyon. Nesta Ordem permaneceu durante dezessete anos, chegando a ocupar altos cargos. Foi quando recebeu de Maria Santíssima a missão de fundar uma obra dedicada à adoração perpétua da eucaristia.

Aliás, padre Eymard já notava que havia um certo distanciamento do povo da Igreja. Algo precisava ser feito. Rezou muito, pediu conselhos aos superiores e para o próprio papa Pio IX. Entretanto, percebeu que por meio do Instituto dos Maristas não poderia executar o que era preciso. Deixou o Instituto e foi para Paris.

Lá, em 1856, com a ajuda do arcebispo de Paris, fundou a Congregação dos Padres do Santíssimo Sacramento. E, depois de três anos, a Congregação das Irmãs de Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento. Mais tarde, também fundou uma Ordem Terceira, em que leigos comprometem-se na adoração do Santíssimo Sacramento.

Padre Pedro Julião Eymard foi incansável, viajando por toda a França, para levar sua mensagem eucarística. Como seu legado, além da nova Ordem, deixou inúmeros escritos sobre a espiritualidade eucarística.

Muito doente, ele faleceu na sua cidade natal no dia 1o. de agosto de 1868, com apenas cinqüenta e sete anos de idade. Beatificado pelo papa Pio XI em 1925, foi canonizado pelo papa João XXIII em 1962. Na ocasião, foi designado que a memória litúrgica de são Pedro Julião Eymard deve ser celebrada em 2 de agosto, um dia após o de sua morte.

Fonte: www.paulinas.org.br

sexta-feira, 30 de julho de 2010

São Pedro Crisólogo


30/07 - Pedro Crisólogo, Pedro "das palavras de ouro", pois, é exatamente este o significado do seu sobrenome, dado sabiamente pelo povo e, através do qual, se tornou conhecido para sempre. Ele nasceu em Ímola, uma província de Ravena, não muito distante de Roma, no ano 380. E mereceu este título, assim como os outros que a Igreja lhe concedeu. ´

Filho de pais cristão, foi educado na fé e cedo ordenado diácono. Considerado um dos maiores pregadores da História da Igreja, era assistido freqüentemente pela imperatriz romana, Galla Plácida e seus filhos. Ela o fez seu conselheiro pessoal e, em 424, influenciou para que ele se tornasse o arcediácono de Ravena. Numa época em que esta cidade era a capital do Império Romano no Ocidente e, também, a metrópole eclesiástica.

Mais tarde, o próprio imperador romano, Valentiniano III, filho de Galla Plácida, o indicou para ser o Bispo de Ravena. Em 433, Pedro Crisóstolo se tornou o primeiro Bispo ocidental a ocupar essa diocese, sendo consagrado pessoalmente pelo Papa Xisto III.

Pedro Crisólogo escreveu no total cento e setenta e seis homilias de cunho popular, através dos quais dogmas e liturgias foram explicados de forma simples, direta, objetiva e muito atrativa, proporcionando incontáveis conversões.

Em 448, ele recebeu a importante visita de um ilustre Bispo do seu tempo, Germano de Auxerre, que fatidicamente adoeceu e assistido por ele morreu em Ravena. Também, defendeu a autoridade do Papa, então Leão I, o Grande, sobre a questão monofisita, que pregava Cristo em uma só natureza. Esta heresia, vinda do Oriente, se propagava perigosamente, mas foi resolvida nos Concílios de Éfeso e Calcedônia.

Pedro Crisólogo morreu na sua cidade natal, numa data incerta. Alguns historiadores dizem que foi em 31 de julho de 451, mas, ele é venerado pela Igreja no dia 30 de julho de 450, data mais provável do seu falecimento.

A autoria dos seus célebres sermões, ricos em doutrina, lhe conferiu outro título, o de Doutor da Igreja, concedido em 1729, pelo Papa Bento XIII. São Pedro Crisólogo, ainda hoje é considerado um modelo de contato com o povo e um exemplo de amor à pregação do Evangelho, o ideal de pastor para a Igreja.

terça-feira, 27 de julho de 2010

São Clemente de Ochrida


27/07 - Clemente é chamado "de Ochrida" pela sua forte ligação com aquela cidade. Mas é também conhecido como "o Búlgaro", e todos os títulos são apropriados, porque durante sua vida religiosa conviveu muito tempo com esse povo, deixando marcas profundas de sua presença na Bulgária. A sua origem, seu nascimento e juventude são desconhecidos.

No século IX, o príncipe da Moravia solicitou ao imperador de Constantinopla que lhe enviasse evangelizadores de origem germânica.Tinha a intenção de ampliar a catequização da população, mas não queria os missionários "latinos" que eram diferentes dos "germânicos" nos rituais litúrgicos. Isso era possível, porque a Igreja ainda não tinha um padrão para todos os rituais católicos.

Seguiram para lá os irmãos Cirilo e Metódio, ambos germânicos, no futuro conhecidos como os "apóstolos do Oriente". Os dois irmãos levaram alguns colaboradores, um deles era Clemente. Como era muito culto e aplicado se tornou o colaborador direto de Metódio, na adaptação da liturgia do Oriente para as populações daquela região.

Clemente fez inúmeras viagens com os dois apóstolos por todo o leste europeu, sendo um discípulo fiel na pregação do Cristianismo. A evangelização do leste europeu era marcada pela rivalidade gerada com divisão entre evangelizadores "latinos" e "germânicos". Tanto assim, que o próprio Clemente precisou se afastar de uma cidade, porque um Bispo não aceitava os "ritos germânicos".

Por isto, Clemente decidiu seguir para a Bulgária, onde além de refúgio encontrou um novo campo de ação. Lá, trabalhou na simplificação do novo alfabeto para facilitar os estudos. Também, converteu á fé cristã o próprio rei, que deixou o trono e se retirou em um mosteiro. Os outros dois reis sucessores encorajam a obra missionária, e Clemente foi nomeado "primeiro bispo de língua búlgara" para comandar a principal diocese.

Porém, Clemente tinha sempre o pensamento voltado para a querida cidade de Ochrida, onde havia construído uma escola que também era um mosteiro. Era lá que pretendia se recolher na velhice. Mas não conseguiu, porque antes deveria pessoalmente escolher, instruir e formar o Bispo substituto. No dia 27 de julho de 916 ele faleceu na cidade de Velika.

Seu corpo foi sepultado no mosteiro de Ochrida, onde seu túmulo passou a ser visitado e venerado pela população. Em alguns lugares, por tradição popular, costuma ser lembrado no dia 25 de novembro. A Igreja Católica o proclamou Santo e escolheu o dia de sua morte, 27 de julho, para as homenagens litúrgicas.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Santa Ana e São Joaquim


26/07 - Ana e Joaquim são os pais de Nossa Senhora. Seu nome não aparece nos evangelhos, nem em notícias sobre a família de Jesus. O nome de Joaquim e Ana aparece primeira vez no Proto-evangelho de S. Thiago. Este escrito, que parece datar do século II, é o primeiro dos evangelhos apócrifos (escritos piedosos, mas cheios de dados fabulosos, sobre a vida de Jesus, não reconhecidospela igreja como inspirados nem autênticos) do ciclo da natividade.

O nome de Joaquim é um nome bíblico, que significa o homem a quem Jeová confirma. Há vários personagens do antigo testamento com este nome, e é citado por Mateus e Lucas entre os antepassados de José. Com o nome de Ana, aparecem três mulheres na Bíblia: a mãe do profeta Samuel, a mulher de Raquel, parente de Tobias, e a profetisa Ana, que foi ao encontro de Jesus no dia de sua apresentação.

O Proto-Evangelho, em que é difícil separar o puramente imaginário do que possa ser dado da tradição, foi escrito como fim apologético de defender a honra de Maria. Sobre seus pais, teceu uma lenda à base de diversos clichês tirados do Antigo Testamento. Mais tarde está lenda foi incorporada em grande parte pela história e a teologia medieval. Joaquim e Ana eram estéreis, e por isto viviam tristes e humilhados. Joaquim se retirou ao deserto para orar, onde permaneceu quarenta dias em completo jejum e oração. Finalmente um anjo apareceu a Ana e outro a Joaquim no deserto para anunciar lhes que teriam um filho, que seria famoso em Israel. Eles prometeram oferecê-lo ao Senhor no templo.

De fato, ao nascer Maria, ofereceram-na ainda na infância ao serviço do templo.O culto desses dois santos desenvolveu-se no oriente a partir do século VI, e no ocidente no século VII. No século XVI foi introduzida sua festa no calendário litúrgico.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

São Lourenço de Brindisi


21/07 - Geralmente as chamadas "crianças superdotadas", aquelas que demonstram um dom excepcional para alguma especialidade, quando crescem parecem "perder os poderes" e se nivelam às demais pessoas. São poucas as exceções que merecem ser recordadas. Mas,com certeza, uma delas foi Júlio César Russo, que nasceu no dia 22 de julho de 1559 em Brindisi, na Itália.

Seu nome de batismo, mostrava claramente a ambição dos pais, que esperavam para ele um futuro brilhante como o do grande general romano. Realmente, anos depois, lá estava ele à frente das forças cristãs lutando contra a invasão dos turcos muçulmanos, que ameaçava chegar ao coração da Europa, depois de ter dominado a Hungria. Só que não empunhava uma espada, mas sim uma cruz de madeira. Nesta ocasião já vestia o hábito franciscano, respondia pelo nome de Lourenço e era o capelão da tropa, além de conselheiro do chefe do exército romano, Filipe Emanuel de Lorena.

Vejamos como tudo aconteceu. Aos seis anos de idade, o então menino Júlio César encantava a todos com o extraordinário dom de memorizar as páginas de livros, em poucos minutos, para depois declamá-las em público. E cresceu assim, brilhante nos estudos. Quando ficou órfão aos catorze anos de idade, foi acolhido por um tio, que residia em Veneza. Nesta megalópole, pôde desenvolver muito mais os seus talentos, para os estudos.

Mas a religião o atraia de forma irresistível. Dois anos após chegar a Veneza ele atendeu ao chamado e ingressou na Ordem dos frades menores de São Francisco de Assis. Em seguida se juntou aos capuchinhos de Verona, onde recebeu a ordenação e assumiu o novo nome, em 1582. Depois completou sua formação na universidade de Pádua. Voltou para Veneza em 1586, como professor dos noviços da Ordem, sempre evidenciando os mesmos dotes da infância.

Tornou-se especialista em línguas e sua erudição o levou à ocupar altos postos de sua Ordem e também à serviço do Sumo Pontífice. Foi provincial em Toscana, Veneza, Gênova, Suíça e comissário no Tirol e na Baviera, pregando firmemente a ortodoxia católica contra a reforma protestante. Além de animar as autoridades e o povo na luta contra a dominação dos turcos muçulmanos. Lourenço foi, inclusive, o Superior Geral da sua própria Ordem e embaixador do Papa Paulo V, com a missão de intermediar príncipes e reis em conflito.

Lourenço de Brindisi morreu no dia do seu aniversário em 1619, durante sua segunda viagem à Península Ibérica, na cidade de Lisboa, em Portugal. Foi canonizado em 1881 e recebeu o título de "Doutor da Igreja" em 1959, outorgado pelo Papa João XXIII. A sua festa é celebrada, um dia antes do aniversário de sua morte, acontece no dia 21 de julho.