sábado, 8 de junho de 2013

Santo Efrém


08/06 - Nasceu em Nisibis, Mesopotânia, na Síria , (hoje Turquia) cerca de 306 DC. Efrém dirigiu a escola local de catecismo servindo sob a orientação de São James de Nibisis e acompanhou James ao Consílho de Nicaea em 325.Quando a cidade de Nibisis passou para o controle dos Persas, Efrem foi para Edessa onde se tornou diácono e escreveu vários comentários sobre as Escrituras e vários hinos. Após visitar São Basilio na Caesarea em 370 Efrém retornou a Edessa para servir aos pobres e aos necessitados em um período de extrema fome na região. Ele morreu em 9 de junho de 373 em Edessa.

A fama de São Ephrem está nos seu escritos e nas suas homilias que podem ser lidas em voz alta, porque rimam como hinos. Escreveu os primeiro hinos que foram compostos para uso popular e usado com um caráter didático para a época e em geral eram dirigidos contra as heresias. Ele é o responsável pela introdução dos hinos no culto popular. Notável são os seu hinos Nibesianos e os cânticos para estações do ano. É chamado a "Harpa do Espirito Santo".

Varias composições a ele atribuídas ainda são usadas nas igrejas sírias e sua reputação espalhou-se pelos países de língua grega antes mesmo de sua morte. O hino inglês "Receba o Senhor" foi traduzidos dos hinos de São Ephrem em sirílico.

Ele escreveu ainda vários comentários aos livros bíblicos e um testamento espiritual que foi aditado mais tarde com sua própria letra.

Todo o trabalho de São Ephrem é elevado em estilo, em expressão, cheio de imagens e era um teólogo que escrevia como um poeta. É considerado um grande escolástico na Igreja Síria e muitos dos seus trabalhos foram traduzidos para o Grego, Armênio e Latim.

São Ephrem era devotado a Virgem Maria e frequentemente invocou a Imaculada Conceição como sua devoção absoluta bem antes do assunto ser discutido pela Igreja e ser considerado um dogma de fé.

Ele tinha certeza da absoluta falta de todos os pecados, inclusive o original, á Virgem Maria. Ele é sempre invocado como testemunha da Imaculada Concepção de Maria porque, segundo a tradição ele, em seus escritos, teria tido uma visão da Virgem e com isto podia provar sua tese com clareza absoluta.

Ele é muito venerado na Igreja Oriental .

Foi declarado Doutor da Igreja pelo Papa Benedito XV(1914-1922).

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Beata Ana de São Bartolomeu


07/06 - Ana nasceu em Almendral (Ávila), aos 10/10/1549, numa família pobre em bens materiais, mas riquíssima em virtudes cristãs. Ingressou no Carmelo de São José de Ávila em 1570. Foi a primeira “leiga” da Reforma de Santa Teresa. Desde o início foi muito amada pela Santa Doutora, em cujas mãos fez seus votos no dia 15/8/1572.

Por graça de Deus, méritos de Santa Teresa e obediência da própria beata, passou de simples irmã conversa e analfabeta a secretária particular da doutora mística. Deste modo chegou a ser discípula predileta e herdeira do espírito de Teresa, como o foi Eliseu do grande profeta Elias. Isto vem afirmado os processos da causa da beata Ana.

Como secretária, acompanhou Santa Teresa em suas peregrinações fundacionais. A Santa, reconhecendo o valor de sua colaboração e sua extraordinária santidade, chegou a dizer-lhe: Ana aprendeu a escrever de modo milagroso.

Destacou-se sempre por sua imensa caridade, tanto para Deus quanto para com o próximo.

Através de sua autobiografia ficamos sabendo que ela desejava ansiosamente morrer de amor e suspirava por esta felicidade. É sua esta frase: “Ah, como me pesa este corpo! Eu estou cansada de cuidar dele. Meu desejo é ver-me livre destas correntes".

Quando morreu Santa Teresa, Ana foi para a França, onde fundou vários conventos, dando maravilhosos exemplos de todas as virtudes. Em sua autobiografia, escrita por obediência, deixou-nos o registro das muitas graças místicas que experimentou durante sua vida, como fruto de seu grande amor à Humanidade de Jesus e ao mistério da Santíssima Trindade.

Morreu em 1626 e foi beatificada em 1917, pelo papa Bento XV.

Sua festa é celebrada no dia 7 de junho.

quinta-feira, 6 de junho de 2013

São Norberto



06/06 - Norberto nasceu por volta de 1080, em Xauten, na Alemanha. Filho mais novo de uma família da nobreza, podia escolher entre a carreira militar e a religiosa. Norberto escolheu a segunda, mas buscou apenas prazeres e luxos, como faziam muitos nobres da Europa. Circulava em altas rodas, vestindo riquíssimas roupas da moda, dedicando-se a caçadas e a vida da corte, até que um dia foi atingido por um raio, quando cavalgava no bosque.

Seu cavalo morreu e, quando o jovem nobre despertou do desmaio, ouviu uma voz que lhe dizia para abandonar a vida mundana e fosse praticar a virtude para salvar sua alma. Entendeu o acontecido como um presságio para uma conversa com Deus A partir daquele instante abandonou a família, amigos, posses e a vida dos prazeres. Passou a percorrer na solidão, com os pés descalços e roupa de penitente, os caminhos da Alemanha, Bélgica e França. Para aprimorar o dom da pregação, completou os estudos teológicos no mosteiro de Siegburgo e recebeu a ordenação sacerdotal.

Talvez envergonhado pelo passado, empreendeu a luta por reformas na Igreja, visando acabar com os privilégios dos nobres no interior do cristianismo. Foi muito contestado, principalmente pelo próprio clero, mas conseguiu o apoio do Papa e seu trabalho prosperou. Quando as reformas estavam já implantadas e em andamento, retirou-se para a solidão e fundou a Ordem dos Cônegos Regulares Premonstratenses, também conhecida como "dos Monges Brancos". Uma referência ao hábito que é dessa cor.

A principal regra da nova Ordem era fazer com que os sacerdotes vivessem sua vida apostólica com a disciplina e a dedicação dos monges, uma concepção de vida religiosa revolucionária para a época. Mas não encerrou aí seu apostolado, pois desejava continuar como pregador fora do mosteiro. Reiniciou sua obra de evangelização itinerante como um simples sacerdote mendicante.

Em 1126 foi nomeado Arcebispo de Magdeburgo, lutando contra o cisma que ameaçava dividir a Igreja naquele tempo. Respeitado pelo rei Lotário III, da Alemanha, foi por ele escolhido para seu conselheiro espiritual e chanceler junto ao Papa. Norberto morreu no dia 06 de junho de 1134, na sua sede episcopal, onde foi sepultado.

Ele foi canonizado em 1582 pelo Papa Gregório XIII. Devido a Reforma Protestante, suas relíquias foram trasladadas para a Abadia de Strahov, na cidade de Praga, capital da República Tcheca, em 1627, onde estão guardadas até hoje.

Ao lado de São Bernardo, São Norberto é considerado um dos maiores reformadores eclesiásticos do século XII. Atualmente existem milhares de monges da Ordem de São Norberto, em vários mosteiros encontrados em muitos países de todos os continentes, inclusive no Brasil.

Fonte: www.portalangels.com

quarta-feira, 5 de junho de 2013

São Bonifácio


05/06 - Pertencendo a uma rica família de nobres ingleses, ao nascer, em 672 ou 673, em Devonshire, recebeu o nome de Winfrid. Como era o costume da época, foi entregue ao mosteiro dos beneditinos ainda na infância para receber boa educação e formação religiosa.

Logo, Winfrid percebeu que sua vocação era o seguimento de Cristo. Aos dezenove anos professou as regras na abadia de Exeter, iniciando o apostolado como professor de regras monásticas primeiro nesta mesma abadia, depois na de Nurslig.

Em seguida, decidiu iniciar seu trabalho missionário para a evangelização dos povos germânicos do além Reno, mas por questões políticas entre o duque Radbod, um pagão, e o rei cristão Carlos Martel, os resultados foram frustrantes.

Em 718, fez, então, uma peregrinação a Roma, onde, em audiência com o papa Gregório II, conseguiu seu apoio para reiniciar sua missão na Alemanha. Além disso, o papa o orientou também a assumir, como missionário, o nome de Bonifácio, célebre mártir romano.

Bonifácio parou primeiro na Turíngia, depois dirigiu-se à Frísia, realizando as primeiras conversões nessas regiões. Durante três anos percorreu quase toda a Alemanha e, numa segunda viagem a Roma, o papa, agora já outro, entusiasmado com seu trabalho, nomeou-o bispo de Mainz. Esse contato constante com os pontífices foi importante, pois a Igreja na Alemanha foi implantada em plena consonância com a orientação central da Santa Sé.

Bonifácio fundou o mosteiro de Fulda, centro propulsor da cultura religiosa alemã, só comparável ao italiano de Montecassino. E muitos outros mosteiros masculinos e femininos, igrejas e catedrais de norte a sul do país, recrutando os beneditinos da Inglaterra. Acabou estendendo sua missão até a França.

Incansável, com sua sede episcopal fixada em Mainz, atuou em vários concílios e promulgou várias leis. Em 754, foi para o norte da Europa, região onde atualmente se encontra a Holanda.

No dia 5 de junho do mesmo ano, dia de Pentecostes, foi ao encontro de um grande grupo de catecúmenos de Dokkun, os quais receberiam o crisma. Mal iniciou a santa missa, o local foi invadido por um bando de pagãos frísios. Os cristãos foram todos trucidados e Bonifácio teve a cabeça partida ao meio por um golpe de espada.


Mesmo que são Bonifácio não tenha evangelizado por completo a Alemanha, ao menos se pode afirmar que foi graças a ele que isso aconteceu, nos tempos seguintes, como herança de seu trabalho.

São Bonifácio é venerado como o "Apóstolo da Alemanha".

Seu corpo foi sepultado na igreja do mosteiro de Fulda, que ainda hoje o conserva, pois em vida havia expressado essa vontade.

Fonte: http://www.derradeirasgracas.com/

terça-feira, 4 de junho de 2013

São Francisco Caracciolo




04/06 - A história religiosa de São Francisco Caracciolo tem início devido a uma coincidência. Ascânio Caracciolo, como se chamava antes de assumir os votos religiosos, morava próximo à Congregação dos Brancos da Justiça, uma ordem que se dedicava a assistir pessoas condenadas à morte.
 
Nessa congregação havia um sacerdote de nome idêntico a Ascânio Caracciolo. Uma carta endereçada ao sacerdote chegou às mãos justamente deste santo. Nela, Agostinho Adorno, venerável, e Fabrício Caracciolo, abade de Santa Maria Maior de Nápoles, solicitavam a colaboração do sacerdote para a fundação de uma nova ordem.

O jovem Caracciolo não imaginava sua extraordinária vocação apostólica, mas demonstrou-a cada vez melhor. Francisco Caracciolo introduziu um quarto voto religioso além dos comuns de pobreza, castidade e obediência, que foi o de não aceitar dignidade eclesiástica alguma.

São Francisco Caracciolo fundou, juntamente com João Agostinho Adorno, a Ordem dos Clérigos Menores Regulares que até 1593 estava em uma moradia muito pequena próxima à igreja da Misericórdia.

A sua fé e boa vontade estava para ser recompensada, pois ao celebrar o primeiro capítulo geral, Francisco foi obrigado a aceitar o cargo de preposto geral, possibilitando que sua congregação se estabelecesse em Roma, na igreja de Santa Inês, na praça Navona.

Logo depois, Francisco Caracciolo terminou o seu mandato e se dirigiu à Espanha para fundar uma casa religiosa em Valladolid e um colégio em Alcalá.

São Francisco Caracciolo ainda exerceu outras funções e atividades e talvez seja por isso que sua saúde tenha enfraquecido deixando-o gravemente doente até a sua morte, em 4 de junho de 1608. Foi sepultado em Nápoles, cidade em que também nasceu, na igreja de Santa Maria Maior.

Realizou numerosos milagres, entre eles a cura de um aleijado. São Francisco Caracciolo foi canonizado pelo papa Pio VII no dia 24 de maio de 1807. Desde 1840, é conhecido como co-padroeiro da cidade de Nápoles, na Itália.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Santos Carlos Lwanga e Companheiros




03/06 - O povo africano talvez tenha sido o último a receber a evangelização cristã, mas já possui seus mártires homenageados na história da Igreja Católica. O continente só foi aberto aos europeus depois da metade do século XIX. Antes disso, as relações entre as culturas se davam de forma violenta, principalmente através do comércio de escravos. Portanto, não é de estranhar que os primeiros missionários encontrassem ali enorme oposição que lhes custava, muitas vezes, as próprias vidas.

A pregação começou por Uganda em 1879, onde conseguiu chegar os "Padres Brancos", congregação fundada pelo cardeal Lavigérie. Posteriormente, se somaram à eles os Padres Combonianos. A maior dificuldade era mostrar a diferença entre missionários e colonizadores. Aos poucos, com paciência, muitos nativos africanos foram catequizados, inclusive pajens da corte do rei. Isso lhes causou a morte, quase sete anos depois de iniciados os trabalhos missionários, quando um novo rei assumiu o trono, em 1886.

O rei Muanga decidiu acabar com a presença cristã em Uganda. Um pajem de dezessete anos chamado Dionísio foi apanhado pelo rei ensinando religião. De próprio punho Muanga atravessou seu peito com uma lança, deixou-o agonizando por toda uma noite e só permitiu sua decapitação na manhã seguinte. Usou o exemplo para avisar que mandaria matar todos os que rezavam, isto é, os cristãos.

Compreendendo a gravidade da situação, o chefe dos pajens, Carlos Lwanga, reuniu todos eles e fez com que rezassem juntos, batizou os que ainda não haviam recebido o batismo e se preparam para um final trágico. Nenhum destes jovens, cuja idade não passava de vinte anos, alguns com até treze anos de idade, arredou pé de suas convicções e foram todos encarcerados na prisão em Namugongo, a setenta quilômetros da capital Kampala. No dia seguinte, os vinte e dois foram condenados à morte e cruelmente executados.

Era o dia 03 de junho de 1886, e para tentar não fazer tantos mártires, que poderiam atrair mais conversões, o rei mandou que Carlos Lwanga morresse primeiro, queimado vivo, dando a chance de que os demais evitassem a morte renegando sua fé. De nada adiantou e os demais cristãos também foram mortos, sob torturas brutais e alguns queimados vivos.

Os vinte e dois mártires de Uganda foram beatificados em 1920. Carlos Lwanga foi declarado o "padroeiro da juventude africana" em 1934. Trinta anos depois, o Papa Paulo VI canonizou este grupo de mártires. O mesmo pontífice, em 1969 consagrou o altar do grandioso santuário construído no local onde fora a prisão em Namugongo, na qual os vinte e um pagens, dirigidos por Carlos Lwanga, rezavam aguardando a hora de testemunhar a fé em Cristo.

Fonte: www.portalangels.com

domingo, 2 de junho de 2013

Santos Marcelino e Pedro


02/06 -Esta página da história da Igreja foi-nos confirmada pelo próprio papa Dâmaso, que na época era um adolescente e testemunhou os acontecimentos. Foi assim que tudo passou.

Na Roma dos tempos terríveis e sangrentos do imperador Diocleciano, padre Marcelino era um dos sacerdotes mais respeitados entre o clero romano. Por meio dele e de Pedro, outro sacerdote, exorcista, muitas conversões ocorreram na capital do império. Como os dois se tornaram conhecidos por todos daquela comunidade, inclusive pelos pagãos, não demorou a serem denunciados como cristãos. Isso porque os mais visados eram os líderes da nova religião e os que se destacavam como exemplo entre a população. Intimados, Marcelino e Pedro foram presos para julgamento. No cárcere, conheceram Artêmio, o diretor da prisão.

Alguns dias depois notaram que Artêmio andava triste. Conversaram com ele e o miliciano contou que sua filha Paulinha estava à beira da morte, atacada por convulsões e contorções espantosas, motivadas por um mal misterioso que os médicos não descobriam a causa. Para os dois, aquilo indicava uma possessão demoníaca. Falaram sobre o cristianismo, Deus e o demônio e sobre a libertação dos males pela fé em Jesus Cristo. Mas Artêmino não lhes deu crédito. Até que naquela noite presenciou um milagre que mudou seu destino.

Segundo consta, um anjo libertou Pedro das correntes e ferros e o conduziu à casa de Artêmio. O miliciano, perplexo, apresentou-o à sua esposa, Cândida. Pedro, então, disse ao casal que a cura da filha Paulinha dependeria de suas sinceras conversões. Começou a pregar a Palavra de Cristo e pouco depois os dois se converteram. Paulinha se curou e se converteu também.

Dias depois, Artêmio libertou Marcelino e Pedro, provocando a ira de seus superiores. Os dois foram recapturados e condenados à decapitação. Entrementes, Artêmio, Cândida e Paulinha foram escondidos pelos cristãos, mas eles passaram a evangelizar publicamente, conseguindo muitas conversões. Assim, logo foram localizados e imediatamente executados. Artêmio morreu decapitado, enquanto Cândida e Paulinha foram colocadas vivas dentro de uma vala que foi sendo coberta por pedras até morrerem sufocadas.

Quanto aos santos, o prefeito de Roma ordenou que fossem também decapitados, porém fora da cidade, para que não houvesse comoção popular. Foram levados para um bosque isolado onde lhes cortaram as cabeças. Era o dia 2 de junho de 304.

Os seus corpos ficaram escondidos numa gruta límpida por muito tempo. Depois foram encontrados por uma rica e pia senhora, de nome Lucila, que desejava dar uma digna e cristã sepultura aos santos de sua devoção. O culto dedicado a eles se espalhou no mundo católico até que o imperador Constantino mandou construir sobre essas sepulturas uma igreja. Outros séculos se passaram e, em 1751, no lugar da igreja foi erguida a belíssima basílica de São Marcelino e São Pedro, para conservar a memória dos dois santos mártires, a qual existe até hoje.

Fonte: www.paulinas.org.br