sábado, 4 de maio de 2013

São Floriano




04/05 - O mais antigo registro sobre Floriano foi encontrado num documento de doação datado do século VIII, através do qual o presbítero Reginolfo oferecia para a Igreja algumas propriedades de terras, dentre as quais, "as do lugar aonde foi enterrado o precioso mártir Floriano".

Floriano viveu na cidade de Mantem, próxima de Kems, Alemanha. Na época, Diocleciano era o imperador e Aquilino, o comandante do exército romano na região do Danúbio, atual Áustria, onde existiam numerosas colônias do Império e vários batalhões de soldados que faziam sua defesa. Floriano era militar em um desses batalhões.

Os legionários romanos cristãos foram muito importantes, porque levaram a fé de Cristo às regiões mais remotas do Império Romano, pagando por essa difusão com a própria vida. Famosos e numerosos foram os mártires que pertenceram a essas legiões, mortos sob a perseguição do imperador Diocleciano no início do século IV. Entre eles encontramos Floriano e seus companheiros.

Diocleciano foi imperador de grande energia, estadista de rara habilidade e inteligência, mas se tornou um fanático inimigo da Igreja. Desencadeou a mais longa e duradoura perseguição contra ela, na intenção de varrer todos os vestígios do cristianismo. Contava, para isso, com a ajuda de seu genro Galério, colega nas armas e no domínio do Império.

Foi dele o decreto que proibia qualquer tipo de culto cristão. Exigia que todos os livros religiosos, começando pela Bíblia Sagrada, fossem queimados e ampliou a perseguição para dentro do seu próprio exército. Os soldados eram obrigados a prestar juramento de fidelidade ao imperador e levar oferendas aos ídolos, sob pena de morte.

Muitos militares recusaram obedecer à ordem do imperador e foram executados. Um deles foi Floriano, acompanhado por mais quarenta companheiros. Eles se apresentaram ao comandante Aquilino, do acampamento de Lorch, Áustria, para comunicar que eram cristãos e que não poderiam servir ao exército do imperador. Por esse motivo foram presos.

Durante o processo de julgamento, nenhum deles renunciou à fé em Cristo. Foram condenados a serem jogados no rio Ens, com uma pedra amarrada no pescoço. A sentença foi executada no dia 4 de maio de 304.

O corpo de Floriano foi recolhido por uma senhora cristã, que o sepultou.

No século VIII, sua veneração foi oficialmente introduzida na Igreja pelo Martirológio Romano, que manteve esta data para a festa litúrgica.

No local da sua sepultura construíram um convento beneditino. Mais tarde, passou para os agostinianos, que difundiram a sua memória e a de seus companheiros.

O seu culto se popularizou rapidamente na Áustria e na Alemanha, onde os fiéis recorrem a ele pedindo proteção contra as inundações. Por essa sua tradição com a água, ao longo do tempo são Floriano se tornou o protetor contra os incêndios e padroeiro dos bombeiros.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

São Tiago Apóstolo, o Menor




03/05 - São Tiago, cognominado o Menor, recebeu, devido à grande santidade, o título de Justo. São Paulo chama-o "irmão de Nosso Senhor", por causa do parentesco próximo com Jesus Cristo. Era filho de Alfeu e Maria. Era irmão do Apóstolo Judas Tadeu e de Simão, o Zelador. Chamado por Jesus, no segundo ano de sua vida pública, Tiago com o irmão Tadeu, foi incorporado ao Colégio dos Apóstolos. Bem poucas vezes encontramos o nome deste Apóstolo nas narrações evangélicas.
 
De quão alta estima gozava da parte de Nosso Senhor, prova é ter Jesus Cristo distinguido a São Tiago, com uma aparição particular depois da gloriosa Ressurreição. Antes de subir ao céu, Jesus Cristo deu ao Apóstolo o Dom da ciência, como recompensa de sua santidade.

Segundo são Jerônimo e Epifânio, Nosso Senhor, antes de subir ao céu, teria recomendado a São Tiago a Igreja de Jerusalém. Certamente por esse motivo os Apóstolos, antes da separação, deixaram São Tiago como primeiro Bispo de Jerusalém. Santo Epifânio elogia em São Tiago a grande pureza, vivendo extraordinariamente uma vida santa e austera.

Após a morte do governador Festo e o do Sumo Sacerdote Anás, os cristãos foram duramente perseguidos pelos judeus, tendo São Tiago sido martirizado pelo conselho após testemunhar a verdadeira fé. Tal aconteceu em 10 de abril do ano 62, quando tinha 96 anos. Suas últimas palavras foram: "Pai, perdoai-lhes, porque não sabem o que fazem". O corpo foi sepultado no lugar do martírio e, após oito anos, Jerusalém foi destruída. Os Judeus reconheceram nisso o castigo de Deus, tendo o corpo em 572 sido transferido para Constantinopla, e hoje se encontra na Igreja "Dodeci Apostoli", em Roma.

Fonte: www.paginaoriente.com

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Santo Atanásio





02/05 - Houve o dia em que a Igreja se viu livre da perseguição mortal dos pagãos. Era o ano 313 e o famoso Edito de Milão transformou o cristianismo, de perseguido à favorecido pelos imperadores romanos. Mas a luta não terminou aí, pois na mesma época a semente da discórdia foi plantada no interior do catolicismo, com a heresia de Ário. Foi então que a fé extrema e a dedicação na defesa da divindade de Cristo transformaram Atanásio, o bispo de Alexandria, no mais vigoroso combatente dos hereges.

Atanásio nasceu no Egito em 296, filho da cidade da qual seria o bispo mais lembrado. Ainda adolescente foi considerado um dos homens mais inteligentes de Alexandria entre as celebridades que ali vivam. Ingressou na Igreja por meio do bispo Alexandre. Na qualidade de seu assessor especial, embora fosse apenas diácono, Atanásio participou do Concílio de Nicéia, em 325, e passou para a História da Igreja.

Em todos os registros sobre esse Concílio, que definiu o arianismo como heresia, o nome de Atanásio é o mais citado. O arianismo negava a santidade de Jesus. Considerava-o apenas "uma criatura do Pai" e não parte Dele, equivalente a Ele. Atanásio foi um dos responsáveis na luta para que a Igreja retomasse o caminho apontado e definido pelos apóstolos.

Conta-se que os seus discursos empolgantes, com uma argumentação bíblica brilhante e a lucidez de sua doutrina foram essenciais na defesa e manutenção da ortodoxia cristã. Apontou um por um os erros históricos e dogmáticos dos hereges, conquistando a vitória para a causa católica e, conseqüentemente o ódio profundo dos arianos.

Atanásio foi um religioso muito atuante, discípulo e contemporâneo de figuras muito importantes do clero que a Igreja honrou com a veneração nos altares. Quando morreu o bispo Alexandre, tanto o povo como o clero, apontaram Atanásio como seu sucessor. Seu bispado durou quarenta e seis anos recheados de perseguição e sofrimento. Apoiados pelo imperador, os arianos espalharam calúnias incríveis. Atanásio sofreu cinco exílios seguidos, intercalados com fugas e com afastamentos por vontade própria, que suportou com paciência e determinação. Foi assim que conheceu Santo Antão, de quem escreveu a biografia, contando também como era a vida monástica no deserto, o que atraiu muitos cristãos aos mosteiros eremitas.

Atanásio morreu com setenta e sete anos, no dia 02 de maio de 373. Logo depois foi inserido entre os celebres "Padres da Igreja" , sendo canonizado e declarado : "Doutor da Igreja". Sua festa litúrgica é celebrada no dia de sua morte em todo o mundo cristão

Fonte: www.prestservi.com.br

quarta-feira, 1 de maio de 2013

São Peregrino


01/05 - São Peregrino nasceu em Forli, Itália. Foi um jovem idealista, revestido de caráter fogoso de sua terra, com isso foi apelidado de furacão. A cidade de Forli era conhecida ineversalmente pelo espírito impulsivo e revolucionário, tinha muita desordem e atitudes rebeldes e em 1282, foi castigada com um interdito eclesiástico.

São Filipe Benício foi mandado para lá em missão pacificadora, era uma missão desafiadora para São Filipe pois em Forli se encontrava Peregrino e quando São Filipe chamou a multidão, Peregrino começou a gritar, fora o missionário do papa.

Humilhado, Filipe deixou o local rezando pela conversão daquele moço sacrílego. Deus em sua infinita bondade acolheu a sua oração Peregrino que era rebelde, mas tinha bom coração se comoveu e caindo em si arrependeu-se e foi em busca de Filipe e prostrou-se a seus pés pedindo perdão. A graça triunfara! Peregrino se convertera!

Através de oração e penitências o jovem amadureceu no ideal de consagrar-se a Deus, foi então para Sena atrás de São Filipe Benício para que este o aceitasse entre os Servos de Maria.

Em sua vida religiosa, Peregrino era fiel na observância da regra, caridoso com os pobres e com zelo apostólico, principalmente pelo espírito de mortificação e penitência. Durante 30 anos não se deitou em cama para dormir ou descansar, para ele bastava encostar-se em uma parede ou deitar-se no chão recostando sua cabeça em uma pedra.

Um de seus milagres foi a conversão de 30 ladrões que, de salteadores tornaram-se penitentes e eremitas. Peregrino voltou para Forli, sob a admiração de todos, exercer o apostolado de bem onde outrora semeava revoltas.

Em idade avançada, foi provadoduramente com câncer em uma das pernas e rezando certo dia em frente ao crucifixo, viu Jesus soltar uma das mãos e tocar-lhe a ferida que sarou no mesmo instante.

No dia 1 de maio de 1354, Peregrino faleceu. O Papa Bento XIII canonizou-o em 1726 e Pio XII o proclamou padroeiro dos cancerosos.

terça-feira, 30 de abril de 2013

São Pio V

30/04 - O Papa Pio V é venerado por ter unido a Europa, acabando com as guerras internas para que todos se voltassem contra o verdadeiro inimigo, os turcos, vencidos finalmente em 1571.

Mas é preciso lembrar que ele implantou reformas essenciais também dentro do cristianismo, acabando com o nepotismo na Igreja, um mal que até hoje afeta as comunidades no âmbito político. Também não se pode esquecer que defendeu o catolicismo com corpo e alma, unhas e dentes, quando preciso, chegando a excomungar a Rainha Elisabete I, da Inglaterra.

Miguel Ghisleri nasceu em 1504, em Bosco Marengo, na província de Alexandria e, aos quatorze anos já ingressara na congregação dos dominicanos. Depois que se ordenou sacerdote, sua carreira correu na Terra como um raio. Foi professor, prior de convento, superior provincial, inquisidor em Como e Bérgamo, bispo de Sutri e Nepi, depois cardeal, grande inquisidor, bispo de Mondovi e, finalmente, papa, em 1566, tomando o nome de Pio V.

Assim que assumiu foi procurado em Roma por dezenas de parentes. Não deu "emprego" a nenhum, afirmando ainda que um parente do papa, se não estiver na miséria, "já está bastante rico". Implantou ainda outras mudanças no campo pastoral, aprovadas no Concílio de Trento: a obrigação de residência para os bispos, a clausura dos religiosos, o celibato e a santidade de vida dos sacerdotes, as visitas pastorais dos bispos, o incremento das missões e a censura das publicações, para que não contivessem material doutrinário não aprovado pela Igreja. Depois de conseguir a união dos países católicos, com a conseqüente vitória sobre os turcos invasores e de ter decretado a excomunhão e deposição da própria rainha da Inglaterra, o furacão se extinguiu. Papa Pio V morreu em 1572, sendo canonizado em 1712.

Sua memória, antes homenageada em 5 de maio, com a reforma do calendário litúrgico passou a ser festejada nesta data, 30 de abril.

Fonte: http://www.acidigital.com/

segunda-feira, 29 de abril de 2013

São Pedro de Verona




29/04 - Pedro nasceu em Verona no ano de 1205. Seus pais eram hereges maniqueus, adeptos da doutrina religiosa herética do persa Mani, Manes ou Maniqueu, caracterizada pela concepção dualista do mundo, em que espírito e matéria representam, respectivamente, o bem e o mal.

Entretanto, o único colégio que havia no local era católico e lá o menino não só aprendeu as ciências da vida como os caminhos da alma. Pedro se converteu e se separou da família, indo para Bolonha para terminar os estudos. Ali acabava de ser fundada a Ordem dos Dominicanos, onde ele logo foi aceito, recebendo a missão de evangelizar. Foi o que fez, viajando por toda a Itália, espalhando suas palavras fortes e um discurso de fé que convertiam as massas. Todas as suas pregações eram acompanhadas de graças, que impressionavam toda comunidade por onde passava. E isso logo despertou a ira dos hereges.

Primeiro inventaram uma calúnia contra ele. Achando que aquilo era uma prova de Deus, Pedro não tentou provar inocência. Aguardou que Jesus achasse a hora certa de revelar a verdade. Foi afastado da pregação por um bom tempo, até que a mentira se desfez sozinha, e ele foi chamado de volta e aclamado pela comunidade.

Voltando às viagens evangelizadoras, seus inimigos o afrontaram de novo tentando provar que suas graças não passavam de um embuste. Um homem fingiu estar doente, e outro foi buscar Pedro. Este, percebendo logo o que se passava, rezou e pediu a Deus que, se o homem estivesse mesmo doente, ficasse curado. Mas, se a doença fosse falsa, então que ficasse doente de verdade. O maniqueu foi tomado por uma febre violentíssima, que só passou quando a armadilha foi confessada publicamente. Perdoado por Pedro, o homem se converteu na mesma hora. Pedro anunciou, ainda, não só o dia de sua morte, como as circunstâncias em que ela ocorreria. E, mesmo tendo esse conhecimento, não deixou de fazer a viagem que seria fatal.

No dia 29 de abril de 1252, indo da cidade de Como para Milão, foi morto com uma machadada por um maniqueu que o emboscou. O nome do assassino era Carin, que, mais tarde, confessou o crime e, cheio de remorso, se internou como penitente no convento dominicano de Forli.

Imediatamente, o seu culto se difundiu em meio a comoção e espanto dos fiéis, que passaram a visitar o seu túmulo, onde as graças aconteciam em profusão. Apenas onze meses depois, o papa Inocente IV canonizou-o, fixando a festa de são Pedro de Verona para o dia de sua morte.

domingo, 28 de abril de 2013

São Luís Maria Grignion de Montefort



28/04 - Luís Maria Grignion nasceu em Montfort, França, em 1673. Descendente de uma família cristã bem situada, recebeu uma excelente instrução e educação. Ainda menino, decidiu seguir o caminho da fé e vestiu o hábito de sacerdote em 1700. Seu maior desejo era ser um missionário no Canadá, mas acabou sendo enviado a Poitiers, ali mesmo na França.

Logo ficou famoso devido à sua preparação doutrinal e o discurso fácil e atraente. Todos queriam ouvir suas palavras, mas sua caridade era outra: cuidar de pacientes com doenças repugnantes. A idéia de ser missionário não o abandonava.

Mesmo contrariando seu superior, foi pedir permissão diretamente ao papa. Para tanto, fez uma viagem a pé, ida e volta, de Poitiers a Roma. Entretanto, o papa Clemente XI disse-lhe que havia urgência, naquele momento, em pregar aos franceses, que viviam sob o conflito entre Roma e a doutrina jansenista, uma nova heresia.

Luís Maria obedeceu e passou a pregar nas cidades e no meio rural e, quando necessário, confrontava os doutores jansenistas com discurso igualmente douto, munido de sua autoridade teológica. Ainda assim, sua linguagem era extremamente acessível aos mais humildes, adaptado ao seu cotidiano, à sensibilidade popular, combinada com o exemplo de uma conduta coerente e cristã. Usava de um discurso fraterno, convidando o povo a adorar e confiar num Jesus amigo, em vez de temê-lo como um rígido juiz.

Outra característica muito importante de sua pregação era a devoção extremada a Maria Santíssima. Embora a Igreja daquele tempo estivesse questionando certos aspectos do culto mariano, ele pregava a veneração sem excessos, firme e constante a Maria, a Mãe de Deus. Por meio dela é que Jesus fez o seu primeiro milagre nas bodas de Caná. Esse argumento, de fato, sempre esteve muito presente em todos os seus escritos e exortações, como o tratado da "Verdadeira devoção à Santa Virgem", e todos eles relacionados com a prática do Rosário.

Seus textos foram publicados em 1842 e tornaram-se os fundamentos da piedade mariana. Em meados de 1712, Luís Maria de Montfort elaborou as Regras e fundou uma nova ordem masculina: a dos Missionários da Companhia de Maria. Esses religiosos, chamados habitualmente de montfortianos, estenderam, aos poucos, as suas atividades pela Europa, América e África. Contudo seu fundador acompanhou apenas o seu início, porque morreu no dia 28 de abril de 1716, poucos anos depois de sua aprovação. Em 1947, o papa Pio XII proclamou-o santo.

Fonte: www.arquimaringa.org.br