sábado, 16 de março de 2013

Santo Heriberto


16/03 - Heriberto foi arcebispo de Colônia, na Alemanha, ainda muito moço, pois sua religiosidade brotara ainda na infância. Conta a história que, no dia em que nasceu, em 970, filho de descendentes dos condes de Worms, notou-se uma extraordinária luz pairando sobre a casa de seus pais. O fenômeno teria durado várias horas e marcado para sempre a vida de Heriberto, que caminhou reto para o caminho da santidade.

Como desde pequeno mostrava vocação para a religião e os estudos, seus pais o entregaram ao convento de Gorze. Ali, Heriberto descobriu para si e para o mundo que era extremamente talentoso, mas decidiu-se pela ordenação sacerdotal, que ocorreu em 995. Com o decorrer do tempo cursou diversas escolas, chegando a ser considerado o homem mais sábio de seu tempo. E foi nesta condição que o imperador Oton III o nomeou chanceler, seu assessor de maior confiança. Sua fama e popularidade cresceram, não só devido à sabedoria, mas também pela humildade e a caridade que praticava com todos. Assim, foi eleito bispo de Colônia, em 999.

Quando Oton III morreu, o imperador que o sucedeu, Henrique II, também acabou tornando-se admirador de Heriberto, apesar da oposição que lhe fez no início. Uma vez que o bispo Heriberto o consagrou rei sem nenhuma contestação. E por fim o novo rei Henrique II o chamou para ser seu conselheiro.

Então, a obra caridosa do bispo pôde então continuar. Os registros mostraram que, depois de fundar um hospital para os pobres, Heriberto visitava os doentes todos os dias, cuidando deles pessoalmente. Diz a tradição que, certa vez, houve na cidade uma grande seca, ficando sem chover por meses. O bispo comandou um jejum de três dias e, finalmente, uma procissão de penitência pedindo chuva aos céus. Como nem assim choveu, Heriberto comovido começou a chorar na frente do povo, culpando-se pela seca. Dizia que seus pecados é que impediam Deus de fazer misericórdia. Mas, um fato prodigioso aconteceu nesse momento, imediatamente o céu escureceu e uma forte chuva caiu sobre a cidade, durando alguns dias e pondo fim à estiagem.

Com fama de santidade ainda em vida, o bispo Heriberto morreu no dia 16 de março de 1021, numa viagem de visita pastoral à cidade de Deutz, onde contraiu uma febre maligna que assolava a população. Suas relíquias estão na catedral dessa cidade, na Colônia, Alemanha. Na igreja que ele mesmo fundou junto com o mosteiro ao lado, que foi entregue aos beneditinos.

Amado pelos fiéis a peregrinação à sua sepultura difundiu seu culto que se tornou vigoroso em toda a Europa, especialmente na Itália e na Alemanha, país de sua origem. Foi canonizado em 1227, pelo Papa Gregório IX que autorizou o culto à Santo Heriberto, já tradicionalmente festejado pelos devotos no dia 16 de março.

Fonte: www.juventudesanta.com

sexta-feira, 15 de março de 2013

São Longuinho


15/03 - Longuinho viveu no primeiro século, e dele muito se falou e escreveu, sendo encontrado em todos os registros contemporâneos da Paixão de Cristo. Existem citações sobre ele nos evangelhos, epistolas dos Santos Padres, e martirológios tanto orientais como nos ocidentais. Estes relatos levaram a uma combinação de diferentes situações, mas, em todas foi identificado como um soldado centurião presente na cena da Crucificação.

Os apóstolos escreveram que ele foi o primeiro a reconhecer Cristo como "o filho de Deus" (27,54 Mateus; 15,39 Marcos; 23,47 Lucas). Em meio ao coro dos insultos e escárnios, teria sido a única voz favorável a afirmar Sua Divindade. Identificado pelo apóstolo João (19:34), como o soldado que "perfurou Jesus com uma lança". Fato este que o definiu como um soldado centurião e que lhe deu o nome Longuinho, derivado do grego que significa "uma lança". Outros textos dizem que era o centurião, comandante dos poucos soldados que guardava o sepulcro do crucifixo, e que presenciava as crucificações, portanto presenciou a de Jesus. Depois, da qual, se converteu.

Segundo a tradição,os crucificados tinham seus pés quebrados para facilitar a retirada da cruz, mas, como Jesus já estava com os pés soltos, um dos soldados perfurou o lado do seu corpo com uma lança.

O sangue que saiu deste ferimento de Jesus respingou em seus olhos. Caindo em si, comovido e tocado pela graça, o soldado se converteu. Abandonou para sempre o exército e sua moradia, se tornou um monge que percorreu a Cesarea e a Capadócia, atual Turquia, levando a palavra de Cristo e mais tarde, promovia prodígios pela graça do Espírito Santo.

Entretanto, o governador de Cesarea, que estava irritado com a conversão de seu secretário, descobriu sua identidade de centurião e o denunciou a Poncio Pilatos em Jerusalém. Este, acusou Longuinho de desertor ao imperador e o condenou a morte, caso não oferecesse incenso no altar do imperador, renegando a fé. Longuinho se manteve fiel a Cristo, por isto foi torturado, tendo seus dentes arrancados, a língua cortada e, depois, decapitado.

No Oriente são inúmeros os dias do calendário para as suas homenagens, o mais freqüente ainda é em 16 de Outubro. Na Europa e nas Américas, a comemoração ocorre no dia 15 de Março, como indica o Livro dos Santos do Vaticano.

São Longuinho, à luz de muitas tradições, comumente é invocado pelos devotos para encontrar objetos perdidos. Os artistas ao longo do tempo foram atraídos pela singularidade de sua figura e o representaram em suas obras na cena da crucificação, com lança ou sem lança, mas sempre presente. Em Roma, na basílica de São Pedro, na base de um dos quatro pilares que sustentam a imensa cúpula que cobre o espaço do altar do trono do Sumo Pontífice, está a estátua do centurião São Longuinho, que foi o primeiro a acreditar na divindade de Cristo.

Fonte: www.prestsevi.com.br

quinta-feira, 14 de março de 2013

Santa Matilde



14/03 - Matilde era filha de nobres saxões. Nasceu em Westfalia, por volta do ano 895 e foi educada pela avó, também Matilde, abadessa de um convento de beneditinas em Herford. Por isso, aprendeu a ler, a escrever e estudou teologia e filosofia, fato pouco comum para as nobres da época, inclusive gostava de assuntos políticos. Constatamos nos registros da época que associada à brilhante inteligência estava uma impressionante beleza física e de alma. Casou-se aos catorze anos com Henrique, duque da Saxônia, que em pouco tempo se tornou Henrique I, rei da Alemanha, com o qual viveu um matrimônio feliz por vinte anos.

Foi um reinado justo e feliz também para o povo. Segundo os relatos, muito dessa justiça recheada de bondade se deveu à rainha que, desde o início, mostrou-se extremamente generosa com os súditos pobres e doentes. Enquanto a ela assistia à população e erguia conventos, escolas e hospitais, o rei tornava a Alemanha líder da Europa, salvando-a da invasão dos húngaros, regularizando a situação de seu país com a Itália e a França e exercendo ainda domínio sobre os eslavos e dinamarqueses.
 
Havia paz em sua nação, graças à rainha, e por isso, ele podia se dedicar aos problemas externos, fortalecendo cada vez mais o seu reinado.

Mas essa bonança chegou ao fim. Henrique I faleceu e começou o sofrimento de Matilde. Antes de morrer, o rei indicou para o trono seu primogênito Oton, mas seu irmão Henrique queria o trono para si. As forças aliadas de cada um dos príncipes entraram em guerra, para desgosto de sua mãe. O exército do príncipe Henrique foi derrotado e Oton foi coroado rei assumindo o trono. Em seguida, os filhos se voltaram contra a mãe, alegando que ela esbanjava os bens da coroa, com a Igreja e os pobres. Tiraram toda sua fortuna e ordenaram que deixasse a corte, exilando-a.

Matilde, triste, infeliz e sofrendo muito, retirou-se para o convento de Engerm. Contudo, muitos anos mais tarde, Oton e Henrique se arrependeram do gesto terrível de ingratidão e devolveram à mãe tudo o que lhe pertencia. De posse dos seus bens, Matilde distribuiu tudo o que tinha para os pobres.

Preferindo continuar sua vida como religiosa permaneceu no convento onde, depois de muitas penitências e orações, desenvolveu o dom das profecias. Matilde faleceu em 968, sendo sepultada ao lado do marido, no convento de Quedlinburgo. Logo foi venerada como Santa pelo povo que propagou rapidamente a fama de sua santidade por todo mundo católico do Ocidente ao Oriente. Especialmente na Alemanha, Itália e Mônaco ainda hoje sua festa, autorizada pela Igreja, é largamente celebrada no dia 14 de março.

quarta-feira, 13 de março de 2013

São Rodrigo


13/03 - A história do mártir São Rodrigo chegou até nós graças ao seu contemporâneo Santo Eulógio, que, baseado ou em conhecimento próprio ou na palavra de testemunhas oculares, escreveu as atas de todos aqueles que pereceram antes dele na perseguição em que, ele, Eulógio, deu a vida (11 de março de 859 A.D). Cumpre reconhecer que tais atas deixam uma impressão desfavorável quanto ao procedimento geral dos cristãos dessa época na Espanha moura. As famílias viviam divididas, a apostasia era coisa comum, e os próprios mouros, escandalizados com a infidelidade dos cristãos, lançavam-lhes em rosto o relaxamento em que eles, cristãos, viviam. Nada pois de admirar que Eulógio começasse o seu livro com as palavras: “Nesses dias, por um justo juízo de Deus, a Espanha foi oprimida pelos mouros”. A história de São Rodrigo pode servir como ilustração disso.

O mártir era sacerdote de Cabra em Córdova, e teve dois irmãos, dos quais um tornara-se muçulmano enquanto o outro era um mau cristão que praticamente abandonara a fé. Certa noite, os dois irmãos puseram-se a discutir com ardor um com o outro, e com tamanho ódio que acabaram se esmurrando. Rodrigo correu para separá-los, mas eles voltaram-se contra Rodrigo, e o espancaram até o ponto de o deixarem caído sem sentidos. Diante disso, o muçulmano mandou colocarem Rodrigo numa padiola e o levarem pelas ruas, enquanto ele próprio caminhando ao lado ia gritando que Rodrigo havia apostatado e queria que, antes de morrer, fosse publicamente reconhecido como muçulmano. A vítima achava-se muito sem forças para falar, mas sentia uma profunda angústia. Desse modo, tão logo recobrou o uso das pernas, bateu em retirada.

Não muito depois, encontrando Rodrigo numa das ruas de Córdova, o irmão muçulmano o arrastou até à presença do cádi (magistrado muçulmano) e o acusou de retornar à fé cristã depois de se ter declarado muçulmano. Rodrigo negou indignadamente que algum dia houvesse abandonado a religião cristã. O cádi, no entanto, não acreditou em Rodrigo e o lançou numa das piores masmorras existentes na cidade. Nesse lugar, Rodrigo encontrou um outro prisioneiro, chamado Salomão, que fora preso pelo mesmo motivo. Os dois encorajaram-se mutuamente durante o longo incômodo encarceramento, que, segundo esperava o cádi, os faria desanimar. Como permanecessem inflexíveis, os dois foram separados; mas, quando nem isso deu resultado, foram condenados e decapitados a 13 de março de 857 A.D.

Santo Eulógio, que viu seus corpos expostos junto ao rio, informa que os guardas lançaram na corrente de água as pedras tintas com o sangue dos mártires, a fim de que o povo as não apanhasse para guardar como relíquias.

terça-feira, 12 de março de 2013

São Luiz Orione


12/03 - São Luiz Orione nasceu no dia 23 de Junho de 1872, morrer 12 Março de 1940. Na década de 80 foi sagrado Beato Luiz Orione, e em 16/05/2004 canonizado por João Paulo II. Viveu 68 anos. Seus pais, Catarina Feltri e Giovanni Orione, o educaram a oração, ao estudo e ao trabalho. Logo desabrochou a vocação para o altar. Ainda menino entrou para o Convento de Frades menores em Voghera. Acometido por fulminante pneumonia, chegou à beira da morte.

Sua frágil saúde não agüentava a vida dura de São Francisco. Voltou para casa e ficou alguns meses sendo sucessivamente recebido por Dom Bosco no Oratório Salesiano de Valdocco, em Turim. Em janeiro de 1888 assistiu à santa morte de seu grande Mestre Dom Giovanni Bosco. No ano sucessivo deixava o Oratório Salesiano, abençoado pelo reitor maior Dom Miguel Rua, e entrava no Seminário diocesano de Tortona para cursar Filosofia e Teologia.

O fascínio de Dom Bosco continuava irresistível. Sente o problema da garotada desamparada, solta nas ruas. Jovem clérigo lança os alicerces de uma Congregação religiosa, começando com um oratório festivo nos moldes do inesquecível Mestre Dom Bosco, que um dia lhe tinha falado: “Nós seremos sempre amigos”. Com a autorização de seu Bispo Mons. Igino Bandi, abriu o primeiro oratório festivo em Tortona, abençoado solenemente em 1893, quando tinha 21 anos. Logo adquiriu uma casa em aluguel para meninos sem recursos, englobando adolescentes com sinais de vocação à vida consagrada. Mons. Bandi concebeu que os clérigos Carlo Sterpi (depois seu primeiro sucessor) e Paolo Albera (depois Bispo de Mileto) o auxiliassem.

A nova congregação começava a se esboçar. Em 1895, o Clérigo Orione era ordenado sacerdote, rezava sua primeira missa entre seus jovens, exultantes. Paulatinamente, a obra da Divina Procedência despontava, crescia. As vocações apareciam, alvorece animador para abrir casa de educação, assumir paróquias, ate missões, em diversas regiões do mundo. Marcante a sua presença caridosa nos desastrosos terremotos calabro-siciliano (1908) e da Marsica (1915). Amigo de S. Pio X, exerceu ação medianeira entre aquele Santo Pontífice e muitos modernistas. Na idade madura, abriu os braços aos pobres mais pobres, físicas e intelectualmente incapazes, encaminhando à fundação de casas de caridade, que ele chamou de Pequeno Cotolengo.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Santa Flora


11/03 - Os mártires são verdadeiros luzeiros que nos iluminam com a luz de Cristo e nos chamam ao testemunho radical da fé. Santa Flora, nascida na cidade de Córdoba, foi uma portadora desta Luz do Mundo, por isso recordamos neste dia o seu testemunho.

Na época de Flora, os cristãos estavam sendo duramente perseguidos por fanáticos árabes, que defendiam uma "Guerra Santa de Maomé", onde se buscava destruir o culto a Cristo.

Ela aprendeu da família, o amor e a fidelidade ao Cristo, e carregava consigo o testemunho de santidade de seu irmão mártir; desta forma, ao ser pega pela segunda vez, acabou jogada numa prisão, interrogada e até torturada, mas como não abandonava a fé no Deus Vivo, foi condenada à morte.

Um padre santo que visitou Flora na cadeia, testemunhou: "Eu toquei com minhas mãos nas cicatrizes de sua cabeça e de seu rosto desfigurado pelo sofrimento". Santa Flora viveu no século IX, com firmeza e na alegria da fé, de quem receberia, como de fato conquistou, a Vida Eterna.

domingo, 10 de março de 2013

Os quarenta santos mártires de Sebaste


10/03 - O martírio dos quarenta legionários ocorreu no ano 320, em Sebaste, na Armênia. Nessa época foi publicada na cidade uma ordem do governador Licínio, grande inimigo dos cristãos, afirmando que todos aqueles que não oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos seriam punidos com a morte. Contudo se apresentou diante da autoridade uma legião inteira de soldados, afirmando serem cristãos e recusando-se a queimar incenso ou sacrificar animais. Para testar até onde ia a coragem dos soldados, o prefeito local mandou que fossem presos e flagelados com correntes e ferros pontudos.

De nada adiantou o castigo, pois os quarenta se mantiveram firmes em sua fé. O comandante os procurou então, dizendo que não queria perder seus mais valorosos soldados, pedindo que renegassem sua fé. Também de nada adiantou e os legionários foram condenados a uma morte lenta e extremamente dolorosa. Foram colocados, nus, num tanque de gelo, sob a guarda de uma sentinela. A região atravessava temperaturas muito baixas, de frio intenso. Ao lado havia uma sala com banhos quentes, roupas e comida para quem decidisse salvar a vida. Mas eles preferiram salvar a alma e ninguém se rendeu durante três dias e três noites.

Foi na terceira e última noite que aconteceram fatos prodigiosos e plenos de graça. No meio da gélida madrugada, o sentinela viu uma multidão de anjos descer dos céus e confortar os soldados. Isto é, confortar trinta e nove deles, pois um único legionário desistira de enfrentar o frio e se dirigira à sala de banhos. Morreu assim que tocou na água quente. Por outro lado, o sentinela que assistira à chegada dos anjos se arrependeu de estar escondendo sua condição religiosa, jogou longe as armas, ajoelhou-se, confessou ser cristão tirando as roupas e se juntou aos demais. Morreram quase todos congelados.

Apenas um deles, bastante jovem, ainda vivia quando os corpos foram recolhidos e levados para cremação. A mãe desse jovem soldado, sabendo do que sentia o filho, apanhou-o no colo e seguiu as carroças com os cadáveres. O legionário morreu em seus braços e teve o corpo cremado junto com os companheiros.

Eles escreveram na prisão uma carta coletiva, que ainda hoje se conserva nos arquivos da Igreja e que cita os nomes de todos. Eis todos os mártires: Acácio, Aécio, Alexandre, Angias, Atanásio, Caio, Cândido, Chúdio, Cláudio, Cirilo, Domiciano, Domno, Edélcion, Euvico, Eutichio, Flávio, Gorgônio, Heliano, Helias, Heráclio, Hesichio, João, Bibiano, Leôncio, Lisimacho, Militão, Nicolau, Filoctimão, Prisco, Quirião, Sacerdão, Severiano, Sisínio, Smaragdo, Teódulo, Teófilo, Valente, Valério, Vibiano e Xanteas.

Fonte: www.oarcanjo.net