sábado, 5 de janeiro de 2013

São João Nepomuceno Neumann



05/01 - São João Neumann nasceu em Prachatitz, Boêmia, no dia 28 de março de 1811, filho de Philip Neumann e Agnes Lebis. Freqüentou a escola em Budweis e lá entrou para o seminário no ano 1831. Dois anos depois, passou para a Universidade de Charles Ferdinand, em Praga, onde estudou teologia.

Quando completou sua preparação para o sacerdócio em 1835, desejava ser ordenado, mas o bispo decidiu que não haveria mais ordenações lá. João estava certo de sua vocação para o sacerdócio, mas todas as portas pareciam estar fechadas. João foi um dos 36 padres para mais de 200.000 católicos de sua época. Como missionário, visitava um povoado atrás de outro, escalando até montanhas para visitar as pessoas doentes e celebrar missas.

Sonhava viver em uma comunidade. Foi, então, que ingressou para a Congregação de padres e irmãos que se dedicava em ajudar os pobres e os mais abandonados. Foi o primeiro padre que entrou para a Congregação Redentorista na América; professou seus votos em Baltimore, no dia 16 de janeiro de 1842. Desde o princípio, destacou-se por sua piedade, santidade e por seu zelo e amabilidade. O seu conhecimento de seis idiomas modernos o tornou particularmente apto para o trabalho na sociedade americana, com grande diversidade de línguas no século XIX.

Depois de trabalhar em Baltimore e Pittsburgh, em 1847, foi nomeado Visitador ou Superior Maior dos Redentoristas nos Estados Unidos. Neste cargo, preparou os confrades da fundação americana para se tornarem uma Província autônoma, o que aconteceu em 1850. O Padre Neumann foi nomeado Bispo de Filadélfia e ordenado bispo em Baltimore, no dia 2 de março de 1852. A diocese dele era muito grande e passava por um período de desenvolvimento considerável. Como bispo, foi o primeiro a organizar um sistema diocesano de escolas católicas e para isso, fundou as Irmãs da Ordem Terceira de São Francisco para lecionar nas escolas.

Entre as mais de oitenta igrejas que construiu durante o seu bispado, deve ser mencionada a catedral de São Pedro e São Paulo, iniciadas por ele. São João Neumann era de estatura pequena; nunca teve uma saúde robusta, mas sua vida foi marcada por inúmeras atividades, conjugadas entre sua piedade e sua fortaleza. Ele, ainda, achou tempo para uma atividade literária considerável, além de suas obrigações pastorais. Escreveu numerosos artigos, publicou dois catecismos e, em 1849, uma história da Bíblia para as escolas.

No dia 5 de janeiro de 1860 (com 48 anos de idade apenas) caiu na rua, em sua cidade episcopal e morreu antes que lhe pudessem administrar os últimos Sacramentos. Foi beatificado pelo Papa Paulo VI, no dia 13 de outubro de 1963, e canonizado pelo mesmo Papa, no dia 17 de junho de 1977.

Fonte: www.provinciadorio.org.br

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Santa Elizabeth Seton


04/01 - Elizabeth Ann Seton é a primeira santa dos Estados Unidos, canonizada pela Igreja Católica. Fundou a primeira Comunidade das Irmãs Americanas da Caridade de S. José e iniciou as Escolas Católicas Paroquiais dos Estados Unidos.

Elizabeth Ann Seton nasceu a 28 de Agosto de 1774 em Nova Yorque. Era Filha de Ricardo Bayley e Catarina Chariton. Sendo os dois episcopalianos fervorosos. Foi battizada e educada na Igreja episcopaliana. O Pai, médico e cirurgião de renome, foi o primeiro delegado de Saúde no Porto de Nova Yorque e depois professor de anatomia no colégio Real (Universidade de Colúmbia).

Elizabeth cresceu em Nova York e em Nova Rochelle. A 25 de Janeiro de 1794, Elizabeth Anne casou com william Magee Seton, filho de uma rica família de armadores e habitava em State Sreet, em Manhattan. O seu casamento foi abençoado com o nascimento de três meninas e dois rapazes.

Infelizmente, Wiliam depressa cai doente atacado por uma terrível tuberculose. Ele parte para Itália acompanhado por Elizabeth e a sua filho mais velha, Ana, com esperança de recuperar a saúde. Mas ele morre a 27 de Dezembro de 1803, deixando-a viúva com 5 filhos e apenas 29 anos.

A Família Felicchi de Livorno, em Itália, sócios de negócios e grandes amigos de Elzabeth e William, oferecem-lhe hospitalidade, apoio e consolação. Elizabeth Anne, que era muito espiritual, ficou muito tocada pela devoção e a fé da família Felicchi que era católica.

Um ano depois do seu regresso a Nova York, Elizabeth decide converter-se ao catolicismo e a 14 de Março de 1805, é recebida na Igreja de S. Pedro em Barclay Street. Esta decisão custou muito a Elizabeth por causa do afastamento da sua família e das suas amigas.

Os anos seguintes são muito duros para Elizabeth. Viúva, com cinco filhos, sem meios económicos para os sustentar por causa da falência da empresa familiar, pouco antes da morte de William, e sem poder contar com o apoio da sua família e dos seus amigos.

Em Junho, de 1808 o Padre William Louis Dubourg, padre sulpiciano, de MarYland, encontra Elzabeth durante uma visita a Nova York e convida-a a mudar para Baltimore, prometendo-lhe abrir aí uma escola para meninas.

Graças à generosidade de um benfeitor, a escola pôde instalar-se em Emmitsburg, Maryland. Esta nova obra começou em 31 de Julho de 1809 em Saint José Valley. Em breve, este projecto atrai outras mulheres que lhe seguem os passos para se consagrar à instrução das crianças pobres, começando assim a Comunidade das Irmãs da Caridade.

A 17 de Janeiro de 1812, Elizabeth recebe a confirmação oficial das regras e das Constituições das Irmãs da Caridade nos Estados Unidos. Estas Regras são redigidas com base nas Regras comuns das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo, fundadas em França por S. Vicente de Paulo e Santa Luísa de Marillac em 1633. Assim nasceu a primeira comunidade religiosa americana.

Muito antes de ser acolhida na Igreja Católica, Elizabeth tinha descoberto Cristo nos pobres, especialmente nas mulheres e nas crianças carenciadas.

A santidade de Elizabeth foi reconhecida por causa da sua busca da vontade de Deus na sua vida e pela sua fidelidade em responder-Lhe. A sua santidade enraíza-se na sua fidelidade à oração e à liturgia na Igreja protestante episcopaliana do seu tempo. Fiel praticante da Paróquia da Santíssima Trindade, ela orava longo tempo diante do santíssimo Sacramento na vizinha capela de S. Pedro, que era católica.

Morreu a 4 de Janeiro de 1821 em Emmitsburg, com 46 anos. A 25 de Março de 1850,a Comunidade de Emmitsburg uniu-se à Companhia das Filhas da Caridade de S. Vicente de Paulo de França. A 17 de Março de 1963, Elizabeth Ann Seton foi beatificada pelo Papa João XXIII. Foi canonizada em Setembro de 1975, por Paulo VI.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Santo Antero - Papa



03/01 - Papa (235-236) e santo da Igreja Cristã de Roma. Nascido na Magna Grécia, escolhido para suceder o Papa São Ponciano (230-235) e seu brevíssimo pontificado que durou apenas 43 dias, de 21 de novembro a 3 de janeiro do ano seguinte, foi transcorrido na prisão e foi sucedido pelo Papa São Fabiano. Sua eleição foi marcada pelo enfrentamento da oposição de um sacerdote de nome Nereu de Chipre, que desejava o trono de São Pedro, mas não reuniu adeptos em número suficiente para apoiar as suas pretensões.

Apesar de pouco mais de um mês como papa, este santo de origem grega, ordenou também a compilação de documentos canônicos oficiais, recolhidos e conservados na Igreja, em um lugar chamado scrinium. Muitas recompilações foram queimadas por ordem do imperador Diocleciano, mas voltaram a ser redigidas para desaparecerem novamente nos tempos do Papa Honório III (1225).

Promoveu a coleção de Os Atos dos Mártires, uma ordenação das atas concernentes aos mártires da Igreja, determinando que fossem lavradas cópias para serem guardadas nas igrejas. Sua iniciativa irritou o imperador romano Máximiano, um bárbaro da Trácia, que o levou à condenação e execução, tendo seu corpo sido sepultado junto às catacumbas de São Calixto.

Sua morte violenta, associada a sua humildade e grande carisma pessoal, resultou em milhares de conversões entre os romanos e gregos pagãos e até entre a guarda pessoal do imperador. O papa de número 19 da Igreja de Roma foi substituído por São Fabiano (236-250).

Apesar do curto período em que permaneceu à frente da Igreja, seu nome ficou marcado pelo importante empenho na preservação do acervo documental católico, permitindo aos historiadores o acesso à diversas informações escritas da Igreja primitiva e por causa isto, foram mantidas as bases de conhecimento de muitas coleções redigidas pelos notários.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

São Basílio Magno



02/01 - São Basílio, este grande doutor da Igreja, nasceu em 330, na cidade de Cesaréia, na Capadócia, como o mais velho de quatro irmãos, dos quais três alcançaram a dignidade episcopal. De cinco irmãs, a mais velha, Macrina, dedicou a sua vida a Deus.

Os pais do nosso Santo, Basílio e Emélia, eram ricos e gozavam de grande estima. Criança ainda, Basílio foi acometido de grave doença, da qual a oração do pai maravilhosamente o curou. Entregue aos cuidados de sua avó, Macrina, recebeu Basílio as primeiras instruções na prática cristã. Mais tarde, começou os estudos em Cesaréia, contemplando o curso em Constantinopla onde se ligou a São Gregório Nazianzeno em íntima amizade. Quando voltou a Cesaréia, estava morto já o pai. O exemplo e as palavras animadoras da avó Macrina, confirmaram-lhe o desejo de abandonar o mundo e levar uma vida de penitência e abnegação. Neste intuito, visitou diversos eremitas no Egito, Síria, Palestina e Mesopotâmia, voltando para cesaréia com disposição ainda maior de realizar esse plano. O bispo Diânio, conferiu-lhe o leitorado. Diânio, embora fiel à Religião Católica, por umas declarações feitas nos concílios de Antioquia e Sárdica, fez com que a ortodoxia fosse posta em dúvida. Basílio, profundamente entristecido com esse fato e para não se expor e perder a fé, com grande pesar se separou do bispo, a quem dedicava grande amizade, e dirigiu-se para Ponto, onde a santa mãe e uma irmã tinham fundado um convento para donzelas cristãs.

Basílio, imitando o exemplo, tornou-se fundador de um convento para homens, cuja direção foi, mais tarde, entregue a seu irmão, São Pedro de Sebaste. A essas duas fundações, seguiram-se outras e cresceu consideravelmente o número de conventos no Ponto. Foi nesta época, em que Basílio escreveu obras belíssimas sobre a vida religiosa, compôs a regra da vida monástica, que até hoje é observada pelos monges da Igreja Oriental.

São Basílio assim se tornou o pai do monaquismo na Igreja Oriental.

A vida de São Basílio era regida por uma austeridade, que causava admiração a todos. Ele, fundador da Ordem, era a regra viva, dando a todos os religiosos o exemplo de todas as virtudes monásticas. Era tão magro que parecia só pele e osso. Aos 49 anos já era velho. Entretanto, fraco de corpo, era um herói de espírito.

O bispo Diânio, estando gravemente enfermo, mandou chamar para perto de si o santo amigo. Sucedeu-lhe no bispado Eusébio, de quem Basílio recebeu o presbiterato, com a ordem de pregar. Basílio continuou a vida austera, como se estivesse no meio dos confrades. Como, porém, a fama de santIdade e sabedoria do santo servo de Deus, começasse a incomodar e irritar ao bispo Eusébio, Basílio retirou-se para a solidão. Não podiam ficar desapercebidos os sentimentos rancorosos de Eusébio, o qual, intimado pelas reclamações e ameaças do povo, tratou de reabilitar o suposto êmulo. A insistente propaganda do Arianismo, a calamidade pública, provocada por uma grande carestia, a direção de diversos conventos de ambos os sexos, tornaram necessária e imprescindível a presença de Basílio em Cesaréia.

Os serviços que naquela ocasião prestou à população, quer como pregador, quer como confessor e esmoler, foram tantos que o próprio bispo, de desafeto que era, se lhe tornou um dedicado amigo e nada fazia, sem antes se aconselhar com Basílio.

Eusébio morreu em 370 e teve por sucessor Basílio, o qual, como arcebispo de Cesaréia, veio a ser um astro luminoso da Igreja Oriental. Cumpridor dos deveres episcopais, modelo exemplaríssimo em todas as virtudes, era Basílio um baluarte fortíssimo do catolicismo contra os contínuos e rudes ataques da heresia ariana, cujos defensores mais ardentes e poderosos se achavam nas imediações do imperador Valente, o qual, por sua vez, era adepto fanático da seita. Valente não podia de bons olhos, observar o desenvolvimento grandioso que a arquidiocese de Cesaréia tomava, sob a direção do santo pastor. Uma comissão imperial, chefiada pelo valente capitão Modesto, seguiu com ordens especiais para Cesaréia, para por um paradeiro à atividade apostólica de Basílio.

O êxito dessa missão foi tão humilhante para os emissários, que maior não podia ser. Com todas as instruções de que eram portadores, com todas as lisonjas e ameaças, com todas as argumentações sutis e sofísticas, não puderam impedir que o espírito, a inteligência, a coragem e a intrepidez do santo arcebispo, se mostrassem de uma superioridade admirável. Em três audiências, para as quais convidaram Basílio, este respondeu com tanta mansidão, clareza e energia, que no relatório que apresentaram ao imperador, confessaram redondamente a derrota.

Valente, em conseqüência desse fracasso, não mais importunou os católicos. Por ocasião da festa da Epifania foi ele mesmo a Cesaréia assistir ao Santo Sacrifício celebrado por Basílio. Tão admirado ficou da majestade e esplendor da santa função que, embora não se atrevesse a receber a Santa Comunhão das mãos do arcebispo, foi com os fiéis fazer oferenda, a qual, aceita por Basílio que, por motivos de prudência, julgou conveniente dispensar, por esta vez, o rigor das leis disciplinares da Igreja. Valente caiu em si e começou a tratar os católicos com mais clemência e tolerância.

Não estavam com isto de acordo alguns palacianos, os quais lançando mão de todos os meios, conseguiram, por fim, um decreto que ordenava a expatriação de Basílio. No dia em que devia ser executada a iníqua sentença, caiu gravemente enfermo o único filho do imperador, e no estado de saúde da imperatriz se deram manifestações alarmantes de perturbações sérias. Entre dores e desesperos, dizia ela ao imperador que não havia dúvida tratar-se de um justo castigo de Deus.

Basílio foi reabilitado e com grandes honras recebido no palácio imperial. Valente prometeu ao arcebispo a educação do príncipe herdeiro na religião Católica, se lhe alcançasse Deus o restabelecimento do mesmo. De fato, o príncipe sarou, mas o imperador, não cumprindo depois a palavra, teve o desgosto de perder o filho. Recomeçaram, então, as maquinações contra Basílio. Estava lavrada a ata, que ordenava o exílio do arcebispo. Três vezes, o imperador se dispôs a dar-lhe assinatura e três vezes, quebrou-se-lhe a pena. Assustado com este fato, Valente tomou do papel e, com a mão trêmula, rasgou o documento. Nunca mais se abriu campanha contra o santo.

Modesto fez as pazes com Basílio. Um outro oficial, Eusébio, que tinha dado ordem de prisão ao bispo, retirou-a diante da atitude ameaçadora do povo, em defesa de seu pastor.

À tempestade, seguiu a bonança. Basílio pôde com tranqüilidade e paz, dedicar-se aos trabalho do apostolado. O ano de 379 trouxe-lhe a recompensa do céu. As últimas palavras que disse, foram: “Senhor, em vossas mãos restituo minha alma”. Morreu com 49 anos de idade. Figura entre os quatro grandes doutores da Igreja do Oriente.


Fonte: www.paginaoriente.com

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Maria Santíssima - Mãe de Deus




01/08 - Hoje, oito dias depois da Natividade, primeiro dia do ano novo, o calendário dos santos se abre com a festa de Maria Santíssima, no mistério de sua maternidade divina. Escolha acertada, porque de fato Ela é "a Virgem mãe, Filha de seu Filho, humilde e mais sublime que toda criatura, objeto fixado por um eterno desígnio de amor" (Dante). Ela tem o direito de chamá-lo "Filho", e Ele, Deus onipotente, chama-a, com toda verdade, Mãe!

Foi a primeira festa mariana que apareceu na Igreja ocidental. Substituiu o costume pagão das dádivas (strenae) e começou a ser celebrada em Roma, no século IV. Desde 1931 era no dia 11 de outubro, mas com a última revisão do calendário religioso passou à data atual, a mesma onde antes se comemorava a circuncisão de Jesus, oito dias após ter nascido.

Num certo sentido, todo o ano litúrgico segue as pegadas desta maternidade,começando pela solenidade da Anunciação, a 25 de Março, nove meses antes da Natividade. Maria concebeu por obra do Espírito Santo. Como todas as mães, trouxe no próprio seio aquele que só ela sabia que se tratava do Filho unigênito de Deus, que nasceu na noite de Belém.

Ela assumiu para si a missão confiada por Deus. Sabendo, por conhecer as profecias, que teria também seu próprio calvário, enquanto mãe daquele que seria sacrificado em nome da salvação da Humanidade. Deus se fez carne por meio de Maria. Ela é o ponto de união entre o céu e a Terra. Contribuiu para a obtenção da plenitude dos tempos. Sem Maria, o Evangelho seria apenas ideologia, somente "racionalismo espiritualista", como registram alguns autores.

O próprio Jesus através do apóstolo São Lucas (6,43) nos esclarece: "Uma árvore boa não dá frutos maus, uma árvore má não dá bom fruto". Portanto, pelo fruto se conhece a árvore. Santa Isabel, quando recebeu a visita de Maria já coberta pelo Espírito Santo, exclamou: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre." (Lc1,42). O Fruto do ventre de Maria é o Filho de Deus Altíssimo, Jesus Cristo, nosso Deus e Senhor. Quem aceita Jesus, fruto de Maria, aceita a árvore que é Maria. Maria é de Jesus e Jesus é de Maria. Ou se aceita Jesus e Maria ou se rejeita a ambos.

Por tomar esta verdade como dogma é que a Igreja reverencia, no primeiro dia do ano, a Mãe de Jesus. Que a contemplação deste mistério exerça em nós a confiança inabalável na Misericórdia de Deus, para nos levar ao caminho reto, com a certeza de seu auxílio, para abandonarmos os apegos e vaidades do mundo, e assimilarmos a vida de Jesus Cristo, que nos conduz à Vida Eterna. Assim, com esses objetivos entreguemos o novo ano à proteção de Maria Santíssima que, quando se tornou Mãe de Deus, fez-se também nossa Mãe, incumbiu-se de formar em nós a imagem de seu Divino Filho, desde que não oponhamos de nossa parte obstáculos à sua ação maternal.

A comemoração de Maria, neste dia, soma-se ao Dia Universal da Paz. Ninguém mais poderia encarnar os ideais de paz, amor e solidariedade do que ela, que foi o terreno onde Deus fecundou seu amor pelos filhos e de cujo ventre nasceu aquele que personificou a união ente os homens e o amor ao próximo, o Cristo. Celebrar Maria é celebrar O nosso Salvador. Dia da Paz, dia da Mãe Santíssima. Nos tempos sofridos e sangrentos em que vivemos, um dia de reflexão e esperança.

Fonte: www.catolicanet.com

segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Santa Catarina Labouré


31/12 - Celebramos neste dia o testemunho de vida cristã e mariana daquela que foi privilegiada com a aparição de Nossa Senhora, a qual deu origem ao título de Nossa Senhora das Graças ou da Medalha Milagrosa. Santa Catarina de Labouré nasceu em Borgonha (França) a 2 de maio de 1806. Era a nona filha de uma família que, como tantas outras, sofria com as guerras napoleônicas.

Aos 9 anos de idade, com a morte da mãe, Catarina assumiu com empenho e maternidade a educação dos irmãos, até que ao findar desta sua missão, colocou-se a serviço do Bom Mestre, quando consagrou-se a Jesus na Congregação das Filhas da Caridade. Aconteceu que, em 1830, sua vida se entrelaçou mais intimamente com os mistérios de Deus, pois a Virgem Maria começa a aparecer a Santa Catarina, a fim de enriquecer toda a Igreja e atingir o mundo com sua Imaculada Conceição, por isso descreveu Catarina:

“A Santíssima Virgem apareceu ao lado do altar, de pé, sobre um globo com o semblante de uma senhora de beleza indizível; de veste branca, manto azul, com as mãos elevadas até à cintura, sustentava um globo figurando o mundo encimado por uma cruzinha. A Senhora era toda rodeada de tal esplendor que era impossível fixá-la. O rosto radiante de claridade celestial conservava os olhos elevados ao céu, como para oferecer o globo a Deus. A Santíssima Virgem disse: Eis o símbolo das graças que derramo sobre todas as pessoas que mas pedem”.

Nossa Senhora apareceu por três vezes a Santa Catarina Labouré. Na terceira aparição, Nossa Senhora insiste nos mesmos pedidos e apresenta um modelo da medalha de Nossa Senhora das Graças. Ao final desta aparição, Nossa Senhora diz: “Minha filha, doravante não me tornarás a ver, mas hás-de ouvir a minha voz em tuas orações”.

Somente no fim do ano de 1832, a medalha que Nossa Senhora viera pedir foi cunhada e espalhada aos milhões por todo o mundo.

Como disse Sua Santidade Pio XII, esta prodigiosa medalha “desde o primeiro momento, foi instrumento de tão numerosos favores, tanto espirituais como temporais, de tantas curas, proteções e sobretudo conversões, que a voz unânime do povo a chamou desde logo medalha milagrosa”.

Esta devoção nascida a partir de uma Providência Divina e abertura de coração da simples Catarina, tornou-se escola de santidade para muitos, a começar pela própria Catarina que muito bem soube se relacionar com Jesus por meio da Imaculada Senhora das Graças.

Santa Catarina passou 46 anos de sua vida num convento, onde viveu o Evangelho, principalmente no tocante da humildade, pois ninguém sabia que ela tinha sido o canal desta aprovada devoção que antecedeu e ajudou na proclamação do Dogma da Imaculada Conceição de Nossa Senhora em 1854. Já como cozinheira e porteira, tratando dos velhinhos no hospício de Enghien, em Paris, Santa Catarina assumiu para si o viver no silêncio, no escondimento, na humildade. Enquanto viveu, foi desconhecida.

Santa Catarina Labouré entrou no Céu a 31 de dezembro de 1876, com 70 anos de idade.

Foi beatificada em 1933 e canonizada em 1947 pelo Papa Pio XII.

domingo, 30 de dezembro de 2012

São Rugero



30/12 - Rugero nasceu entre 1060 e 1070, na célebre e antiga cidade italiana de Cane. O seu nome, de origem normanda, sugere que seja essa a sua origem. Além dessas poucas referências imprecisas, nada mais se sabe sobre sua vida na infância e juventude. Mas ele era respeitado, pelos habitantes da cidade, como um homem trabalhador, bom, caridoso e muito penitente. Quando o bispo de Cane morreu, os fiéis quiseram que Rugero ficasse no seu lugar de pastor. E foi o que aconteceu: aos trinta anos de idade, ele foi consagrado bispo de Cane.

No século II, essa cidade havia sido destruída pelo imperador Aníbal, quando expulsou o exército romano. Depois, ela retomou sua importância no período medieval, sendo até mesmo uma sede episcopal. No século XI, mais precisamente em 1083, por causa da rivalidade entre o conde de Cane e o duque de Puglia, localidade vizinha, a cidade ficou novamente em ruínas.

O bispo Rugero assumiu a direção da diocese dentro de um clima de prostração geral.

Assim, depois desse desastre, seu primeiro dever era tratar da sobrevivência da população abatida pelo flagelo das epidemias do pós-guerra. Ele transformou a sua sede numa hospedaria aberta dia e noite, para abrigar viajantes, peregrinos e as viúvas com seus órfãos. Possuindo o dom da cura, socorria a todos, incansável, andando por todos os cantos, descalço. Doava tudo o que fosse possível e a sua carruagem era usada apenas para transportar os doentes e as crianças.

Todavia esse século também foi um período conturbado para a história da Igreja. Com excessivo poder civil estava dividida entre religiosos corruptos e os que viviam em santidade. Rugero estava entre os que entendiam o episcopado como uma missão e não como uma posição de prestígio para ser usada em benefício próprio. Vivia para o seu rebanho, seguindo o ensinamento de são Paulo: "Tudo para todos".

Por tudo isso e por seus dons de conselho e sabedoria, no seu tempo foi estimado por dois papas: Pascoal II e Celásio II. Para ambos, executou missões delicadas e os aconselhou nas questões das rivalidades internas da Igreja, que tentava iniciar sua renovação.

Entrou rico de merecimentos no Reino de Deus, no dia 30 de dezembro de 1129, em Cane, onde foi sepultado na catedral. Considerado taumaturgo em vida, pelos prodígios que promovia com a força de suas orações, logo depois de sua morte os devotos divulgaram a sua santidade.

No século XVIII, a cidade de Cane praticamente já não existia. A população se transferira para outra mais próspera, Barleta. Mas eles já cultuavam o querido bispo Rugero como santo. Pediram a transferência das suas relíquias para a igreja de Santa Maria Maior, em Barleta. Depois, foi acolhido na sepultura definitiva na igreja do Mosteiro de Santo Estêvão, atual Santuário de São Rugero. Os devotos o veneram no dia de sua morte como o bispo de Cane e o padroeiro de Barleta. Em 1946, são Rugero foi canonizado pela Igreja.

.Fonte: http://www.bethania.com.br/