segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

São Charbel Makhlouf



24/12 - São Charbel Makhlouf nasceu a 8 de maio de 1828, em BiqáKafra, aldeia montanhosa do norte, ao pé dos cedros do Líbano. Seu nome de batismo: José Zaroun Makhlouf. Com 23 anos ele toma o nome de Charbel em memória do mártir do século segundo, foge de casa e refugia-se no mosteiro de Nossa Senhora de Mayfoug, da Ordem libanesa maronita. Um ano depois, transfere-se para o mosteiro de S. Maron de Annayam, da província de Jbail, verdadeiro oásis de oração e fé, a 1300 metros de altitude. Depois de seis anos de estudos teológicos, em Klifan, é ordenado sacerdote. Exerce, então, com muita edificação, as funções do seu ministério sagrado, juntamente com toda a sorte de trabalhos manuais. Após dezesseis anos de vida ascética, Charbel obtém autorização, em 1875, para se retirar ao eremitério dos Santos Pedro e Paulo, de Annaya. Durante 23 anos (1875-1898), S. Charbel entrega-se com todas as forças da alma, à busca de Deus, na bem-aventurada e total solidão. Deus recompensa o seu fiel servidor, dando-lhe o dom de operar milagres, já em vida: afirma-se que os realizou não somente com cristãos, mas, também, com muitos muçulmanos.

No dia 16 de dezembro de 1898, em Annaya, enquanto celebrava a Santa Missa, sofreu um ataque de apoplexia; levou-o à morte, no dia 24, Vigília da Festa de Natal. Tinha 70 anos de idade.

Com o seu próprio punho, Pio XII assinou o decreto que dava início ao processo de beatificação do Padre Charbel, dizendo expressamente: “O Padre Charbel já gozava, em vida, sem o querer, da honra de o chamarem santo, pois a sua existência era verdadeiramente santificada por sacrifícios, jejuns e abstinências. Foi vida digna de ser chamada cristã e, portanto, santa. Agora, após a sua morte, ocorre este extraordinário sinal deixado por Deus: seu corpo transpira sangue, sempre que se lhe toca, e todos os que, doentes, tocarem com um pedaço de pano suas vestes constantemente úmidas de sangue, alcançam alívio em suas doenças e não poucos até se veem curados. Glória ao Pai que coroou os combates dos santos. Glória ao Filho que deixou esse poder em suas relíquias. Glória ao Espírito Santo que repousa, com suas luzes, sobre seus restos mortais para fazer nascer consolações em todas as espécies de tristezas”.

No segundo domingo de outubro de 1977, dia 9, o Santo Padre Paulo VI canonizou solenemente, na Basílica de São Pedro, em Roma, o bem-aventurado Charbel Makhlouf, monge eremita libanês. Foi a primeira canonização, realizada pelo Papa, de um membro da Igreja do Rito Oriental, desde que o Vaticano traçara, há quatro séculos, nova orientação para as canonizações. Antes da canonização atual, os santos maronitas eram proclamados pelo Patriarca da Igreja maronita.


Fonte: //decoloresnoticias.com.br

domingo, 23 de dezembro de 2012

Santa Vitória


23/12 - Provavelmente era membro da ilustre família romana dos Anicia, uma família ‘’convertida ao cristianismo já no Iº século e cuja recordação permanece hoje como nome de uma rua romana do Trastevere. Junto com sua amiga Anatólia, Vitória converteu-se ao cristianismo e manifestou a intenção de permanecer "virgem". Como já estava prometida em casamento, o noivo de Vitória, um nobre romano de nome Eugênio, interessado em preservar o dote e procurando ganhar tempo, conseguiu com o favor imperial que Vitória fosse exilada de Roma. A jovem Vitória foi exilada na cidade Trebula Mutuesca, na Sabina.

Conta a "legenda" que, na entrada desta cidade, habitava um dragão que com seu hálito pestífero enfermava e matava homens e animais. O senhor de Trebula dirigiu-se ao local onde estava exilada Vitória e solicitou-lhe que, invocando o seu deus, libertasse a cidade do dragão, prometendo em troca a conversão de toda a cidade ao cristianismo. Através de jejum e orações, o dragão foi exorcizado, desaparecendo da região. Em agradecimento, a comunidade enviou a Vitória várias jovens para serem educadas no credo cristão. No entanto, foi denunciada como cristã pelo noivo inconformado ainda com a negativa de casamento. Negando-se a adorar uma deusa pagã, Vitória foi morta pelo carrasco com um golpe de espada. Martirizada no dia 19 de Dezembro, foi colocada num sarcófago no dia 23 e enterrada no mesmo local onde tinha afugentado o dragão.

Fonte: //evangelizo.org

sábado, 22 de dezembro de 2012

Santa Francisca Xavier Cabrini


22/12 - Santa Francisca nasceu em Sant'Angelo de Lódi, na Lombardia, Itália, no ano de 1850, última de uma família de 13 filhos. Órfã de pai e mãe, Francisca teria desejado fechar-se logo no convento, mas não foi aceita por causa da precariedade de sua saúde. Aceitou então o encargo de atender a um orfanato, que lhe confiou o pároco de Codogno. A jovem, há pouco diplomada mestra, fez muito mais: concitou algumas companheiras a unirem-se a ela, constituindo um primeiro núcleo das irmãs missionárias do Sagrado Coração, postas sob a proteção de um intrépido missionário, São Francisco Xavier, de quem ela mesma, pronunciando os votos, assumiu o nome.

Francisca, também na primeira das suas vinte e quatro travessias do oceano condividiu os dissabores e as incertezas de seus patrícios; mas é extraordinária a coragem com que enfrentou a imensa metrópole norte-americana e soube onde estabelecer o ponto de encontro e de socorro para os emigrantes. Antes de tudo olhou para os órfãos e os doentes, construindo casas, escolas e um grande hospital em Nova Iorque, depois em Chicago, em seguida na Califórnia e irradiar enfim a sua obra em toda a América, até a Argentina.

A todos que se mostravam admirados com ela por tantas obras, a madre Cabrini respondia com sincera humildade: "Por acaso não foi o Senhor quem fez todas essas obras?" Traduzidas em números estas obras são: trinta fundações em oito nações diferentes. Morreu em Chicago no ano 1917, após uma das inúmeras viagens. Seu corpo foi levado para Nova Iorque na Igreja anexa ao Colégio Madre Cabrini para que permanecesse próximo dos emigrantes.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

São Pedro Canísio


21/12 - São Pedro Canísio nasceu em Nimega (Ninwegen), Holanda no dia oito de maio de 1521. Seus pais Jacob Kanisius e Aegidia Van Houweningen eram muito religiosos e o educaram na fé. A mãe, de modo especial, marcou profundamente a vida de Canísio pelo exemplo e profunda piedade, muito querida por todos, era uma verdadeira "Serva do Senhor", como escreveu mais tarde Canísio.

Canisio ficou órfão de mãe muito cedo. Seu pai casou-se novamente. Era prefeito da cidade. Canisio viveu muito feliz na casa de seus pais tanto a sua infância como sua adolescência. Preocupado com a educação de Canisio e desejando que ele tivesse uma carreira brilhante, aos quinze anos de idade o matrícula na Universidade de Köln - Alemanha para estudar Humanística.

Canísio estudou com entusiasmo, lia muito, ajudava os pobres, emprestava seus livros aos colegas e se aconselhava com mestres escolhidos a dedo, que não lhe ensinavam só as ciências humanas, mas também a ciência de Deus, a vida espiritual. Canísio se formou em Direito, fez Doutorado em Filosofia e mais tarde em Teologia.

Enquanto estudava conheceu o padre Nicolau Van Esche que passou a ser seu confessor, ensinou-lhe a meditar e deu-lhe o conselho de ler o Evangelho diariamente. Este padre teve grande influência na vida de Canísio e o ajudou a refletir sobre o futuro e a vocação.

Aos vinte e dois anos de idade, Canísio toma uma grande decisão e ingressa na recém fundada Companhia de JESUS na qual é Ordenado Sacerdote na Festa de Pentecostes, no dia treze de junho de 1546 na cidade de Köln - Alemanha. Sendo um dos primeiro Jesuítas, ele muito colaborou com Inácio de Loyola, ajudando a consolidar a Companhia de Jesus especialmente na Alemanha.

Trabalhou também na Áustria e Suíça. Nestes três países desempenhou, além do trabalho religioso, um importante papel na área da Educação. Fundou vários colégios, foi professor e Reitor da Universidade de Ingolstadt.

Para responder aos apelos de sua Congregação e da Igreja, Canísio enfrentou inúmeros desafios como: transferência percorreu centenas de quilômetros a pé, transpor montanhas, superar as intempéries do tempo como a chuva ou a neve, os insultos dos adversários na fé, os cargos que lhe eram impostos pela obediência.

Pedro Canísio viveu na conturbada época de Reforma liderada por Lutero e da Contra-Reforma organizada pela Igreja para conter a expansão do Protestantismo. Sendo uma pessoa culta, de uma fé convicta e ao mesmo tempo de muito bom senso e serenidade foi designado por seus superiores para muitas e árduas missões as quais sempre cumpriu em atitude de obediência.

Diversas vezes como representante da Igreja esteve diante de reis desempenhando o papel de conciliador/diplomata; foi presença importante em Conferencias, Congressos e até no Concílio de Trento como Conselheiro nos assuntos relacionados à Teologia. Para defender a fé católica e combater as heresias que se espalhavam assustadoramente pela Europa, o Papa o incumbiu de escrever os primeiros catecismos da Igreja. Por esta razão hoje podemos chamá-lo de o Padroeiro dos Catequistas!

Canísio viveu seus últimos dezessete anos na cidade de Friburgo/ Suíça onde fundou o Colégio São Miguel que funciona até hoje e ainda é considerado um dos melhores da cidade. Localizado dentro do colégio está o quatro de São Pedro Canísio, hoje transformado em capela em memória ao grande Educador e Santo da Cidade.

Faleceu em Friburgo no dia 21de dezembro de 1597. Em 1864 foi beatificado pelo Papa Pio IX. Em 1897 recebeu o título de "Segundo Apostolo da Alemanha" através do Papa Leão XIII. Em 21 de maio de 1925, foi Canonizado pelo Papa Pio XI e Elevado Doutor da Igreja.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

São Domingos de Silos


20/12 - É historicamente reconhecida a influência das ordens religiosas na formação da sociedade européia na Idade Média. Numa época onde a força era a suprema lei e o valor militar de um homem se sobrepunha a todos os outros, os monastérios eram verdadeiros oásis de paz e os monges, os guardiões da cultura, do direito e da liberdade. Talvez o maior defensor dos valores monásticos tenha sido o religioso Domingos de Silos, que valorizava nos mosteiros o ensino não só da agricultura como dos demais ofícios e artes.

Domingos nasceu no ano 1000, em Navarra, Espanha, no seio de uma família pobre e cristã. Quando menino, foi pastor de ovelhas. Já desse período se conta que era bondoso ao extremo, oferecia leite de ovelha para alimentar os caminhantes pobres. Ao mesmo tempo, gostava muito de estudar, motivo que levou seus pais a entregá-lo ao padre da paróquia onde moravam. Ele criara uma escola ao lado da igreja.

Saiu-se tão bem que o padre quis ordená-lo sacerdote. Antes disso, Domingos resolveu experimentar a vida de eremita para depois, enfim, entrar num convento beneditino, onde descobriu sua verdadeira vocação, pois logo se tornou exemplo para os demais monges. Quando completou trinta anos, foi encarregado de restaurar e reabrir o Mosteiro de Santa Maria, havia muito tempo fechado. Para isso tornou-se esmoleiro, trabalhou como operário, fez de tudo um pouco para conseguir recursos e poder receber os candidatos à vida monástica. A surpresa veio, quando viu que, entre eles, estava seu próprio pai, além de alguns parentes.

Terminada essa obra, foi convidado a ser o abade do Mosteiro de São William de la Cogola. Foi perseguido, porém, pelo príncipe de Navarra, que tinha a intenção de apossar-se dos bens do convento. Assim, teve de refugiar-se em Castela. Lá, recebeu com prazer a missão de reavivar o Mosteiro de São Sebastião de Silos, em Burgos, quase desabitado e em decadência total. Domingos foi abade do mosteiro por mais de trinta anos, sendo considerado seu novo fundador. Imprimiu espírito novo, atividade intensa e fecunda, tornando-o um centro de cultura e cenáculo de evangelização.

Ao final da vida, era chamado de "apóstolo de Castela". Previu a data da própria morte, que ocorreu em 20 de dezembro de 1073. Festejado nesse dia pela Igreja como são Domingos de Silos, a sua popularidade é muito vasta. Depois de sua morte, o nome do abade foi impresso, na história da Espanha, ao lado de "el Cid Campeador", o libertador do povo espanhol do jugo dos invasores infiéis.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Santo Urbano V


19/12 - O Bem-aventurado Urbano V, nasceu no castelo de Grisac, em Languedoc, no ano 1310, de família nobre. Ingressara ainda muito jovem no mosteiro dos beneditinos do priorado de Chirac, onde recebeu sólida cultura. Doutorou-se em direito canônico e civil e ensinou na universidade de Montpelier, Toulouse e Avignon, antes de receber da Cúria Pontifícia vários encargos como delegado em Milão e em Nápoles, onde chegou-lhe a nomeação para Pontífice.

Foi consagrado bispo em Avignon, no mesmo dia 06 de novembro de 1362, recebida a tiara com o nome de Urbano V. A esperança de volta do Papa a Roma pareceu logo que se realizaria. Este Papa ativíssimo e piedoso mostrou logo possuir os dotes do homem de governo e mão firme no guiar a barca de Pedro, numa época tão difícil na vida interna da Igreja.

O Santo Pontífice olhou para a reconstrução espiritual da Igreja, promovendo a unidade entre os cristãos, que pareceu realizar-se através da união da Igreja grega com a latina em 1369 além das restaurações das coisas materiais.

Infelizmente a pacificação dos animos dos Estados Pontifícios durou pouco, e a 07 de Abril de 1370, Urbano V deixava novamente Roma para tornar a Avignon, não obstante as súplicas e as exortações de tantos, entre eles Santa Brígida, que o alcançou junto ao lago de Bolsena, lhe predisse que em breve morreria, se voltasse para Avignon. Seu pontificado durou oito anos, ao qual se atribuiu reforma eficaz dos costumes e incrementos particular da doutrina cristã e dos estudos em geral.

Morreu a 19 de Dezembro de 1370 em Avignon.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Santo Vunibaldo


18/12 - Vunibaldo dedicou sua vida a oração contemplativa e ao apostolado. Preferia ficar retirado na solidão, mas colocava-se sempre disponível para difundir o Evangelho. Era um príncipe da realeza dos Kents, que nasceu em 701. Mas antes dessa importância e riqueza material, teve o privilégio descender de uma família de Santos, pois era filho de Santo Ricardo, rei da Inglaterra meridional, irmão dos Santos Vilibaldo e Valburga.

Em 720 partiu com o pai e o irmão em peregrinação para a Terra Santa, passando antes por Roma. Mas seu pai adoeceu durante a viagem e morreu na cidade italiana de Luca. Os dois irmãos ficaram juntos em Roma, por dois anos. Depois se separaram, Vilibaldo partiu para a Palestina e ele ficou alí estudando, por mais dezesseis anos.

Seu tio Bonifácio era, então, o Bispo da Alemanha, estava empenhado na evangelização da região, e solicitou sua ajuda. Em 738, Vunibaldo foi ordenado sacerdote e foi auxiliar a missão do tio no interior das terras germânicas. Cinco anos depois foi chamado para a corte, por solicitação do duque Odilon.

Por mais algum tempo, ficou acompanhando o tio na sua obra apostólica. Porém cada vez mais ansiava pela vida monástica e pela contemplação na solidão. Resolveu construir um mosteiro. Comprou o terreno em Heidenheim onde se retirou com alguns companheiros para cultivarem, enquanto também construíam o mosteiro. Nessa época seu irmão e futuro Santo, Vilibaldo era Bispo de Eichestat, e o ajudou a se estabelecer.

Mas, o tempo para os estudos e a contemplação foi curto, porque logo era nomeado abade. Nesse cargo dedicava-se ao apostolado para reforçar a fé da população que recaia sempre no paganismo. Esses habitantes eram supersticiosos, e viviam nos prazeres mundanos. Vunibaldo combateu com tanta firmeza esses vícios, comprometendo a integridade física dos monges e do próprio mosteiro, pois sofriam constantes ameaças de morte e de incêndio.

Sonhando ainda com a paz do retiro, decidiu acabar os seus dias no mosteiro de Monte Cassino. Escreveu ao abade e aos monges de lá pedindo para ser acolhido pela comunidade. A resposta veio através de um caloroso convite. Mas Vunibaldo estava muito doente e teve de desistir do projeto. Quando já não conseguia mais caminhar até a igreja, pediu para colocarem um pequeno altar em sua cela, ficando na quietude da oração, contemplando o Santíssimo Sacramento. Pouco tempo depois morreu, em 18 de dezembro de 761.

A sua veneração só fez aumentar, pois já tinha fama de santidade em vida. O seu culto se difundiu principalmente entre os povos germânicos, que o festejam neste dia. A biografia de Santo Vunibaldo foi escrita por sua irmã Santa Valburga, que relatou com detalhes os prodígios que aconteciam com sua simples presença. Esses também confirmados por outros registros, e pela tradição oral, divulgada entre os cristãos através dos tempos.