sábado, 24 de novembro de 2012

Beata Ana Maria Sala

24/11 - Nasceu em Brívio, Itália, em 21/4/1829, o quarto entre 8 filhos, de pais profundamente cristãos e de elevadas condições económicas. Pela sua brilhante inteligência boa disposição para os estudos, com 11 anos foi internada num colégio das irmãs Marcelinas, em Milão, de recente fundação. Em 1846 obteve o diploma de 1º grau e voltou para a família, onde foi o anjo consolador dos seus caros, sobretudo por ocasião de uma doença da mãe e um colapso financeiro do pai. Nesse intervalo se prodigalizava no apostolado entre as crianças da paróquia, os doentes e os carentes. Depois para entrar no nascente Instituto das irmãs Marcelinas, fundado pelo sacerdote Luís Biraghi (1801-1879) em 1848 na casa de Vimercate.

Sua índole equilibrada se adaptava muito bem à vida mista querida pela regra do instituto: intensa vida interior e férvida acção apostólica entre as alunas. Em 1852 pronunciou os votos perpétuos na primeira profissão pública das Marcelina. Foi em segunda enviada como professora de 1º grau e de música a vários lugares. Em 1859 foi escolhida para a assistência aos feridos na guerra de independência da Itália no hospital militar de São Lucas. Em 1865 superou os difíceis exames exigidos pelo novo governo italiano. Brilharam então sua inteligência e cultura. Em 1878, deixando Génova, onde tinha passado 9 anos num apostolado eficaz, voltou para Milão como assistente e professora nos cursos superiores, aí permanecendo até a data de sua morte. Um doloroso carcinoma na garganta não a fez diminuir a intensa actividade nos múltiplos encargos. Morreu em 24 de novembro de 1891, circundada pela fama de santidade e deixando copiosos frutos no seu apostolado. Foi professora da mãe de Paulo VI.

Fonte: //alexandrina.balasar.free.fr

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

São Columbano


23/11 - São Columbano desde tenra idade mostrou clara inclinação para a vida consagrada. Tendo abraçado a vida monástica, partiu para a França, onde fundou muitos mosteiros que governou com austera disciplina. Ao sair da Irlanda em companhia do monge e Santo Gall, percorreu a Europa Ocidental. Algumas vezes era rechaçado, outras acolhido. Deixou rastro de fundação de mosteiros e abadias, dos quais resultaram em resplendor cultural e religioso dignos de toda loa. Esses mosteiros foram o foco da cultura cristã francesa na época.

Seu estilo de vida foi austero e assim o exigia aos monges. Graças a isso, a Igreja enumera como seus contemporâneos grandes santos que formaram-se na escola doutrinária de São Columbano. O mosteiro mais célebre foi o de Luxeuil, ao que confluíram francos e gauleses. Foi durante séculos o centro da vida monástica mais importante em todo o Ocidente.

Enfrentou, no ínício do século VII fortes perseguições na França e por isso, no ano de 610 teve de sair do país em decorrência das investidas da soberana, a então rainha Brunehaut, que teve o ego ferido porque o santo abade lancara-lhe em rosto todos os seus vícios e crimes.

Pensou em retornar à Irlanda, mas acabou permanecendo em Nantes. Lá também teve que fugir aos Alpes até que finalmente encontrou acolhida e refúgio seguro em Bobbio, situada ao norte da Itália, na região da Emilia Romana, província de Piacenza. Lá fundou seu último mosteiro e nele morreu no ano de 615. A regra monástica original que deu a seus monges serviu de referência e influenciou sobremaneira toda a Europa por mais de dois séculos. Muitos povos, regiões e lugares estão sob sua proteção e o invocam como padroreiro.

Nos quatro últimos anos de sua vida, experimentou certa tranqülidade, já que o rei Aguilulfo lhe concedeu tratamento digno e respeitoso.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Santa Cecília



22/11 - Segundo a Paixão de Santa Cecília, escrita no século V, Cecília seria da nobre família romana dos Metelos, filha de senador romano e cristã desde a infância.

Os pais de Cecília, sem que a filha soubesse, prometeram-na em casamento a um jovem patrício romano, chamado Valeriano. Se bem que tivesse alegado os motivos que a levavam a não aceitar este contrato, a vontade dos pais se impôs de maneira a tornar-lhe inútil qualquer resistência. Assim se marcaria o dia do casamento e tudo estava preparado para a grande cerimônia.

Da alegria geral que estampava nos rostos de todos, só Cecília fazia exceção. A túnica dourada e alvejante peplo que vestia não deixavam adivinhar que por baixo existia o cilício, e no coração lhe reinasse a tristeza.

Estando só com o noivo, disse-lhe Cecília com toda a amabilidade e não menos firmeza: “Valeriano, acho-me sob a proteção direta de um Anjo que me defende e guarda minha virgindade. Não queiras, portanto, fazer coisa alguma contra mim, o que provocaria a ira de Deus contra ti”. A estas palavras, incompreensíveis para um pagão, Cecília fez seguir a declaração de ser cristã e obrigada por um voto que tinha feito a Deus de guardar a pureza virginal.

Disse-lhe mais: que a fidelidade ao voto trazia a bênção, a violação, porém, o castigo de Deus. Valeriano vivamente impressionado com as declarações da noiva, respeitou-lhe a virgindade, converteu-se e recebeu o batismo naquela mesma noite. Valeriano relatou ao irmão Tibúrcio o que tinha passado e conseguiu que também este se tornasse cristão.

Turcius Almachius, prefeito de Roma, teve conhecimento da conversão do dois irmãos. Citou-os perante o tribunal e exigiu peremptoriamente que abandonassem, sob pena de morte, a religião que tinham abraçado. Diante da formal recusa, foram condenados à morte e decapitados.

Também Cecília teve de comparecer na presença do irredutível juiz. Antes de mais nada, foi intimada a revelar onde se achavam escondidos os tesouros dos dois sentenciados. Cecília respondeu-lhe que os sabia bem guardados, sem deixar perceber ao tirano que já tinham achado o destino nas mãos dos pobres. Almachius, mais tarde, cientificado deste fato, enfureceu-se extraordinariamente e ordenou que Cecília fosse levada ao templo e obrigada a render homenagens aos deuses.

De fato foi conduzida ao lugar determinado, mas com tanta convicção falou aos soldados da beleza da religião de Cristo, que estes se declararam a seu favor, e prometeram abandonar o culto dos deuses.

Almachius, vendo novamente frustrado seu estratagema, deu ordem para que Cecília fosse trancada na instalação balneária do seu próprio palacete e asfixiada pelos vapores d’água. Cecília experimentou uma proteção divina extraordinária e embora a temperatura tivesse sido elevada a ponto de tornar-se intolerável, a serva de Cristo nada sofreu. Segundo outros, a Santa foi metida em um banho de água fervente do qual teria saído ilesa.

Almachius recorreu, então, à pena capital. Três golpes vibrou o algoz sem conseguir separar a cabeça do tronco. Cecília, mortalmente ferida, caiu por terra e ficou três dias nesta posição. Aos cristãos que a vinham visitar, dava bons e caridosos conselhos. Ao Papa entregara todos os bens, com o pedido de distribuí-los entre os pobres. Outro pedido fora o de transformar a sua casa em igreja, o que se fez logo depois de sua morte. Foi enterrada na Catacumba de São Calisto.

As diversas invasões dos godos e lombardos fizeram com que os Papas resolvessem a transladação de muitas relíquias de santos para igrejas de Roma. O corpo de Santa Cecília ficou muito tempo escondido, sem que lhe soubessem o jazigo.

Uma aparição da Santa ao Papa Pascoal I (817-824) trouxe luz sobre este ponto. Achou-se o caixão de cipreste que guardava as relíquias. O corpo foi encontrado intacto e na mesma posição em que tinha sido enterrado. O esquife foi achado em um ataúde de mármore e depositado no altar de Santa Cecília. Ao lado da Santa acharam seu repouso os corpos de Valeriano, Tibúrcio e Máximo.

Em 1599, por ordem do Cardeal Sfondrati, foi aberto o túmulo de Santa Cecília e o corpo encontrado ainda na mesma posição descrita pelo papa Pascoal. O escultor Stefano Maderno que assim o viu, reproduziu em finíssimo mármore, em tamanho natural, a sua imagem.

A Igreja ocidental, como a oriental, tem grande veneração pela Mártir, cujo nome figura no cânon da santa Missa. O ofício de sua festa traz como antífona um tópico das atas do martírio de Santa Cecília, as quais afirmam que a Santa, nos festejos do casamento, ouvindo o som dos instrumentos musicais, teria elevado o coração a Deus nestas piedosas aspirações: “Senhor, guardai sem mancha meu corpo e minha alma, para que não seja confundida”.

Desde o século XV, Santa Cecília é considerada padroeira da música sacra e dos músicos. Sua festa é celebrada no dia 22 de novembro, dia da música e dos músicos.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Santo Alberto de Louvain

21/11 - Tambem conhecido com Alberto de Brabant, nasceu em Monte César, Louvain em 1166, faleceu em 24 de novembro de 1192, culto d confirmado em 1613.

Alberto era filho do Duque Godfrey II de Brabant e sua esposa Margaret de Lomburg, foi criado para a vida religiosa no castelo que é hoje chamado de Mont-César. Com a idade de 12 anos foi feito cônego de Liége, mas renunciou aos benefícios quando atingiu a maioridade.

Com 21 anos ele foi convidado a ser cavaleiro de seu inimigo Conde Baldwin V de Brabant.

Quando o Legado Papal pregou uma cruzada em Liége alguns meses depois Alberto tomou a cruz e tornou-se cônego novamente. Ele nunca participou da cruzada, em vez disso foi promovido a Diretor de um Colégio. Notável pegador e conhecedor da escrituras, em 1191 com a idade de 25 anos, Alberto foi escolhido e eleito, por grande maioria do povo, Bispo de Liége vencendo Alberto de Rethel que era primo de Baldwin e tio da Imperatriz Constance. Sua eleição não era do interesse do Imperador Henry VI que favorecia o tio de sua esposa. Quando a causa foi decidida em Worms o imperador deu a Sé para Lothaire, o qual ele havia nomeado chanceler imperial pela quantia de 3000 marcos.

Para apelar a Roma Alberto viajou disfarçado para evitar ser interceptado pelos homens do imperador. O Papa Celestino III confirmou a sua eleição e Alberto retornou a Liége, mas encontrou Lothaire já intrometido em sua Sé e o Arcebispo Bruno de Colonha não estava desejoso de atrair a ira do imperador, consagrando Alberto. Neste meio tempo o Papa havia feito os contatos necessários com o Arcebispo Williande Rheims para consagrar Alberto. Isto foi feito em 29 de setembro de 1192.

Dez semanas após de sua consagração, Alberto foi morto por três cavaleiros do Rei quando ele estava visitando a Abadia de Saint-Remi, perto de Rheims. Ele foi enterrado com todas as honras de Bispo, na Catedral de Louvain.

Foi assassinado em 24 de novembro de 1192, culto confirmado em 1613.

Ele é muito confundido com São Thomas Becket, de Canterbury, cujo martírio foi muito semelhante. Na arte litúrgica da Igreja ele é mostrado como um bispo com uma faca na sua cabeça, ou com três espadas no solo ao seu lado.

Sua festa é celebrada no dia 21 de novembro.


terça-feira, 20 de novembro de 2012

Santos Otávio, Solutor e Aventor


No Martirológio Romano, na data de 20 de novembro, lemos: “São festejados em Turim os santos mártires Otávio, Solutor e Aventor, soldados da legião tebana, os quais sob o imperador Maximiano, combatendo valorosamente, foram coroados pelo martírio.” O inciso “combatendo valorosamente” refere-se evidentemente a sua declaração de serem cristãos, e portando a sua vontade de permanecerem fiéis a profissão de fé cristã, não obstante o clima de perseguição instaurado por Maximiano, o feroz colega do imperador Diocleciano. Não conhecemos porém com certeza em quais circunstâncias Otávio, Solutor e Aventor foram coroados com o martírio.

A própria informação de que eram soldados da legião tebana funda-se, na realidade, sobre uma paixão bastante tardia. Foi de fato entre 432-450 que foi redigida a paixão de são Maurício e companheiros, da qual depende a de Otávio, Solutor e Aventor. Parece até que fosse um costume bastante difundido naquela época considerar membros da legião tebana os mártires de sexo masculino dos quais se ignorasse tudo ou quase tudo. Dos nossos três santos, a paixão do século V narrava que tinham conseguido escapar do massacre geral de Agaunum, porém, a fuga teria sido descoberta e foram imediatamente seguidos.

A caçada terminou nas proximidades de Turim: Aventor e Otávio alcançados, foram trucidados no local. Solutor, talvez porque mais jovem e ferido levemente, conseguiu prosseguir na fuga. Chegando às margens de Dora Riparia, encontrou refúgio numa gruta de areia. Uma vez descoberto também foi decapitado bem no meio de um pantano. Uma piedosa cristã e matrona romana, Juliana, conseguiu recuperar o seu corpo, como já havia recuperado os corpos de Aventor e Otávio. Sepultados nas vizinhanças de Turim, construiu sobre os sepulcros uma das células oratórias, isto é, uma capelinha que mais tarde foi ampliada em basílica pelo bispo Vítor, no fim do século V.

Mais tarde o bispo Gesão renovou a basílica e incorporou-se a um mosteiro beneditino dedicado a são Solutor e que teve como primeiro abade um certo Romano, a quem sucedeu são Goslino (ou Goselino). Quando os franceses ordenaram a demolição do mosteiro em 1536, os corpos dos três mártires foram transferidos para a Consolata e finalmente em 1575 foi levantada a igreja dos mártires, que ainda hoje hospeda suas relíquias.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

São Roque Gonzales, Santo Afonso Rodrigues e São João del Castilho


19/11 - Missionários martirizados no sul do Brasil em novembro de 1628

Os Santos Mártires Roque, Afonso e João foram os primeiros evangelizadores nas terras do Sul do Brasil. O povo daquelas terras, que hoje fazem parte do estado do Rio Grande do Sul, e portanto do Brasil, nunca esqueceu a memória destes seus primeiros mártires, que semearam o evangelho com seu próprio sangue.

Estes três sacerdotes eram membros da ordem dos Jesuítas, exerceram o seu trabalho missionário junto aos índios Guaranis, no noroeste daquele estado brasileiro.

Pe. Roque Gonzales era filho de uma família de alta posição social de Assunção, Paraguai. Os padres Afonso Rodrigues e João de Castilho vieram como missionários da Espanha.

Depois de fundar numerosas comunidades cristãs, chamadas Reduções, entre os índios no Paraguai e região missioneira da Argentina, entraram em terras do atual Rio Grande do Sul, onde a 3 de maio de 1626 celebraram a primeira missa em terras gaúchas, na localidade de São Nicolau. Depois de dois anos e meio de intenso trabalho missionário, fundando cinco comunidades, ou reduções, foram mortos por um grupo de índios rebeldes à evangelização, liderados pelo cacique-pagé Nheçu. Pe. Roque Gonzales e Pe. Afonso Rodrigues foram mortos na recém fundada redução de Caaró, no dia 15 de novembro de 1628, e o Pe. João del Castilho dois dias mais tarde, em Assunção do Ijuí.

Um índio ainda catecúmeno que se opôs aos assassinos também foi trucidado junto aos missionários em Caaró: é Cacique Adauto, que um dia talvez poderá ter seu nome acrescentado aos dos nossos mártires canonizados.

Em Caaró, município de Caibaté, se encontra o principal Santuário de veneração dos Santos Mártires, visitado permanentemente por caravanas de romeiros. Ali se realiza cada ano uma grande romaria, no 3º domingo de novembro.

Aos 28 de janeiro de 1934 o Papa Pio XI beatificou os Missionários Mártires, e aos 16 de maio de 1988, em visita ao Paraguai, em Assunção, o Papa João Paulo II os canonizou, isto é, declarou Santos!

domingo, 18 de novembro de 2012

Santo Odo de Cluny

18/11 - A partir de meados do século X até o começo do século XII, a abadia de Cluny, na Borgonha, exerceu a mais poderosa influência sobre a vida monástica da Europa Ocidental e desempenhou um papel importante nos assuntos da vida religiosa, perdendo apenas para o próprio papado. Como centro e autoridade orientadora de uma ampla “reforma” monástica”, esta abadia exerceu sua influência sobre a vida e o espírito dos monges de S. Bento durante um período de tempo muito mais prolongado, e esta influência pode ser sentida ainda hoje em dia. Cluny deve sua força propulsora e suas realizações principalmente aos seus oito primeiros abades, dos quais S. Odo foi o segundo.

Ele foi educado na família de Fulk II, conde de Anjou, e posteriormente, na família de Guilherme, duque de Aquitânia, que fundou a abadia de Cluny. Com a idade de dezenove anos, Odo recebeu a tonsura e uma prebenda na igreja de S. Martinho, em Tours, e passou alguns anos estudando em Paris. Aí dedicava muito tempo ao estudo da música, entusiasmo esse que era compartilhado pelo seu mestre Remígio de Auxerre.

Certo dia, ao ler a Regra de S. Bento, Odo ficou chocado ao constatar quão longe estava a sua vida das regras da perfeição que nela estavam estabelecidas, e decidiu abraçar a vida monástica. Algum tempo depois, ele se dirigiu até o mosteiro de Baume-les-Messieurs, na diocese de Besançon, onde o abade Berno lhe conferiu o hábito, em 909. .

A abadia de Cluny foi fundada no ano seguinte pelo Duque Guilherme, e foi confiada aos cuidados de S. Berno, que colocou S. Odo para dirigir a escola do mosteiro de Baume. Odo tornou-se o quinto Abade do Mosteiro de Cluny. Durante 54 anos no ofício, ele trouxe outras casas para se afiliarem ao seu mosteiro e ficarem subordinadas às regras austeras da casa matriz e aumentou o número de fundações de 37 para 65.

Em 998 (algumas fontes colocam 1031), ele ordenou todas as casas de sua ordem a celebrarem no dia 2 de novembro, o dia da memória e de oração aos mortos e que ficou sendo o dia de Finados. Esse costume se alastrou em toda a Igreja Ocidental.

Embora ele fosse amigo de príncipes e papas, Odo era muito gentil e bondoso e conhecido por toda a cristandade como liberal e preocupado com o pobres, famintos e doentes e ficou famoso pela sua ajuda aos famintos na seca e fome de 1006, quando o tesouro de suas casas alimentaram os pobres e de novo na fome e praga de 1028–1033.

Muito piedoso, São Odo juntava seu caráter firme com gentileza e bondade, e possuía notável senso organizacional e grande habilidade de reconciliar inimigos. Ele promoveu o espírito de ajuda entre os mosteiros e tentou acabar com os abusos e disputas. Ele promoveu também o espírito de unidade entre as suas casas e a Santa Sé.

Seus sermões favoritos eram sobre os mistérios da encarnação de Jesus durante o Natal. Ele também escreveu bastante sobre o papel da Virgem Maria e os trabalhos sobre Maria, de São Bernardo, são muito influenciados pelos escritos de São Odo.

No ano de 942, S. Odo foi a Roma pela última vez, e na volta fez uma visita ao mosteiro de S. Juliano, em Tours. Depois de participar das solenidades da festa do seu padroeiro S. Martinho, ele se recolheu ao leito, vindo a falecer no dia 18 de novembro, aos 86 anos. Um dos seus últimos atos foi compor um hino, que ainda existe, em honra de S. Martinho. Apesar de sua vida de intensa atividade, S. Odo encontrava tempo para escrever, além de um outro hino e doze antífonas em verso em honra de S. Martinho, três livros de tratados sobre a moral, uma vida de S. Geraldo de Aurillac e um longo poema épico sobre a Redenção. Existe também uma tradição mencionada por todos os seus biógrafos, segundo a qual ele escreveu diversos livros de música sacra.

Na arte litúrgica da Igreja São Odo é representado como um Abade Beneditino com uma caveira e dois ossos cruzados a seu pés. Sua festa é celebrada no dia 18 de novembro.

Já a abadia de Cluny, que era uma das maravilhas da França Medieval, até o apronto final da Igreja de São Pedro, no Vaticano, no começo do século XVI, seguramente fora o maior complexo arquitetônico da cristandade ocidental e um dos maiores do mundo. Então ocorreu a Revolução de 1789 e a outrora poderosa Cluny, espoliada e vandalizada pela onda descristianizadora, desencadeada na ocasião, deixou de existir.

Fonte: //santoantoniodopari.com.br