terça-feira, 30 de outubro de 2012

São Geraldo de Potenza


30/10 - Hoje, o Martirológio Romano fixa a memória de são Geraldo, bispo de Potenza, na Lucânia. Ele era natural de Placência, e transferiu-se para Potenza. Foi escolhido como bispo por suas virtudes e suas atividades taumatúrgicas. Morreu apenas oito anos após sua escolha ao episcopado. Seu sucessor, Manfredo, escreveu-lhe uma vida exageradamente panegírica e sobretudo obteve uma canonização a viva voz (ou seja sem documentação escrita) por parte do papa Calisto II (1119-24). Mas existe outro Geraldo, também ele de Potenza, que teve uma fama bem superior ao bispo medieval. Trata-se de são Geraldo Majela, um dos santos mais populares da Itália meridional. E há motivo para esta popularidade: ele era invocado sobretudo pelas gestantes ou parturientes.

Nos inícios de 1800, cerca de cinqüenta anos após a sua morte, um médico de Grassano (Matera) declarava: “Há muitos anos eu não exerço a profissão de médico. Exerce-a por mim o irmão Geraldo.” Este médico levava tanto a sério o patrocínio de são Geraldo, proclamado bem-aventurado só em 1893, que antes que remédios preferia dar as suas pacientes uma imagem do bom religioso. E Tannoia declarava: “O irmão Geraldo é o protetor especial dos partos. Em Foggia não há mulher parturiente que não tenha sua imagem e que não o invoque como protetor.” Singular revanche de santo pelos sofrimentos por que passou advindos de calúnias de uma mulher, uma ex-monja para a imprensa, o que foram mui facilmente aceitos pelos seus superiores.

Na realidade são Geraldo, que no leito de morte podia afirmar não saber nem o que fosse uma tentação impura, tinha sobre a mulher uma concepção superior: olhava toda mulher como uma imagem de Nossa Senhora, “louvor perene a SS. Trindade.” Eram os entusiasmos místicos de uma alma simples, mas cheia de amor espiritual. Exclamava freqüentemente “Meu querido Deus, meu Espírito Santo,” sentindo íntimos a ele a bondade e o amor infinitos de Deus. Mais que um asceta, era um místico.

Sua vida está repleta de privações, de sofrimentos, de humilhações, mas tudo está profundamente animado, finalizado com um encontro vivo e pessoal com Deus. É isso que ficou dele, para além de algumas extravagâncias, que possam desconcertar ortodoxos. Há algo de autêntico e de genuíno também nos seus exageros que talvez os hipies de nossos dias os tornam novamente atuais. Mas são Geraldo fez uma contestação vinda de dentro.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

São Narciso

29/10 - Segundo Eusébio, São Narciso era natural da Palestina e foi o 15º Bispo de Jerusalém, eleito em 189. Presidiu o Concílio de Cesaréia (197) e encabeçou a lista de assinaturas de uma carta que o episcopado da Palestina enviara ao papa São Vitor. Nesta carta, os bispos declaravam observar os rito e usos da Igreja romana.

Contam que certa vez fora acusado de um crime que não cometera. Os caluniadores confirmaram por falsos juramentos a acusação. O primeiro dissera que se estivesse mentindo que o queimassem vivo. Já o segundo chamou sobre si a praga de lepra, se o que havia dito não fosse verdade. Por fim, o terceiro jurou pela luz de seus olhos que estava falando a verdade.

Narciso ficou muito desgostoso e resolveu deixar a cidade secretamente. Foi para o deserto de Nítria, onde viveu oculto durante 8 anos.

Aconteceu, então, que abateu-se sobre os caluniadores o mal que cada um havia arrogado sobre si: o primeiro morreu queimado; o segundo foi consumido pela lepra; e o terceiro ficou cego.

Voltando a Jerusalém, resolveu reassumir, juntamente com o bispo Górdio, o pastoreio de sue rebanho. Morreu por volta de 212, aos 116 anos de idade.

Fonte: hagiosdatrindade.blogspot.com.br

domingo, 28 de outubro de 2012

São Simão

28/10 - Simão é, talvez, o mais desconhecido dos apóstolos. Aliás, na Bíblia inclusive recebeu apelidos para ser diferenciado de Simão Pedro. Ele é chamado de Simão, "o cananeu", pelos apóstolos Mateus (10, 4) e Marcos (3,18).

Alguns estudiosos cristãos entendem que este "cananeu" pode ser uma referencia à Canaã, a terra de Israel. Mas quando Lucas no seu evangelho o chama de "o zelote" (Lc 6, 15) parece querer indicar que Simão pertencera ao partido judeu radical que tinha o mesmo nome. Os radicais zelotes pregavam a luta armada contra os dominadores.

Como se vê, Jesus queria mesmo um colegiado de doze apóstolos que representassem todas as correntes políticas e religiosas da época. Sabe-se que Simão, como todos os outros apóstolos dos primeiros tempos do cristianismo, depois do Pentecostes percorreu caminhos pregando o evangelho sem nada levar consigo.

Operou muitos milagres, curou enfermos, limpou leprosos e expulsou espíritos maus. Conta uma antiga tradição que Simão encontrou-se com o apostolo Judas Tadeu na Pérsia e desde então viajaram juntos.

Percorreram as doze províncias do império persa, deixando o conhecimento histórico e religioso como foi encontrado num antigo livro da época chamado "Atos de Simão e Judas", de autor desconhecido. Nele consta que no dia 28 de outubro do ano 70, houve o assassinato dos dois apóstolos a mando dos sacerdotes pagãos, preocupados com a eloqüência das pregações que convertiam multidões inteiras.

Outras fontes falam da pregação de Simão também no Egito, Líbia e Mauritânia. Segundo Eusébio, idôneo e célebre historiador, Simão teria sido o sucessor de Tiago na cátedra de Jerusalém, nos anos da trágica destruição da cidade santa.

Conforme um antigo registro atribuído ao famoso historiador Egesipo, Simão teria sido martirizado no ano 107 durante o governo do imperador Trajano, tinha então cento e vinte anos de idade.

sábado, 27 de outubro de 2012

São Frumêncio

27/10 - Desde a adolescência Frumêncio teve sua vida marcada por acontecimentos surpreendentes que o levaram a uma região exótica e distante, a Etiópia, no coração da África, da qual se tornou o primeiro bispo. Antes disso, porém, foi discípulo de filósofo, e um escravo muito especial.

Era o tempo do imperador Constantino e Frumêncio estava entre os discípulos na comitiva que acompanhava o filósofo Merópio. Voltavam de uma viagem à Ìndia e a embarcação parou no porto de Adulis, no mar Vermelho. Então, foram atacados por ladrões etíopes, que saquearam o barco e mataram os passageiros e tripulantes. Todos, exceto os amigos adolescentes, Frumêncio e Edésio. Os dois foram salvos por um motivo banal: naquele momento estavam sob uma árvore, entretidos na leitura de um livro. Sobreviveram, porém foram levados para a Etiópia e entregues ao rei, como escravos.

Depois de conversar com eles e admirar-se com sua sabedoria, o rei decidiu mantê-los no palácio. Edésio como copeiro e Frumêncio como um secretário direto. Sua influência cresceu na Corte, principalmente junto à rainha. Ao tornar-se viúva, ela assumiu o poder para o filho menor, como regente. Libertou Frumêncio e Edésio, entregando-lhes a educação de seu filho, o futuro rei. Ou seja: só poderiam partir ao concluírem a tarefa.

Tempos depois, eles conseguiram da rainha autorização para construir uma igreja próxima ao porto, para servir os mercadores cristãos que passavam pelo país. Isso muito significou para a difusão da fé cristã junto ao povo etíope, embora com dificuldade. Lentamente, foi nela que a semente do cristianismo germinou no continente africano.

No tempo certo, obtiveram permissão de voltar à pátria, o Tiro, no sul da Síria, atual Líbano. Enquanto Edésio se dirigia para a cidade natal, onde se encontrou como o historiador, hoje santo, Rufino, que registrou toda a aventura, o amigo Frumêncio foi para Alexandria, no Egito. Queria pedir ao então bispo, santo Atanásio, que designasse um bispo e missionários para comandar a pregação católica na Etiópia. Atanásio não se fez de rogado, entendendo que o mais indicado era o próprio Frumêncio. Consagrou-o bispo da Etiópia.

Quando retornou, Frumêncio encontrou no trono da Etiópia o jovem rei seu pupilo, que lhe dedicava grande estima, que logo em seguida se converteu e foi batizado, convidando todo o seu povo a acompanhá-lo no seguimento de Cristo.

Frumêncio, chamado pelos etíopes de "Abba Salama", ou seja, "Pai da Paz", desenvolveu seu trabalho missionário na Etiópia até morrer no ano 380. A Igreja comemora no dia 26 de outubro aquele que considera o "Apóstolo da Etiópia".

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Santo Evaristo



26/10 - No atual Anuário dos Papas encontramos Evaristo em pleno comando da Igreja católica, como quarto sucessor de Pedro, no ano 97. Era o início da era cristã e, portanto, muito compreensível que haja tão poucos dados sobre ele.

Enquanto do anterior, Papa Clemente, temos muitos registros, inclusive de próprio punho como a célebre carta endereçada aos cristãos de Corinto. Do Papa Evaristo nada temos escrito por ele mesmo, as poucas informações vieram de Irineu e Eusébio, dois ilustres e expressivos Santos venerados no mundo católico.

Naqueles tempos o título de "Papa" era dado a toda e qualquer autoridade religiosa, passando a designar o chefe maior da Igreja somente no século VI. Por essa razão as informações, às vezes, se contradizem. Mas Santo Eusébio se mostra muito firme e seguro ao relatar Evaristo como um grego vindo da Antioquia.

Ele governou a Igreja durante nove anos, nos quais promoveu três ordenações consagrando dezessete sacerdotes, nove diáconos e quinze bispos, destinados a diferentes paróquias.

Foi de sua autoria a divisão de Roma em vinte e cinco dioceses, a criação do primeiro Colégio dos Cardeais. Parece que também foi ele que instituiu o casamento em público, com a presença do sacerdote.

Papa Evaristo morreu em 105. Uma tradição muito antiga afirma que ele teria sido mártir da fé durante a perseguição imposta pelo imperador Trajano, e que depois seu corpo teria sido abandonado perto do túmulo do apóstolo Pedro. Embora a fonte não seja precisa, assim sua morte foi oficialmente registrada no Livro dos Papas em Roma.

Fonte: http://www.prestservi.com.br/

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

São Frei Galvão


25/10 - Frei Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, interior de São Paulo e iniciou sua vida religiosa aos 13 anos de idade quando foi estudar no Seminário dos Padres Jesuítas, em Belém, na Bahia, entre 1752 a 1756.

Frei Galvão dedicou toda sua vida acaridade e a missão de disseminar a palavra de Deus junto aos necessitados. Percorrendo dezenas, ás vezes centenas, de quilômetros a pé, Frei Galvão cumpria a sua missão de bondade, caridade e entrega ao próximo. Por isso Santo Frei Galvão era chamado de "O homem da paz e da caridade" .

Frei Galvão fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito, o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, hoje conhecido como Mosteiro da Luz. Frei Galvão acompanhou a construção, passo a passo, como seu diretor e arquiteto, muitas vezes juntando-se aos trabalhadores e os ajudando no pesado trabalho. Ao todo, Frei Galvão dedicou 48 anos de sua vida àconstrução do Mosteiro. Por esse exemplo de dedicação e amor a sua obra, Frei Galvão é considerado o padroeiro da Construção Civil no Brasil.

Faleceu em 23 de Dezembro de 1822 e foi enterrado na capela do Mosteiro da Luz onde se encontram até hoje os seus restos mortais. " Em 1938, teve inicio o processo de beatificação de Frei Galvão que só foi concluido em 1998 com a beatificação, em Roma, por João Paulo II, que o chamou de "doçura de Deus".

Frei Galvão foi oficialmente canonizado pelo próprio Papa Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007, durante sua visita ao Brasil. Este site é inteiramente dedicado à Santo Antonio de Santanna Galvão, o primeiro santo brasileiro.

Fonte: www.freigalvao.org.br

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Santo Antonio Maria Claret



24/10 - O quinto dos onze filhos de Antonio Claret e Josefa Clará nasceu em 23 de dezembro de 1807, no povoado de Sallent, diocese de Vic, Barcelona, Espanha. Foi batizado no dia de Natal e recebeu o nome de Antonio Claret y Clara. Na família aprendeu o caminho do seguimento de Cristo, a devoção à Maria e o profundo amor à Eucaristia.

Cedo aprendeu a profissão do pai e depois a de tipógrafo. Na adolescência ouviu o chamado para servir à Deus. Assim, acrescentou o nome de "Maria" ao seu, para dar testemunho de que a ela dedicaria sua vida de religioso. E foi uma vida extraordinária dedicada ao próximo. Antônio Maria Claret trabalhou com o pai numa fábrica de tecidos e Aos vinte e um anos, depois de ter recusado empregos bem vantajosos, ingressou no Seminário de Vic, pois queria ser monge cartuxo. Mas lá percebeu sua vocação de padre missionário.

Em 1835 recebeu a ordenação sacerdotal e foi nomeado pároco de sua cidade natal. Quatro anos depois foi para Roma e se dirigiu à Propaganda Fides onde se apresentou para ser missionário apostólico. Foram anos de trabalho árduo e totalmente dedicado ao ministério pastoral na Espanha, que muitos frutros trouxeram para a Igreja. Em 1948 foi enviado para a difícil região das Ilhas Canárias.

No entanto, ansiava por uma obra mais ampla e, assim em 1849 na companhia de outros cinco jovens sacerdotes, fundou a Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria, ou Padres Claretianos. Entretanto nessa ocasião a Igreja vivia um momento de grande dificuldade na distante diocese de Cuba, que estava vaga há catorze anos. Nesse mesmo ano, o fundador foi nomeado arcebispo de lá. E mais uma vez pôde constatar que Maria jamais o abandonava.


Era uma vítima constante de todo tipo de pressão das lojas maçônicas que faziam oposição violenta contra o clero, além dos muitos atentados que sofreu contra a sua vida. Incendiaram uma casa que o hospedava, colocaram veneno em sua comida e bebida, assaltaram-no à mão armada e o feriram várias vezes.

Mas Monsenhor Claret sempre escapou ileso e continuou seu trabalho, sem nunca recuar. Restaurou o antigo seminário cubano, deu apoio aos negros e índios, escravos Em 1855, junto com junto Madre Antonia Paris fundou outra congregação religiosa, a das Irmãs de Ensino Maria Imaculada, ou Claretianas. Fez visitas pastorais a todas as dioceses, levando nova força e ânimo, para o chamado ao trabalho cada vez mais difícil e cada vez mais necessário. Quando voltou à Madri em 1857, deixou a Igreja de Cuba mais unida, mais forte e resistente.

Voltou à Espanha porque a rainha Isabel II o chamou para ser seu confessor. Mesmo contrariado aceitou. Neste período sua obra escrita cresceu muito, enriquecida com seus inúmeros sermões. Em 1968, solidário à soberana, foi junto para o seu exílio na França. Onde permaneceu ao lado da família real. Contudo não parou seu trabalho de apostolado e de escritor por excelência. Encontrou, ainda, tempo e forças para fundar uma academia para os artistas, que colocou sob a proteção de São Miguel.

Morreu com sessenta e três anos no dia 24 de outubro de 1870, no mosteiro de Fontfroide, França. Nos deixou uma importante e numerosa obra escrita. Beatificado pelo Papa Pio XI, que o chamou de "Precursor da ação Católica do mundo moderno" foi canonizado em 1950 por Pio XII. Santo Antonio Maria Claret é festejado no dia de sua morte.

Fonte: http://www.portalangels.com/