terça-feira, 23 de outubro de 2012

São João Capistrano



23/10 - João nasceu em Capistrano, na província de Áquila, no ano de 1386. Era belo rapaz, que pelo sua origem e aspecto nórdico, apelidaram-no João alemão. Estudou direito civil e eclesiástico em Perúgia, laureando-se excelente jurista. Foi Juiz e Governador da cidade.

Quando Perúgia foi ocupada pelos Malatesta, além do alto cargo, João perdeu também a liberdade. Foi preso e na prisão encontrou tempo para meditar sobre toda sua vida, e saindo do cárcere, já transformado interiormente, seu casamento foi declarado nulo, porque não foi consumado. Foi então bater na porta do convento franciscano de Assis.

Ordenado sacerdote, São João de Capistrano peregrinou por toda a Europa a pé ou a cavalo, desde a Espanha até a Sérvia, da França até a Polônia. Infatigável organizador de obras de caridade, mensageiro da paz, conselheiro, missionário entre os hussitas.

Deixou obras escritas em dezessete volumes e foi um homem que participou ativamente da angústia de seu tempo.Tempo este que a religião católica encontrava-se em crise e a paz ameaçada pelas guerras (Guerra dos Cem Anos) . Além disto, a peste negra assolava toda a Europa, dizimando a muitos, morreu a 23 de outubro de 1456. Foi canonizado em 1690.

Fonte: www.paroquiadeaparecida.com.br

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Beata Josefina Leroux

22/10 - Josefina Leroux nasceu em Cambrai, França, a 23 de Janeiro de 1747; foi santamente educada pelos pais bondosos e religiosos. A 10 de Maio de 1779, aos vinte e dois anos abandonou a casa paterna e foi recebida entre as filhas de Santa Clara no mosteiro das clarissas de Valência. No ano seguinte pronunciou os votos. Sua irmã Maria Escolástica, ingressou nas religiosas ursulinas da mesma cidade. Na paz silenciosa do claustro, Josefina ocupou-se em servir ao Senhor com crescente amor, fidelidade e perfeita alegria franciscana. Porém, bem cedo a pobre terra da França deveria ser golpeada pelo furioso furacão da revolução. Milhares de vítimas foram colocadas na prisão e sacrificadas.

Os tribunais revolucionários somente interrogavam os acusados, não lhes permitindo a possibilidade de se defenderem. Em 1791 as monjas clarissas foram expulsas de seu mosteiro, Josefina foi hospedada por seus parentes em Cambrai. As irmãs ursulinas com o desejo ardente de continuar sua vida religiosa, atravessaram a fronteira e se uniram a suas irmãs de Mons. Este exílio durou de 17 de Setembro de 1792 a 1 de Novembro de 1793, quando as irmãs ursulinas puderam regressar a seu convento. Josefina, vendo que não lhe era possível regressar ao seu convento, desejosa de voltar à vida de comunidade, pediu para ser acolhida entre as irmãs ursulinas junto a sua irmã Escolástica. O gozo da recuperação da vida conventual foi breve.

Valenciennes caiu novamente nas mãos dos franceses e a fúria tudo derrubou. Na noite entre os dias 02 e 03 de setembro os emissários revolucionários, percorrendo a cidade aprisionaram Josefina que se distinguiu por uma grande tranquilidade de ânimo que jamais abandonou. Ao comissário disse que não havia necessidade de tanta gente para apoderar-se de uma pobre mulher. Nessa mesma noite, junto com sua irmã Maria Escolástica, foi recolhida na prisão e ali esperaram o momento solene. A 23 de outubro de 1794, subiram ao patíbulo recitando o "Te Deum" e as ladainhas da Virgem. No cadafalso tiveram palavras de agradecimento para os verdugos, cujas mãos elas beijaram.

A Bem-aventurada Josefina Leroux e dez irmãs ursulinas foram assassinadas por ódio à fé, à Igreja e à religião de Cristo. Quando foi guilhotinada tinha 47 anos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Santa Úrsula



21/10 - Santa Úrsula é talvez uma das mais populares santas da idade média As historias envolvendo Santa Úrsula se originaram em uma inscrição encontrada na cidade de Colônia, Alemanha em 1.155 e datada do quinto século. A inscrição declara que um certo Clematius tinha restaurado uma antiga igreja em um local onde varias virgens foram assassinadas. Somando-se a isto, menções as virgens são feitas em um sermão datado do oitavo século e coloca Úrsula como a líder do grupo e assegura que elas foram assassinadas durante as perseguições aos cristãos na era do Imperador Maximiano (285-305).
 
Segundo a versão mais clássica, Úrsula era filha de um rei da Inglaterra e seu pai impôs a ela para futuro esposo, um nobre cristão chamado Etério que era proprietário de terra na Bretanha francesa. Ali Eterio queria estabelecer com seus soldados também cristãos um povoado e por esse motivo pediu ao rei da Inglaterra que mandasse sua noiva Úrsula e 100 virgens para se casarem com os soldados solteiros. Durante a travessia foram vitimas de violenta tempestade que desviou a embarcação para os Países Baixos e dali Úrsula e suas companheiras navegaram pelo Rio Reno para chegar a cidade de Colônia. Desafortunadamente, encontraram bárbaros hunos que as agrediram e as martirizaram.

Os corpos das mártires foram sepultados por cristãos de Colônia, onde erigiram uma igreja dedicada a Santa Úrsula e suas companheiras.

sábado, 20 de outubro de 2012

Santa Maria Bertilla Boscardin



20/10 - É uma humilde camponesa – disse dela Pio XII, por ocasião da beatificação, a 8 de junho de 1952. Figura puríssima de perfeição cristã, modelo de recolhimento e de oração. Nem êxtases, nem milagres durante a vida, mas uma união com Deus sempre mais profunda no silêncio, no trabalho, na oração, na obediência. Daquela união vinha a especial caridade que ela demonstrava para com os doentes, médicos, superiores, enfim para com todos.

”Nascida a 6 de outubro de 1888 na paróquia de Gioia di Brendola (Vicência), batizada com o nome de Ana Francisca, desde a meninice dedicou-se aos trabalhos do campo, ajudando seus pais. Este era o caminho para qualquer menina vêneta, antes que as indústrias chegassem. Aos 17 anos Ana Francisca teve a permissão de seguir a própria vocação religiosa ingressando nas Mestras de Santa Dorotéia em Vicência. Lá fez o noviciado e emitiu os primeiros votos temporários. Deixou em seguida Vicência e foi para Treviso trabalhar no hospital, onde prestará o seu humilde e ativo serviço até a morte, acontecida a 22 de outubro de 1922.

Conseguiu o diploma de enfermeira para se tornar mais útil aos doentes, que assistia também de noite, tomando a vez de suas co-irmãs. “Quero ser a serva de todos – escreveu no seu diário – quero trabalhar, sofrer e deixar toda a satisfação aos outros.” E ainda: “Devo considerar-me a última de todas, portanto contente em ser passada para trás, indiferente a tudo, tanto às reprovações como aos elogios, melhor, preferir as primeiras; sempre condescendentes às opiniões alheias; nunca desculpar-me, mesmo se penso ter razão; nunca falar de mim mesma; os encargos mais baixos sejam sempre os meus, pois é isso que mereço.” As ocasiões de sofrimentos nunca lhe faltaram.

Aos 22 anos foi operada de um tumor. Retomou as costumeiras ocupações suportando um aumento de trabalho durante a primeira guerra mundial. Por causa dos contínuos bombardeios, os doentes foram transportados para Brianza e irmã Bertilha os seguiu. Mas em Viggiù foi designada para a lavanderia, sofrendo e chorando as escondidas: “Estou contente – escreveu – porque faço a vontade de Deus.” Voltando um ano depois a Treviso entre os seus doentes, não agüentou o agravar-se de seu mal e após uma segunda intervenção cirúrgica, morreu. Tinha então trinta e quatro anos. Beatificada em 1952, foi canonizada por João XXIII a 11 de maio de 1961.

Fonte: http://www.cleofas.com.br/

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

São Paulo da Cruz



19/10 - São Paulo da Cruz nasceu em Ovada, Itália, a 3 de Janeiro de 1696, de nobres e virtuosos pais. Muito pequeno ainda, castigava o seu corpo com vigílias e açoites. Desejava assemelhar-se a Jesus Crucificado, chegando a tomar várias vezes vinagre e a meditar nas dores de Jesus - deitado sobre as tábuas da cama.
 
Recebeu várias visões do céu. Um dia aparecer-lhe a Rainha dos Anjos, revestida de uma túnica negra, levando sobre o peito um coração no qual estavam os cravos de Jesus Cristo e a divisa da Paixão: JESU XPI PASSIO. Maria tinha no seu rosto a amargura do Calvário e disse a Paulo: "Vês como estou vestida de luto? Deves fundar uma Congregação em que os seus membros se vistam desta forma e façam contínua memória da Paixão e Morte do meu querido Filho."

Depois de longos trabalhos e anos, teve a alegria de ver Bento XIV a aprovar solenemente as Regras da nova Congregação. Disse o Papa, com a alegria: "Esta Congregação da Paixão foi a última a vir ao mundo mas, a meu parecer, devia ter sido a primeira." São Paulo da Cruz instituiu também uma Congregação de monjas, cujo objectivo principal é contemplar dia e noite as agonias de Jesus, compadecer-se das suas dores e salvar o mundo por meio da oração e do sacrifício.

Pela pregação de Paulo, Deus renovou os prodígios dos tempos apostólicos. Foi admirável o seu poder sobre os demónios, sobre as enfermidades, o dom da profecia e o conhecimento interior dos corações.

Depois de anunciar o dia e a hora da sua morte, São Paulo morria em Roma a 18 de Outubro de 1775, aos 82 anos de idade. Foi canonizado por Pio IV a 29 de Junho de 1867.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

São Lucas Evangelista



18/10 - Lucas é um dos quatro evangelistas. O seu Evangelho é reconhecido como o do amor e da misericórdia. Foi escrito sob o signo da fé, nos tempos em que isso podia custar a própria vida. Mas falou em nascimento e ressurreição, perdão e conversão, na salvação de toda a humanidade. Além do terceiro evangelho, escreveu os Atos dos Apóstolos, onde registrou o desenvolvimento da Igreja na comunidade primitiva, relatando os acontecimentos de Jerusalém, Antioquia e Damasco, deixando-nos o testemunho do Cristo da bondade, da doçura e da paz.

Lucas nasceu na Antioquia, Síria. Era médico e pintor, muito culto, e foi convertido e batizado por são Paulo. No ano 43, já viajava ao lado do apóstolo, sendo considerado seu filho espiritual. Escreveu o seu Evangelho em grego puro, quando são Paulo quis pregar a Boa-Nova aos povos que falavam aquele idioma. Os dois sabiam que mostrar-lhes o caminho na própria língua facilitaria a missão apostólica. Assim, através de seus escritos, Lucas tornou-se o relator do nascimento de Jesus, o principal biógrafo da Virgem Maria e o primeiro a expressá-la através da pintura.

Quando das prisões de São Paulo, Lucas acompanhou o mestre, tanto no cárcere como nas audiências. Presença que o confortou nas masmorras e deu-lhe ânimo no enfrentamento do tribunal do imperador. Na segunda e derradeira vez, Paulo escreveu a Timóteo que agora todos o haviam abandonado. Menos um. "Só Lucas está comigo" E essa foi a última notícia certa do evangelista.

A tradição cristã diz-nos que depois do martírio de são Paulo o discípulo, médico e amigo Lucas continuou a pregação. Ele teria seguido pela Itália, Gálias, Dalmácia e Macedônia. E um documento traduzido por são Jerônimo trouxe a informação que o evangelista teria vivido até os oitenta e quatro anos de idade. A sua morte pelo martírio em Patras, na Grécia, foi apenas um legado dessa antiga tradição.

Todavia, por sua participação nos primeiros tempos, ao lado dos apóstolos escolhidos por Jesus, somada à vida de missionário, escritor, médico e pintor, transformou-se num dos pilares da Igreja. Na suas obras, Lucas dirigia-se a um certo Teófilo, amigo de Deus, que tanto poderia ser um discípulo como uma comunidade, ou todo aquele que entrava em contato com a mensagem da Boa-Nova através dessa leitura. Com tal recurso literário, tornou seu Evangelho uma porta de entrada à salvação para todos os povos, concedendo o compartilhamento do Reino de Deus por todas as pessoas que antes eram excluídas pela antiga lei.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Santo Inácio de Antióquia


17/10 - No centro do Coliseu romano, o bispo cristão aguarda ser trucidado pelas feras, enquanto a multidão exulta em gritos de prazer com o espetáculo sangrento que vai começar. Por sua vez, no estádio, cristãos incógnitos, misturados entre os pagãos, esperam, horrorizados, que um milagre salve o religioso. Os leões estão famintos e excitados com o sangue já derramado na arena. O bispo Inácio de Antioquia, sereno, esperava sua hora pronunciando com fervor o nome do Cristo.

Foi graças a Inácio que as palavras cristianismo e Igreja Católica surgiram. Era o início dos tempos que mudaram o mundo, próximo do ano 35 da era cristã, quando ele nasceu. Segundo os estudiosos, não era judeu e teria sido convertido pela primeira geração de cristãos, os apóstolos escolhidos pelo próprio Jesus. Cresceu e foi educado entre eles, depois sucedeu Pedro no posto de bispo de Antioquia, na Síria, considerada a terceira cidade mais importante do Império Romano, depois de Roma e Alexandria, no Egito. Gostava de ser chamado Inácio Nurono. Inácio deriva do grego "ignis", fogo, e Nurono era nome que ele mesmo dera a si, significando "o portador Deus". Desse modo viveu toda a sua vida: portador de Deus que incendiava a fé.

Mas sua atuação logo chamou a atenção do imperador Trajano, que decretou sua prisão e ordenou sua morte. Como cristão, deveria ser devorado pelas feras para diversão do povo ávido de sangue. O palco seria o recém-construído Coliseu.

A viagem de Inácio, acorrentado, de Antioquia até Roma, por terra e mar, foi o apogeu de sua vida e de sua fé. Feliz por poder ser imolado em nome do Salvador da humanidade, pregou por todos os lugares por onde passou, até no local do martírio. Sua prisão e condenação à morte atraiu todos os bispos, clérigos e cristãos em geral, de todas as terras que atravessou. Multidões juntavam-se para ouvir suas palavras. Durante a viagem final, escreveu sete cartas que figuram entre os escritos mais notáveis da Igreja, concorrendo em importância com as do apóstolo Paulo. Em todas faz profissão de sua fé, e contêm ensinamentos e orientações até hoje adotados e seguidos pelos católicos, como ele tão bem nomeou os seguidores de Jesus.

Numa dessas cartas, estava o seu especial pedido: "Deixai-me ser alimento das feras. Sou trigo de Deus. É necessário que eu seja triturado pelos dentes dos leões para tornar-me um pão digno de Cristo". Fazia-o sabendo que muitos de seus companheiros poderiam influenciar e conseguir seu perdão junto ao imperador. Queria que o deixassem ser martirizado. Sabia que seu sangue frutificaria em novas conversões e que seu exemplo tocaria o coração dos que, mesmo já convertidos, ainda temiam assumir e propagar sua religião.

Em Roma, uma festa que duraria cento e vinte dias tinha prosseguimento. Mais de dez mil gladiadores dariam sua vida como diversão popular naquela comemoração pela vitória em uma batalha. Chegada a vez de Inácio, seus seguidores e discípulos esperavam, ainda, o milagre.

Que não viria, porque assim desejava o bispo mártir. Era o dia 17 de outubro de 107, sua trajetória terrena entrava para a história da humanidade e da Igreja.